terça-feira, 31 de agosto de 2010

Zé pequeno e o polvo













Fidalgos tricolores, foi com grande surpresa que me deparei com o texto-clichê de meu prezado afro-animal de estimação André, vulgo Jamaica. Digo surpresa porque esperava, no mínimo, mais imaginação de sua parte, visto que até mesmo a imagem usada é mais batida que cabeça de martelo. Mas, no entanto, o que mais me deixou surpreso é o fato do sujeito ter abandonado o Cartola com a desculpa de que não tem mais tempo. Se bem que pra este texto 10 segundos bastavam, ou até menos, o tempo de dois clicks, um recorte e cola de uma das 3 mil páginas com algo igual. O que nosso amigo não fala é que, proporcionalmente, o grupo de orientação sexual distinta deve ser maior na maior torcida, ou seja, a do urubu do rabo tostado. Mas eu entendo seu desvio momentâneo. Como comentar sobre seu próprio time é praticamente uma penitência, falar do líder isolado ajuda a aumentar a auto-estima. É como sempre digo, aquele que peida sempre aponta primeiro pra alguém, a galinha que cacareja é a que bota o ovo. Fica explicado então a escolha do tema pelo Zé Pequeno do lote XV, codinome Urubela da prega arriada (do latim  baixadum fluminensis exóticus passarus)

Não podia deixar de registrar aqui as profecias de meu outro animal de estimação, o polvo Josué. Nostradamus deve estar preocupado no caixão por terem encontrado alguém a sua altura. O Diogo arrebentou (o tornozelo), o time sem o Rogério engatou (a marcha ré) e o Zico acertou (as contas com Deus) porque pagar ao Silas é o mesmo que dar um dízimo.

Só mesmo este time sem vergonha e remelento pra tomar dois gols em dois minutos do poderoso Guarani, valha-me Deus. Agora só falta gritar da arquibancada: "iiiiiiiiiiiiiiiiihhhhhhhhhhhhh, Val Baiano é melhor que o Messiiiiiiiii". Vocês merecem!

Sobre o líder isolado do campeonato, que completou 14 jogos sem perder, falo após o jogo contra os cheirosos do palestra.

Saudações tricolores do alto da tabela.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Evento gay no Maracanã


Já pensando na promoção da Copa de 2014, a CBF promoveu ontem um evento gay no Maracanã. Para um evento de alcance nacional era preciso reunir as duas maiores forças do futebol homossexual do Brasil: Os Bâmbis, de São Paulo e a Thurma do Pó-de-arroz, do Rio.

Até porque Fluminense e São Paulo protagonizam o clássico " mais alegre" do futebol brasileiro.

Foi uma linda festa. Luzes, cores, plumas, paetês, purpurina, pó-de-arroz. Foi emocionante ver as duas torcidas cantando, uníssonas, orgulhosas e de mãos bobas dadas: " Ô Ô Ô Ô Todo viado que eu conheço é tricolor!"

O Dono do Blog foi visto na arquibancada, pessoa mudernosa que é, reeditando mais uma vez a fantasia que foi sucesso do carnaval carioca: Gazela albina saltitante no reino dos Laranjais de Xerém.

Como as bibas em questão são muito finas e educadas na fidalguia dos chiquéééééééééérrimos bairros do Morumbi e das Laranjeiras, ninguém podia dar errado, quer dizer, nada podia dar errado. Nem quando Richarlyson, estrela maior do evento, não se conteve e meteu a mão nas bolas, quer dizer, na bola, as bibas desceram do salto. Washington, símbolo da amizade entre os dois grupos gays, ora está comendo lá, ora está dando aqui, desperdiçou o penalti que colocaria a Thurma do pó-de-arroz em vantagem. Afinal, antes da partida já estava combinado que na meinha cada um meteria duas vezes. 2 a 2 foi um placar justo.

domingo, 29 de agosto de 2010

Vitória do rubro-negrismo militante!


Que semana! Estréia promissora do Diogo, queda do Rogério, contratação do Silas. Tudo isso temperado pela participação militante da nação nos destinos do mais querido.

