segunda-feira, 31 de maio de 2010

Ibama autua o Flu!

Fidalgos tricolores, que ótimo passeio em BH.  Depois de um primeiro tempo preocupante, quando tomamos um gol  logo no início, voltamos para o segundo decididos a colocar o galo no seu devido lugar. Com uma cabeçada certeira de nosso zagueiro-guerreiro-Orixá, OGum, demos início a uma arrancada fulminante, o que me fez lembrar a virada histórica sobre o outro freguês mineiro, o Cruzeiro, quando perdíamos por 2x0 no primeiro tempo e viramos pra 3x2 no segundo, dando início ao percurso da fuga contra o rebaixamento.

E parece que o Fred conhece mesmo todos os atalhos do estádio. Naquela data, fez dois (com outro do Gum, não podemos deixar de falar) e ontem, mesmo jogando ainda sem estar 100%, fez o último que selou o destino do galo, jogou o caldo knorr e acabou com a festa dos matutos. Alan completou o score, entrando no lugar do Rodriguinho que, pela primeira vez, fez uma partida horrorosa, pra se esquecer. Podemos dizer que perdemos o primeiro tempo com 10 e, quando o Alan entrou, igualamos e vencemos. Tá certo que no segundo gol ele foi tentar cruzar, a bola pegou no tornozelo e enganou o goleiro, tudo bem. Mas no terceiro, a tabela foi bem tramada com o Fred e, finalmente, ele aprendeu que deve passar a bola, o que raramente fazia e era justamente esta característica que o deixava no banco de reserva. Sendo mais garçon, as chances dele aumentam e pode disputar vaga com o Rodriguinho.

E lá vamos nós, já em terceiro lugar e sem nenhum empate, coisa que nos perturbava ano passado. Em campeonato de pontos corridos, mais vale uma vitória e duas derrotas do que três empates. Em ambos os casos somam-se três pontos mas a vitória é critério de desempate. Muricy parece já ter o time nas mãos e as escalações repetidas fortalecem o conjunto, dando grandes esperanças para nós.

De ruim só mesmo a multa que teremos que pagar por maltratar o galo indefeso sem dó nem piedade.

Quarta-feira todos ao maraca! Não só pra ver nosso novo fluzão, mas também para se despedir do nosso velho amigo e camarada, que vai ser fechado na próxima semana.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Lição de pai


Fidalgos tricolores, o que vi ontem foi a mais profunda lição que um pai pode dar ao seu rebento rebelde. Ensinamos organização tática, conjunto, jogadas pelas laterais e marcação cerrada, além de, é claro, não deixar escapar as coisas básicas que um pai deve ensinar ao filho tais como tomar banho, escovar os dentes, não trocar o "L" pelo "R" nas palavras e, por fim, não mexer nas coisas dos outros.

Relutantes em aceitar nossos ensinamentos, nós mesmos demos o banho, e na frente de todo mundo para que eles não alegassem maus tratos. Parecem que não gostaram muito, mas com o tempo, pelo visto, vão se acostumar. Esse time com Camacho, Toró e Ramon vai viver tomando escovada. Pelo menos ficam limpinhos e com os dentes sem cáries. Nós, como bons pais, ficamos felizes.

E o que dizer do Diego Maurício? Tinha que ser no Flamengo uma pessoa com nome composto e por dois nomes próprios. O perigo é o porvir: Cléverson Uéslei e Clayton Walace podem ser os novos reforços. A Globo, que não é boba nem nada e vive do drama pra fazer seu jornalismo, aproveitou a família do muleque desesperada na geral pra fazer uma onda. E tudo porque ele sofreu um penalti, não sem antes errar alguns passes e dar uma canelada na bola. Se tivesse feito um gol tava no RJ/TV do dia seguinte, com certeza.

E foi diante de nossas crias que fizemos uma bela apresentação. Principalmente porque pela primeira vez no ano passamos a ter jogadas pelas laterais, principalmente a esquerda, com o Carlinhos. Aliás, jogou muito. Sempre se apresentando para fazer a tabela e receber a bola, temos agora um assentado naquele campo improdutivo que tínhamos neste setor. E isso fez com que o time se encaixasse, já que o Marquinhos pôde voltar a sua posição original que é o meio e o Conca teve com quem fazer jogadas mais elaboradas. Carlinhos podia ter coroado sua apresentação com um gol feito mas, pelo conjunto da obra está perdoado, não só pela boa técnica como pela disposição até o último minuto de jogo.

Isso sem falar no Rodriguinho, que corre o tempo inteiro e inferniza a zaga adversária. E olha que o Fred entrou meia-bomba pra esse jogo, com dores na coxa. Ainda perdeu um gol feito que, em plenas condições físicas, ele não costuma perder. O Fluminense foi um time rápido e bem resolvido nos três setores, com consciência do que deveria ser feito e sem afobamento com a bola nos pés. Contra as loucas do Tietê já tive esta impressão, mas contra nossos bacuris malcriados tive a confirmação: Muricy já chegou e, graças aos deuses, não vamos sofrer até a paralisação para a Copa. Existe um esquema e cada jogador parece saber o que fazer. Com a chegada do Edinho, se chegar, o nosso elo fraco vai pro banco (Diogo) e vamos ganhar mais poder de marcação, deixando o time mais seguro atrás, já que sofremos pequenos sustos, nada além de brincadeira de crianças. 

Já o Rafael vem sofrendo críticas, mas confesso que ainda não vejo motivos para tanto alarde. Tomamos um gol de penalti do Ceará, um gol de falta dos mano e outro do Bruno Chiliquenta. No meu ponto de vista, nenhuma falha do nosso arqueiro. Ontem, aliás, fez uma defesaça no que seria um golaço do artilheiro do amor (partido). Enfim, temos duas vitórias e duas derrotas e uma boa perspectiva pela frente.
Imaginem um meio com Cléber Santana, Edinho, Conca e Deco, Com Fred e Rodriguinho na frente. No mínimo, Libertadores e com grande chances de título pelos jogos que tenho visto até agora.

Convite

Prezados seguidores aqui do Blog, como podem ver temos uma deficiência em relação à cobertura do Glorioso e do Vasco. Faço aqui um convite a quem quiser colaborar com textos sobre estes times. É so entrar em contato. Aliás, o Botafogo é uma boa surpresa. Vem jogando bem e ontem, sem nenhum atacante titular, não fosse o penalti perdido, tinha voltado com um pontinho e a invencibilidade de BH. Esse Joel é milagreiro...

Fora Rogério!!!


Sabe aquilo tudo que eu falei sobre o Mengão no ultimo texto? Então, tudo continua valendo. A eliminação na liberta, a derrota de ontem para o Flu, assim como a vitória contra o Grêmio Prudente, nada muda uma virgula sobre o significado do Flamengo.

Ocorre que algumas pessoas que estão no Flamengo não entendem isso. E elas precisam ser expurgadas, como um câncer, enquanto ai dá tempo, pois teremos essa providencial parada para a copa.

Sim, sim, todos sabemos que os primeiros a serem expurgados deveriam ser os dirigentes, grandes responsáveis pela situação de caos histórico que vive o mais querido. Mas isso é uma utopia mais irrealizável do que a do socialismo soviético ou a da mão invisível do mercado. A Patrícia Amorim, por exemplo, depois de ficar um mês dizendo que ia por sangue novo na vice-presidência de futebol do clube, escala um ex-presidente.

