sábado, 30 de julho de 2011

Estamos de volta!


Salve salve leitoras e leitores deste blog sinistro. Para quem tinha alguma dúvida, estamos de volta, eu e o Ronaldinho Gaucho. É verdade que eu ainda devo uma resenha final da Copa América. A dificuldade de acessar internet nos países pobres é imensa e por isso não rolou texto das derrotas da Argentina e do Brasil, nem do título do Uruguai. Mas este escriba vai prestar contas da aventura no sub capitalismo, não tenham dúvida.

Antes porém, é preciso estar atento e forte, sem tempo de temer a morte, para falar do que o Flamengo esta fazendo com o futebol brasileiro. É galera, o jogaço contra o Santos foi apenas mais um capítulo da saga rubro-negra rumo a mais um ano histórico em nosso futebol.

Digo isso com a tranqüilidade de quem não se desligou do Mengão só porque estava rolando um torneiozinhos de seleções aqui perto. Da terra portenha eu só não consegui ver ao vivo a destruição dos bambi no Vazião, Mesmo assim, pelos melhores momentos devidamente devorados, foi possível perceber que massacramos o São Paulo, que 1 a zero foi pouco, e que o Tiago Neves estava a fim de mostrar para o Mano o erro que foi levar o Jadson.

Já o Fla-Flu foi visto pela internet, naqueles sites que pirateiam o sinal do PFC. Entre uma tela paralisada acolá e uma página que trava alhures, foi possível ver um time sólido de um lado, com padrão tático, que não foi ameaçado a vera pela seu bagunçado adversário em momento algum. O gol saiu em mais uma genialidade do Renascido Tiago Neves, que insiste em brilhar nos clássicos. E do Rio o Mano Menezes chama o Déde...

Foi possível ver ainda com perfeição dois jogos ruins, e não por acaso dois empates. Flamengo e Palmeiras foi um jogo pegado, truncado, com domínio inicial do Mengão em cada um dos tempos e equilíbrio após isso. O zero a zero foi merecedor dos dois times, mas ficou uma pulga atrás da orelha: Ronaldinho Gaucho fez uma grande partida. Comandou o time, deu passes certeiros, cadenciou o jogo, fez de tudo. Como nós não temos um centro avante para por a bola na rede, ele não se consagra como o PET em 2008, que tinha simplesmente o Impera ao seu lado. Mas neste jogo já deu pra ver que ele estava prometendo algo espetacular.

Contra o Ceará deu raiva do Mais Querido, é verdade. Domínio total, era pra atropelar, mas agente segue sem ganhar desse time fraco este ano. Luxa errou feio nas alterações, e, como de praxe, não admite isto, o que indica que continuará errando. O mesmo vale pro Wellinton, o pior zagueiro do mundo. O cara erra e fica cheio de marra.

Mas eis que chegou a quarta-feira. Acompanhei o primeiro tempo pelo rádio, chegando no Brasil. O segundo pela TV, matando a saudade da minha senhora e também do meu Mengão. E depois o jogo todo no VT, óbvio.

Não tem muito mais o que dizer sobre a peleja. Certamente o melhor jogo do futebol brasileiro neste século. Uma virada para lembrar a frase do Ronaldinho Gaucho quando estava “em dúvida sobre qual equipe jogar”: o Flamengo é Flamengo. Uma reação que os tricolores já sabiam que o time era capaz, naquele 5 a 3 de 2010 que o Império do Amor acabou com o Fred Slater com um a menos. Uma reação que os botafoguenses já conhecem bem, tanto que em 2009, após empatarmos um jogo com gol de Josiel aos 47 minutos do segundo tempo, o Reinaldo, ex-urubu e então no Botafogo, disse em entrevista: “eu disse no vestiário pra gente ter atenção, porque eles não desistem nunca”. Uma reação que o PET já tinha mostrado pros vascaínos e pro mundo em 2001.

No carro, antes do jogo, eu tinha falado pros meus comparsas que a preleção desta peleja tinha que ser o VT do Flamengo e Santos de 2009, quando o Impera pôs fim ao tabu de 30 anos e nós ganhamos na vila. O R10 precisava entender que este era o momento de mostrar o quão craque ele é e vai ser com a camisa do Flamengo. Pena que eu estava na estrada, sem facebook, porque este teria sido o meu recado neste blog antes do jogo.

Pois bem. Ronaldinho Gaúcho esta de volta, para quem duvidava. O Mengão segue invicto no brasileiro, com uma derrota só no ano, na caça dos gambás. Outros tropeços virão, atuações apagadas dos nossos craques também. Mas depois do jogo de ontem todas as outras 19 equipes tem a certeza que a nação rubro-negra já tinha: o bicho vai pegar!

