domingo, 27 de fevereiro de 2011

(Quase) Todo-Poderoso Timão!


De volta ao Rio, antes da primeira final do R10 com o manto sagrado, escrevo sobre minha ultima aventura na terra da garoa, que foi assistir a um jogo do Coringão no Pacembu.

Em Tempo: Falei muito mal do Ronaldo gordo aqui neste blog e nas praças e ruas desse nosso mulato inzoneiro desde que esse mercenário virou um maloqueiro sofredor. Mas faltou expressar minha opinião de que de fato a parceria entre a gambazada e este nosso ídolo mal caráter foi extremamente positiva para os dois. O corintiano teve um dos maiores atacantes da história do futebol brasileiro defendendo seu clube, conquistou dois títulos, brigou pelo brasileiro do ano passado até o final, voltou ao Estádio com alegria e a mídia de forma positiva. Ah, além disso tudo, a grana entrou forte no parque são Jorge. Ta certo que teve aquele macacão de fórmula 1 no lugar da camisa, mas beleza. Já o gordo também se deu bem nessa história. Era um ex-craque em atividade, condenado a pagar micos nos campos europeus e a ficar marcado por escândalos em motéis cariocas. Mas escolheu bem o time pra jogar, escolheu uma torcida apaixonada e, obviamente, contou com todo apoio da Globo para ressuscitar mais uma vez.

E ai chegamos ao meu título. Ele explica bem minha relação com o Timão. Uma relação de admiração e de respeito, de torcida até contra as malas do Palmeiras ou contra a bambizada. Mas uma relação também de pena, porque a verdade é que o Corinthians nunca vai ser o que ele pretende ser.

Admiro e respeito o Timão porque ele é o único time brasileiro que se propõe o maior objetivo e desafio do futebol no Brasil: ser maior que o FLAMENGO. Eles realmente almejam o lugar máximo do nosso panteão futebolístico. O problema é que nós, rubro-negros, não sairemos de lá.

Outros times tentaram isso em outros momentos. A galinha mineira na década de 1980. Vôo curto, típico da sua espécie. Um timaço, azarado por certo, bateram de frente com a única equipe da história do nosso futebol que pode rivalizar com o Santos de Pelé. O bacalhau imundo na década de 1990. Os caras ganharam quase tudo. Mas os vices seguidos em esferas estaduais e internacionais, passando pela confirmação da freguesia na Copa do Brasil, acabaram com as pretensões portuguesas. E os sete anos sem títulos somados à queda pra segundona devolveram o os viceínos ao seu devido lugar.

Alguns, contudo, nem tem essa pretensão. O Interegional só queria a Liberta pra igualar o Gaymio. O C[r]uzeiro só pensa em ser maior que o Atlético. Vejam bem, maior que um clube que é freguês até do Botafogo. Este estão, nem se fala. Os caras ficam desesperados pra ganhar um carioquinha. Sabem que nada almejam fora das fronteiras do nosso Estado. O PALmeiras teve o mesmo destino que os portuga do rio. Campeões de quase tudo nos anos 1990, um vice mundial e vem o século XXI e porrada: segundona na veia e dois paulistinhas pra alegrar os otários.

O Santos é ridículo. Vai passar o resto da vida tentando reeditar Pelé e Coutinho. Robindo e Diego foram assim. Um é banco do Milan, o outro nem sei quem qual timeco da Alemanha está. Agora são Neymar e Ganso. Acho os dois craques. Mais do que a primeira dupla citada. Mas os tempos são outros. Nunca mais teremos duplas históricas jogando em times brasileiros, ou craques incontestáveis como nosso Zico.

Por fim, os bambi, do Rio e de São Paulo. Times endinheirados. Os paulistas tiveram mais resultados por souberam gastar melhor. Mas o Flor aprendeu também. E daí? O São Paulo é um time pequeno, a verdade é essa. Com dirigente pequenos, que romperam uma aliança histórica com Flamengo na ânsia de tomarem o nosso lugar. Agora passam a vergonha de admitir que não deu, pedem uma réplica do posto de maioral do futebol brasileiro. 10 mil pagantes no Morumbi na estréia de um jogador como o Rivaldo é uma imagem que diz por si só.