Vamos então para a parte mais fácil, que diz respeito ao nosso time em si. Mesmo com esses dirigentes, fomos capazes de ganhar o Hexa ano passado.

A primeira coisa a ser feita é demitir o Rogério e acabar logo com esse absurdo que a nossa nadadora em comando fez de realizar uma experiência em plena fase decisiva da liberta. Deu certo contra o timão, apesar do esforço que o Rogério fez para entregar a vaga no primeiro tempo do jogo de volta. Esforço esse que foi recompensado na primeira partida contra os chilenos no maracanã, onde ele simplesmente entrou com 4 volantes e mesmo assim tomamos 3 gols.

O Rogério, além de estar totalmente perdido, como ficou claro na escalação inicial do Fla-Flu e nas conseqüentes substituições, é um covarde. Simples assim, covardes não tem lugar no Flamengo. 4 volantes contra a La U no primeiro jogo. No segundo, mesmo sabendo que precisávamos de 2 gols, entrou com 3 volantes. Mesmo depois do empate chileno, manteve esse esquema até os 35 minutos. E ainda assim, manteve dois volantes, mesmo contra um time que não nos atacava, até os 40 minutos do segundo tempo. E isso no jogo do ano para o Mengão.

A covardia dele segue no Brasileiro. Quando o poderoso grêmio prudente empatou, ele preparou as alterações: tirou um atacante e pôs outro, lançou um meia em um lugar de outro meia! Sensacional, ousadia pura! Ganhamos por sorte, com um gol de canela do Juan. Ah, mas ainda tinha o clássico contra o flu! Sabe como é, murici no banco, Fred no ataque... Eis que ele entra em campo com apenas um atacante! E gênio como ele é, escala o segundo quando já estamos perdendo de 1 a zero. Sensacional duas vezes!

Precisamos de um treinador de verdade. Que tenha a mínima noção do que está fazendo. Abelão é o cara disponível no mercado, qualquer um que não seja ele é um recado para a torcida de que estamos pensando pequeno.

Outros dois que não entenderam o que é o Flamengo são Vinicius Pacheco e Kleberson. O primeiro optou por se jogar na área no ultimo lance da nossa participação na libertadores. Deveria ter sido banido da gávea. Mas segue sendo escalado impunemente, não recebeu sequer uma reprimenda pública. É um covarde, que quando perguntado o motivo do mergulho mentiu, alegando que foi tocado por trás, quando todo mundo viu que não houve nada.

Já o Kleberson, quase não tenho palavras para descrever o ódio que eu sinto dele. O cara tirou o pé em todas as divididas. O que mais me incomoda é que esse cara é tão covarde que não teve coragem nem de pedir para não jogar, que era o que deveria ter ocorrido tendo em vista a atuação dele. Acho que depois da copa ele sai, deve se valorizar.

Parece que vai rolar uma debandada. Não me oponho a ela, ao contrário, venho falando isso desde o ano passado. Mas esse assunto fica para depois. O mais importante agora é o torcedor ter tranqüilidade. Qualquer ponto que fizermos antes da copa será um milagre, como o jogo de ontem deixou claro. O verdadeiro Flamengo entra em campo depois da copa. Assim espero pelo menos.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Deixou chegar...


Nada na vida do FLAMENGO é fácil. Nosso título na liberta é a maior prova disso. Um jogo extra contra a galinha mineira para decidir que cairia logo na primeira fase, um jogo extra contra a bandidagem do Cobreloa para ver quem levantava a taça.

O HEXA foi a mesma coisa. Depois do 3 a zero pro Avaí, qualquer outra equipe desmoronaria. O MENGÃO não, renasceu, arrancou para o título.

Não dá para saber o que motiva esse elenco que hoje veste o Manto Sagrado. Os caras estão no maior gigante do futebol brasileiro. Foram campeões carioca e brasileiro. O que falta para colocá-los definitivamente na galeria de heróis rubro-negros é conquistar a América. E mesmo assim eles dormiram no ponto, seja por soberba, seja por arrogância ou displicência.

Talvez isso ocorra pela contradição que atinge o futebol como um todo atualmente, entre dinheiro e tradição. O mercado engloba tudo, se apresenta maior que os clubes, que as paixões, faz o jogador ser mercadoria. Ainda assim, as paixões são maiores que o mercado, pois sem eles ninguém compra nada. Um jogador não tem mais amor à camisa, fica pulando de clube em clube. Mas o que faz dele um ídolo, o que valoriza o passe dele no mercado é a paixão do clube, e a tradição do time em que é campeão, é a força da camisa que veste.

Esse processo, no Flamengo, ganha dimensões colossais. Do tamanho do Adriano. E na moral, se ser chamado de império do colesterol não motivar esses caras, nada mais motiva.

O FLAMENGO vai se classificar hoje. Isso é fato. O próximo passo é segurar o império do amor, e ai sim brigar pelo bi da libertadores.

Sobre os jogos de ontem, absurda a expulsão do Kleber. O apitador decidiu a vaga, não a bola. O Cruzeiro tinha total condições de reverter o placar. “Ah, mas o Kleber ganhou o vermelho pela fama dele, por tudo que ele já fez” justifica a imprensa paulista. Eu não sabia que isso estava na regra, expulso pelo passado.

O outro time paulista, atual sensação, também foi beneficiada. O Viafra, goleiro do Vitória, ganhou um amarelo por conta de uma regrar que só vai valer a partir de primeiro de junho, e está suspenso da primeira final. Amarelo pelo futuro, isso eu também não sabia que existia. E o genérico baiano vai pegar os meninos da vila na vila sem seu bom goleiro colombiano.

O Santos não tem nada com isso. Vamos comparar os camisas 10 que entraram em campo ontem. Douglas, do grêmio, comandou seu time no primeiro tempo, quando seu time mandou no jogo. Ganso não jogou nada, errava tudo.

Mas começa o segundo tempo, o Ganso decide o jogo com um golaço. Ele decidiu porque o gol dele fez o tricolor gaucho se abrir, se desesperar, e permitir os golaços de Robinho e Uéslei. Sem o gol do Ganso, eles não teriam acontecido. E o Douglas se escondeu na marcação, não acertou mais nada. Enquanto um decidiu, o outro amarelou.

O mais impressionante é que o Ganso inventou aquele gol. O clima do jogo estava frio ainda, o primeiro tempo de domínio gremista anestesiou a torcida santista e os meninos da vila. O Gol não saiu quando tava rolando uma pressão, quando todo mundo sabe que é só questão de tempo pro tento sair. Não, Ganso inventou o gol, decidiu a partida.

Hoje é a vez de impera decidir. Ou do PET em uma falta. Ou do Bruno, nas penalidades, depois de um 3 a 2 dramático pro Mengão. Ou nenhum dos três. Porque quem vai decidir hoje é a camisa do FLAMENGO, a autentica, a rubro-negra, aquela que mete medo nos adversários.

O FLAMENGO não é time da virada, como os viceínos, porque nunca estamos perdendo. Tem coisas que só acontecem com o FLAMENGO, mas diferente da turma do chororo, essas coisas são boas, são glórias inigualáveis e inalcançáveis, e não superstições negativas idiotas que justificam as moscas no Vazião. Nem precisamos gritar “eu acredito” como os torcedores daquela camisa estranha cheia de cor, porque no caso do FLAMENGO isso é óbvio, acreditamos sempre, porque o rubro-negro nunca falha.

Saudações Rubro-Negras!