As contratações de Diogo e Deivid já são exemplo da força da massa flamenguista junto a nossa diretoria. A neoliberal tucana Patrícia Amorim tava fechando o cofre, quadro que só se alterou após uma reunião das organizadas com Zico. Contratamos tarde, é verdade, mas nossas arrancadas em 2007 da zona de rebaixamento rumo à zona da liberta, e especialmente a do ano passado, rumo ao Hexa, desautorizam previsões cloridas contra nossas pretensões no campeonato.

Depois das contratações, veio a campanha Com Zico, pelo Flamengo, surgida, ao que parece, de forma espontânea, na internet. Mobilização meio óbvia, pensei com meus botões. Não conheço um rubro-negro de verdade que estivesse cornetando o galinho. Mas não deixa de ser um movimento a ser elogiado, ainda que o pessoal tenha pisado na bola ao estender o apoio à nossa presidenta conservadora/serrista.

Mas enfim, surgiu o processo político-social que todos esperavam. SEM ROGÉRIO, PELO FLAMENGO. As condições objetivas e subjetivas se encontraram do mesmo modo que na Rússia de 1917, e a torcida do Flamengo soube lançar a palavra de ordem correta às massas, assim como os bolcheviques quando exigiram PÃO, PAZ e TERRA!

Enfim, o Tzar caiu. Chega de retranca, de recorde nos passes errados, de tomar sufoco de times pequenos. O maior Artur do mundo foi buscar o Silas, um treinador novo, promissor, que foi demitido do Gaymio justamente por ser ofensivo.

E não me venham com essa história de Parreira. A recusa desse pé de uva nada mais significa do que covardia em assumir o gigante do futebol brasileiro. A verdade é que o cara prefere pegar seleções ridículas em copas do mundo, ou times medianos pelo Brasil, como os atuais e provisórios líderes do brasileirão, que, se não me engano, foram seus últimos trabalhos no Brasil.

Despeço-me na expectativa do Flamengo e Guarani, já sem o Rogério, ainda sem o Silas, com a presença do Diogo, mas também com a ausência do Deivid. Vamos em busca da vitória para que o Silas já assuma com o time com a moral alta, e em ascensão na tabela.

E, obviamente, escalei o Diogo no FLACOMUNA. O muleque foi um oásis no deserto futebolístico que Flamengo e galinha mineira protagonizaram no Maraca. Só não fez gol por azar, mas hoje há de sair o primeiro gol do nosso novo camisa 43!

Saudações Rubro-Negras!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

DECOlando


Fidalgos tricolores, fica até sem graça escrever sobre a máquina. Sem saber o que é uma derrota a meses e vindo de uma sequência de sucessivas vitórias, fica chato repetir sempre a mesma coisa. Lembro que meu último post poderia ser colado aqui, já que nada mudou: vitórias, liderança, gols e alegria. Pensei em escrever depois depois de liquidar a dupla Grenal, o primeiro no Olímpico e o segundo no maraca. Mas aí fiquei com preguiça, escrever a mesma coisa...

Mas, enfim, veio o jogo contra o Vasco e a estréia do Deco, que já são dignos de comentários. Um clássico maiúsculo onde o ferrolho luso foi vazado pelo colosso tricolor. Um jogo igual, onde o Vasco dominou o meio e depois o Flu conseguiu equilibrar. Carlos Alberto perdeu gol feito e Deco idem. No final, achei justo o resultado. Bem, como estava em um camarote comendo todos os quitutes possíveis no clima de montanha, acredito que nem uma derrota seria capaz de me atingir. Aliás, aí que percebi que 15 minutos de intervalo é muito pouco pra quem tem tanto para degustar. No final, ambos se mantiveram invictos, em suas posições e, ainda por cima, saí com um sorvete de creme com calda de chocolate.