Detalhe: Não perdemos pro Santos desde 2007. Neymar e Ganso nunca nos venceram. Nem na Vila, nem em lugar nenhum. Meninos da Vila, Homens da Gávea. A diferença é clara.

Saudações Rubro-Negras

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Chupa que é de uva!




Ontem estava decidido a ver o jogo em casa. Mas Binho, meu amigo de infância e dono do pé-sujo mais frequentado do bairro, rubro negro de raça, me intimou a ver o jogo no seu local de trabalho. É importante dizer que no seu bar se concentra a mais apaixonada das torcidas arco- íris do Rio de Janeiro. Existe um prazer descomunal em torcer contra o Flamengo. Ver um jogo do Mais Querido do Brasil no bar do Binho requer nervos de aço ou uma pistola na cintura.

Ontem o bar bombou! Assim como o Dono do Blog, a torcida arco- íris- comando- Baixada estava certa de que, Neymar e Cia., dariam um chocolate na Vila Belmiro.

O jogo mal começou e 1 a 0 pro Santos. No 2 a 0 a situação no bar já estava insuportável. No 3 a 0 foi um inferno! Passaram a mão na minha bunda, puxaram minha camisa e quando fui dar um gole na cerveja já tinham colocado duas chapinhas no meu copo. Fui assistir ao restante do jogo do outro lado do balcão, livre do contato físico da horda de tricolores, alvinegros e vascaínos.

O que me surpreendia era que, se o Santos estava jogando pra ganhar de 3 a 0, o Flamengo não estava jogando pra perder de 3 a 0. No primeiro gol, o Wellington marcou a bola ao invés do Borges, no segundo, Renato deu a bola no pé do Ganso e no terceiro... Bom, no terceiro, nem um bueiro da Light pararia o Neymar.

Sempre fui otimista. Sempre acho que o time vai melhorar. Mas Binho tem um otimismo que beira a insanidade. " Vamos virar." Falou, sereno.


Ronaldinho descontou, Thiago Neves diminuiu e a torcida arco-íris começou a abaixar a saia e sossegar a calcinha, como a gente diz por aqui. No empate, Binho subiu num freezer, arriou a bermuda e mostrou os " documentos" pros secadores de plantão.

Neymar fez o quarto gol e a torcida arco-íris comemorou discretamente. Sabia que na noite de ontem, o Mengão não estava pra chacotas. Quando Ronaldinho empatou eles foram pagando a conta e saindo discretamente. Pressentiram o que estava por vir. No quinto gol do Flamengo só haviam rubro- negros no bar. E foi uma festa! Saí do bar por volta de 3 da manhã. Alma lavada! Peito estufado! Cabeça alcoolizada! Orgulhoso do meu time!

Neymar jogou uma barbaridade. Mas, parafraseando Caetano Veloso, Ronaldinho veio impávido que nem Muhammad Ali. Tranquilo e infalível como Bruce Lee. Apaixonadamente como Peri. E com o axé do Afoxé Filhos de Ghandi. Chupa que é de uva! Senta que é de menta!

Quem escalou Neymar no Cartola, se deu bem. Quem escalou Ronaldinho Gaúcho, se deu melhor ainda. Alguém tem coragem de escalar o Fred?

terça-feira, 26 de julho de 2011

Fidalgos tricolores,

É com grande alegria e surpresa que vejo o mais ocupado de nossos colaboradores e meu afro-animal de estimação dispensar seus inúmeros compromissos para tecer algumas obviedades aqui em nosso ilibado espaço. Queria aqui agradecer por esta importante e indefectível análise acerca de nossa combalida imprensa.

Já o Aírton, bastou respirar os ares do Ninho do Urubu para voltar a si. Dizem que andava deprimido em Portugal, sonhando acordado com suas tesouras e pisões assassinos que aplicava descaradamente nos campos colonizados. Voltou e foi logo com sede ao pote. Depois de um arranca-rabo com o Souza, deu-lhe uma braçada no quengo, a 20 centímetros do desgraçado de preto, que fingiu que não viu e não expulsou o facínora. Mas o STJD é mau, pega um pega geral, e colocou este animal quatro rodadas atrás das grades e com focinheira, onde ficará babando até ser solto e cometer novo latrocínio. Já o soprador de apito foi pra geladeira pra aprender que mesmo sem cadáver pode haver crime e que ele como autoridade não pode se furtar a julgar o que lhe ocorre fingindo ser um Mr. Magoo de toga.