ReFLUrços


Fidalgos tricolores, nosso noticiário está tomado de especulações sobre novos reforços e, se todos eles chegarem, parece que finalmente poderemos torcer por por algo no brasileirão que não seja a fuga do rebaixamento.

Já confirmados temos o Rodriguinho e o Carlinhos, ambos do Santo André. O primeiro fez uma boa estréia, participando ativamente das jogadas e criando opções de ataque. Uma boa escolha pra tentar suprir a ausência de nosso Maicon Bolt que cumpria como poucos a função de garçon do Fred. O segundo ainda não estreou, mas não precisa ser um craque pra jogar mais do que o Julio César. Pior que ele acho difícil de encontrar. Mesmo se tudo der errado, pelo menos agora temos dois jogadores pra posição e não precisamos mais improvisar o Marquinhos na lateral esquerda. 

Agora as promessas: Cléber Santana, André Luís, Edinho e Deco. Cléber Santana e Deco podem, enfim, colocar ordem em nosso meio de campo e acabar com a Concadependência. Além do mais, digo isso aqui faz tempo, nos momentos mais importantes o argentino teima em sumir do mapa. Bem marcado, ele se entrega e o time cai muito de produção. Com mais alternativas de criação, creio que serão maiores as possibilidades de jogadas, fazendo com que o Fluzão possa ser mais efetivo no ataque, o que anda nos faltando.

Edinho chegaria pra suprir uma posição carente que venho também indicando aqui nas postagens: um cabeça de área marcador e que imponha respeito, dando o mínimo de proteção para a zaga. Diguinho e Éverton já mostraram que não são aptos para desempenha esta função. Edinho seria fundamental para dar mais liberdade ao meio-campo, que poderia então contar com dois meia armadores. Já André Luís, que já vestiu nossa camisa e ficou célebre depois de dar um cartão vermelho para o juíz quando jogava no time do Chororô, é uma boa opção, já que contamos apenas com Digão, Gum e Cássio.

Enfim, tudo dando certo, e se papai Celso Barros quiser, tudo vai dar, teremos um time de respeito com a seguinte escalação: Rafael, Gum, Digão e Cássio (André Luís), Edinho, Carlinhos, Conca (Cléber Santana), Deco e Mariano, Fred e Rodriguinho. O que o Muricy vai precisar resolver é quem vai ficar no banco no meio: Conca ou Cléber Santana. De qualquer maneira, um time a ser respeitado. Uma dúvida que qualquer treinador gostaria de ter. Agora é só esperar.

GrêmiOVER

Fidalgos amigos, impossível não comentar o jogo entre Santos e Grêmio. Ganso, Robinho e Weslei marcaram três golaços, daqueles que te fazem esquecer o jogo entre Vasco e Palmeiras pela última rodada (que tristeza, duas horas da minha vida perdidas). Dorival entrou com Ganso, Robinho, Neymar, André na frente. Nas laterais, Pará e Léo, que se mandam o tempo inteiro. No meio, Weslei e Rodriguinho, que estão longe de serem cabeças de área de ofício. Ou seja, marcadores mesmo, Só o Durval o o Edu Dracena. E meteram três no poderoso Grêmio. Imagina se nosso fluzão passasse por eles...íamos pegar essa galera de frente com o crucifixo na mão...

E quando todos os treinadores do mundo tirariam um atacante pra reforçar a defesa e manter a vantagem de 2x1, ele tira o André e coloca o Marcel, outro atacante que, aliás, perdeu um gol debaixo da trave, que seria o quarto! E ainda existem aqueles que dizem que jogar bonito não dá resultado, que time no ataque é coisa do passado. Não devem estar vendo Messi, Neymar e companhia...

Só não afirmo que serão eles os campeões da Copa do Brasil porque depois da Copa é que saberemos quem vai ficar. Não saindo ninguém, é barbada.

Parabéns Dorival, e obrigado pelo segundo tempo de ontem. Que noite...

Resultado da enquete

Em mais uma votação estupenda e impressionante, temos o resultado da nossa última enquete. Só pra variar, deu empate:

Como parar os meninos da vila:

Só com AR-15: 1 voto
Gritar "Michael Jackson não morreu": 2 votos
Ameaçar tocar MPB nas viagens: 2 votos











domingo, 16 de maio de 2010

Quem com fierro fere...



Só mesmo a amizade com nosso anfitrião para justificar um comentário sobre a polo aquático de ontem. Curto e grosso:

A chuva não é desculpa para o resultado ridículo do flamengo. O vitória jogou desfalcado de 6 jogadores. Inadmissível o empate.

O que é o Fierro? O imbecil desfere aquele carrinho quando tinha dois jogadores do Mengão bloqueando o avanço do perna de pau do nosso genérico baiano.

E o Kleberson? Entrou em campo? Treinador de seleção é tudo igual, só a mediocridade mesmo justifica a presença desses dois na copa.

FORA ROGÉRIO: o cara diz que empatamos por falta de sorte... e que gostou da evolução que o Flamengo apresentou! Só se for com relação à primeira partida de polo aquático que disputamos na nossa história, ano passado, contra o Inter.

Confesso que fiquei desanimado para quinta. O Time começou ligado, atacando, demonstrando que ia ter um comportamento diferente na decisão em Santiago. Mas no segundo tempo desligou novamente, ficou uns 20 minutos sem acertar uma jogada, o que só mudou com a entrada do PET. E mesmo assim, o gringo acertou duas jogadas e só.

Esses momentos em que o time dorme, é dominado de forma absoluta pelo adversário, e que vem se repetindo com regularidade incrível, são os que podem custar a nossa classificação na liberta. Os chilenos meteram 3 gols no maraca em momentos como esse...

O Adriano vem melhorando, assim como contra La U participou bastante do jogo na primeira etapa, morreu na segunda. È torcer pra ele entrar logo em forma, para não cansar no segundo tempo.

Agora, é esperar quinta, esperar a tensão, o drama, e quem sabe, o final feliz...

AH, e que camisa ridicula... Taí um boa enquete cappelli, ver qual dessas três camisas foi a pior!

Saudações Rubro-Negras

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Acredita quem quiser!


Nossa imprensa esportiva é uma graça. Vive nos vendendo factóides e a gente vai acreditando. Explico.

Em março, na última entrevista coletiva do Dunga antes da convocação, o treinador avisou: " Não esperem surpresas na lista final". Ainda assim, a imprensa passou mais de um mês nos vendendo a idéia de quê o sujeito, pressionado por ela, poderia levar o Ganso e o Neymar. Acreditou quem quis. Se eu fosse partidário da teoria da conspiração eu iria jurar que a imprensa fez isso na certeza de quê o Dunga não levaria os dois, como não vai levar, pra que a torcida brasileira odiasse ainda mais o anão em questão. Acreditem em mim, nossa imprensa esportiva não merece muito crédito.

Na Copa de 82, Telê Santana inovava no futebol brasileiro com um esquema com 4 jogadores no meio- campo. Foi uma calamidade nacional! Nossa querida imprensa esportiva foi à loucura com tamanha blasfêmia! Jô Soares tinha um personagem em seu humorístico semanal chamado Zé da Galera. Ele simulava uma ligação de um orelhão para o Telê e espinafrava o treinador. Seu bordão virou mantra: " Bota ponta, Telê!!!"
O Fio de Esperança, como o treinador ficou conhecido nos seus tempos de Fluminense, foi acusado de Europeizar o futebol brasileiro, de descaracterizar o futebol brasileiro, de achincalhar o futebol brasileiro. Como se sabe, a História o absolveu. Hoje, a mesma Imprensa enche a boca pra dizer:" Mestre Telê!"