E o Deco fez sua estréia de verdade ontem, massacrando o já combalido Goiás. Que alegria ver Éwerton Santos e Rafael Moura no ataque esmeraldino. Não tive dúvidas na escalação do meu time no Cartola FC, coloquei sem pensar Mariano e Fernando Henrique. Só não botei mais porque o Glorioso e o Palmeiras mereciam mais atenção na zaga. Voltando, mesmo sofrendo ameaças no primeiro tempo, mostramos como um elenco diferenciado resolve um jogo rapidamente. De Conca, pra Deco que, de prima, cruza pro Coração Valente: 1x0. Diogo tira um cruzamento da área de barriga e a bola cai nos pés de Mariano Ronaldo que, como o coelho Ricochete, dispara desembestado no contra-ataque. Passa pro Deco, que volta pra ele que, de primeira, toca pro Sheik fazer um gol de pelada: 2x0. Se vocês notarem bem, nesse contra-ataque tinham 5 do flu em condições de fazer uma boa jogada: Mariano, Conca, Sheik, Coração Valente e Deco. Que pulmão tem esse time, e ainda mais o Deco que correu mais no segundo tempo que no primeiro. Nos meus scouts, ainda teve 5 roubadas de bola, tranquilo. No final, até o Fernando Bob se meteu a Conca e deixou o Marquinho livre pra jogar a última pá de cal: 3x0 e uma campanha dos sonhos.

E o Botafogo, hein? A cachorrada tá louca correndo atrás de nossa linguiça mas sempre deixamos eles com a língua de fora. Tirando o Flamengo, os times do Rio estão surpreendendo, mesmo o Vasco não tendo chutado uma única bola no gol nos 90 minutos contra o São Paulo. Por isso que o Vasco não perde faz tempo, mas também não ganha posições na tabela. Dos últimos 6 pontos, só ganhou 2. Uma vitória teria sido melhor, mas o PC é tarado numa boa retranca...

Domingo receberemos nosso eterno freguês no maraca. O Show vai recomeçar. Fico pensando no desespero da Globo quando perceber que o campeonato vai acabar com tantas rodadas de antecedência...

Saudações tricolores!!!

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Presente, passado e futuro!


O tempo adquire feições bem particulares no futebol. O professor Wisnik, da USP, afirma com razão que uma das características mágicas do velho esporte bretão é justamente a do tempo não-linear, ou seja, um tempo que não anda sempre para frente. A comparação com o basquete é a mais elucidativa: quanto uma equipe detém a bola laranja, ela precisa em 24 segundos finalizar a jogada. E quando um time rouba a bola, a contagem se inicia novamente, e uma vez mais os 24 segundos são intransponíveis. Já no futebol, a bola vai para frente e para trás, roda o campo todo, sua posse muda com freqüência, e o uso que um time faz do tempo também se altera, é acelerado se o time precisa ganhar, pode ser cadenciado para garantir um resultado.

A questão da posse de bola é determinante para o tempo. De fato, no futebol raramente a bola tem dono. Poucos são os times que conseguem se impor nesse quesito contra adversários de mesmo porte. A seleção espanhola é o melhor exemplo de sucesso em botar a bola de baixo do braço. Não é por acaso que os “ralis” no vôlei são os momentos de ápice emocional desse esporte, pois ao impedir o ataque adversário, a equipe passa a deter imediatamente a possibilidade se fazer o ponto. E também nesse vai e vem o futebol revoluciona, porque roubar a bola não significa necessariamente chance de gol. Os confrontos entre o Barcelona (base da seleção espanhola) e a Inter de Milão pela Liga dos Campeões demonstram que posse de bola não leva necessariamente à vitória.

Estou viajando nessa história do tempo por dois motivos. Primeiro, o tempo é peculiar no futebol não apenas dentro das quatro linhas. O Zico, por exemplo, nosso maior ídolo certamente representa um Passado de glórias para o Flamengo. Isso é inegável. Nesse momento, contudo, ele também é o Presente da nação, pois como diretor executivo de futebol tem a missão de fazer voltar vitórias no mesmo patamar atingido quando ele era jogador. Ou seja, ele é igualmente o Futuro do Mais Querido.

Eu nunca questionei o apoio integral que a maioria dos torcedores do Mengão conferem ao galinho. Ao contrário, partilho desta posição. Mas sempre questionei que era necessário sacrificar o presente – o atual brasileirão – em nome do futuro (saneamento das finanças, Centro de Treinamento, etc). As duas tarefas não são incompatíveis. Basta olhar para o time do Corinthians e ver que é possível disputar esse título.