E vamos ao que interessa: comer lombo de porco. É sempre bom dar uma carcada, ou melhor, garfada num lombinho suíno, sempre com um limãozinho de quebra. Ainda que esta carne estivesse dura, fomos amaciando, amaciando, batendo, batendo, até que o animal se descuidou e aplicamos a carcada, ops, facada final, não sem antes o bichano esbravejar e apelar a um desesperado oinc oinc para que não fosse abatido. Foram necessários dois gols do Marquinhos pra valer um, diante de um time que segue á risca a máxima de "uma enxadada, uma minhoca" e "do pescoço pra baixo é canela". Bate demais este time, desce o sarrafo com naturalidade, como que colhe rosas no jardim, sem o mínimo suspiro de arrependimento ou culpa.

E teve um lance que vou dizer, foi o ápice da covardia.Só perde esta semana pra voadora no menino do Vasco. (dizem que o Aírton foi o primeiro a ligar e perguntar pelo estado do menino. Que deu a voadora, é claro). Uma disputa entre fRED Label e Maurício Ramos. Frederico sai na frente e o outro, com a sola da chuteira, calça intencionalmente seu calcanhar, dando aquele totózinho que faz o sujeito que está correndo capotar sem saber como foi atingido. Ele levanta e parte pra agressão, com toda razão, e é recebido por uma cara de "que foi que eu fiz, meu deus"? escondendo o tridente nas costas. Todo cão puxa ao dono e no caso do Palmeiras esta é a mais escancarada comprovação da sabedoria deste ditado.

O jogo em si, entre uma placa e outra de grama que voava, foi de ocupação de território. Tivemos três chances e fizemos duas, uma invalidada. Eles não tiveram nenhuma. Fato. Encorpamos e me parece que vamos ganhando alguma consciência tática. Com a entrada do Martinnucio e do Lanzime acredito que o Deco vai ficar mais tranquilo pra usufruir da próxima lesão, que deve acontecer em breve. Aí vem o Abel dizendo que vai poupá-lo de alguns jogos. Porra, com esse salário ainda vai ser poupado???

No ataque vamos sofrendo. Somos melhores só que o Atlético Paranaense, triste. Contra a Galinha de Minas, temos a chance de ouro de fazer uma boa canja e engrenar de vez, somando 18 pontos com seis vitórias e um jogo a menos. Uma coisa tenho achado interessante: ainda não empatamos. Somos os único que não empataram ainda. É o que sempre digo: melhor ganhar uma e perder duas do que empatar três. Somam-se os mesmos três pontos mas a vitória é critério de desempate. Ganhamos cinco e perdemos cinco. E bota o time pra frente se estiver empatando, vamo que vamo.

Aos Flamenguistas vou logo avisando: Neymar confirmadíssimo no Cartola, capitão do Macumbola FC. Podem começar a rezar...

Saudações tricolores

segunda-feira, 25 de julho de 2011

A velha imprensa de sempre


O Dono do Blog não dá mais a devida atenção a este espaço porque está muito ocupado aguardando um convite do Programa do Jô para falar do brinquedinho novo: O blog Tudo ao quadrado.

Ontem o Esporte Espetacular quis saber se Neymar e Ganso estão sendo cobrados em demasia. Antes de falar sobre isso reintero aqui a minha opinião sobre a amada-idolatrada-salve-salve imprensa esportiva brasileira. Acho medíocre e bairrista onde poucos sustentam opinião e sem nenhum senso de auto crítica. Posto isso, sobre a perguntinha do Esporte Espetacular, ninguém perguntou quem é o sujeito da oração. Ou seja: Quem está cobrando Neymar e Ganso em demasia? A própria imprensa esportiva. É ela que está desde a Copa de 2010 vendendo pro torcedor brasileiro a ilusão de que Neymar e Ganso resolveriam todos os problemas da seleção. Simples assim. Se deram mal. A Copa América mostrou que não é assim que a banda toca. O técnico da seleção brasileira feminina de vôlei, José Roberto Guimarães, disse com a autoridade de quem está acostumado a fazer planejamento de longo prazo, que 3 anos é pouco pra preparar o time pra próxima Copa. Disse que estes jogadores deveriam estar sendo preparados para a Copa de 2018. Se o que nos interessa é vencer a Copa no Brasil então porque estão cobrando resultados do Mano Menezes? Na Copa América foram convocados todos os jogadores que a imprensa queria. Ninguém ficou de fora. E o time não engrenou porque falar é facil, fazer, neguim, é outra história. Antes o cabelo do Neymar era símbolo da irreverência do futebol moleque, hoje, é o motivo pelo qual oNeymar não jogou bem. A velha mediocridade da nossa imprensa esportiva.

