sexta-feira, 31 de julho de 2009

FICA ANDRADE! Ou um Flamengo com cara de Flamengo!















Um Flamengo com cara de Flamengo. Foi isso que Andrade nos devolveu em dois jogos. Seja quebrando um tabu histórico na Vila Belmiro, seja mantendo uma freguesia consagrada contra a galinha mineira, o fato é o Flamengo está voltando a ser Flamengo.


Estou sendo redundante de propósito. Estamos na fila do Brasileiro desde 1992. O São Paulo ficou na fila entre 1993 e 2006. O Palmeiras está na fila desde 1994. O Internacional não ganha um desde 1979. O Grêmio desde 1996. O jejum incomoda, mas muitos clubes passam por fases sem títulos, algumas bem piores que as nossas. Mas eu tenho certeza que para a grande maioria dos rubro-negros, o que incomoda mais é ver O Flamengo se apequenando.


Existem formas e formas de se perder um campeonato. Em 2007 perdemos por cima. Em 2008 como cavalo paraguaio. Mas nos dois anos o time honrou o tamanho do Flamengo, passou a maior parte do tempo no lado de cima da tabela, nos orgulhou. Esse ano o que estava se desenhando na melhor das hipóteses era uma repetição de 2006, quando ganhamos a Copa do Brasil e jogamos para não ser rebaixados. Na pior um drama como 2005, escapamos da segundona na ultima rodada.


Ai veio o Andrade. Botou o time para jogar com simplicidade, correria, raça. Sua presença no mínimo enche os chinelinhos de vergonha. Certamente inspira os garotos. Fazendo o feijão com arroz, jogando em função do Adriano, voltamos a ser Flamengo nas duas ultimas rodadas.


A forma como o time atacou a galinha no primeiro tempo foi exemplar. Foi um ataque atrás do outro, com velocidade, objetividade. Não por acaso saíram dois gols seguidos. Não por acaso também nossos três gols foram de jogadores criticados pela torcida. Eu continuo achando que o Léo Moura faliu. Mas até ele fez gol.


Ainda falta muita coisa nesse time, a começar por um zagueiro de qualidade e um meia para o lugar do Ibson. O Andrade pode nunca se tornar um grande treinador, mas sem duvida ele é o treinador ideal para o Mais Querido nesse campeonato. Domingo temos mais uma chance de repetir a história, pois em 2007 a arrancada começou com uma vitória sobre o Náutico no maraca, com gol do Fábio Luciano. Tenho certeza que o Andrade vai repetir mais essa.


Saudações Rubro Negras

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Maktub

Fidalgos tricolores, os deuses do futebol podem tardar, mas nunca falham. Sempre tive comigo um receio esquecido propositalmente de que nossas ações passadas seriam um dia cobradas com fúria e requintes de humilhação. Ninguém pode fazer um pacto com o Satanás do Eurico e depois sair impune. Quando vendemos nossa alma fidalga ao cramulhão para não jogar a segundona, fomos marcados na súmula divina e execrados na mesa redonda dos serafins. O resultado do julgamento celeste (TSFC - Tribunal Superior do Futebol Celestial) enfim chegou ao nosso conhecimento. Acusados de insulto à desportividade, indolência perante a divindade futebolística e descrença na capacidade de punição e justiça da instância máxima do futebol universal, nossa pena foi anunciada: retorno imediato para a segundona, sem direito a recursos ou apelações. (Obs: o Vasco foi antes por causa da rivalidade eterna entre céu e inferno, coisa pessoal D'ele contra o Satã, pinimba esportiva)
Tenho certeza que só vamos voltar a ser um dia grandes depois que disputarmos com dignidade a segunda divisão. É uma questão de karma que temos que resgatar para podermos seguir em frente. Enquanto não resolvermos este problema, seremos atacados de maneira constante e intermitente pelos seres das profundezas do enxofre, não pessoalmente, mas através de seus mensageiros do apocalipse. Entre eles temos o conhecimento, através de estudo rigoroso do manual de combate ao coisa ruim, dos mais perigosos destes seres. Horcades Horrendus, Marianus Nulus, EDmond Carlus Perebones, Wellintum Monterus Cegus, Diguinhos Tuberculosis Baronettis, Leandrus Amaronis Toscus, Maicon Micon, Tartárius Enceradeirus e Fábius Faltus Seguidus encabeçam a lista dos mais perigosos destes arautos da destruição e decadência. Não satisfeitos em nos darem a pena máxima, fizeram com que começássemos a pagar mesmo antes de irmos jogar terça e sábado.