Em 86, ficamos nas quartas-de-final para a França, cuja maior lembrança é aquele penalti perdido pelo Zico no segundo tempo, que nos deixaria em vantagem de 2 a 1. À partir deste dia, a Imprensa elegeu Telê o Pé-Frio-Mor do Brasil. Bastava o treinador perder uma partidinha qualquer pelo Atlético Mineiro e a Imprensa vociferava: " É mesmo um Pé-Frio!!!"
Em 87, na semifinal da Copa União, que equivalia ao Campeonato Brasileiro, Renato Gaúcho com a camisa 7 do Mengão, puxou um contra- ataque fulminante e só não entrou com bola e tudo porque teve humildade em gol. 3 a 2 Flamengo num Mineirão lotado!
Renato havia sido cortado por Telê na Copa de 86 por ter chegado na concentração trêbado junto com Lendro que, não teve forças pra pular o muro. Renato após o gol, passou em frente ao banco do Atlético depois da comemoração e mandou o Telê calar a boca, com o dedo na boca. A imprensa carioca explodiu em êxtase! " Telê nasceu pra perder como treinador! Nunca vai ganhar um título que preste! É um Pé- Frio!"
A coisa só mudou, de fato, quando Telê foi campeão brasileiro, bi da Libertadores e bi mundial pelo São Paulo. Aí, hoje, a mesma imprensa enche a boca pra dizer: " Mestre Telê!!!"

Outro factóide que a imprensa reinventa quando lhe convém, é essa história quê quem nunca foi treinador não pode ser técnico de seleção. É o mesmo que dizer que quem trabalha 15 anos na redação de um jornal, não pode ser chefe de redação porque nunca foi chefe. Involuntariamente ou não, foi a imprensa quem empurrou o Dunga para o cargo depois de dizer que 2006 estava uma bagunça, sem comando, que era preciso moralizar a seleção, era preciso um técnico disciplinador e patriota pra resgatar o prazer de vestir a amarelinha. Como o Capitão Nascimento não pode aceitar o convite, restou ao Ricardo Teixeira chamar o Dunga que se encaixava perfeitamente no perfil que própria imprensa traçou. Devemos o Dunga ao Galvão Bueno, ao Falcão, ao Renato Maurício Prado, ao Fernando Calazans e simpatizantes.

Já é sabido de todos que as Organizões Globo não engole o Dunga. Por quê? Ele proibiu as entrevistas exclusivas. Ou o jogador fala com toda a imprensa ou não fala com ninguém. Acabou aquela história ( que rolou direto em 2006 quando a própria Globo ajudou a fazer da concentração uma bagunça) de tirar jogador do quarto pra fazer entrada ao vivo no Jornal Nacional.

A imprensa nos manipula todo dia em temas políticos, econômicos e sociais. Por quê não nos manipularia no âmbito esportivo?

Ele não sabia...


 Fidalgos tricolores, é com muito espanto e preocupação que analiso as declarações feitas recentemente pelo nosso novo treinador. Apesar de ser um dos mais bem pagos, de ter uma ótima retrospectiva no brasileiro e de ser uma pessoa que respira futebol a anos, parece que não aprendeu nada. A cada entrevista ele diz que o elenco é limitado, que com este time não temos chances, que precisamos de reforços e, a mais preocupante de todas, que do jeito que estamos não temos chances no campeonato brasileiro. Aí eu pergunto: antes de assumir, ele NÃO SABIA DISSO??? Não conhecia o elenco? Não tinha idéia da dificuldade? tava tirando férias em Marte? No seu sítio não tinha TV?

Confesso pra vocês que seu discurso anda me preocupando. Nas entrelinhas, já na primeira rodada, depois de perder pro poderoso Ceará em um jogo onde chutamos duas bolas no gol, e mesmo assim pra fora, ele começa a dar as desculpas para o fracasso, já começa a tirar o seu da reta, falando indiretamente que se este time não arrumar nada, a culpa não será dele. É nesse momento que analisamos o verdadeiro treinador, aquele que sem todos os ingredientes necessários consegue fazer um bolo espetacular. Caso contrário, se só um bom time resolvesse, o cargo de treinador de futebol seria um mero detalhe, não? Barcelona, Real Madrid, Manchester, Inter de Milão e tantos outros já teriam abolido a muito tempo esta função.  Pra quê um clube iria pagar R$400,000 para um cidadão se ele não oferece nada além de só saber trabalhar com os melhores?

E parece que os jogadores assumiram a mesma linha de raciocínio mesquinho e idiota. Quando se pronunciam, afirmam que o time só terá a cara do Muricy depois da Copa. Ou seja, nas entrelinhas estão nos dizendo que não podemos esperar nada nas primeiras 7 rodadas do brasileiro, mesmo sendo nossos dois primeiros jogos com times recém chegados da segundona e de pouquíssima expressão no cenário nacional. E aí eu digo: 7 rodadas são 21 pontos, meus caros. Será que um time que pretende ser campeão pode ter este pensamento? E olha que não estamos disputando nada em paralelo, nem um campeonato de bocha ou purrinha que possa atrapalhar. 

É com grande tristeza e preocupação que vejo este nosso início, ainda mais com a macumba médica que nos acomete. Depois de duas apendicites (Fred e Alan), nosso zagueiro orixá o Gum descobre que tem uma hérnia de disco e não tem previsão de volta. Do jeito que está, se este discurso ganhar força e for aceito por nós torcedores, corre o risco do Muricy sair como mocinho da história em um eventual fracasso. É como falamos com nossos amigos: não sabe brincar não desce pro play. Se sabia da situação e achava que não daria pra fazer um bom trabalho não assumisse. Tudo bem que o salário faz qualquer um balançar, mas o que menos precisamos em nossas fileiras é um comandante mercenário que desiste da tropa em seu primeiro viés. 

Alguém pode me escalar o time do Santo André, vice paulista, e que não foi campeão por pouco? Sabia que o ataque do Atlético Goianiense tem o Rodrigo Tiuí como titular e está na semi-final da Copa do Brasil? Estes como tantos outros não tem elenco forte nem jogadores de nome, mas fizeram ótimas campanhas com um bom conjunto e um técnico que sabe reconhecer as fragilidades e virtudes de seu elenco. Isso com um orçamento que só o salário de Fred banca. 

Devemos abrir o nosso olho e atentar para o fato de que podem até existir inocentes no mundo, mas o Muricy, com certeza, não é um deles. Que deixe de dar desculpas e monte um time decente com o que temos e aproveite o que foi deixado pelo Cuca.




Fizemos o resultado!


“Esse é o jogo que vai dizer se o mais querido tem condições de ser campeão da liberta. O cruzeiro pegou um adversário desse nível meteu três gols em cada jogo. Precisamos fazer igual, matar o jogo no Rio com autoridade”.

Foi necessário me auto citar, para que eu pudesse dividir com os pobres leitores desse blog a duvida que me acometeu após mais um vexame do FLA na liberta. Teria sido o autor daquelas esperançosas palavras ingênuo? Ou ele é de fato um idiota completo?

Bom, ninguém precisa responder. Com 5 minutos de jogo eu estava me sentindo ingênuo, pois ainda havia a possibilidade de virar jogo (é isso mesmo, a peleja era no maraca, e com 5 minutos já estavamos perdendo). Eu pensava “é, não vamos fazer 3 a zero, mas um 2 a 1 agora é lucro, jogaremos pelo empate lá”.