E o Airton já chegou ganhando uma suspensão de 4 jogos. Como diz o Milton Leite: " Que beleza!"

Thiago Neves é um vacilão, hein? Combina um esquema com o Ronaldinho Gaúcho, no sapatinho, sem Vandeco ficar sabendo e no primeiro microfone que colocam na frente ele entrega o esquema. Se eu sou o Ronaldinho faço a mesma coisa: Nego até morte! Vacilão!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Obrigação!


Caras leitoras e leitores do blog! Este humilde correspondente pede sinceras desculpas. O último texto foi bem chinfrim, e este não deve ser diferente. Mas eu penso que, se vocês viram os dois jogos, eu serei perdoado.

O que escrever sobre Argentina e Costa Rica? Era aquilo mesmo, exaltar o Messi e projetar o clássico com o Uruguai.

O mesmo vale para Brasil e Equador. Nossos adversários eram tão fracos que perderam para a Venezuela. Mesmo os dois gols feitos não mudam este panorama. Uma falha do Julio César e outra do Tiago Silva, pronto: um a um no fla-flu e bola para frente.

Primeiro, um parágrafo elogiando. Mais uma vez achei o Ganso acima da média. Pensei que o nosso 10 ia queimar minha língua, e pelo primeiro tempo era isto que se desenhava mesmo. Mas o passe para o Neymar no segundo gol e a forma como ele controlou o jogo, distribuiu as bolas, tabelou, cadenciou ou acelerou quando bem convinha demonstram que ele é o cara do nosso time. Pato e Neymar finalmente estrearam, e a atuação destes três é um alento de esperança depois da era Dunga. Maicon e Robinho garantiram as vagas de titular, mesmo com o ultimo não sendo nem sombra do jogador que despontou em 2002. Incrível como ele não tem mais confiança para dar um drible.

Agora o parágrafo cornetando. Temos um bando em campo, a verdade é essa. Especialmente se o Ganso estiver fora do jogo, como ocorreu no primeiro tempo. A responsabilidade de criar ficou com Ramirez e Lucas, e por melhor volantes que eles sejam, com o time parado na frente não rola. Ninguém se movimentava. O único desafogo era pelo lado direito, com Maicon e Robinho.

André Santos merece uma menção honrosa. Ele é horroroso. Deixa nosso time capenga. Sério mesmo, não é implicância. Ele teve o jogo todo uma avenida. Muito mais espaço que o Maicon, por exemplo. Só que o nosso camisa 6, diferente do lateral direito, não parte uma para cima, toca sempre a bola para trás, de forma burocrática. O próprio cruzamento que ele deu para o primeiro gol é a prova de como ele poderia ser efetivo se tivesse o mínimo de ambição.

Enfim, que venha o Paraguai. Adversário que tem criado problemas para o Brasil sistematicamente. Mas que sem o Cabanas vai embora mais cedo para casa.

Saudações rubro-negras

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Es la prueba!!!



Leitoras e leitores do blog! Confirmado Argentina e Uruguai nas quartas! Como diria Galvone Bom, o narrador mais chato do Rio da Prata: Es la prueba para el corazón! Ambas as seleções se classificaram em seus grupos aos trancos e barrancos, e acabaram antecipando um confronto não desejado.

A Argentina jogou muito bem contra a Costa Rica. Mas, sinceramente, nem conta. Foi um verdadeiro coletivo de ataque contra defesa. Messi jogou de meia mesmo, camisa 10 tradicional, e encheu os atacantes da albiceleste com chances de gol. Estes, contudo, aproveitaram apenas 3.

O pior para mim foi a incapacidade da equipe argentina em se mobilizar para que o Messi anotasse o seu tento. Apenas o craque do Barcelona se esforçava, buscava jogo, driblava, enquanto os outros apenas esperavam uma bola no pé.

Claramente Batista preparou o time para as quartas de final. Messi centralizado e o Di Maria recuado, como se fosse um terceiro homem de meio campo, bem distinto do seu posicionamento ofensivo no Real Madrid. O cara é muito retranqueiro mesmo. Além disso, parece um cara muito anti-povo mesmo. O jogo foi em Córdoba e o Pastore, revelação argentina que joga na Itália é da cidade. A torcida local ficou o tempo todo pedindo a entrada dele e o Batista só o pôs em campo com 35 minutos do segundo tempo.

