domingo, 25 de janeiro de 2009

Choque de bagunça


Todos sabem que Mauricinho Paes prometeu um "choque de ordem". Agora resolveram atacar no Maraca, onde uma lei seca feita nas coxas proibiu a venda de cerveja nos bares ao redor do estádio e também pelos ambulantes. Eu e meu fiel escudeiro, Heitor Alvito, vamos à estréia do mais querido contra o poderoso Friburguense.
Uma rua antes de chegar ao Maraca, para quem vem caminhando pela escola técnica, logo depois do posto de gasolina, a primeira surpresa: uma kombi vendia tranquilamente uma cervejinha, ou duas, ou três, dependendo do freguês.
Encarando o maior do mundo, constatamos que Paes e seus asseclas haviam colocado uma belíssima cerca de metal (ver foto acima) separando as duas pistas em frente ao estádio. Muito inteligente. Imaginem um Fla x Flu lotado com dezenas de milhares de pessoas saindo do estádio , a guarda municipal correndo atrás de ambulantes oferecendo "dois latão por cinco", a Raça querendo bater na Jovem e vice-versa e aquela cerca ali. Vai ser uma beleza.
Afora esta bagunça, havia a mesma "ordem de sempre": bilheterias caóticas apinhadas de gente (ver 2a. foto, acima), 17 cambistas por metro quadrado te oferecendo ingresso "mais barato", arquibancada a R$30 pra ver uma pelada jogada em um gramado que foi abusado sexualmente pela Madona (ver 3a. foto, acima).
Quanto à partida, recomendo o VT aos casos incuráveis de insônia. Alguns jogadores merecem um breve comentário. Leonardo Moura passou 2008 inteiro sem fazer um cruzamento e parece que pretende manter a escrita em 2009. Marcelinho Paraíba continua um grande ex-jogador em atividade. Juan sonha com a seleção e pensa que é craque. Obina pode não ter comido acarajé como afirmou ao jornal do falecido Roberto Marinho, mas e o vatapá, e o caruru, e o bolinho de estudante? A grande contratação William é um brucutu que faz Toró parecer Di Stefano. De positivo só Ibson que pareceu em plena forma e muito disposto. Infelizmente disse em uma entrevista ser difícil agradar à torcida do Flamengo. Quase 35 mil pagantes em uma tarde ensolarada em que podíamos estar todos na praia (de graça e bebendo cerveja) e o cara reclama da torcida que cantou sem parar o jogo todo e não xingou ninguém. Vá catar coquinho, Ibson.
Na saída, milhares de guardas municipais pra reprimir os camelôs e nenhum para organizar o trânsito e o escoamento dos otários-torcedores que tinham que se virar em meio aos carros.
Bem-vindos ao Maracanã, "palco da final da Copa de 2014", informa a faixa na entrada. E até lá, dá-lhe repressão, choque disso e daquilo. Ordem que é bom, necas de pitibiribas ...

Um comentário:

  1. Realmente é um absurdo. Quando acontecer alguma tragédia a opinião pública vai colocar a culpa em quem?

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