Não se enganem, ninguém está neste time por obra do acaso. Nem o acaso faria uma sacanagem destas. O Arquidemônio zombeteiro que organizou esta horrenda junção de desalmados é conhecido como o braço direito do capeta. Nas laranjeiras atende por Alexandre Oliveira, mas seu verdadeiro nome é Nefastus Destroçus Tricolorus. Um Orc forjado especialmente para ludibriar e destruir qualquer pretensão do time nesta temporada. Sua única função: fazer com que o destino (sentença) seja cumprido, com que o fluminense não escape da justiça divina e faça o capeta perder o respeito pelo homem lá de cima. Demorou, mas parece que, finalmente, as forças do bem e do mal se juntaram para garantir a pena estipulada. Se escapássemos esse ano, ninguém mais passaria a temer o rebaixamento e, por consequência, menores seriam as orações e pessoas dispostas a vender sua alma ao Satã. Prejuízo que ambos não querem ter em tempos de disputa por mercado religioso. Não temos - nem teremos - ninguém ao nosso lado.

Não se dribla o destino. Não se abre champagne pra comemorar virada de mesa.

Maktub.














quarta-feira, 29 de julho de 2009

Futebol Carioca

Estou morando em Brasilia pouco mais de um ano, e fico cada vez mais impressionado com a força do futebol carioca. No primeiro semestre do ano, então, não se fala em outra coisa: BBB e nosso campeonato.

Se por um lado temos uma fórmula de campeonato que ajuda muito, por outro temos uma "grande" mídia paulista e míope, uma federação mediocre e uma enorme crise técnica nos clubes: vale lembrar que nesse momento, a luta dos quatro grandes do RJ no Brasileiro é para estar na 1ª divisão em 2010. Não é uma situação fácil.

Mesmo com esse cenário, o futebol carioca ainda está presente nas principais mesas redondas. Tirando o efeito Ronaldo, o que movimenta o Brasil ainda é o Maracanã.

Temos acompanhado as discussões em volta da Copa do Mundo. É aí que essa tese fica mais evidente. A final (relativa a palco da 1ª divisão) é carioca. Não tem discussão. A 2ª divisão, é do resto apenas porque fica feio fazer também no RJ. Temos que ajudar, dizem.

É por esse motivo que me orgulho com a possibilidade de participar desse distinto blog, ainda mais tratando do mais importante clube carioca das duas últimas décadas. Trocar opiniões sobre tão importante assunto, com tão valoroso enfoque, com figuras do maior capital intelectual, me enobrece.

Na próxima postagem, começamos a valer uma análise da situação atual do gigante da colina.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Samba do Rubro-Negro Doido!


O Flamengo é realmente impressionante. Que outro clube propicia tamanha gama de emoções para o seu torcedor em tão pouco tempo? Na quinta-feira passada nos demos conta de que é ano eleitoral no Flamengo, e que vamos ficar mais um ano na fila do brasileirão. O clube demite o Cuca horas depois do presidente garantir que o treinador ia ficar. No dia seguinte o Kleber Milk pede afastamento por conta do pleito do final do ano. O pior dos quadros se apresentava para o nosso milésimo jogos em campeonatos brasileiros (terceira divisão não conta “fidalgos...). Mas eis que o mais genuíno elemento rubro-negro aparece em campo, e de quebra ainda quebramos um tabu histórico da vila Belmiro.