Parece que o Artur mais vitorioso do mundo ouviu as minhas (e de outros milhões de rubro-negros) preces. Diogo e Deivid formam um ataque de respeito. Val Baiano e Leandro Amaral, um banco de reservas melhor do que o que tínhamos quando formos HEXA. Estamos abaixo, nesse ponto, apenas de Santos com Neymar e Keirrison, e do Flor com Fred e Emerson. Mas não do Flor com Washinton e Emerson por exemplo. Nosso meio pode não ter armadores como Conca, Deco, Ganso, Montilo, Giuliano, D’Alessandro, Bruno César, etc. Mas temos ainda o PET, que mesmo com 37 anos ainda é melhor que muita gente por aí, que auxiliado por Willians e Renato, protegidos por Correa, Maldonado, Toró, enfim, compõe certamente um meio campo dos mais completos do Brasil. Por fim nossa defesa não deixa nada a desejar a nenhuma outra do Brasileirão. O fato é que não temos craques nessa posição jogando aqui no Brasil. E nossos laterais dispensam comentários.

Eis então que chegamos ao segundo motivo para abordar o assunto Tempo nesse texto: Rogério Lourenço. Com ele, não há presente nesse ano. Fomos dominados pelo Ceará em pleno maraca na rodada passada. 65% de posse de bola pros conterrâneos do meu pai, que ainda deram 16 chutes contra a nossa meta, enquanto nós finalizamos apenas 5 vezes. Somos o time que mais rouba bola no campeonato, mais também o que mais erra passes. Ou seja, levamos a magia descrita por Wisnik para um paradoxo. Com esse treinador, o tempo não linear do futebol é um instrumento para que o Zero não saia do placar. E é sabido que estas estatísticas que apresentei não tem nada a ver com dupla de ataque, mas sim com postura em campo, com um professor que não consegue dar um padrão de jogo condizente com as mais vistosas tradições da Gávea.

Mas enfim, Zico não falhará em atender também esse pedido. E enquanto os reforços não estréiam e esse técnico não cai, vamos no domingo ver mais uma pelada de respeito, daquelas em que o tempo poderia parar que o gol não sairia.

Saudações Rubro-Negras.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Adeus Cartola!

Senhores do Conselho: Venho por meio deste encerrar, de forma irrevogável, a participação do Costelinharj, no Cartola.
O motivo é simples. Nunca fui de jogos. Nunca joguei na Loto, Loteria ou jogo do Bicho. Nunca joguei War. Aprendi a jogar xadrez porque houve uma época em Niterói que era isso ou ser ignorado pelos amigos da Uff. Os jogos da minha vida sempre estiveram relacionados, não por coincidência, à botequim, bebida e vagabundagem: Sueca e Sinuca. Ou seja, o jogo é apenas um pretexto, um pano de fundo pra beber e jogar conversa fora com os amigos.
Com relação ao Cartola, quando tenho tempo, não tenho paciência, quando tenho paciência, não tenho computador, quando tenho computador não tenho tempo, quando tenho tempo...
Não tenho o menor saco pra ficar analisando performance, quantos pontos fez, quanto valorizou e sei lá mais o quê. E sinceramente, admiro quem tem.
Portanto, Boa sorte e até!

sábado, 7 de agosto de 2010

O Retorno é de Jedi!


Caros amigos do Blog! FLACOMUNA já está escalado, pronto para iniciar sua ascensão rumo ao topo da nossa liga. Minha ausência deste nobre espaço bem como meu desempenho apenas mediano nas ultimas rodadas do Cartola são explicados pelo mesmo móvito: passei um tempo fazendo um reconhecimento da sede da próxima Copa América, nossa querida Argentina.

Em Buenos Aires pude, além de comer muita carne e alfajor, acompanhar toda a polêmica da demissão do Maradona do cargo de treinador dos nossos maiores rivais. Um verdadeiro tango, com traições, choros, dramas, e que ainda não está resolvido. A Argentina vai passar o resto desse ano com um interino, e nem a volta do Maradona está descartada. Eu espero que isso aconteça. Vou para a Copa América com toda a certeza, passagem a 400 reais ida e volta e ingressos baratos, na média do que já pago para ver Diego Mauricio no ataque e Rogério no banco do Mengão me animam a visitar novamente nossos vizinhos no ano que vem!