Já o Uruguai se classificou após uma partida dramática contra o México sub-22 que veio passear na Argentina. É verdade que a Celeste perdeu um caminhão de gols. Mas os mexicanos tiveram um gol anulado aos 35 do segundo tempo.

Enfim, eu e meus três camaradas não temos ainda ingressos para este jogo. Nos programamos contando que a Argentina passaria em primeiro e compramos a entrada para as quartas do primeiro lugar do grupo A, que foi a Colômbia. A missão agora é conseguir cambiar os ingressos sem gastar muita plata a mais. Torçam por nosotros.

Saudações Rubro-Negras

terça-feira, 12 de julho de 2011

Habemos 10!


Leitoras e leitores do blog! É muito pouco mesmo o que se pode falar da segunda partida do Brasil na Copa América. Mano decepcionou escalando o Jadson famoso quem, e deu sorte com o golzinho do nosso camisa 20!

Para piorar, temos o André Santos no time. O cara erra tudo, parece o Rodrigo Alvim no Mengão. Ao fim ao cabo, um time desorganizado, verdadeiro bando em campo, dominado pelo Paraguai na maior parte do jogo.

Neymar, Pato e Lucas foram muito mal. Os dois primeiros perderam um gol feito em cada tempo, erraram tudo. Já o último entrou e nem viu a cor da bola. O resultado disso é que vamos ter que aturar o Fred de titular, esse aposentado que nem deveria ter sido convocado.

Mas o jogo teve uma coisa boa. Paulo Henrique Ganso. Que partida! Que felicidade ver a nossa camisa mais importante novamente bem utilizada. Desde o Ronnie na Copa dos Confederações em 2005 que nós não temos um verdadeiro 10. O próprio R10 fracassou na Copa em 2006, e depois o Dunga resolveu aposentar o talento da nossa seleção.

Os dois passes para gol foram dele, o segundo foi de prima, espetacular. Mas não foi só isso. Ganso fez de tudo na partida. Buscou o jogo, tentou acalmar o time, chamou a responsabilidade. Tocou de primeira e acelerou o jogo nos contra ataques, prendeu a pelota e cadenciou o jogo nos momentos difíceis. E deu um balão sensacional em um infeliz adversário que tentou marcá-lo.

O Brasil vai se classificar. Eu não sei o que o Mano vai fazer, se vai manter Jadson, efetivar o Fred, se o André Santos vai sobreviver incólume ao futebol imprestável que ele apresenta. Nada disso importa. Se o Ganso seguir batendo essa bola já tá valendo o ingresso.

ps: O mengão tá demais mesmo? O que foi o Tiago Neves nos gols contra o florminenC e os bambi??? Viva o Renascido!!

Saudações Rubro-Negras

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Ayrton





Abusado que sou, assisti ao FlaFlu de ontem na Caverna do Dragão, na boca do lobo, na boca do leão, ou seja, na casa do Dono do Blog. E mesmo tendo que aturar um filhotinho de tricolor chamado Thomaz, a quem prometia beliscar a cada ataque do Fluminense, aconteceu o que de melhor havia pra acontecer, uma vitória do Flamengo que nos estabelece na segunda posição. Ponto corrido é isso: Se você não é o líder, então, não perca o líder de vista.

O Flamengo contou com a sorte que só acompanha os que passam por uma boa fase. O Flu teve mais volume, mas no final, deu Mengão. 12 pontos seguidos, neguim!

A nota fica por conta do Ayrton. O que se passa pela cabeça desse rapaz, eu não sei, mas sei que alguém precisa urgentemente dar um belíssimo de um esporro nessa Anta! Como diz o Osvaldo Pascoal, ele é mais grosso que papel de embrulhar prego. Baixou o sarrafo, deu cotovelada e deveria ter sido expulso, prejudicando o time.

Vale lembrar que no Brasileirão de 2009, Ayrton deu um soco na cara do centroavante do Coritiba e uma pisada vergonhosa e covarde no Nilmar. Eu sei que o Ayrton é jogador de pegada, que não tem nenhuma função ofensiva e dele não se espera nada que não seja morder calcanhares adversários. Mas pera lá, ficar agredindo adversários ao longo da partida é um pouco demais.

Ayrton é aquele tipo de pessoa que você pede pra ele: "Tem um cara me devendo dinheiro, vai lá e cobra o dinheiro pra mim?" Ele vai mas ao invés de cobrar o dinheiro ele mata o sujeito porque só consegue agir assim: Com instinto de sobrevivência. Mal comparando ele é uma espécie de Macarrão, o amigo do Bruno, sacam?