E as tricoletas podem ganhar um milhão de brasileiros com o Murici, fazer um CT, a coisa toda. Mas vão ser igual ao São Paulo. Cheio de estrelas, sem vibração, sem massa pra levantar estas taças. A coisa do time de guerreiros foi legal e tudo, mas o titulo do brasileirão ano passado não teve nada disso, convenhamos. Tratou-se de mais um vitória da mesmice muriciana.

Voltamos ao Coringão. Eles são diferentes. Torcida que cresceu mesmo com mais de 20 anos sem títulos. Uma massa de brasileiros que empurra o time em qualquer situação. Um time que busca sempre os melhores jogadores do mundo para serem ídolos. Rivelino, Sócrates, Tevez, Ronaldo. Mas que forja seus heróis da plebe, entre os perebas esforçados. Tupãzinhos vive!

Mas Nunca Serão Gamabazada! Por maior que seja a sua torcida, ela vai ser sempre a segunda, porque não consegue se nacionalizar. Se tirar São Paulo e Paraná, a gambazada fica menor que a torcida do Bahia. A falta de uma liberta na galeria de títulos é um limitador objetivo, mas que pode ser superado. A queda pra segundona não.

Contem-se com esse posto. Segundo maior clube do Brasil. Vocês estão jogando em um Estádio bem legal, que lembra bem o velho maraca em alguns aspectos, como as arquibancadas de concreto, a ventania, o perfil da torcida, a altura do Tobogã, parte mais rústica do Pacaembu. A torcida de vocês é fiel, presente, canta bastante. O time é mais ou menos, mas vocês tem o Liedshow, o Bruno César, o Dentinho. Eles podem ser novos ídolos, sem dúvida. E tem ainda a perspectiva de trazer um novo galáctico, quem sabe?

O jogo em si foi truncado. Neymar apanhou bastante, tanto quando fez firulas. O Corinthians venceu apesar do Tite, que escalou o Morais de titular, que mandou o time se encolher de um modo que a torcida do Flamengo nunca aceitaria. Dois gols de bola parada resolveram a partida. Mas o time ta bem postado, tem jogadas, vibra muito. Acho que vão ser campeões do paulistão.

Mas dane-se. Isso não é assunto pra esse blog!

Que venha a primeira taça do showman da Gávea! Pra cima deles Ronaldinho Gaúcho!

Saudações Rubro-Negras

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Em casa é fora e fora é em casa

                                                                                 
Casa do Muriça na Barra.
Fidalgos tricolores, se você está preocupado vou logo dizendo que está perdendo cabelos á toa. Se você tem alguma dúvida de que passaremos para a próxima fase da liberta, é porque não acompanhou os jogos de nosso título no ano passado. Pára um pouco pra pensar: todos os jogos que fizemos em casa com times que vieram fechados foram dureza, basta lembrar do último jogo contra o bugre ou mesmo o jogo contra o esmeraldino. Se ganhamos o brasileiro do ano passado foi justamente por causa de nossa avassaladora campanha fora de casa.

Muricy montou este time pro contra-ataque e pro1x0. Ele fica muito mais confortável quando não tem a necessidade de atacar o tempo todo, o que gera a oportunidade de ficar trocando passes eternos até que uma boa oportunidade apareça. Ou então uma bola parada nos salve. E não achem que não funciona: assim ele foi tetra brasileiro com um pé nas costas.

