segunda-feira, 27 de julho de 2009

Samba do Rubro-Negro Doido!


O Flamengo é realmente impressionante. Que outro clube propicia tamanha gama de emoções para o seu torcedor em tão pouco tempo? Na quinta-feira passada nos demos conta de que é ano eleitoral no Flamengo, e que vamos ficar mais um ano na fila do brasileirão. O clube demite o Cuca horas depois do presidente garantir que o treinador ia ficar. No dia seguinte o Kleber Milk pede afastamento por conta do pleito do final do ano. O pior dos quadros se apresentava para o nosso milésimo jogos em campeonatos brasileiros (terceira divisão não conta “fidalgos...). Mas eis que o mais genuíno elemento rubro-negro aparece em campo, e de quebra ainda quebramos um tabu histórico da vila Belmiro.

A propósito, não gosto do Kleber Milk, e não agüentava mais o Cuca. O primeiro é o responsável pela pior fase da história do Flamengo em títulos, entre 1995 e 1999, e por mais que estivesse mais comportado agora, estava plenamente alinhado com dirigentes que priorizam o tetra estadual no ano que vem ao invés de nos devolver ao topo do Brasil, de onde nunca devíamos ter saído.

Quanto ao Cuca, foi tarde. Incrível como o time não tinha uma jogada. O mínimo que um treinador tem que fazer quando tem um jogador como o Adriano no time é fazer com que tudo gire em função dele. Tipo o Ronaldo no Corinthians. As matérias que saíram dando conta de como os jogadores odiavam ele dá uma demonstração de como o cara é despreparado para conviver coletivamente. Se metade do que foi publicado for verdade, o cara não durava uma mês em republica de estudantes da UFF.

O Flamengo jogou com simplicidade contra o Santos. Marcou bastante, e quando pegava a bola, manda pro Adriano. É assim que tem que ser, obviamente com mais entrosamento, com mais preparo. Só assim podemos ir longe. Mas sagacidade do Andrade em fazer o básico foi fundamental.

O jogo também foi bom para deixar claro que alguns jogadores não estavam de sacanagem por causa do Cuca. O Léo Moura por exemplo. O comentário do Junior Capacete após mais um lance bizonho do nosso camisa 2 foi elegante e certeiro. Mas faltou completar: O cara já era... Kleberson e Everton também foram mal demais, o primeiro tem crédito, o segundo tem que ceder lugar para a prata da casa...

No fim, o jogo de número MIL na série A do Brasileiro foi uma ode às mais belas tradições rubro-negras: gol de um craque formado em casa, quebra de um jejum histórico, um ídolo no banco de reservas, vencedor como jogador e que já conquistou a torcida como técnico. O choro dele ao final do jogo, a exaltação da mulecada da gávea, a homenagem ao saudoso Zé Carlos, tudo foi emocionante, tudo foi com a cara do Flamengo, coroando uma semana turbulenta.

Eu quero muito que o Andrade seja efitivado como treinador. Chega desses forasteiros que não entendem nada do que é Flamengo. Vagner Mancini por ser um treinador muito promissor, mas guarda semelhanças demais com o Harry Potter que foi nosso técnico ano passado. Parreira eu não preciso nem falar, basta ler os textos do Cappelli nesse blog. A única opção que eu acho melhor que o Andrade é a do Carpegiani, exatamente porque ele sabe muito bem o que é o Flamengo.

Ah, eu não errei de foto não. A do Andrade vai estampar o texto que vai vir depois da vitória contra o Atlético Mineiro na quinta.

Saudações Rubro-Negras

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