segunda-feira, 20 de julho de 2009

Desgraça pouca é bobagem

Fidalgos tricolores, falar do Fluminense atualmente tá igual a ver o programa do Wágner Montes ou o RJTV: só tragédia. Quando você pensa que não dá mais pra piorar, que já tá com a cara colada no fundo do poço, vem alguém e solta uma bela badalhoca lá do alto, acertando em cheio nosso nariz. Sempre dá pra ficar pior, não duvide. Eu, por exemplo, já cortei de meu dicionário o ditado "depois da tempestade vem a bonança". Balela pura! Depois dela vem a leptospirose, o prejuízo dos móveis estragados e uma baita dor de cabeça na zona de rebaixamento. Assim vai meu combalido time. Como um ótimo cristão, vai dando a outra face à tapa e, levando em conta a quantidade de torcedores, ainda temos muito que apanhar.
Vocês precisam me entender, fica difícil escrever no momento atual. Estava em São Paulo e vi o jogo da mulambada, um bando em campo tomando olé do porco. O Inter fez 2x0 rápido e, quando achava que tudo já estava liquidado, fizemos 2x2 em 5 minutos. Milagre, pensei comigo. Mas tudo voltou ao normal logo em seguida, com o Inter fazendo mais dois gols. Me pareceu o mesmo caso do Timão. Abriram uma boa vantagem e depois ficaram brincando conosco igual gato brinca com barata, esperando tranquilamente o momento de matá-la, ciente da sua superioridade. Admito que senti vergonha. Estamos sendo tratados como presa fácil, aquele time que os outros sabem que ganham na hora que quiserem, uma espécie de café-com-leite do brasileirão. Contra o Goiás então, mais uma carcada de 4...

Doente que sou, estava pronto para ir ao maracanã no sábado. Me aprontei, convenci meu irmão e até tentei comover meu cunhado que, sabiamente, disse que não iria assistir este time sem vergonha nem a porrada, de jeito nenhum, nem se eu fosse com uma limusine pegá-lo em casa e pagasse seu ingresso. Deu 18hs e olhei pela janela, um ventinho frio e ameaça de chuva. Tive um choque de sanidade e me dei conta da estupidez que estava prestes a cometer. Sair de minha residência, gastar um dinheiro, no frio, pra ver este bando descontrolado e desalmado em campo. Resolvemos então ir para o boteco aqui na esquina de casa. Salaminho, cerveja, pastel e goleada do Goiás. Me senti como um torcedor do América. Cada gol do Goiás olhavam pra gente com pena, com dó, nem zoavam porque não tem graça bater em bêbado e tinha jogo deles no dia seguinte - prudência nunca é demais.

É muito triste ver Ruy cabeção com nossa camisa 10. Mas acaba sendo o retrato do atual momento: uma nau completamente desgovernada e capitaneada por um cara que foi dispensado do Grêmio. O gol parecia estar vazio, era só chutar. No ataque, Kieza, isso mesmo, Kieza mostrava ao leandro Amaral o básico do futebol. Estamos numa fase que se acertar um chute, mesmo que seja lá nas cadeiras azuis, é lance perigosíssimo. A única alegria que o fluminense me dá é no Cartola FC. Sempre boto os atacantes que jogam contra meu próprio time e tenho me dado bem. Botei o Ramalho e o felipe e os dois fizeram gols. Tardelli na próxima rodada é barbada, assim como os zagueiros do time que enfrentamos.

Mas não tem nada não. Renight voltou hoje, pela quinta vez, e tudo vai dar certo. Ninguém no Brasil tem tanto talento pra treinar time rebaixado. Te cuida, Íbis!!!

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