Também de lá acompanhei a escolha do nosso novo treinador, e que mobiliza esse conflito étnico que estamos vendo aqui no blog. Creio que a miscigenação brasileira é a verdadeira solução, e não o radicalismo eslavo ou o sectarismo africano: fico com a versão do PVC (está no blog dele), que diz que o Murici aceitou sim, em um primeiro momento. Contudo, como o Teixeirão não deu garantias para o Mal Humorado Ramalho de que ele ficaria até 2014, e também de que teria carta branca para fazer o que quisesse, o treinador tricolor resolvei dar toco na CBF.

No fim das contas, eu achei que ficou melhor para seleção o Mano Menezes mesmo. O treinador corintiano me surpreendeu muito positivamente quando assumiu o Timão no ano passado e armou um time com três atacantes, um meia e um lateral que subia muito ao ataque, tudo para fazer o futebol do Ronaldo render. Ele que era um treinador gaucho típico, preso a esquemas de muita pegada, com muitos marcadores, etc. É exatamente este o espírito que tem que ter o treinador da seleção, o de montar o time que faça com que os melhores rendam mais. Tenho dúvidas sobre se o Murici faria isso, ainda mais depois de ler o post do Cappelli sobre o jogo do Flu contra o Santos, em que ele afirma que o Conca fica perdido no meio de campo e o Fred isolado no ataque. Triste, se for verdade, pois significa que o Muricy não aprendeu nada com o fracasso dele no ano passado, em que pegou o Palmeiras líder e entregou o porco fora da liberta, tudo porque quis transformar o time do Diego Souza, Claiton Xavier e Vagner Love em uma versão verde do São Paulo. Se ele quiser fazer o mesmo com o Flu, periga ter o mesmo destino.

Para finalizar, na Argentina não pude deixar de ir a um clássico do futebol portenho. Fui até o Cilindro de Avellaneda, casa do Racing, um dos maiores clubes argentino. O jogo era apenas um amistoso, mas era contra o San Lorenzo, outro grande de Buenos Aires, e por isso estava cercado de rivalidade.

O melhor do jogo foi poder conferir ao vivo as famosas hinchadas (para quem não sabe, significa torcida) argentina. Isso porque eu tenho ficado muito incomodado com a metamorfose que tem atingido as torcidas organizadas brasileiras, inclusive a nação. Essa metamorfose passa por uma postura mais comportada nos Estádios, bem europeizada, e por um fetiche em relação às torcidas argentinas, porque estas, supostamente, apóiam o time sem parar. O que mais ilustra esta transformação são as músicas feitas exclusivamente para aparecer na transmissão da Globo, músicas fofas, que apenas apóiam o time, mas não agridem o adversário, e que geralmente são paródias de músicas famosas. A maior torcida do mundo, por exemplo, fez adaptações de músicas do Lulu Santos e do Roberto Carlos, além daquela do Mamonas Assassinas que a Globo adora. Mas nada se compara com os viceínos, que tiveram coragem de parodiar uma música da Lady Gaga, ou ao fim da Yang Flu, totalmente dominada pelos bonzinhos da Legião Tricolor.
Em Avellaneda, foi bom ver que o apoio incondicional ao clube é permeado por xingamentos e agressões aos principais rivais, bem como por canções que louvam os feitos dos barras bravas contra a polícia ou contra as torcidas adversárias. Nada desta “bela festa da família brasileira” que Galvão e Cia querem nos vender, e que nada mais é do que um processo de pasteurização do futebol brasileiro.

Espero que pelo menos a Raça Fla, a Jovem Fla e a Urubuzada percebam que torcer também é zoar e esculachar os fregueses. Se vamos copiar os argentinos no apoio integral ao time, que seja mantendo a rivalidade sempre acesa. O que, obviamente, não significa violência.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Tréplica

Em uma demonstração clara de insubordinação, meu afro-animal de estimação, aprovado como padrinho de meus rebentos através do sistema de cotas, vem a público me desautorizar, com argumentos duvidosos e, no mínimo, questionáveis. Vamos aos fatos.

Que o Muricy aceitou, todo mundo sabe. A grande questão é: se a CBF estava a tanto tempo decidida e disposta a convidá-lo, porque não fez uma consulta prévia ao clube que paga seu salário que, cá entre nós, é uma pequena fortuna? Porque já não falaram com ele, sinalizaram ao menos, logo depois da Copa? Seria muito melhor já que ele não negociaria com outros clubes. Ou vocês acham que, num belo dia de manhã ensolarada, Ricardo Teixeira acordou e disse: "resolvi, é o Muricy. Rodrigo Paiva, chama ele pra comer torradas com mel aqui no golf club conosco". Se soubéssemos que ele iria pra seleção, não iríamos contratá-lo. Afinal, seriam mais de um milhão de reais gastos em três meses que não serviriam pra nada.