O Luxa precisa urgentemente castrá- lo pra ver se ele fica mais calmo. E só pode soltá- lo da coleira na hora de entrar em campo.

Gladiador no Flamengo? Tô dispensando jogador que usa o Mais Querido do Brasil pra regatear aumento no seu próprio clube.

sábado, 9 de julho de 2011

O Anti-Maradona!


Olá a todas as leitoras assíduas e aos leitores ávidos por novas notícias da Copa América. Este humilde correspondente internacional deste blog e seus humildes comparsas têm mais um capítulo da nossa trama para relatar.

Hoje vamos apresentar o vilão da história. Sérgio Batista, novo treinador da Argentina, assumiu o selecionado hermano após o fracasso de Don Diego Armando Maradona na Copa do Mundo de 2010. Batista, ex-jogador da albiceleste e também campeão do mundo em 1986 (alguém se lembra dele?) assumiu com a velha promessa já bastante conhecida na terra brasilis: modernizar a seleção portenha pois só isso poderia fazer com que o Messi rendesse com a camisa nacional o que ele rende no Barcelona.

Pois bem, eis que ele recorre à fórmula óbvia, e cada vez mais ultrapassada, de encher o time de volantes. O argumento é simples. Maradona não era um treinador. Achou que podia ganhar uma Copa no carisma, na distribuição de coletes, no “bamo que bamo”, no dá la pelota para La pulguita e pronto, Messi resolve tudo. O atual melhor do mundo saiu da Àfrica do Sul sem anotar um tento. Maradona caiu de quatro diante da Alemanha.

Batista então muda tudo. Os volantes darão segurança a fraca dupla de zaga platina. Além disso, supõe-se que os três tenham bom passe, facilitando a transição. Messi jogo como falso 9, assim como na Catalunha, e tem ao seu lado dois atacantes rápidos. Eita time moderno este!

O resultado é pavoroso. Os três volantes não tem nenhuma qualidade na saída de bola. Messi fica encurralado entre dois, três zagueiros. Um dos atacantes rápidos, Lavezi, barra o incansável Di Maria, talvez o melhor jogador do Real Madrid na temporada. Tevez, coitado, cai na porrada com os adversários, é adorado pela torcida, mas sozinho pouco produz.

É um resultado muito semelhante ao do Brasil no tetra, em 1994. Ali eram dois jogadores de muito talento, Romário e Bebeto, aqui temos Messi e Tevez. Ocorre que o Parreira tentou escalar um meia de fato, um camisa 10, o Raí, e tinha ao seu dispor dois laterais extremamente ofensivos e talentosos, Jorginho e Leonardo, este substituído pelo eficiente Branco.

Quem viu a peleja contra a Colômbia sabe do que eu estou falando. O futebol da Argentina foi uma tragédia. Sem nenhuma ofensividade, sem jogadores para tabelar, sem ultrapassagens pela lateral, Messi e Tevez isolados. Em uma única jogada boa do Messi e ele bota o inexplicavelmente titular Lavezi na cara do gol. O que poderia ser 1 a zero para nossos Hermanos vira uma fácil defesa do arqueiro adversário.

E a Colômbia teve mais chances de gol, com o excelente Falcão Garcia. Teve um pênalti a seu favor não marcado pelo péssimo árbitro brasileiro. E não marcou um gol por os coadjuvantes do centroavante do Porto são péssimos.

Nós vimos os jogos nas populares. De pé o jogo todo, esmagados, como nas nossas velhas e saudosas arquibancadas. O apoio se transformou em revolta. Batista, contra quem todos reclamavam desde o inicio, passou a ser hostilizado, xingado mesmo. Maradona, por óbvio, teve seu nome gritado em coro. E os amantes do futebol não tiveram dúvida em apoiar o carisma contra a racionalidade.

Carisma, aliás, que falta ao Messi, e de fato ele tem sua parcela de responsabilidade neste quase fracasso. Será ele também um Anti-Maradona???

Bom, hoje tem Brasil. Pela escalação, Mano parece ser o Anti-Dunga. Veremos se em campo isto se confirma.

Saudações Rubro-Negras

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Rodada Perdida



Saudações leitoras e leitores deste honrado blog. Eis que chegam notícias de como anda a aventura rumo a Copa América. Certamente vocês já notaram que esta foi uma rodada perdida. Não apenas para o bom futebol, mas para nosotros também.


Nós saímos do Rio de Janeiro justamente no dia em que a competição teve inicio. Ou seja, por mais que Lo Poderoso (alcunha do possante automóvel que singrou o sul do Brasil e a Argentina inteira) seja sinistro, não daria mesmo para que acompanhássemos a primeira rodada ao vivo, nas canchas platinas.


