segunda-feira, 29 de junho de 2009

Bipolaridade Rubro-Negra


Depois de um longo sumiço desse blog mal freqüentado resolvi dar as caras de novo para falar do MAIS QUERIDO DO BRASIL. Vou aproveitar todo esse tempo de ausência para passar ao largo da contingência de peladas tenebrosas como o clássico de ontem, me debruçando sobre o que eu considero a principal doença que o Flamengo sofre hoje.


Transtorno Bipolar já foi chamado de psicose maníaco-depressiva. Essa patologia não é mais considerada uma psicose, mas sim um perturbação afetiva, cuja principal característica é alternância de estados depressivos com maníacos. Apesar de “mania” popularmente remeter a fazer várias vezes a mesma coisa (o Tiago |Neves, por exemplo, tem mania de perder a bola pro primeiro adversário que aparece), na psiquiatria esse termo significa um estado exaltado de humor, que pode ser alegria extrema ou irritação desmedida. Toda essa lenga lenga técnica (extraído de uma página na internet chamada psicosite, nome genial) é só pra tentar encontrar uma explicação plausível para a incrível capacidade que o MENGÃO tem de surpreender a tudo e a todos, de sair do paraíso pro inferno em uma tarde, e na semana seguinte voltar pros prazeres celestiais.


Senão, vejamos: Dentro de uma partida, é um time que fez 2 a 0 no Botafogo na final do campeonato no primeiro tempo e quando todo mundo achava que o FLA ia golear, os chorões empataram. Alguém pode dizer “Ah, isso é normal, acontece em vários jogos”. Tá, e o que ocorreu no jogo contra o Sport? 2 gols a favor em 10 minutos e 4 gols contra em 08 minutos!


Ou ainda: tomamos de 5 a 0 de um time que muito provavelmente será rebaixado e mandamos um 4 a 0 em um time que certamente disputará o titulo Brasileiro. Quer mais? O Imperador Adriano mete três gols no Inter e perder aquele gol ridículo no ultimo lance de perigo do Fla x Flu.


Não está satisfeito? O que dizer do nosso time de basquete,campeão de quase tudo, com dois nacionais e um sul-americano na carreira e isso com 4 meses de salários atrasados) em relação ao Futebol, as 17 anos na fila, com jogador morcegando porque seu ordenado de seis dígitos não caiu na conta no dia combinado.


A parada é séria galera. Beira o sobrenatural. Nessas finais da NBB, em dois domingos houve também jogo do Brasileirão. E não rolou do torcedor rubro-negro ter a felicidade plena no dia. No dia 14 o FLA fez 2 a 1 no Brasília, e a mulambada do futebol tomou de 5 do coxa. E no dia 21 metemos 4 no colorado, e nosso heróis da bola laranja erraram tudo e permitiram o empate nas finais.


Eu juro que não acabou. Semana passada tivemos uma promessa que se for confirmada será espetacular. O Flamengo fechou um protocolo de intenções para adquirir o CFZ, clube criado pelo Galinho, o que nos deixará com uma estrutura do nível do São Paulo, Cruzeiro, etc. Mais do que isso, o Clodovil redivivo prometeu entregar toda a administração do nosso futebol pro nosso maior ídolo, para que a profissionalização se efetive. Para arrematar, ficamos sabendo que a Academia que está sendo montada na Gávea será o REFIS carioca (pra quem não sabe, REFIS é onde o São Paulo recupera jogadores contundidos e aproveita para fechar várias contratações).


Ao mesmo tempo em que pensamos na possibilidade da volta do Zico pra Gávea nossos dirigentes anunciam um projeto de sócio-torcedor que é inédito de tão imbecil. Ou vamos pagar 08 reais por mês e ter direito a um chaveiro, ou vamos desembolsar mais de 300 reais (isso mesmo, trezentos reais!) a cada 30 dias para poder usufruir de vantagens dignas de um programa de fidelidade, como produtos especiais, ingressos grátis, etc.


Para arrematar, enquanto escrevo esse texto fico sabendo que o dirigente responsável pela estrutura que permitiu ao nosso basquete conquistar mais um titulo, o cara que arrumou vários patrocínios, criou um site especial (http://www.flabasquete.com) pagou os salários, lançou uma camisa maneira, simplesmente pediu demissão ainda na ressaca da comemoração porque foi desrespeitado pelo Marcio Braga. Vê se pode um negócio desses?