Ainda que concorde com meu animal de estimação que teima em levantar injúrias e difamações a meu respeito neste espaço, vou tecer algumas considerações sobre sua avaliação de nosso coach. Ele não sabe jogar mata-mata? Beleza. Agora, dizer que ele não sabe montar um bom esquema que favorece as vitórias e bons resultados fora de casa é um tanto arriscoso. Pro Muriça o pior já passou, foram os jogos em casa em que ele, a princípio, teria que sair pro jogo. Agora ele vai se deleitar pela América, vendo os adversários saindo da retranca e olhando no retrovisor o Mariano voando nas costas deles, com Frederico e He-man (Sheik) balançando as redes.

Ele deve estar comemorando estes empates, pois na verdade o que ele queria era não perder. Do alto do seu ego inflado, tenho certeza absoluta que ele acredita em uma classificação sem problemas, tendo em vista que o futebol apresentado pelo nossos adversários também não foi lá grandes coisas. Quarta-feira que vem é que vamos ver o verdadeiro Fluzão, quieto na sua, só esperando a hora certa do bote, essa é a sua vocação. E o torcedor que ainda não entendeu isso precisa se acostumar. Podemos não jogar sempre pra ganhar, mas dificilmente perdemos uma partida. Basta lembrar que nos últimos 4 meses, isso mesmo, 4 meses, perdemos apenas para o chororô, uma única partida. Aqui nossa chewbacca flamenguista que orbita este blog vai se alvoroçar e dizer "tá vendo, isso é bom pros pontos corridos, mas no mata-mata não funciona!" Tudo bem, também acho, mas você quer que eu faça o quê?

Um empate hoje entre América do México (quando o Josué escuta este nome fica cheio de brotoejas e já começa a se coçar...) e Argentino Jrs e uma vitória nossa na próxima quarta nos deixa na liderança, simples assim. Até mesmo uma vitória do América, que iria a 6 pontos, seria bom, pois deixaria Argentino Jrs e Nacional com apenas 1 ponto.

Deixemos os uruguaios e argentinos acharem que empatar conosco no engenhão foi um ótimo resultado. Eles não sabem o que os espera...


QUEM MANDOU SER CAMPEÃO?

Enquanto penamos contra adversários com tradição no futebol do continente, Santos, Grêmio e Inter seguem pegando as babas latinas, máquinas mortíferas como Oriente Petroleiro da Bolívia e coisas do gênero. Quem mandou ser campeão?

BANCO CIRÚRGICO

Ontem, no início da transmissão do jogo, a câmera deu aquela tradicional percorrida pelo banco de reservas. Da esquerda pra direita: Cavallieri, Edinho, Souza, Araújo, Fernando Bob e Tartá. Tá perigando o Fluminense arrendar um circo e o anão crescer. Vai ter azar assim na pííííííiíííííííííiííííííííí

EU JÁ SABIA...

Vocês podem não acreditar, mas eu ia escrever que o Muriça tava doido pra voltar com os três zagueiros. O problema foi que ele resolveu também colocar só um atacante. Com Mariano e Carlinhos juntos, esse é o esquema, tal como a mulambada com Juan e Léo Moura. Eles viveram ótima fase e nós também, até a chegada do maldito portuga, que o Paulo César Vasconcelos teve a cara de pau de dizer que estava fazendo falta ao time. E ainda ganha pra isso...


SDS TRICOLORES

domingo, 20 de fevereiro de 2011

“Não confio em um sociólogo que não tenha o fundilho das calças puído pelas arquibancadas!”


A frase do título foi atribuída ao cientista social da USP Gabriel Conh pelo jornalista Juca Kfouri em palestra denominada Futebol Resistência, realizada ontem, em São Paulo, no Memorial da Resistência.

Como estou passando uma temporada na terra da garoa resolvi conferir a atividade apenas para relatar aqui neste blog, já que eu já sabia que obviamente o Murici seria eliminado em mais um mata-mata e que, portanto, nosso anfitrião não compareceria nestas plagas para falar sobre o vexame tricolor.