A propósito, não gosto do Kleber Milk, e não agüentava mais o Cuca. O primeiro é o responsável pela pior fase da história do Flamengo em títulos, entre 1995 e 1999, e por mais que estivesse mais comportado agora, estava plenamente alinhado com dirigentes que priorizam o tetra estadual no ano que vem ao invés de nos devolver ao topo do Brasil, de onde nunca devíamos ter saído.

Quanto ao Cuca, foi tarde. Incrível como o time não tinha uma jogada. O mínimo que um treinador tem que fazer quando tem um jogador como o Adriano no time é fazer com que tudo gire em função dele. Tipo o Ronaldo no Corinthians. As matérias que saíram dando conta de como os jogadores odiavam ele dá uma demonstração de como o cara é despreparado para conviver coletivamente. Se metade do que foi publicado for verdade, o cara não durava uma mês em republica de estudantes da UFF.

O Flamengo jogou com simplicidade contra o Santos. Marcou bastante, e quando pegava a bola, manda pro Adriano. É assim que tem que ser, obviamente com mais entrosamento, com mais preparo. Só assim podemos ir longe. Mas sagacidade do Andrade em fazer o básico foi fundamental.

O jogo também foi bom para deixar claro que alguns jogadores não estavam de sacanagem por causa do Cuca. O Léo Moura por exemplo. O comentário do Junior Capacete após mais um lance bizonho do nosso camisa 2 foi elegante e certeiro. Mas faltou completar: O cara já era... Kleberson e Everton também foram mal demais, o primeiro tem crédito, o segundo tem que ceder lugar para a prata da casa...

No fim, o jogo de número MIL na série A do Brasileiro foi uma ode às mais belas tradições rubro-negras: gol de um craque formado em casa, quebra de um jejum histórico, um ídolo no banco de reservas, vencedor como jogador e que já conquistou a torcida como técnico. O choro dele ao final do jogo, a exaltação da mulecada da gávea, a homenagem ao saudoso Zé Carlos, tudo foi emocionante, tudo foi com a cara do Flamengo, coroando uma semana turbulenta.

Eu quero muito que o Andrade seja efitivado como treinador. Chega desses forasteiros que não entendem nada do que é Flamengo. Vagner Mancini por ser um treinador muito promissor, mas guarda semelhanças demais com o Harry Potter que foi nosso técnico ano passado. Parreira eu não preciso nem falar, basta ler os textos do Cappelli nesse blog. A única opção que eu acho melhor que o Andrade é a do Carpegiani, exatamente porque ele sabe muito bem o que é o Flamengo.

Ah, eu não errei de foto não. A do Andrade vai estampar o texto que vai vir depois da vitória contra o Atlético Mineiro na quinta.

Saudações Rubro-Negras

Dois retornos

Prezados leitores, finalmente temos uma contribuição fora do eixo Fla x Flu. Pedro Pessoa, o Yellow Man da colina, se apresenta e, já liberado pela comissão técnica, faz sua estréia. Aguardamos ansiosamente um contato pelas bandas de General Severiano para completar o time do blog mais abalizado sobre futebol do mundo contemporâneo.

Carlos Alberto voltou. Pena.

O Vasco, desde sua saída, tinha reencontrado o seu bom futebol. Não sou ufanista e, por isso, não vou defender nesse espaço que estava jogando o melhor futebol do mundo, que venceria qualquer time do mundo, etc. Não se trata disso. Mas tinha voltado a jogar o feijão-com-arroz que nos emociona. Zagueiro que dá bicão. Lateral que vai na frente e cruza. Meio de campo que tenta(!) desarmar. E ataque que chuta a gol. Já basta para voltar a 1ª divisão.