Segundo o PSICOSITE, podemos ver que vários remédios são indicados para uma pessoa com transtorno bipolar. Para o FLAMENGO, eu já dei meu pitacos em outro texto. Esse ano tem eleição. Pode ser que tenha chegado a hora de nos curarmos dessa doença.


È verdade que é muito melhor ser bipolar do que autismo tricolor, que tem como saldo de uma parceria com no mínimo o mesmo nível de grana do São Paulo, Palmeiras, Inter, e que ganhou apenas uma copa do Brasil, dois estaduais, sendo que um foi o caixão, e ainda viu o Flamengo se tornar hegemônico no estado. É melhor também do que o complexo de inferioridade botafoguense, manifestado de forma cômico no chororo. Nem preciso dizer que é muito melhor do que a depressão do bacalhau, vice pra sempre e penando na segunda divisão. Mesmo sendo melhor que as doenças dos nossos rivais, o único distúrbio que admitimos no FLAMENGO é a arrogância, a marra, a mania de grandeza típica de quem sabe que é maior. Aguardemos com ansiedade o retorno desse quadro. E mais uma vez desculpem pelo tamanho do texto.


Saudações do Fla-Basquete!

A saída de quem não chegou

Fidalgos tricolores, êta joguinho nojento o de ontem. Truncado, amarrado, eivado de passes errados e jogadas bisonhas, com uma chance de gol aqui e outra acolá para ambas as equipes. Durante o primeiro tempo o domínio foi nosso, com Fred perdendo as 3 chances que ele tem por jogo, que resumem todas as chances de gol do fluminense, já que ninguém mais é capaz de meter o pé na bola e chutar a gol. Não é a toa que temos o pior ataque do campeonato, com míseros 6 gols. Seis gols em oito jogos, não é uma ótima média? Imagino que deva existir algum pacto macabro feito pelos jogadores, tipo "se alguém fizer um gol e não for o Fred vai ter que beijar uma foto do Horcades no banheiro logo após acordar". Só vejo esta explicação. Quem poderia ajudar se esconde. Conca tem sido relacionado, mas parece que não anda jogando. O resto do time está todo atrás do meio-campo e, se bobear, a cada ultrapassagem de um jogador tricolor da defesa para o ataque o Parreira deve apertar um botão que causa um pequeno choque e desconforto, lembrando-os de que não foi esta a orientação passada. Deve ser por isso que ele fica tão tranquilo no banco vendo o time não jogar nada. O prazer de dar choques nestes perebas supera qualquer dissabor.


E O Thiago Neves? Creio que sua ida pra Arábia vai ser nosso maior reforço do ano. Lembro bem da despedida do Thiago Silva ano passado, jogo que não valia nada e 50 mil tricolores no maraca com o número 3 na mão, cantando enlouquecidamente. Emocionante. Já ontem, tive conhecimento de um grupo de torcedores do flu que queria levar ele pessoalmente ao aeroporto, pra garantir que ele iria embarcar e não voltaria mais a pisar nas laranjeiras. Não serei hipócrita, se acalmem. Acho que tivemos muitas felicidades com o TN, seja no Fla x Flu do Créu ou na libertadores. Mas foi só. Depois de sua ida para o Hamburgo, onde não fez absolutamente nada, foi dispensado e veio parar de volta no fluzão, onde manteve a regularidade e continuou evitando a fadiga. Pra você, Thiago Neves, meus pêsames. Novo novo e já esquecido pelo mundo do futebol, indo para um lugar onde só vão os que estão em final de carreira ou veteranos, brincar no deserto longe dos holofotes. Que você ganhe muito dinheiro e, a partir dessa polpuda soma, pense em alguma coisa para que possa ser lembrado no futuro porque, se depender do futebol, seu destino é ser encontrado em um programa do Mílton Neves.


Só te peço um favor: avise que o Sarney manda lembranças ao Alibabá e já anda se gabando por aqui em ter ao seu lado muito mais do que 40 ladrões. Quem sabe criando uma intriga eles não se liquidam, né? Ó, tá vendo aí? Já é um jeito de você ser lembrado...

terça-feira, 23 de junho de 2009

A justiça da bola
















Prezados Washington, Júnior César e Arouca, como é a vida, hein?