Mas foi pior do que isto: o jogo do Brasil sequer conseguimos ver, estávamos no meio do território argentino, sem um restaurante que fosse passando a peleja. Quanto a estreia dos donos da casa conseguimos ver apenas o final do jogo, o que foi suficiente para presenciarmos o golaço dos Hermanos. Apenas o jogo dos uruguaios nós vimos inteiro. A celeste jogou bem, diferente, pelo que ficamos sabendo, da seleção canarinho e dos seguidores de Don Diego.


Algumas impressões da viagem: o latifúndio segue mesmo dominando nosso país. Em que pese a predominância de uma paisagem industrial na ligação Rio-São Paulo, à medida em que vamos nos afastando da terra da garoa o que vemos são grandes extensões de terra com plantações a perder de vista, seja de cana, de soja, trigo, milho etc.


Não quero com isso dizer que somos atrasados ou qualquer coisa que o valha. Apenas que foi impressionante ver este predomínio do agronegócio de modo tão impávido. O que pensar disso deixamos aos cientistas sociais.


Antes de adentrar no território estrangeiro, fizemos duas revigorantes paradas em território brasileiro. A primeira se deu na tríplice fronteira, em Foz do Iguaçu, onde fomos ver as cataratas do Iguaçu. A natureza como um colosso, a violência e a beleza das águas, a transformação da calmaria do rio em brutalidade da queda d’água, tudo foi espetacular. Difícil sair de lá ateu.
A outra foi na simpática cidade de São Borja, berço de três figuras políticas centrais na história do nosso país: Getúlio Vargas, João Goulart e Leonel Brizola. Todos políticos trabalhistas, com forte vinculação com o povo e prenhes de contradições típicas do nosso processo da modernização capitalista tardia como a nossa. Aliás, nisto eles pouco diferem do Lula. Visitamos os túmulos dos três, tiramos fotos e eu, que já não era mais ateu, aproveitei para trocar uma idéia com este triunvirato, perguntar o que eles acharam do governo Lula e o que pensam que vai ser do PT e da Dilma. Quando eu decifrar os enigmas que eles me enviaram prometo que mando para este blog com exclusividade.


A vista na Argentina também causou impacto. Quase nada pela novidade. É incrível como o terreno portenho é similar ao que é descrito nas aulas de geografia. O charco, pantanoso, com muito gado e cavalos soltos, pouquíssimo habitado. Poucas plantações também, pelo menos pelo trajeto que escolhemos, que foi meio que em paralelo à fronteira. O frio está suportável, e chuva nos abandonou no Brasil, o que deixou o trajeto ainda mais bonito, com um céu e um por do sol absurdo.


Enfim, hoje vamos estrear em um jogo dramático, Argentina e Colômbia. Mais dramático para este que vos escreve e seu parceiros, porque compramos ingresso até a final contando que Brasil e Argentina passariam em primeiro. Portanto, vai pra cima deles Messi!


Saudações Rubro-Negras

sábado, 2 de julho de 2011

Arigatô, Concá - ConcADEUS


Se os flamengistas quiserem mandar algum recado pro Obina, a hora é essa...

É, meus fidalgos tricolores, chegou a hora de dizer sayonará.

Contra tudo e contra todos, quebrando um dos mitos mais consistentes da história mundial, estamos diante do primeiro olho grande da China, o senhor Liu Yongzhuo, protótipo de Abramovich asiático.

Diante da quantidade de zeros oferecidos, seria até um abuso achar ruim sua saída. Seus serviços prestados ao tricolor o absolvem de qualquer tipo de julgamento, seja ele qual for.

Por mais craque que ele seja, convenhamos que nunca despertou o interesse de nenhum clube do exterior e que, título, só o brasileiro do ano passado. Não que eu queira desmerecê-lo, longe disso. O que afirmo é que, na sua atual idade e com o futebol que apresentou este ano, esta proposta se torna mais irrecusável ainda. Aposto que ele postou aquela corrente chinesa do Fengshui no mural do seu feicibúqui.

Vai se juntar aos cracaços Paulão, Muriqui e Renato Cajá. Tanto faz, poderiam ser Josué, Jamaica e Alvito que ainda assim valeria a pena. Eu com uma proposta dessa viro até gueixa se quiserem.