Ouvi um comentário no confronto com o Vila Nova que expressa bem o sentimento da torcida:

- Esse time, se jogasse contra o do ano passado, dava de 10. Com Vilson e tudo. Aquele era de 2ª, na 1ª. Esse é de 1ª, na 2ª.

Mas bem. Então volta o Carlos Alberto. Não é um jogador ruim. Não é isso tudo que falam, mas não joga tão mal. Consegue entender mais ou menos o que está acontecendo em campo. Ás vezes até joga sério. E tecnicamente, comparado com o resto do time, tem que ser titular. Não há duvida.

O problema, mais paradoxal que seja, é que o time se acovarda com ele. Fica pequeno. Pára de jogar bola e começa a jogar para ele. Foi só o Dorival chamar o Carlos Alberto para conversar e pronto: Alex Teixeira dá passe de letra, Adriano tenta driblar o time inteiro sozinho. Ele entra em campo então, que merda. Tenta voleio; o outro dribla até o goleiro e não consegue finalizar; Ramon dribla 3 no meio do campo, mas não passa a bola. Vira pelada.

Até entendo o motivo: se uma cara ganha sozinho mais que o resto do time em campo, é natural que o resto do time tente jogar tirando foto. Entendo, mas não aceito.

Enfim, o resultado não poderia ser outro: 2x1Bahia, de virada. O Vasco com um a mais boa parte do 2º tempo. Festa de título da torcida baiana no Pituaçu. O Vasco sai de campo sem saber o que aconteceu. Técnico usa bordão para justificar o injustificável. Enfim: voltou o Carlos Alberto e voltamos a passar vergonha. Que venha o Fortaleza.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Demissão do Cuca


Direto ao assunto. A demissão do Cuca serve a três propósitos: O Juan vai poder dar à vontade seus ataques de perereca, típicas de quem se acha o melhor lateral esquerdo do mundo, O Adriano vai poder chegar atrasado e dar as desculpas mais estapafúrdias quando resolver não aparecer pra treinar e o Pet finalmente vai ter sua chance de se despedir do futebol atuando pelo Flamengo. O Cuca não está mais lá pra atrapalhar.


Desconfie de qualquer treinador que aceite treinar o Flamengo, porque um treinador sério, de fato, jamais aceitaria um convite de um clube que tem a maior torcida do Brasil, que está afundado em dívidas, cujos jogadores trocam de roupa dentro do carro porque o banheiro é podre, que não consegue um centro de treinamento decente ( a não ser que pague pela Granja Comary) e que tem a diretoria mais fanfarrona do futebol brasileiro. No Flamengo pode- se tudo. Tudo é permitido. Afinal, quem não paga jogador tem moral pra multar quem chega atrasado ou falta ao treino? Tem moral pra multar jogador que quebra a hierarquia?


No fim das contas fiquei feliz com a demissão do Cuca por um motivo: Acho que ele merece coisa melhor. Merece tudo o que o presidente do Flamengo, o Juan e o Adriano não tiveram por ele: Respeito.


O Obina passou seis meses sem fazer gol. A culpa é do Cuca?

Nenhum zagueiro foi contratado pra substituir o Fábio Luciano. É culpa do Cuca?

O Ibson foi devolvido. A culpa é do Cuca?

O Kléberson voltou da Copa das Confederações completamente fora de órbita. A culpa é do Cuca?

O Flamengo perde uma série de jogadores por contusão ou suspensão. A culpa é do Cuca?


Espero que todos os problemas que colocaram na conta do Cuca sejam prontamente resolvidos pelo novo treinador.