Desprezaram a torcida que enchia o peito e o maracanã para louvá-los por um sonho impossível, uma artimanha do capeta para ensiná-los que a alma, quando vendida por alguns tostões furados, não representa mais a essência humana que, no fundo, é a que exala o odor que inebria a bola e seus sentidos, fazendo-a buscar aconchego no seu peito do pé, para depois dormir um sono tranquilo no fundo das redes.


Você, Coração Valente, foi respeitado e adorado, tratado como poucos por nossa torcida, que por vezes ignorava sorrindo suas famosas e recorrentes caneladas esdrúxulas na bola só para poder cantar sua música personalizada. Te demos vida nova, fomos mais um stent no seu coração combalido, e você nos deixou pela ilusão da eficiência e estrutura São paulina. Imagino agora seu arrependimento. Uns míseros gols no paulista e outros rarefeitos no brasileiro, onde o time faz sua pior campanha dos últimos tempos. Na libertadores, o canto da sereia pelo qual você e seus amigos se deixaram levar os fez naufragar. Na última partida, você foi VETADO pelo treinador, não por lesão muscular ou cansaço, mas por deficiência técnica mesmo. Que situação para se passar depois dos 30, não? Saber que morava em uma casa onde era adorado e pensar que se mudou para um palácio onde ninguém sente sua falta, um peso morto e veterano que em breve será descartado como mais uma aposta perdida, um investimento mal feito em uma mercadoria que não vale nada. Pois é, meu amigo, agora é seguir treinando na reserva, sabendo que seu tempo de futebol é curto e que a situação do seu time só tende a piorar com a saída do Murici. E pensar que você aceitou ganhar menos pra participar disto, hein? Como diz o ditado popular, você paga pra vacilar.

Júnior César e Arouca, e vocês, hein? Que papelão. As vezes eu tenho quase certeza que vocês achavam que era só vestir a camisa do São Paulo pra aprender a jogar bola. Você, anão canhoto, sempre fez o beabá e NUNCA vai para o exterior. Não sabe jogar na defesa e não tem o porte físico necessário. Além disso, acaba de mandar pelo ralo sua maior chance de arrumar uma viagem para o exterior, que era aparecer bem no Morumbi. Depois desta sua campanha pífia, creio que você deve voltar ao mundo real e perceber que, igual a você, no Brasil, existem jogadores aos montes. Indico a criação de uma fundação de amparo aos laterais anões e raquíticos que não conseguiram ir para Europa de jeito nenhum, que já contará com a adesão do Léo Moura e do Juan.


Você, Arouca, é o caso mais grave, pois renegou quem te forneceu a sua alimentação e te fez crescer. Mas tudo bem, a vida cuidou de você. No banco do São Paulo, assim como seus outros amigos, você vai poder relembrar do tempo em que cantávamos uma música especial em sua homenagem. Lembra bem, pois NUNCA mais outra torcida fará isso por você. Como jogador da zona de conforto, que não ataca e nem ajuda na marcação, em breve estará reforçando o Barueri, o São Caetano ou conseguindo um belo contrato no Vietnã. Dos três, você era quem tinha nossa fidalguia no sangue, renegada pela ambição do dinheiro fácil. Uma pena.


Só queria que vocês soubessem que estou muito feliz. Aqui se faz, aqui se paga.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Arbitragem e televisão


A polêmica dos últimos dias foi o lance que originou o quarto gol do Brasil contra o Egito. E aí? O quarto árbitro utilizou- se ou não, do monitor para avisar ao árbitro principal que o egípcio cortou a bola com a mão? Sem mais delongas vou direto ao assunto: Sou contra a utilização de meios eletrônicos para validar gol, penalti, impedimento ou qualquer outro aspecto técnico do jogo. Estão querendo racionalizar um esporte cuja essência é a paixão. O acaso. O " Sobrenatural de Almeida." É isso. Querem matar o Sobrenatural de Almeida.


O futebol é um dos poucos esportes, quiçá, o único, em que o mais fraco pode, perfeitamente, derrotar o mais forte. Isso dificilmente acontece no basquete, no vôlei, no tênis, pra citar alguns. A zebra entra em campo junto com os 22 jogadores. Cabe ao mais forte botá- la pra correr.


Eu não consigo imaginar uma partida de futebol em quê tem um bate- rebate na área, a bola resvala no braço do zagueiro e... o jogo é parado para consultar as imagens! Reunião fora do campo até a decisão final. 15 minutos depois, o atacante chuta, a bola passa debaixo das pernas do goleiro que volta para fazer a defesa. A bola entrou? O jogo é parado novamente. Nova reunião fora de campo para decidir. Isso não passa pela minha cabeça.