E nessa briga entre nosso presidente Jaba e o Déspota da CBF, fica difícil escolher lado. E eu não escolho nenhum. Não acho nem um pouco que o Muricy tenha ficado com raiva do Horcades, sinceramente. Ele assumiu um compromisso e resolveu honrá-lo, ainda que pra isso dispensasse a seleção. Se ele sofre por causa disso, tudo bem, é normal. Mas lá no dia do julgamento final, onde tem a bifurcação que separa os tricolores dos flamenguistas, ele vai poder seguir o caminho da luz.

A grande questão é, na verdade, uma só: fazer o que é certo, hoje, não tá com nada. Ou pior: o cara acha uma carteira e, quando devolve com o dinheiro dentro, é tratado como herói. Fazer o que é direito tá tão difícil que a pessoa recebe até recompensa! Colocar o interesse pessoal na frente do coletivo é o que impera. O Muricy, na verdade, se encontra na mesma situação daquele fudido com os filhos passando fome que encontra uma mala com um milhão de reais e procura o dono pra devolver tudinho. A tentação é grande, mas a paz de espírito em fazer o que é correto é maior. Ambos vão pensar no queria teria sido se tivessem tomado outro caminho, se tivesse ficado com a mala ou assumido a seleção. Vão pensar nas glórias que poderiam ter alcançado, nos luxos que poderiam ter usufruído e, quando derem por si, vão acordar com seus filhos pulando na cama, felizes por terem esse exemplo em casa. No final, é o que importa.

Acho que o primeiro dia dos pais como pai me deixou sentimental rsrsrsrs

Por fim, um mistério: Jamaica atarefado??? Estranho, muuuuuuito estranho...aí tem...pra mim ele está escondendo a Elisa Salmúdio...

...

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Corrigindo o Dono do Blog

Ainda que neste momento eu esteja bastante atarefado, não posso me furtar a passar por aqui rapidamente para fazer duas ressalvas no texto " Fluminante" de autoria do Dono do Blog e pai da Sossô e do Bronquinha, pequenos Cappelléticos.
Muricy Ramalho em nenhum momento " deu tôco" no Ricardo Teixeira. Ele ACEITOU o convite e, segundo o assessor de imprensa da CBF, Rodrigo Paiva, ele não daria entrevistas naquele momento porque não queria que a diretoria do Flu tomasse conhecimento pela imprensa. Iria às Laranjeiras fazer o comunicado e, no dia seguinte, se despediria dos jogadores e daria uma coletiva, já como no treinador da Seleção Brasileira.
Mas foi surpreendido com a recusa do Flu em romper o contrato e, é do conhecimento de todos, tudo não passou de uma briga entre o Horcades e o Ricardo Teixeira.
Muricy poderia pagar a multa rescisória do próprio bolso como sugeriu alguns? Tem dinheiro pra isso. Mas ficou numa sinuca de bico: Se rompe o contrato, cairia por terra sua velha frase: " Eu cumpro contrato até o fim." E ficar, como ficou, seria a clara, inegável e irrefutável frustração de não ver seu maior sonho realizado. Ele precisava de um " meio- termo" que, seria o Fluminense dispensá- lo do compromisso.
Muricy jamais vai admitir publicamente mas, toda vez que ele olha pra cara do Horcades deve pensar: " Alcoolatra, safado, filho da puta que me impediu de chegar aonde qualquer treinador brasileiro sonha chegar um dia."

Outra ressalva: Os 2 últimos técnicos da seleção trabalharam entre uma copa e outra. Ou seja: Por volta de4 anos. Parreira de 2002 a 2006 e Dunga de 2006 a 2010.