Ele resolve sua vida por três gerações, a UNIMED abocanha um lucro de aproximadamente 120% em um investimento que fez 6 meses atrás, a Traffic bota o seu no bolso e no Fluminense ainda estão pensando o que vão fazer pra esconder estes R$10 milhões a que tem direito dos credores vorazes que já devem estar uivando na porta das laranjeiras. Não dá pra falar mal de um negócio que é bom pra todo mundo.

A única frustração que me fere é não poder ter me despedido dele em campo. Juro que se eu soubesse, eu não, toda a torcida tricolor soubesse, que o último jogo seria o seu último jogo, o Engenhão teria vivido uma noite de esplendor e reverências. Nós merecíamos isso. Ele merecia isso.

No mais, o time vai ficar exatamente como eu disse que tinha que ficar nos textos anteriores. E olha que não sacrifiquei nenhuma galinha ou bode, nem ao menos comprei uma garrafa de dendê e pimenta.

No fim, arigatô Concá. Resta saber se esta economia de RS700.000,00 por mês vai ajudar a trazer alguém do seu nível. Me parece que este Martinuccio pode vir a calhar, é apenas uma intuição. O Certo é que o Souza não consegue substituir o Conca nem no Playstation.


sexta-feira, 1 de julho de 2011

Missão Copa América!


Amigos e amigas leitoras do blog. Eis que desperto depois de longo tempo hibernando. Meu sono profundo foi provocado por uma certa carroça desembestada que, apoiada pelos sopradores de apito, impediu a quadruplíce coroa e o novo recorde de invencibilidade do futebol brasileiro.

Ao longo deste inverno tive pesadelos com um monstro dentuço se arrastando em um enorme campo de grana verde, e nadando em muitas notas igualmente verdes, tentando se fazer de surdo com relação aos urros populares. Estes, de tão altos e emitidos por tantas vozes, quase interromperam meu descanso providencial.

Mas eis que, neste sonho, um herói malemolente, igualmente dentuço, veio a socorrer a plebe ignara e seus clamores por sangue, suor e gols. O dinheiro foi varrido das grandes construções onde a bola rola e depositado em bancos de Atenas, o lugar mais seguro das financias mundiais na atualidade.

E ele, o herói, ex-gaúcho, ex-melhor do mundo, voltou a sorrir, demonstrou que o que importa é agradar a nação, vestindo-se de rubro e de negro. Dizem até que ele é o artilheiro de uma certa competição assaz modorrenta chamada pontos corridos...

Enfim, nem isto foi suficiente para me fazer abrir os olhos e sacudir a preguiça infinita. Ocorre que até Deus (qualquer um na verdade) sabe o que só o Ricardo Teixeira (o mais poderoso de todos) finge negar: este campeonato brasileiro é chato demais.

Certeza também de que minha pestana insana não me impediu de assumir e consolidar a liderança do cartola. A FLACOMUNA não dorme no ponto, a revolução não cessa sua marcha.

O que realmente me sacudiu da cama foi a histórica missão Copa América. Esta competição, outrora desvalorizada em terras tupiniquins, faz muito tempo adquiriu uma importância decisiva no país tropical.

A próxima edição deste charmoso torneio tem contornos ainda mais dramáticos. Será realizada na Argentina, casa dos nossos maiores rivais, que não ganham um título desde 2003.

Mais do que isso, nossos Hermanos tem simplesmente o melhor jogador do mundo, Lionel Messi, precisando provar para sua pátria que não é um apátrida. Ao seu lado marcharão bravos guerreiros como Carlitos Tevez, Angel Di Maria e Javier Pastore.

O escrete canarinho chega no Rio da Prata quase tão pressionado quanto a albiceleste, depois do vexame mundial no sofrido continente africano. A palavra de ordem da renovação, com Neymar, Ganso, Lucas e Pato será posta à prova.

E temos ainda coadjuvantes de peso como Diego Forlan, do Uruguai, melhor do mundo na Copa recente; o colombiano Falcão Garcia, que conquistou as terras lusas na ultima temporada; o equatoriano Valencia do poderoso Manchester United; e o chileno Fierro, craque que veste o manto sagrado com dignidade, elegância, técnica, sofisticação, raça, enfim, chega de predicados para este monstro.

E tudo isso com o peso, moeda argentina, valendo 0,40 centavos de real. Viva o governo Lula/Dilma!

Enfim, acordei, peguei meu pijama e partirei de carro as seis da madrugada do primeiro dia de julho com três incautos companheiros para assistir in loco esta celeuma histórica.

Aqui no blog vocês poderão acompanhar estas desventuras coletivas e se sentir mais perto do povo. Ou, se preferirem, fiquem com o Galvão.

Enfim, saudações rubro-negras e rumo ao hepta!