O que precisa ser feito imediatamente é a profissionalização do árbitro de futebol. O cara trabalha a semana inteira no banco, na empresa, no hospital e, no fim de semana tem que ficar correndo atrás de um jogador de 19 anos que só faz treinar e jogar. É muito injusto. Ainda mais injusta é a mídia eletrônica que repete o lance em câmera lenta, não sei quantas vezes pra depois massacrar o árbitro, que tem que decidir na hora. E são esses erros, essas dúvidas, que alimentam as discussões nos botequins. Que alimentam a nossa paixão.


Os racionais do futebol querem acabar com o Chororô do Botafogo e, por conseguinte, com a zoação das outras torcidas. Como sempre, essas estapafúrdias propostas partem de pessoas que, o mais perto que chegaram de uma bola de futebol, foi quando passaram em frente a uma loja de material esportivo no Shopping.


Em aspectos disciplinares, sou a favor. Uma pisada daquelas do Airton no Nilmar e no jogador do Coritiba, não pode passar batido. Agressões fora do lance de bola, feita de forma covarde, não podem ser toleradas.


Pra não dizerem que não falei de Flamengo, O clube vai lançar produtos, como bonecos e chaveiros, do Imperador. Faço minha sugestão: Podia lançar um livro de desenhos da Vila Cruzeiro pra gente brincar de " Onde está Adriano?"

Imagem é tudo


terça-feira, 16 de junho de 2009

Acostumem-se

Fidalgos tricolores, hoje escrevo para fazer avaliações psicosociológicas individuais dos componentes de nosso amado time. O primeiro a ser analisado é nosso coach, o Kiko pó de arroz que jaz no banco de reservas durante os jogos. Antes, um pequeno flash-back.

Rodado no mundo árabe petrolífero e adjacências, além de ocupar por duas vezes o cargo mais importante da nação, nosso gentleman foi parar na África do Sul. Convidado com pompa pela seleção nacional para dirigi-la, nele foram depositadas as fichas para que os Bafana Bafana não fizessem vergonha na própria cozinha. Um cargo de destaque, com um ótimo salário, reconhecimento nacional e prestígio ilibado. Tocado por problemas pessoais, como a doença de sua esposa e o nascimento de seu neto, decide voltar ao Brasil e virar um dos “conselheiros” técnicos da Traffic, uma espécie de navio negreiro do futebol brasileiro. Antes de regressar para terra que tem palmeiras onde cantam os sabiás, decide pregar uma peça nos já combalidos africanos: indica o agora bilíngüe Joel Santana para sucedê-lo. Recebe propostas da dupla Fla e Flu e opta pelo Flu. Perguntado sobre o motivo de sua volta aos campos, respondeu sem precisar pensar muito: “sinto falta da adrenalina”.


Estamos diante de um caso claro e óbvio de SDI (síndrome do desaparecimento inevitável). Um homem com a sua história e trajetória nunca poderá ficar em casa babando no neto e zelando pela esposa, ainda que seja isso o socialmente correto. Pra quem já viu todo o mundo e apreciou em boas condições o que eles tinham de melhor pra oferecer, ficar entre quatro paredes não tem o mesmo sabor das quatro linhas. Adrenalina? Nem sei se na sua idade o corpo ainda é capaz de produzi-la. Não se enganem, meus amigos, essa resposta não foi para os repórteres ou dirigentes, foi a desculpa que ele encontrou pra convencer a sua família e voltar a campo para fazer o que ele sabe como ninguém: armar uma boa retranca e abdicar do ataque.


Parreira, no seu íntimo, quer provar aos novos “professores” que panela velha e que faz comida boa e que seus métodos são infalíveis e cientificamente comprovados. De acordo com sua teoria, 0x0 é vitória e 1x0 é goleada. Não tomar gol é prioridade e fazê-lo é conseqüência, não objetivo principal. Acostumem-se.
Uma pergunta oportuna
O Imperador voltou???

segunda-feira, 15 de junho de 2009

“Crise? Que crise? Vai perguntar pro Bush”


Escolhi essa frase do presidente Lula não para falar da inesquecível rodada do Brasileirão em que o Flamengo foi a Nova Zelândia da vez. Não há nada para falar desse jogo. Os jogadores do Flamengo não se importam de perder, mesmo com um placar vexatório como esse. Desde a tragédia contra o América do México tem sido assim. O Jailton dando olé no Ibson ontem é a prova que faltava de que esse elenco está falido. E agora a diretoria resolveu “impor” treino em período integral. Patético.