Com 20 minutos,2 a zero no placar, eu já sabia que era um idiota completo. Ou pelo menos, era assim que o elenco do Flamengo me tratava, mais uma vez. Pelo menos eu não estava sozinho, eles estavam fazendo isso com outras 70 mil pessoas no estádio, e com milhões que assistiam a tragédia pela TV, ouviam o desastre pelo rádio.

Seu Rogério Lourenço tentou entregar a classificação no primeiro tempo contra o Corinthians. Não teve sucesso, mas não desistiu. Contra a poderosa La U, time que assusta o Barcelona, equipe que faz tremer o Mourinho, nosso treinador escala 4 volantes, pretende jogar no contra-ataque. O time chileno adiantou a marcação, dominou o meio campo, fez dois gols em 20 minutos e perdeu outros três.

Nosso Çábio deve estar orgulhoso. Em nenhum outro momento da vida esse cara terá um desempenho melhor que o do Murici. Afinal, em 4 jogos, ele já ganhou um e empatou um! Sensacional! E nem podemos dizer que foi surpresa, o Rogério escalou a nossa seleção sub-20 no ultimo mundial com apenas um atacante, e este era o Alan Kardec. Mas é isso, só perdeu a final nas penalidades, deve achar que mandou muito bem! Deve ser por isso que ele gosta tanto do Denis Marques, foi o primeiro treinador do MENGÃO que escalou esse craque em duas partidas seguidas.

É verdade que depois dos gols melhoramos, poderíamos ter empatado ainda no primeiro tempo. Adriano reagiu bem a sua não convocação, meteu gol, participou do jogo, meteu bola na trave, foi nosso jogador mais perigoso. Está super feliz que não vai precisar ficar mais de um mês longe de chatuba. Vagner Love, uma nulidade. O Rogério deve ter pedido pra ele “joga que nem o Alan Kardec, que nem o Denis marques”. Ainda assm, se contarmos os gols perdidos, os caras tiveram mais chances, poderiam ter vencido com um placar mais elástico.

O PET, mesmo sem jogar a bola do Brasileirão, virou um herói da torcida, um mártir de um time que simplesmente resolveu que não ia mais jogar futebol o jogo todo. São vários jogos na temporada em que os caras só acordam quando já é tarde demais. Sim, podemos fazer 2 a zero lá. Todo rubro-negro acredita, o futebol já demonstrou várias situações como essa. Mas o fato é que fizemos o resultado sim na primeira partida, a favor dos nossos adversários. Fizemos porque sabemos que esse time do FLAMENGO pode e deve fazer mais, e mesmo assim entrega um jogo decisivo como esse.

Saudações Rubro-Negras

terça-feira, 11 de maio de 2010

Zzzzzzzzzzzzzzzz...



Eu ia por esse título para falar do começo do campeonato brasileiro, mas achei melhor esperar um dia, porque tinha certeza que a convocação do Dunga seria um pé no saco também.

Em ordem cronológica, o Brasileirão primeiro. Qualquer campeonato de pontos corridos é muito chato no inicio. É muito difícil pro torcedor comum raciocinar como se cada jogo fosse uma final quando realmente não é. Isso fica ainda mais evidente no caso brasileiro, pois a janela do meio da ano pode desmontar times e também formar elencos vencedores.

Mas a chatice do inicio do Brasileirão tem outros fatores. Para os times brasileiros envolvidos na Liberta e na Copa do Brasil, é praticamente impossível dar importância as essas primeiras rodadas. E isso contribui em muito para tirar a graça do campeonato. Já na nossa primeira rodada tivemos a ausência de jogadores consagrados e de revelações como Adriano, Vagner Love, Léo Moura, Robinho, Ganso, D’alessandro, Walter (esse é um jogador que pouca gente fala, mas que eu acho muito bom) Jonas, Borges, Douglas, Gilberto, Tiago Ribeiro, Dagoberto, Hernanes, Cicinho. Qualquer campeonato sente a ausência desses caras. E isso sem falar no Diego Souza, afastado, e no Fred e no Obina, machucados. Sinceramente galera, dá pra pensar em algum campeonato no Brasil sem a presença daquele que é melhor que o Eto’o? A quanto tempo que isso não ocorria?

Não deu outra. Jogos chatos, vazios, todo mundo economizando o dinheiro e as emoções para o meio de semana. Dos cariocas, só não vi o vice da gama ser derrotado pela galinha mineira. Resultado previsível, diga-se de passagem, O buaafogo jogou de igual para igual com o Santos, especialmente no segundo tempo, quando o Caio entrou. O jogo foi movimentado, bom de ver, mesmo com o Neymar não fazendo nada (e ainda assim, fazendo gol!). Já o Flor, não dá nem pra dizer que eles estrearam. A partida já estava muito ruim quando o apitador marcou aquela penalidade duvidosa. Mas o absurdo mesmo foi a expulsão, que impossibilitou o tricolor de jogar. Murici segue 100%, e o meu voto na enquete (é igual comprar uma Ferrari e deixar na garagem) vai se justificando. Basta ver o André Lima em campo.

O mengão fez um jogo morno, a tal ponto que o Denis Marques fez gol. Pior que ele só o Coração Doente mesmo, perdeu todas as bolas, e ainda desperdiçou um gol na cara do Bruno. Mas o jogo serviu pra mostrar que o PET pode e deve ser titular, acertou três passes sensacionais, que colocaram trem incompetentes na cara do gol. Ah, e também foi a ultima vez esse ano que vimos o Kleberson correr. Afinal, ele carimbou o passaporte dele, pode voltar a ser o chupa sangue de sempre.

Sobre a lista do Dunga, como eu disse, absurdamente previsível. Leva dois laterais esquerdos que não jogam na posição nos seus times (O Michel Bastos joga de ponta DIREITA na frança, nem pela esquerda ele cai...) e deixar o Marcelo, ex-Flu, de fora é ridículo. O mesmo vale para o meio campo com sete volantes e só um meia. O que custava cortar o meu xará, por exemplo, e levar o Ronaldinho Gaúcho, que seria um bom reserva pro Kaká, e em campo daria a opção de variar o esquema tático para um 4-3-3 em situações excepcionais, além da precisão nas cobranças de falta? Nem vou entrar aqui no mérito sobre os meninos da vila, pois era muito óbvio que o anão não levaria os dois.

Sobre o Adriano, não foi uma surpresa a sua convocação, como também não seria se ele estivesse na lista. O impera cavou a própria cova. Agora resta ver como ele vai reagir na quarta. Se ficar deprimido novamente, e prejudicar o Mengão, eu vou colocar toda a culpa no Dunga, e assumir de vez algo que já alimento, que é a torcida pela Argentina na Copa.
A propósito, se tem algo que me criou expectativa ao longo da semana além do jogo contra a La U foi a lista dos nossos hermanos. Será que o Maradona leva o Messi, Tevez, Milito, Aguero e Higuain? Isso sim é que é dilema!!!!

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Pés no chão!


Conversando na terça com nosso amigo Daniel Alvitinho, corintiano, maloqueiro e sofredor, profetizei o resultado do jogo em 2 a 1 para o timão, muito drama, e aconseqüente classificação do Mengão! Não deu outra, mas eu não podia imaginar aquela falta no final!