Tenho certeza que a diretoria do Flamengo está torcendo contra a África do Sul pra que o Joel volte pra Gávea o mais rápido possível.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Desgraça pouca é bobagem

Fidalgos tricolores, falar do Fluminense atualmente tá igual a ver o programa do Wágner Montes ou o RJTV: só tragédia. Quando você pensa que não dá mais pra piorar, que já tá com a cara colada no fundo do poço, vem alguém e solta uma bela badalhoca lá do alto, acertando em cheio nosso nariz. Sempre dá pra ficar pior, não duvide. Eu, por exemplo, já cortei de meu dicionário o ditado "depois da tempestade vem a bonança". Balela pura! Depois dela vem a leptospirose, o prejuízo dos móveis estragados e uma baita dor de cabeça na zona de rebaixamento. Assim vai meu combalido time. Como um ótimo cristão, vai dando a outra face à tapa e, levando em conta a quantidade de torcedores, ainda temos muito que apanhar.
Vocês precisam me entender, fica difícil escrever no momento atual. Estava em São Paulo e vi o jogo da mulambada, um bando em campo tomando olé do porco. O Inter fez 2x0 rápido e, quando achava que tudo já estava liquidado, fizemos 2x2 em 5 minutos. Milagre, pensei comigo. Mas tudo voltou ao normal logo em seguida, com o Inter fazendo mais dois gols. Me pareceu o mesmo caso do Timão. Abriram uma boa vantagem e depois ficaram brincando conosco igual gato brinca com barata, esperando tranquilamente o momento de matá-la, ciente da sua superioridade. Admito que senti vergonha. Estamos sendo tratados como presa fácil, aquele time que os outros sabem que ganham na hora que quiserem, uma espécie de café-com-leite do brasileirão. Contra o Goiás então, mais uma carcada de 4...

Doente que sou, estava pronto para ir ao maracanã no sábado. Me aprontei, convenci meu irmão e até tentei comover meu cunhado que, sabiamente, disse que não iria assistir este time sem vergonha nem a porrada, de jeito nenhum, nem se eu fosse com uma limusine pegá-lo em casa e pagasse seu ingresso. Deu 18hs e olhei pela janela, um ventinho frio e ameaça de chuva. Tive um choque de sanidade e me dei conta da estupidez que estava prestes a cometer. Sair de minha residência, gastar um dinheiro, no frio, pra ver este bando descontrolado e desalmado em campo. Resolvemos então ir para o boteco aqui na esquina de casa. Salaminho, cerveja, pastel e goleada do Goiás. Me senti como um torcedor do América. Cada gol do Goiás olhavam pra gente com pena, com dó, nem zoavam porque não tem graça bater em bêbado e tinha jogo deles no dia seguinte - prudência nunca é demais.

É muito triste ver Ruy cabeção com nossa camisa 10. Mas acaba sendo o retrato do atual momento: uma nau completamente desgovernada e capitaneada por um cara que foi dispensado do Grêmio. O gol parecia estar vazio, era só chutar. No ataque, Kieza, isso mesmo, Kieza mostrava ao leandro Amaral o básico do futebol. Estamos numa fase que se acertar um chute, mesmo que seja lá nas cadeiras azuis, é lance perigosíssimo. A única alegria que o fluminense me dá é no Cartola FC. Sempre boto os atacantes que jogam contra meu próprio time e tenho me dado bem. Botei o Ramalho e o felipe e os dois fizeram gols. Tardelli na próxima rodada é barbada, assim como os zagueiros do time que enfrentamos.

Mas não tem nada não. Renight voltou hoje, pela quinta vez, e tudo vai dar certo. Ninguém no Brasil tem tanto talento pra treinar time rebaixado. Te cuida, Íbis!!!

E ninguém cala esse chororô


Depois de merecidas férias deste blog ( sem direito a remuneração) retorno pra falar uma ou outra coisa sobre o clássico carioca desta rodada.

Como está difícil ver jogo do Flamengo com aquela camisa horrorosa que, conseguiu ficar ainda pior com a marca do patrocinador na manga. Em 37 anos de vida, nunca vi uma camisa rubro- negra tão feia. E ainda tem gente que paga r$ 161,90 pra adquirir coisa de tão mau- gosto. Que saudade da Adidas! Que saudade da camisa da década de 80!