Também não pretendo falar sobre a crise econômica mundial ou da situação privilegiada do Brasil nesse contexto internacional. Ora, nosso país foi o primeiro do mundo a gerar empregos depois de setembro, isso já em fevereiro, e nos mês de abril o saldo foi positivo em cem mil vagas. A popularidade do barbudo voltou aos patamares pré-crise, a oposição está desesperada, etc. Mas esse blog não é de política.

A frase tem haver com as contratações de Kaká, melhor jogador do mundo em 2007 e Cristiano Ronaldo, o melhor de 2008, pelo Real Madrid. A volta do presidente Florentino Perez foi galáctica. O cara gastou em uma semana dinheiro suficiente para comprar toda a seleção brasileira, ou para se tornar dono de todos os jogadores da primeira divisão do campeonato brasileiro, e isso em apenas dois boleiros. O Kleber “Leche” madridista promete não parar na dupla bola de ouro e está investindo em David Villa e Forlan.

A comparação com o Kleber Milk não é a toa. Ambos estão no futebol para ganhar dinheiro, e montaram super-times que não ganharam nada em campo, mas que geraram retorno de marketing enorme. Mesmo sem títulos, a primeira versão dos Galácticos e a volta do Romário em 1995, ainda como melhor do mundo, marcaram época na Espanha e no Brasil.

As semelhanças param por ai. O caso do Real Madrid é um típico “rouba, mas faz”. O Florentino Perez encheu o bolso de dinheiro, tem uma denuncia no blog do PVC de que o cara vendeu o antigo CT do Real e ergueu um bairro nobre no lugar com a sua empreiteira. Mas ninguém pode negar o sucesso do clube (que disputa com o Manchester o titulo de mais rico do mundo)inclusive dentro de campo.

Já no Flamengo, é só roubo mesmo. O “faz” da consagrada frase malufista não dá as caras nunca. Nem dentro de campo, nem fora. Basta lembrar que a contratação do Romário não trouxe retorno de marketing pro clube, pelo contrário, devemos pro Baixinho mais de dez milhões de reais. E isso mesmo vendendo camisa como água e lotando o maraca como sempre. Onde foi parar essa grana?

Por fim, essa semana de contratações nos deixa a tarefa de realizarmos uma reflexão mais profunda sobre o processo de mercantilização do futebol. Romantismo a parte, o cara gastar 150 milhões de euros para ver dois malucos chutando uma bola é um sinal de que alguma coisa está muito errada com esse sistema.

Saudações Rubro Negras

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Covardia e Leniência


Josué Medeiros

Como explicar uma média de gols de 2 por minuto? Como explicar mais um vexame desse elenco super valorizado, chamado pela imprensa, torcedores e dirigentes de “elenco vencedor”?Eu vou tentar com duas palavras.Covardia, que começa com C de Cuca. Qualidade que dispensa explicações. Ou tem outra palavra para classificar a entrada de um zagueiro no lugar do Kleberson contra o Sport? Ah, mais adiantou o Willians... O que me dá mais raiva é ver dirigentes, comissão técnica, jogadores afirmando que esse foi o motivo da derrota. Quer dizer que ninguém percebeu isso antes?

Leniência significa permissividade, condescendência, tolerância, que não apresenta reação. Significa Léo Moura. Por favor, um imploro pra quem perde seu tempo lendo essas parcas linhas, veja o lance do segundo gol que levamos. O nosso camisa 2 perde uma bola no meio campo, a bola é lançada nas costas dele, e pimba! E o tremendo vacilão não tava nem ai, nem ali, nem em lugar nenhum.


Todos os blogs do rubro negrismo militante que eu leio estão defendendo mudanças parecidas no time, que passam pelo expurgo nos protagonistas dos vexames que pululam na gávea desde o 3 a 0 pro Defensor em 2007, e pela adoção de um novo esquema, que não dependa mais dos nossos alas, que jogue com dois atacantes, um meia, que tenha sangue novo, com alma de Flamengo e sangue na camisa de tanto correr.