Fluminante

Fidalgos tricolores, a máquina está ficando azeitada. Depois que o Muricy deu um toco no Ricardo Teixeira e resolveu permancer, ficou claro o comprometimento dele com nosso projeto de hegemonia nacional e mundial. Cá entre nós, foram rios de dinheiro gasto pelo nosso Celso “Abramovich” Barros, comprando todos os mimos e fazendo todas as suas vontades. Seria uma safadeza se, depois de abrir todos os presentes dando um sorriso de orelha a orelha, ele virasse pra nossa diretoria e falasse: “não gostei”, como uma criança malcriada. Além do mais, quais são as chances do Mano ser o técnico da seleção na Copa de 2014? Devem ser as mesmas que a do ataque do Flamengo começar a fazer gol. Me digam, na história do futebol mundial, qual foi o técnico que ficou quatro anos dirigindo a seleção? Bem, antes que os CDF’s do futebol me respondam, aviso logo: é exceção.

É só ter tranqüilidade. Depois de ganharmos o brasileiro com no mínimo cinco rodadas de antecedência e dominarmos a América, conquistando o Mundo na sequência, contando com uns tropeços do Mano e sua gurizada, o Muricy assume o posto carregado nos braços do povo e da competência. Ele é o cara, mostrou dignidade e fidalguia em não trocar a tradição tricolor pelos negócios escusos da empresa privada que lucra em razão de um patrimônio público. Deixa o Mano ser o garotinho educado da Globo, indo até na Ana Maria Braga dar entrevista, fazendo a festa dos Marinho, que tinham sido enxotados das entrevistas exclusivas pelo Dunga. Agora ele flutua nas ondas do plim plim, mas deixa começar a dar errado que eles vão dizer: “treinador de seleção brasileira não pode ser muito educado, não dá certo, não basta só educação...”

Dentro de campo é só alegria. O coração valente voltou com seus stents e gols. Um ótimo reforço pra suprir as constantes ausências de nosso Fred podrinho. Com o Emerson ao lado e o Conca inspirado, como contra o Atlético Paranaense, mostramos que com esse elenco dificilmente passaremos qualquer tipo de perrengue. Além do mais, pelo menos já somos acostumados com suas caneladas tradicionais. E o Conca, hein? Jogou demais contra a brisa do sul e deixou o Coração Valente até sem graça de fazer o terceiro gol. A bola foi tão limpa, tão redonda, tão fácil de empurrar pro gol, que bateu aquele sentimento de “pô, se eu fizer é sacanagem...” mas ele não podia esperar. Fez o gol e foi comemorar com seu verdadeiro autor, da mesma maneira que a torcida, que gritava o tradicional olê, olé, olê, olá, Conca, Conca.

De ruim mesmo só as atuações do Beletti, que ainda não disse a que veio. Vamos agora encarar a dupla Gre-nal cheios de moral. Ando salivando de vingança contra os tricolores do sul que, ano passado, nos humilharam no Olímpico. Vejam só como é o futebol, hoje somos líderes isolados e eles flertam com o rebaixamento. Cabe a nós castigá-los sem dó nem piedade. Já contra o Inter deve ser uma vitória exemplar, daquelas que não deixam dúvida das virtudes do futuro campeão brasileiro. Em nossos domínios, devemos liquidar com o Colorado e ratificar nossa supremacia.
Ah, pra terminar queria só fazer uma pergunta: alguém se lembra aí da última derrota do Fluminense? Faz tanto tempo que já nem sei o que é perder...

Quem souber de um bom banho de ervas pra me livrar da falta de sorte no cartola me avise, por favor! Tô numa maré que dá dó rsrsrsr
Saudações tricolores!!!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

É dia de festa!


Hoje não estou aqui para falar de futebol. Estou cá neste espaço para convidar aos colaboradores e seguidores do blog para a passagem do meu natalício que, dar- se- á ao sétimo dia do corrente mês, às 18h, no Mercado das Pulgas, que fica no Lgo dos Guimarães, em Santa Teresa.

Aquele que aparecer é me disser a frase premiada: " Sou seguidor do Sala do Pano" receberá a honra de me pagar uma cerveja, desfrutar da minha companhia por, mais ou menos 12 minutos e levará para casa um chaveiro com a minha foto pelado aos dois anos de idade, onde já é possível ver o porquê de afro-cotistas-descendentes-quilombolas, como eu e o Andrade, sermos, costumeiramente, chamados de " Tromba."

Beijo a todos e até sábado!