Sobre o jogo, mais um chororô alvinegro. Acho que o Vitor Simões não fez falta no Airton no gol anulado do André Lima e acho que foi falta do Emerson no Lúcio Flávio no gol de empate do Mengão. Eu acho. Ou seja, questão de critério e/ou de interpretação.


Porém, ninguém tem dúvidas de quê o Alessandro estava impedido no primeiro gol alvinegro. Mas na entrevista coletiva, o Ney Franco ( " Tava na beira do mal, tava na beira do caos numa piração total!") nem tocou neste assunto e, preferiu mostrar que já está completamente ambientado no clube. Fazendo o quê? Chorando, né? E ignorando os erros de arbitragem a favor do Botafogo.


O Flamengo precisa abrir o olho, começar a vencer partidas senão, daqui a 4 ou 5 rodadas estaremos na zona de rebaixamento fazendo companhia à playboyzada. O Cuca precisa urgentemente dar um jeito na defesa do Mengão. Adriano está fazendo a sua parte e já está a um gol dos artiheiros do Brasileirão. Emerson tem 5 gols. Não dá pra dizer que a dupla de ataque não funciona, né?


Estou magoado com o Obina. Dizer que o Flamengo não teve paciência com ele é de uma ingratidão enorme. E falta de Simancol também.

terça-feira, 14 de julho de 2009

FLAMENGO CAMPEÃO!!!


Mais uma taça para o MAIS QUERIDO DO BRASIL. Esse é único motivo justo para sair da submersão futebolística que eu me impus após o longo texto sobre a bipolaridade rubro negra. Estou em processo de desintoxicação do velho esporte bretão, pelo menos no que se refere a assistir jogos na TV ou no estádio. Não vi o jogo com o Vitória, que teve destaque não apenas pela estréia do novo manto sagrado (do qual eu não gostei, mas agente acostuma...) e pelo fato de que o Cuca escalou dois goleiros (isso mesmo, DOIS) para o nosso banco de reservas... Genial. Não vi também o jogo contra a bambilândia, que pelo que eu soube depois foi mais uma oportunidade de vitória desperdiçada por esse elenco regional que nós temos. Ah, pelo menos o Manto continua invicto. Não vou ver o jogo contra o Palmeiras, pois não vou ao maraca e nem tem o paiperviu. Vou acabar parando na final da liberta mesmo.

Mas apesar disso tudo vi a final do Showboll. Nunca tinha visto um jogo inteiro dessa parada, mas não puder perder o MENGÃO na final. E valeu a pena. Detonamos o Santos, que era o atual campeão, e faturamos o caneco com uma campanha invicta. Comandados por Djalminha, que já foi eleito o melhor jogador do mundo dessa modalidade com o Maradona atuando, e com grande atuação de figuras que faturaram os últimos títulos nacionais que conquistamos, como Junior Baiano, Gelson Baresi e Marquinhos, e fracas atuações de figuras que protagonizaram o nosso pior período de títulos da história da Gávea, como Fábio Baiano e Fabinho (aquele que foi entortado pelo Ailton na final do estadual de 1995).

Mas o fato é que foi muito maneiro ver o jogo. Muita torcida do Flamengo, não importa o que esteja em jogo, se a camisa e o nome do rubro-negro estiverem em ação a galera comparece, vários golaços (o jogo terminou 11 a 8 pro MENGÃO, que chegou a estar perdendo por 4 a 1) e um sentimento de identidade com as peladas descompromissadas que disputávamos quando criança, quando a bola não saia ao bater na parede.

Agora é comemorar o titulo e esperar que não fiquemos mais de 15 anos na fila pelo Bi. E quem venha a porcalhada! Sem Obina é óbvio!.