Mas sabe qual é o problema? Me digam que time vai pagar 5 milhões de Euros para levar o Léo Moura? 30 anos? Ou 4 milhões de Euros no Juan, que nunca quer treinar, arruma briga com todo mundo? A prova de quem ninguém vai levar essas malas é que o Ibson, nosso melhor jogador desde que retornou, simplesmente não tem mercado na Europa. Imagina esses pelas que eu já citei.


Nossas duas derrotas nesse campeonato foram absurdas. Perdemos um pênalti em uma, levamos 4 gols em 08 minutos na outra. Mas foram o retrato de um elenco sem vergonha, que não se importa de perder. E com isso adiamos em mais um ano o retorno do Flamengo que hiberna em sono pesado desde 1992.
Saudações Rubro-Negras

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Estamos com você

Martin Curi

Ontem no jogo do Fluminense x Botafogo no Maracanã vi na torcida do Fluminense a faixa: “Campinho, estamos com você. Amigos do Flu.” A maioria dos leitores provavelmente não sabe quem é Campinho. Ele é o presidente da Torcida Young Flu e foi flagrado dando socos em jogadores do Fluminense dentro da sede do clube. Estas fotos passaram pela imprensa brasileira. É interessante que a pessoa, mesmo depois desta exposição, continua sendo uma anônima.

Mas vamos falar sobre a faixa, que causou certo espanto. Não quero cair nas velhas acusações de rotular alguém de criminoso ou marginal. Não cabe a mim julgar os atos das pessoas. Não é a pessoa que está em discussão, mas as instituições envolvidas. O Fluminense FC se distanciou dos atos violentos e os julgou como inadmissíveis. Não só o clube, mas também a PM conhece os presidentes das torcidas, porque se encontram com eles regularmente. Ou seja, eles entenderam muito bem o conteúdo da faixa. A PM controla hoje em dia bastante bem as faixas na entrada. Não é possível que esta tenha passada despercebida. Mesmo assim deixaram-na passar. Pode ter outras possibilidades de interpretação, mas eu a entendo como um protesto contra clube e a PM. Um manifesto a favor de um socialmente excluído contra os poderosos. E isto mesmo com o perigo de ficar ao lado de alguém que será rotulado como bandido. É um ato de auto-marginalização.


Qual é então o motivo pelo qual a PM deixou a faixa entrar e depois de estendida o clube não mandou tirar? Eles não querem enfrentar a torcida? Eles acham que o Campinho é a vítima? Ou foi interpretado como direito de livre expressão? É bastante interessante observar o comportamento de um clube que se distancia de certos atos dos seus torcedores e depois aceita uma manifestação a favor destes atos durante um jogo. A distância entre a “vida real” das arquibancadas e o discurso oficial das entidades poderosas como clubes e PM, mas também a imprensa, é impressionante. Para mim há um desentendimento institucionalizado e não existe sequer o desejo de um entender o outro.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Time dos sonhos




Venho repetindo aqui o impasse que o Flamengo se encontra. Não somos mais um clube que briga contra o rebaixamento, voltamos a ser protagonistas do futebol nacional. Contudo, perdemos nossa hegemonia, não acompanhamos o processo que viveu o São Paulo (libertadores e mundial em 2005, três brasileiros seguidos) do Inter (liberta e mundial em 2007, sul-americana 2008) e do Cruzeiro (tríplice coroa em 2003).

Esta semana vivemos exatamente esse impasse. Ao mesmo tempo em que tivemos a estréia do Adriano, fomos noticia no mundo todo, o Imperador pode ser a peça que faltava pro FLA brigar pelo título, apresentamos o nosso novo “reforço” o Pet, sem jogar a seis meses, 36 anos, que fracassou nos últimos times que esteve, as potencias do futebol internacional: Santos e Atlético Mineiro.

E porque o Flamengo contratou esse craque espetacular, com presença garantida na seleção dos melhores jogadores da história, barrando o Maradona? Porque o clube mais querido do Brasil deve milhões de reais para o Pet, e contratá-lo foi uma forma de aliviar nossas combalidas finanças.

Não é o momento de ficar cornetando o time. Temos agora dois jogos difíceis, fora de casa, que podem nos fazer subir na tabela e consolidar uma boa posição. O Pet já vestiu o manto, temos mais é que dar apoio, o cara é ídolo, teve um papel fundamental em um momento sensacional da nossa história, o tetratri. Mas galera, imagina se a moda pega? Se a nossa diretoria resolve sair contratando todo mundo que deve e incorporar ao nosso elenco.