Pois bem, foi uma atividade emocionante. A palestra foi pano de fundo para uma homenagem militante político Aderval Alves Coqueiro, brutalmente assassinado em 1971 pela Ditadura Militar instaurada em 1964, em uma operação com 50 policiais na qual o revolucionário brasileiro estava desarmado. A homenagem foi preparada pelo Núcleo Memória do memorial, vale a pena conferir o site e dar um apoio a este tipo de iniciativa: www.nucleomemoria.org.br.

Na palestra, o jornalista Juca Kfouri insistiu que Futebol e Política possuem uma ligação sim, mas que esta deve ser mediada e está distante do velhor jargão da esquerda de que “o futebol seria o ópio do povo”, ou que “cada gol da seleção brasileira atrasa em dez anos a revolução”. Ele afirmou que por mais que a Ditadura Militar tenha tentando se utilizar do tricampeonato na Copa do Mundo, e de fato o tenha feito, isto não impediu que o processo político se desenvolvesse e que o regime militar fosse perdendo apoio popular ao longo da década de 1970 até cair de vem nos anos 1980. O exemplo do presidente FHC, que em 2002 recebeu a seleção pentacampeã e depois viu seu candidato perder pro Lula nas eleições também foi evocado.

Qual seria a relação entre a bola e a política então? Juca Kfouri abordou dois aspectos desta relação com as quais eu concordo. Primeiro, o fato de que a esquerda brasileira luta para tornar nosso povo e nossa nação livres das opressões e das injustiças que nos marcam faz mais de 5 séculos. E que isto só será possível se soubermos mobilizar os elementos mais autênticos daquilo que a sociedade brasileira produziu ao longo da sua história. O futebol, sem nenhuma dúvida, é um destes elementos.

O segundo é auto-organização dos setores envolvidos no mundo da bola, começando pelos jogadores. O jornalista nos relata que no Uruguai e na Argentina o futebol da primeira divisão para se os boleiros de um time pequeno da terceira divisão têm um mês de salário atrasado. Aqui alguns dos nossos grandes clubes atrasam 3 meses. Os torcedores precisam também se organizar politicamente, e não apenas para torcer. Algo a ver com a Associação Nacional dos Torcedores???

O debate sobre a organização da Copa do Mundo e das Olimpíadas no Brasil também foi abordada. Kfouri manifestou uma posição um pouco mais moderada daquela que vejo como majoritária na ESPN, que é vocalizada por ele e por outros jornalistas, simplesmente contrária a realização destes eventos em nosso país por significar desperdício de dinheiro público . Juca disse é preciso levar em conta que um governante precisa brigar e organizar eventos deste tipo para agradar seu povo. Além disso, ele defendeu que temos que fazer uma Copa Do Mundo do Brasil e não uma Copa do Mundo da Alemanha. Nesse sentido, e eu concordo, deveríamos dizer não para as exigências que a FIFA está impondo ao nosso futebol e que vão entre outras coisas, desfigurar o Maraca Velho de Guerra.

A grande contradição no discurso do Juca, em minha opinião, foi o peso excessivo que ele atribui ao Estado na solução dos problemas do nosso futebol e do nosso Esporte, e por solução leia-se derrotar Ricardo Teixeira e Nuzman, os senhores feudais dos nossos atletas. Kfouri manifestou profunda decepção com Fernando Henrique e Lula, relatando que no inicio do governo de ambos fora procurado para, em conjunto com outras personalidades do esporte, formatar um projeto de longo prazo para o esporte brasileiro, projetos que foram abandonados nos primeiros seis meses porque se confrontavam com os interesses destes déspotas.

Eu até concordo que o Lula pelegou em relação ao Ricardo Teixeira. Mas o fato é que este se fortaleceu muito após as CPIs da Nike e do Futebol em 2000. E também que sem a auto-organização dos atletas e dos torcedores, o Estado não fará muita coisa. Eu penso que para as mudanças ocorrerem, em especial em estruturas tão reacionárias como as do nosso futebol, é preciso alguma pressão dos debaixo sobre o Estado. Este tem sim o seu papel nesse processo, não se moverá sozinho.