Também não podia imaginar a covardia do nosso treinador no primeiro tempo. Sinceramente, seu Rogério fez de tudo para entregar a vaga para a paulistada. A partida que o Kleberson jogou no segundo tempo foi a prova de que o jogo era para o PET desde o inicio. Fomos um bando de garotos assustados, incapazes de ficar com a bola no pé, totalmente encurralados diante do todo poderoso timão.

Não é para menos, o cara pegava a bola lá atrás e procurava o seu maestro no meio campo, aquele jogador com a capacidade de chamar a responsabilidade da partida, cadenciar a bola, acalmar o time e colocar medo no adversário com um lançamento de 40 metros. Procurava, procurava, mas só via o Vinicius Pacheco, escondido atrás de algum adversário.

A verdade é que não fomos eliminados porque no banco adversário estava o mano Menezes, que mandou o time recuar ao invés de apertar e fechar o caixão com um terceiro gol. E também, é evidente, porque somos o FLAMENGO, hexa campeão brasileiro, com um elenco forte, que impõe respeito em qualquer equipe.

Tanto é assim que no segundo tempo, com esse jogador capaz de organizar o nosso meio campo, tivemos mais próximos de empatar do que eles de anotar o tento derradeiro.
Ainda assim, no primeiro tempo, jogamos fora a vantagem construída no maracá, e as três recuperações que iniciamos no jogo de ida. Foi um time apático que entrou em campo, com uma defesa confusa e um Adriano lento e inseguro.

No fim, fim do trauma das oitavas. E agora vamos pegar um adversário que está entalado. Esse é o jogo que vai dizer se o mais querido tem condições de ser campeão da liberta. O cruzeiro pegou um adversário desse nível meteu três gols em cada jogo. Precisamos fazer igual, matar o jogo no Rio com autoridade, e humilhar os caras no Chile. Uma classificação apertada e dramática não vai ter o mesmo sentido que teve agora contra o Corinthians. O time da La U não chegas aos pés do bando de loucos que adoram um meião e um traveco.

Saudações Rubro-Negras!

Um técnico, um artilheiro, um ano, um título

Fidalgos tricolores, é até besteira falar do último jogo, de resultado óbvio e mais do que esperado. Seriam considerações tão inúteis quanto ouvidos de surdo. Os problemas já foram apontados e nesta nova derrota só se tornaram mais agudos. André Lima e Adeílson não podem jogar futebol, Marquinhos não pode ser improvisado de lateral e Thiaguinho deve voltar pro Boavista de onde nunca devia ter saído. Fora isso, temos boas perspectivas de contratações para nosso elenco. Pelo menos escapamos do Santos!!!

Um já chegou, Rodriguinho do Santo André, vice-artilheiro do paulista com 15 gols. Me parece que tem as mesma características que o Bolt e, se assim for realmente, vamos poder voltar ao nosso esquema vencedor, com ele pelas laterais e Fred na referência. Isso, é claro, se todo o time não pegar ao mesmo tempo uma febre tifóide ou uma infecção causada por um verme que só sobrevive a -47°C. Depois de duas apendicites, ao mesmo tempo, no mesmo time, nos dois atacantes titulares, numa fase decisiva, tudo pode acontecer.

Com relação ao Deco, pode ser uma boa aposta. Confesso que tenho receios com seu futebol, que eu acho cadenciado demais, mas seria sem dúvida um ótimo desafogo pro Conca que, quando exigido e marcado em cima, desaparece e foge pra Bariloche. Com dois pensadores, o time pode ter mais alternativas e deixa de ficar acéfalo quando o hermano resolve sumir.

Vamos começar o ano disputando somente uma competição, com um dos técnicos mais badalados, com um dos melhores atacantes e com um elenco em formação, mas razoável. A obrigação é, no mínimo Libertadores, pra exorcizarmos o vice.

Um merengue pra dois

Parece que a causa da eliminação do Barcelona foi um problema de relacionamento entre os jogadores.

Ibra e Piqué



Macumbola F.C

Não temam, meus amigos, mas o Macumbola já está escalado no cartola! Os ebós já foram despachados e as velas acesas. O nome de todos os participantes já foi pra cumbuca e estão devidamente besuntados de dendê, marafo e tabaco. Se eu fosse vocês, ativava o assistênte técnico só pra garantir...


Resultado da enquete

Com mais uma votação histórica, que congestionou o sistema do Blogspot, temos mais um resultado de nossa enquete. Com 4 votos no total, tivemos outro empate:

2 votos para dinheiro da Unimed jogado fora, melhor contratar jogadores
2 votos para É o mesmo que ter uma Ferrari e só andar de primeira.

Duas enquetes, dois empates. Isso que é pluralidade de opiniões.

Deu vontade de chorar

Não sou sensível às tragédias ou as conquistas da história: dificilmente me vejo lamentando um fato pregresso, ou, menos ainda, celebrando um acontecimento que passou. Claro, ao estudar sobre o genocídio judaico, ou a redução de homens à coisas, na escravidão moderna, fico triste porque me dou conta que o ser humano somos capazes de barbaridades de tal monta. Mas nunca me peguei chorando refletindo sobre o fato de que milhões pessoas morreram numa camara de gás.


Há mais: menos do que me importar com o passado, acho que nunca desejei desejar o sonho de qualquer historiador: construir uma máquina do tempo e migrar para algum acontecimento espetacular...Tudo isso sempre me pareceu absolutamente ridiculo.

Jamais quis estar na Revolução Francesa, na Revolução Rússia, na Idade Média (seja lá o que de importante possa ter acontecido nesta época), na abolição da escravidão, na Queda do Império Romano, na Grécia antiga para poder (ora viva!) conversar com Sócrates...(sempre tive muita dificuldade de entender que não era o Sócrates, o jogador favorito da minha mãe, mas não um filosofo da Atenas do século IV) Todas estas coisas, para mim, soam como patéticas


Foi quando hoje, assitindo hoje na ESPN um documentário sobre Rivellino (Da Série: Os Cinquenta maiores jogadores de todos os tempos), me vi, ao término do documentário, em lágrimas. Não havia motivos para chorar, o documentário era alegre, tudo aquilo já havia se passado, "é apenas futebol", pensava. Mas as lágrimas escorriam, uma a uma, descendo pela face. Era emoção. Felicidade e tristeza, ao mesmo tempo. Felicidade porque pude perceber do que a humanidade é capaz, da arte em estado bruto. Tristeza, por poder saber que isso existiu, mas apenas saber, não ter vivido. Deu vontade de chorar. E chorei.


Vendo aquela Seleção, percebi que estava diante de uma linda obra de arte, de uma conquista monumental da História. E pensei em todos aqueles jogos fantásticos que ocorreram na Copa de 70. Brasil X Inglaterra. E naquele gol incrível de Carlos Alberto. Espirito da equipe, era o triunfo do potencial humano em um só gol, comparável às grandes obras de um Mozart, de um Picasso, de um Rembrandt! Neste instante, pela primeira vez em minha carreira (curta, é verdade) de historiador desejei poder construir minha própria máquina do tempo e partir rumo àquela final, Brasil X Itália, sem saber o que iria acontecer... E, sentir, no fundo da minha alma, estar diante de um acontecimento único na história da humanidade. Que se explodam as Revoluções Francesas. Não há na história da humanidade lugar melhor para estar do que na Copa de 1970. Final: Brasil X Itália.