Começaríamos com Clemer no gol, 31 anos, encostado no Inter, frangueiro reconhecido. Seria titular porque o Bruno vai ser vendido na janela. Na lateral direita ninguém mais ninguém menos que Fábio Baiano, 35 anos. Do jeito que o Léo Moura anda, vai ser uma dura disputa pela posição, sem favoritos. Na zaga, o xerifão Gamarra, 38 anos, fracassou na sua ultima passagem pelo Palmeiras, alguns anos atrás. Seu companheiro na defesa não fica atrás, Junior Baiano, 39 anos, atuou pelo Volta Redonda no ultimo carioca, acho que fez até gol. Angelim vai pro banco feliz. Na lateral esquerda, Arthison, ta bem no cruzeiro, foi bem na portuguesa ano passado, mas ficou sem clube um bom tempo. Seria uma boa sombra pro Juan. Nosso meio campo seria composto por Mozart, que o Palmeiras acabou de repatriar, Iranildo, eterna promessa e maestro do Brasiliense, Denílson, que acaba de ir jogar no tradicionalíssimo futebol do Vietnam e pelo Pet, óbvio. O Ibson vai embora mesmo, e o Airton, Willians, Kleberson iam brigar por posição com esses craques que contratamos. Por fim, o ataque. Adriano fica de titular, e teríamos o Leandro Piu Piu (tava no Sport até o ano passado) disputando posição com Emerson, Josiel, etc. Mas, se tudo der certo, podemos convencer o Romário a voltar jogar, ele é o nosso maior credor...

O Flamengo deve para mais jogadores. Alguns seriam ótimas contratações, como o Julio César e o Juan, nossos representantes na seleção. Outros não jogam faz muito tempo, tipo Leandro Ávila... Se bem que isso não foi problema no caso do PET. Na lista que eu fiz lá em cima, não sei se o Gamarra e o Fábio Baiano ainda jogam, o resto ta tudo na atividade...

Acho que valia cada torcedor fazer esse exercício com seu time. E quanto aos rubro-negros, façam também o seu time, divulguem pra onde puderem. Esse ano tem eleição na Gávea, e acho que temos que ficar vigilantes com o que pode acontecer.

Saudações Rubro Negras

terça-feira, 2 de junho de 2009

Os mais bem pagos: Brasil

Fidalgos amigos, segue uma listagem dos mais bem pagos do futebol brasileiro. Esta matéria está no blog Bola de meia e utiliza dados da Revista Placar deste mês. É impressionante notar que contando só Leandro Amaral, Fred e TN gastamos R$ 900.000,00 por mês. E, ainda assim, não temos laterais e zagueiros. Quanto dinheiro jogado fora...

Confira a lista dos jogadores mais bem pagos do Brasil:

1°- Ronaldo* (Corinthians) = R$ 1.133.000
2°- Adriano** (Flamengo) = R$ 362.000
3°- Nilmar*** (Internacional) = R$ 360.000
4°- Fred (Fluminense) = R$ 350.000
5°- Leandro Amaral (Fluminense) = R$ 280.000
6°- Kléber (Cruzeiro) = R$ 280.000
7°- Thiago Neves (Fluminense) = R$ 270.000
8°- Edmílson (Palmeiras) = R$ 240.000
9°- Rogério Ceni (São Paulo) = R$230.000
10°- Washigton (São Paulo) = R$ 220.000
11°- Marcos**** (Palmeiras) = R$ 200.000
12°- D'Alessandro (Internacional) = R$ 200.000
13°- Léo (Santos) = R$ 200.000
14°- Fábio Costa (Santos) = R$ 200.000
15°- Lúcio Flávio (Santos) = R$ 185.000
16°- Kléber (Internacional) = R$ 180.000
17°- Maxi López (Grêmio) = R$ 180.000
18°- Souza (Corinthians) = R$ 175.000
19°- Kléber Pereira (Santos) = R$ 174.000
20°- Fábio (Cruzeiro) = R$ 173.000
21°- William (Corinthians) = R$ 150.000
22°- Kléberson (Flamengo) = R$ 150.000
23°- Carlos Alberto (Vasco) = R$ 150.000
24°- Mozart (Palmeiras) = R$ 140.000
25°- Léo Moura (Flamengo) = R$ 130.000
26°- Acosta (Náutico) = R$ 125.000
27°- Keirrison (Palmeiras) = R$ 120.000
28°- Diego Souza (Palmeiras) = R$ 120.000
29°- Marcelinho Paraíba (Coritiba) = R$ 120.000
30°- Tcheco (Grêmio) = R$ 120.000
31°- Alex Mineiro (Grêmio) = R$ 120.000
32°- Souza (Grêmio) = R$ 120.000
33°- Fabão (Santos) = R$ 110.000
34°- Emerson (Flamengo) = R$ 110.000
35°- Obina (Palmeiras) = R$ 110.000
36°- Fabiano Eller (Santos) = R$ 100.000
37°- Diego Tardelli (Atlético-MG) = R$ 90.000
38°- Reinaldo (Botafogo) = R$ 90.000