Saudações Rubro-Negras

segunda-feira, 13 de julho de 2009

A zona na zona

Fidalgos tricolores, amanhecemos no chamado G4 do mal, lugar amaldiçoado e repleto de almas penadas professorais que vagam demitidas neste entreposto entre o inferno (série B) e o purgatório (Sul-americana). Após sucumbir diante do imbatível Avaí, declinamos diante do insuperável Santo André, a máquina que azeita a zona industrial do agrião paulista. Tirando as duas goleadas impiedosas contra São paulo e Botafogo, ambas por 1x0, não sabemos o que é vencer, ou pior, nem sentir o cheiro da vitória por perto. Em nenhuma partida podemos apostar que nosso time partirá pra cima, buscará o ataque o tempo todo, principalmente em casa. Atuações individuais desastrosas acompanhadas de um baita faroeste entre cartolas, Unimed e Traffic dão o tom da bagunça que assistimos quando vemos aos jogos, um time sem jogadas, equilíbrio, vontade ou mesmo vergonha na cara.

Aí paramos pra pensar. O Parreira é ruim? Não, pelo menos não a ponto de ser o responsável pela mediocridade tital de um time. O Renê era ruim? Também acho que não, ainda que suas parábolas toscas nem chegassem perto de um entendimento por parte dos jogadores. O grupo é extremamente limitado e, o pior, sem nenhuma alternativa no banco para suprir necessidades eventuais tais como lesões, entorces ou gripe suína. O João Paulo, tadinho, parece um meniniho perdido em um jogo do primeiro quadro, só pra ficar na várzea. Acho que ele tem potencial, mas não pra ser, agora, titular do Fluminense. Rui cabeção e Mariano? Bons reservas e olhe lá. Titular, dono da posição mesmo, acho que só o Fred, o Conca e, com muita boa vontade, Luiz Alberto e Berna. O resto, qualquer um deles, disputaria posição em outros times, da segunda divisão, é claro.

É aquela velha história. Como fazer um bom prato com ingredientes desta qualidade? Pode chamar o melhor técnico do mundo, ou melhor, fazer uma comissão com Muricy, Luxa e Felipão, não adianta. O bolo vai solar, a comida vai ficar sem sal e o caldo vai entornar, como já entornou no colo do Parreira. Uma torcida faminta e fidalga como a nossa não come podrão de barraquinha em beira de esquina nem PF de 3 reais. Nossa tradição não foi conquistada aceitando petiscos, muito pelo contrário. Se não acordarmos agora, vamos acabar disputando sopão na candelária e, o pior, numa manhã de segunda...

sexta-feira, 10 de julho de 2009

O negócio do Parreira é outro: é o negócio.

Fidalgos tricolores, o momento é extremamente delicado e requer reflexões que extrapolam o senso comum raso dos que adoram respostas prontas nas manchetes de jornais e programas de debate esportivo. Aliás, a cada dia que passa perco a esperança de conseguir ler ou escutar algo que valha a pena, que não seja o óbvio ou que não esteja somente preocupado com o lucro, fazendo fogo e vendendo extintor logo ao lado. A culpa é do Parreira? Creio que não. Ele deve continuar como técnico? creio, novamente, que não. Estou sendo contraditório? Ainda que pareça, não.


O Fluminense já faz muito tempo é o time do Rio que tem mais verba pra contratação de jogadores, digamos, de calibre. Anos e anos com um considerável dinheiro da UNIMED na conta e anos e anos sem a formação de um time equilibrado e competitivo. Todo início de ano são feitas 367 contratações altamente duvidosas onde, no máximo no final do campeonato carioca, 75% deles serão dispensados por deficiência técnica, tirando os que vão permanecer ganhando altas somas na reserva. Este anos, ocorreu exatamente a mesma coisa. Dinheiro de sobra e competência de menos. Um exemplo. Tivemos Roger e Leandro Domingues. O primeiro, mesmo fazendo alguns golzinhos agora é horroro e o segundo não teve nem oportunidade no clube. Hoje Leandro Domingues, mesmo sem ser um craque, dá um toque de organização no meio-campo do Vitória, bem superior ao Fabinho, Marquinho, Maurício ou Wellington Monteiro. É só um exemplo para mostrar a falta de estrutura do departamento de futebol, de seu gerenciamento, da aplicação correta dos recursos e de uma gestão que produza um planejamento, independente dos técnicos que vem e vão, indicando jogadores do seu gosto e indo embora três jogos depois. Qual a lógica disso, meu Deus? O cara chega no início da temporada, indica 70% dos "reforços" do time e, 1 mês depois é mandado embora pelos dirigentes.