PS: Esqueçam o que escrevi. Abobrinhas sobre Ballack, elogios a escoceses, asneiras falando de etnocentrismo, estupidezes sobre o futebol inglês. Não houve, não haverá, não pode haver Seleção Brasileira como a de 1970. Os alemães desengonçados tentram em vão nos vencer, os catenaccios italianos morreram inúteis nas praias, a catimba porteña (argentina e uruguai) foi inócua, os ingleses perceberam, enfim, que haviamos aperfeiçoado muito o que eles se vangloriavam ter criado. Pelé, Tostão, Rivellino, Carlos Alberto, Jairzinho...



Aquilo não era futebol; era arte, plena de transcendência, carregada com imanência...

terça-feira, 4 de maio de 2010

Salve cartola 2!


Saudações rubro-negras! Camaradas leitores desse blog, o post do nosso anfitrião sobre o sensacional Cartola Futebol Clube foi deveras suscinto. Coube a mim completá-lo. Em primeiro lugar, preciso enfatizar o caráter a vera da disputa na liga do blog. Ano passado alguns participantes se aproveitaram da pouca clareza da aposta para não pagar o combinado. Os termos são simples: cada participante da liga vai dar dez reais para o vencedor ao final do Brasileirão, para que este compre uma camisa oficial do seu time. Como temos até aqui 14 participantes, o valor está bem próximo? Estamos combinados? Dez reais não é muito para a galera, até o Cappelli e a Giully, com dois filhos para criar, arrumaram esse dinheiro.

Segundo lugar, é preciso relembrar que o poderoso FLACOMUNA, dirigido pelo inigualável cartola Zico Guevara foi o campeão da nossa liga no ano passado. Campeão com sobras, diga-se de passagem. Nada desse sufoco que marcou o Hexa do Mengão! Foram poucas rodadas fora da liderança, uma regularidade absurda, uma vantagem ampla na reta final. Enfim, o FLACOMUNA vem forte brigando pelo bicampeonato, e sem querer desestimular os que estão entrando na liga agora, saibam que vocês já perderam seus dez reais!

Fica aqui um desafio público para o meu camarada Jamaica deixar de preguiça e montar um time. Um cara que colabora com o blog como ele precisa engrandecer a nossa liga. Entra lá Jamaica, talvez você consiga ficar em segundo lugar!

Viva o FLACOMUNA!

"Goosebumps"

"Agora vou para casa ver o Ganso ser endeusado", disse um amigo (o Gondim, falo logo!), depois da pelada de segunda, referindo-se ao fato de que, ao chegar em casa, veria o "Linha de Passe", programa que, certamente, os comentaristas se derreteriam de elogios ao Paulo Henrique Lima, o Ganso, meio-campo do Santos, após atuação exuberante contra o Dunga. Vá lá. Verdade que desde a geração de Sócrates não aparece um sujeito tão lúcido, com tanta noção do espaço do campo de futebol, quanto este tal de Ganso. Se me perguntassem, Luiz, você levaria o Ganso? Sim, amigos, eu levaria. Mas, se indagado sobre o fato de que seria injusta a sua não-convocação? Não hesitaria em afirmar que não.

Dentro de campo, não gosto do trabalho do Dunga. Acho que ele escala mal o time, não gosto do estilo de jogo que ele impõe à equipe e, muito menos, gosto de sua "filosofia" de trabalho. Principalmente, revolta-me o fato dele não ter "renovado" a seleção. Acho inadmissível que o Gilberto Silva, aos 33 anos, seja titular absoluto do meio-campo. Ou, na pior das hipóteses, que seu reserva imediato, tenha 31 anos, Josué. O trabalho do treinador da Seleção é, também, prepará-la para os que se seguirão a ele, no comando da canarinho. Também não gosto do trabalho do Dunga, no extra-campo. Ele trata mal a imprensa, sem muita razão. Mas, principalmente, Dunga não vai à estádios de futebol. Alguém aqui já viu o Dunga numa partida de futebol?  Eu vi uma ou duas vezes. Existe uma enorme diferença entre o jogo da televisão e o jogo dos estádios. O técnico da Seleção deve trabalhar dia e noite, noite e dia. Dedicação exclusiva. Dunga parece achar que só trabalha quando a Seleção está reunida, e isso não é verdade. Fábio Cappello, da Seleção inglesa, está sempre freqüentando os jogos da Premier League. No mesmo dia, assistiu em Old Trafford, Man Utd X Spurs, para, rumar a Londres, e assistir um belo Chelsea X Arsenal. Mas o Dunga não está em nenhum estádio. Não acompanha os selecionáveis de perto, ao vivo e a cores. Talvez, até por isso, insista com um Doni, eterno reserva, no banco da Seleção.

Há, porém, um ponto em que acho o trabalho do Dunga louvável: a convocação. O Dunga, na medida do possível, convocou razoavelmente bem. Discordo, sim, de algumas de suas preferências, mas são preferências e as preferências, muitas vezes, são individuais. Particularmente prefiro o Pato ao Nilmar. Mas é aceitável que alguém goste mais do Nilmar e queira utilizá-lo. Alex, para mim, é mais zagueiro do que todos (a exceção do Lúcio). Mas compreendo que o Dunga tenha uma predileção por Luisão. Detesto o Ramires. Prefiro o Lucas ao Gilberto Silva. Mas, em termos gerais, o Dunga não comete nenhuma injustiça absurda. É impossível que duas cabeças pensem da mesma forma quando se trata de 22 jogadores. Cada torcedor, cada brasileiro, achará que se deve levar determinado jogador para determinada posição. A eterna máxima: duas cabeças não pensam da mesma forma. Mas Dunga não comete nenhum absurdo. Kléberson, talvez. Mas, dificilmente, Kléberson irá à Copa. Doni, também, me parece um ser estranho na Seleção. O resto é o resto. Assim como cada um é cada um. Adriano também fez muita bobagem e não merece ir à Copa.

Levar o Ganso, agora? Por que? Defendo ainda a convocação do Ronaldinho Gaúcho, acho que ele merece uma chance, por tudo que fez na temporada. Ele é um jogador capaz de mudar uma partida no segundo tempo, de imprimir uma nova dinâmica ao time. Coisa que o Júlio Baptista não é. Coisa que ninguém no banco da Seleção é capaz de fazer. Mas o Ganso? O Neymar? Não, amigos, não acho que tenha chegado a hora. Ganso e Neymar serão grandes jogadores. Mas até agora não provaram nada a ninguém. Disputaram um campeonato estadual muito bem. E só. Sem dúvida que merecem uma convocação, mas será que merecem "a" convocação, aquela mais aguardada por todos, aquela que acontece de quatro em quatro anos?  No no lo creo. Mas, no ano passado, o Ganso teve atuações risíveis (como queria o Douglas Costa de titular!) no campeonato mundial sub-20 e o Neymar, jogando de salto alto, crente na arrogância à brasileira, de que a "Suíça jamais terá um time bom no futebol", foi eliminado na primeira fase. Verdade que acontece muita coisa de ano para ano, e verdade que, quando somos jovens, mudamos com uma rapidez que é imperceptível até para quem está em processo de mudança. Um ano é muita coisa na vida de um jovem de 17 anos. E o Neymar deste ano já não é mais o Neymar que era antes. Isso também vale (em menor proporção) para o Ganso. Mas acontece que ambas as experiências internacionais dos dois foram um fracasso retumbante. Amigos, não culpem o Dunga se não forem convocados... Podem culpá-lo até, mas não por isso...