*- (80% são valores do patrocínio da manga e calção)
**- (162 mil do Flamengo + % dos produtos da Olympikus)
***- (130 mil + um milhão de euros em parcelas anuais)
****- Pode chegar a R$ 300.000 dependendo do número de partidas jogadas

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Festa na Favela!!!


O Imperador voltou! Vejam os melhores momentos, não precisamos falar muito sobre isso. A estrela do cara foi tão grande que o Keirrison marcou após 4 jogos de jejum,o Fred depois de uma seca de 5 partidas e o Obina depois de um deserto sem gols que já durava seis meses!!!

To achando até que o time do Flamengo pode dar caldo nesse campeonato. Não falo isso pelo jogo de ontem. Me irrita como o Flamengo não sabe se comportar em campeonato de pontos corridos, se soubesse teria sido no mínimo 4 a zero. Isso sem falar no Léo Moura, que errou o cruzamento do gol do Adriano, mas como o cara joga muito, conseguiu consertar a jogada e completar para as redes.

Mas enfim, agora temos um time que tem os três setores, defesa, meio campo e ataque. Temos uma defesa sólida, um bom goleiro, um meio campo refinado, enfim, com alguns ajustes, alguma sorte na janela de transferência, dá para sonhar com algo mais nesse brasileirão.

E isso graças ao Imperador!

Saudações Rubro Negras

Aos súditos: Eis o Imperador!


Foi uma belíssima tarde de domingo no Maracanã. Casa cheia, tempo bom e reestréia de Adriano. E pra dar tudo certo, além de jogar os 90 minutos, e bem, o Scooby Doo balançou as redes. Lembrou uma frase da música do Jorge Ben, Umbabarauma: " Olha que a cidade toda ficou vazia nesta tarde bonita só pra te ver jogar."

Duas coisas me fazem acreditar que o Adriano vai arrebentar no Mais Querido do Brasil: Ele comprou 70 ingressos entre cadeiras especiais e arquibancadas para distribuir aos amigos da Vila Cruzeiro. Fretou um ônibus para facilitar a vida da rapaziada. Essa era uma das coisas que ele queria: A possibilidade de estar perto da galera da Laje. Entrar em campo e saber que tá todo mundo ali, na beira do campo, assistindo. Quem já disputou campeonato de várzea, como eu, sabe o quanto é legal ver a família e os amigos ali pertinho. Uma das maiores alegrias da minha vida foi ter feito o gol do título na final da Copa Infantil, em Belford Roxo, e ver meus irmãos invadindo o campo pra me abraçar. Me emociono sempre que lembro disso. E isso é motivação grande pra qualquer um.

O outro motivo é que agora, em jogos no Maraca, o Adriano vai sair do estádio e vai pra junto dos seus. Vai pra Vila Cruzeiro, tomar uma cervejinha com os amigos e com a família, vai comentar lances da partida, comer o pastelzinho feito pela avó, dar gargalhadas, e dar uma esticadinha na boate ou no baile funk. Enfim, todas essas coisas que qualquer um tem o direito de gostar. Se eu fosse jogador profissional e famoso, tenho certeza que a imprensa esportiva iria reclamar: "O Jamaica não sai do samba!"

Ao final da partida, nas entrevistas, ele me passou a sensação de que está realmente feliz. Em paz.


Durante o período em que penamos com os atacantes do Flamengo, Juan pegava a bola e a sua primeira opção era sempre a de definir a jogada em gol. No jogo de ontem ficou clara a mudança: A primeira opção é o Imperador. E a tendência é a de quê Juan e Leonardo Moura voltem a apresentar um futebol mais eficiente, já que agora tem um centroavante de respeito dentro da área, que vai consagrar os cruzamentos e assistências dos laterias rubro- negros.


Aleluia! O Obina desencantou!