Aí entra o Parreira. Essa é sua função, nos bastidores e não como boi de piranha de briga entre UNIMED e TRAFFIC, cada qual querendo seu quinhão. Quando o time é comprovadamente ruim, temos que levar na emoção, no sentimento, algo que desperte naquele pereba algo que ele nem sabia que tinha e que nunca vai saber. É o tal do motivador. Bota o Felipão mandando dar carrinho com os dois pés, cuspir na cara e dar cotovelada, porque em uma guerra é assim que se faz, só um pode sobreviver dentro do campo de batalha. Duvido que esses caras não saíam do vestiário pro jogo com a faca nos dentes, metralhadora atravessada e uma faixa amarrada na cabeça no melhor estilo Braddock. Na falta do talento, que pelo menos entre em campo 11 Guinazus enlouquecidos, tentando espantar o adversário pela cara feia já que pelo talento tá difícil. O Parreira não tem condições de desempenhar este papel. Mas, coloca um laptop e uma boa equipe do lado dele que estão resolvidos nossos próximos 10 anos, saneando as brechas onde os ratos de fraque beliscam seus queijos suíços no salão nobre das laranjeiras. Motivador não é técnico? Concordo. Mas, em determinados casos, resolve que é uma beleza. A acomodação deste elenco com a atual situação é de causar enjôo.




O time não pode jogar em função do técnico, deve ser exatamente ao contrário. É o clube que deve indicar os reforços. Ou será, meus Deus, que o clube não sabe quais são as carências do elenco e que jogadores poderiam ser úteis??? Ao técnico, cabe treinar o time contratado pelo clube, evitando desvios e interesses pessoais. Caso não concorde, basta o treinador não aceitar o convite. Caso contrário, aceitando, não poderá usar a desculpa esfarrapada de que "os reforços que pedi não chegaram" porque já sabia de antemão que o quadro era este. Quem aceita treinar um time com Ed Carlos, Fabinho, Diguinho e Cia espera o quê, meu camarada? Títulos e glórias? Faça-me o favor...




Contra o Timão, ficou evidente a tristeza deste time. Primeiro gol, lançamento nas costas de Ed Carlos. Segundo gol, passe errado de Diguinho no meio-campo. Terceiro gol, passe errado de Fabinho no Meio-campo. Aí você imagina o Ronaldo pegando a bola e, ao partir pro ataque, ver Ed Carlos e Cássio pela frente. Ele já comemora quando recebe a bola. A deficiência técnica de nossa zaga incita os adversários a partir para cima. No gol do Dentinho, que parecia gol de pelada, a bola foi sendo tocada com tranquilidade até chegar nele, sozinho, já que o Mariano achou que não precisava marcá-lo. Com 3x0 já no primeiro tempo, voltaram para o segundo com a night já marcada. Não nos enganemos. Se houve reação, foi porque o Timão não fazia a mínima questão de mais 45 minutos, convenhamos. A ponto do Ronaldo chegar na lateral e falar pro Mano que o time tava brincando...




Esse é o retrato do Fluminense: pior ataque, defesa horrorosa, sem laterais, goleadas de 1x0, nenhum padrão tático, derrotado pelo Avaí (sua única vitória) e sem perspectiva nenhuma de títulos, beirando a já famigerada zona do rebaixamento. Não parece um time em crise financeira? pois é...