Outras não convocações:

Zico, 1974. Zico ainda não era Zico. Mais já desfilava talento e esbanjava categoria. Uma situação muito próxima a de Ganso agora. Zico acabou não indo.

Falcão, 1978. Havia um clamor nacional pela sua convocação. E Falcão já era Falcão. Tinha sido eleito o melhor jogador do campeonato brasileiro. Uma das maiores injustiças da estória das Copas... Talvez, mesmo em 1978, ainda houvesse certa resistência em se convocar jogadores fora do eixo Rio-SP.

Romário, 2002. Mais do que conhecida. O Brasil acabou campeão, mas poderia ter sido campeão com Romário junto.

Alex, 2006. O Alex poderia ter disputado uma Copa, pelo menos. Sua carreira merecia isso.

Maradona, 1978. Maradona fora de uma seleção argentina? Isso parece ridículo, mas não foi para Menotti em 1978. Ele não levou o craque, ainda muito novo, com 18 anos, mesmo já tendo sido convocado para algumas partidas pelo selecionado principal.

Quem lembrar de mais não-convocações, pode postar aqui!



domingo, 2 de maio de 2010

Lévi-Strauss, o futebol e outras coisas...

Lévi-Strauss diz que toda a sociedade carrega em sua organização uma dose, variada em grau, de etnocentrismo. O antropólogo, com seu "olhar distanciado", deve se libertar de alguns dos seus preconceitos mais simples e fundamentais para, no rompimento com o "ponto de vista do nativo", explicar as outras sociedades e, por relação, a sociedade em que vive. Tenho lá minhas dúvidas, em antropologia, para com a análise lévi-straussniana por demasiado rígida e esquemática, mas, em certos aspectos, acredito que ela seja perfeita para a análise do "jogo bonito".

Publiquei aqui, com certa polêmica, um texto sobre Kenny Dalglish e um outro sobre a 'arrogância à brasileira' nas análises sobre o futebol. Por desconexos que possam parecer à primeira vista, ambos tem uma matriz comum: a afirmação de que não somos o povo mais desesperadamente apaixonado por futebol e que, em muitos países existem loucos tão loucos (se não mais) quanto nós pelo esporte inglês (?). A arrogancia à brasileira é uma espécie de etnocentrismo futebolístico. Essa arrogância é defendida com unhas e dentes com base em resultados: temos os melhores resultados em Copas do Mundo (o que é, a meu ver, bastante relativo, acho que, em termos gerais, a Alemanha rivaliza muito com o Brasil), produzimos os melhores jogadores, amamos o jogo mais do que em qualquer outra parte do globo, o nosso clube e a nossa seleção são mais amados do que quaisquer outros, nossos ídolos insuperáveis.

Senhores, amigos, leitores deste blog, lamento informar: todo este ponto de vista do nativo, nossas verdades mais absolutas e sacrossantas (todo etnocentrismo produz verdades absolutas), precisam e devem ser relativizadas. É possível haver na Escócia um grande jogador. É possível que o Liverpool F.C tenha com seu maior ídolo uma relação semelhante a que tem o maior clube do Brasil com a sua estrela-guia. Quero ir além: não amamos o jogo mais do que em qualquer outra parte do globo. Semi-final de 1998. Holanda contra Brasil. Resultado do jogo 1 x 1, vitória do Brasil nos pênaltis. Resultado da audiência na televisão. Proporcionalmente, mais holandeses viam o jogo do que brasileiros. Não lembro os dados com exatidão, mas 95% dos televisores brasileiros ligados à hora do jogo, exibiam o jogo; na Holanda, o número era de 97 %. A Holanda, assim como o Brasil, parou para ver o jogo. Amigos, não estamos sós.
Não quero entrar na questão do "pertencimento clubístico" e da freqüência à estádios de futebol porque é uma questão muito extensa e bastante complicada. Todavia, contudo, porém, entretanto, na Alemanha as ligas inferiores à Bundesliga, detem excelentes médias de público. A média de público da segunda divisão da Alemanha se equivalia à média de público da primeira divisão do Brasileiro.

Como é amada a Seleção da Escócia? Não acredito que haja devoção maior a uma seleção do que à escocesa. Tudo, é claro, motivado pelo ódio aos ingleses. Em um jogo que ocorreu ritualisticamente de 1800 e lá vai fumaça até os anos 1970, escoceses e mais escoceses migravam para o país abaixo na esperança de poder inverter, dentro de um campo de futebol, a ordem hegemônica, política e econômica.

Difícil mesurar o amor. Embora seja muito fácil medir o ódio...
E os jogadores? Se tivemos, Garrincha e Pelé, soberanos absolutos, o que dizer de Ferenc Puskas, Alfredo Di Stefano, Don Diego Maradona, Gullit, Marco Van Basten, Johann Cruijff, Michel Platini, Lato e Boniek (em breve uma coluna sobre eles...), Zinedine Zidane, Abedi Pelé, Michael Laudrup, Roger Milla, Eusébio, "Pantera Negra", George Best, Bryan Robson, Bobby Charlton, Stanley Mathews, Kenny Dalglish, Wayne Rooney, Paul Scholes... Na Holanda, Cruijff é melhor que Pelé, na Argentina, Maradona é melhor que Pelé, na Escócia Kenny Dalglish é melhor que Bobby Charlton, na Irlanda do Norte, nunca houve um homem como George Best!

Vou encerrar com uma observação: é de que o etnocentrismo futebolístico não é exclusivo da cultura brasileira. Todos os amantes de futebol carregam consigo, em doses variadas, um pouco deste "mal". É afinal o etnocentrismo que sustenta a nossa crença no jogo, todas as nossas verdades futebolística se sustentam no fato de que o que estamos vendo é o centro do universo. Os jogadores a que assistimos são melhores, os times são os maiores e assim sucessivamente, se não qual seria a graça de torcer? Claro que isso é ainda mais verdadeiro e absoluto para o caso brasileiro, o país pentacampeão do mundo...Outros povos, porém, tentam buscar outras explicações para consolidar a crença: os ingleses seriam os inventores do futebol, os alemães o país mais vitorioso em Copas do Mundo, os holandeses os que praticam o jogo mais bonito e cosmopolita do mundo, e assim por diante. Verdade que a globalização e a televisão a cabo bagunçaram um pouco estas verdades absolutas. Há pouco tempo (1981) o Campeonato Carioca era quase tão importante quanto a final do Mundial. O Flamengo veio correndo às pressas do Japão para jogar um jogo contra o Vasco (acho...), o jogo que "realmente importava..." Hoje isso não é mais possível. E, talvez, só tenhamos a sensação de estarmos no centro do universo quando nos vemos à frente da televisão assistindo a um jogo de Uefa Champions League. De certa forma, a pós-modernidade ruiu, moderadamente, estas verdades etnocentricas e absolutas do futebol. Mas isso é assunto para outros textos.

Apenas um recado: os que querem, verdadeiramente, estudar o futebol, conhecer a dinâmica do jogo, sua história, seus craques, devem se despir de todo e qualquer preconceito, de toda e qualquer verdade absoluta e sacrossanta, devem romper, em suma, com "o ponto de vista do nativo", que valoriza sempre aquilo que lhe está próximo. Sempre tendo em mente que lá fora: também se ama o futebol, e esta paixão, embora matizada por contextos diferentes (o historiador não é sempre o historiador do contexto?), é uma só: o amor pelo jogo e para o jogo.