quarta-feira, 17 de junho de 2009

Arbitragem e televisão


A polêmica dos últimos dias foi o lance que originou o quarto gol do Brasil contra o Egito. E aí? O quarto árbitro utilizou- se ou não, do monitor para avisar ao árbitro principal que o egípcio cortou a bola com a mão? Sem mais delongas vou direto ao assunto: Sou contra a utilização de meios eletrônicos para validar gol, penalti, impedimento ou qualquer outro aspecto técnico do jogo. Estão querendo racionalizar um esporte cuja essência é a paixão. O acaso. O " Sobrenatural de Almeida." É isso. Querem matar o Sobrenatural de Almeida.


O futebol é um dos poucos esportes, quiçá, o único, em que o mais fraco pode, perfeitamente, derrotar o mais forte. Isso dificilmente acontece no basquete, no vôlei, no tênis, pra citar alguns. A zebra entra em campo junto com os 22 jogadores. Cabe ao mais forte botá- la pra correr.


Eu não consigo imaginar uma partida de futebol em quê tem um bate- rebate na área, a bola resvala no braço do zagueiro e... o jogo é parado para consultar as imagens! Reunião fora do campo até a decisão final. 15 minutos depois, o atacante chuta, a bola passa debaixo das pernas do goleiro que volta para fazer a defesa. A bola entrou? O jogo é parado novamente. Nova reunião fora de campo para decidir. Isso não passa pela minha cabeça.


O que precisa ser feito imediatamente é a profissionalização do árbitro de futebol. O cara trabalha a semana inteira no banco, na empresa, no hospital e, no fim de semana tem que ficar correndo atrás de um jogador de 19 anos que só faz treinar e jogar. É muito injusto. Ainda mais injusta é a mídia eletrônica que repete o lance em câmera lenta, não sei quantas vezes pra depois massacrar o árbitro, que tem que decidir na hora. E são esses erros, essas dúvidas, que alimentam as discussões nos botequins. Que alimentam a nossa paixão.


Os racionais do futebol querem acabar com o Chororô do Botafogo e, por conseguinte, com a zoação das outras torcidas. Como sempre, essas estapafúrdias propostas partem de pessoas que, o mais perto que chegaram de uma bola de futebol, foi quando passaram em frente a uma loja de material esportivo no Shopping.


Em aspectos disciplinares, sou a favor. Uma pisada daquelas do Airton no Nilmar e no jogador do Coritiba, não pode passar batido. Agressões fora do lance de bola, feita de forma covarde, não podem ser toleradas.


Pra não dizerem que não falei de Flamengo, O clube vai lançar produtos, como bonecos e chaveiros, do Imperador. Faço minha sugestão: Podia lançar um livro de desenhos da Vila Cruzeiro pra gente brincar de " Onde está Adriano?"

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