Para concluir, para quem já viu o Juca Kfouri na tv, gostando ou não dele, sabe que o cara é espirituoso, bom contador de histórias. Algumas boas foram referentes à famosa e saudosa Democracia Corintiana, regime de auto-organização da geração de jogadores do Timão no inicio da década de 1980, liderado por Sócrates, Casagrande, Vladimir, entre outros. Os caras votavam até o trajeto do ônibus, não concentravam, bebiam antes dos jogos, enfim, não faziam parte da chatice que o mundo do futebol se tornou e não eram gordos e decadentes como o Ronaldo. A dialética certa que eu espero que o showman da gávea, indo pros seus pagodes, consiga atingir. Foram bicampeões paulistas e não ganharam nada nacionalmente porque existia uma máquina demolidora no futebol brasileiro chamada Clube de Regatas do Flamengo, comandada por Zico! Mas ai já é outra história...

Enfim , já que Cappelli estuda Futebol e e eu estudo Política, quem sabe agente consegue ajudar o Juca Kfouri a desvendar os modos de interação entre estas duas esferas. Quando as crianças fizerem 18 anos começamos a escrever sobre isso!

Saudações Rubro-Negras

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Imagem é tudo

Agora que ele não joga mais bola, quem vai comprar o leite das crianças???

Celso, chama o House!

Fidalgos tricolores, já faz tempo que venho falando aqui das tão propagadas contratações cirúrgicas de nosso time. Sempre defendi também que, tirando o DECOmposição e o Podretti, fizemos aquisições adequadas às nossas necessidades, ainda que a zaga não tenha sido contemplada por problemas de falta de produtos de qualidade disponíveis no mercado. Mantivemos a base campeã do ano passado e fomos buscar peças chaves para nossas principais carências, com o aval de nosso querido Celso Abramovich Barros, uma espécie de Eike Batista tricolor.

Pois bem. O que era pra ser um caso de sucesso total está tirando o sono de nosso Muriça. Já é clara a sua irritação nas coletivas e cada vez mais raro são seus sorrisos de outrora. O que era pra ser visto como um grande avanço da medicina está se transformando num caso excepcional de erro médico, o que não deixa de ser engraçado tendo em vista o ramo da nossa patrocinadora vitalícia. Não um erro doloso, com a intenção de sacrificar nossa torcida, mas uma atitude culposa, aquela em que não se tem a intenção de matar. Cercados do que existe de mais moderno no mundo no campo da saúde, traçaram um diagnóstico em virtude dos sintomas apresentados pelo paciente mas, ao que tudo indica, pelo menos até agora, a medicação não está fazendo efeito e é o remédio caseiro que está dando conta de debelar a infecção que, graças aos deuses, não chega a ser generalizada.

E aí, fidalgos amigos, só conheço uma pessoa no mundo que pode nos salvar e seu nome é Gregory House. Só ele pode fazer uma avaliação que fuja aos parâmetros convencionais para buscar uma solução que não leve em conta somente o que está aparente, mas também trace um perfil psicológico e, vez por outra, invada a casa dos pacientes para procurar pistas que ajudem a desvendar o mistério que aflige nossos órgãos. Entre uma pílula de hidrocodona e outra - a morfina que o ajuda a suportar sua dor na perna esquerda, fruto de um carrinho desleal de um zagueiro quando ainda era juvenil no Arsenal - realizei uma consulta na intenção de traçar um quadro que permita compreender as complexidades envolvidas na descoberta de um diagnóstico exato. A infecção ainda é pequena mas pode se generalizar a qualquer momento, não se pode perder tempo.

O primeiro sintoma que mencionei foi uma secreção na parte de trás do corpo, um vazamento na retaguarda. Agarrado na bengala e jogando a sua bolinha pro alto ele já mandou avisar que diarréia é no setor de clínica geral e que eu devia olhar melhor o quê o paciente andava comendo. Suspeitei de um trocadilho malicioso, mas me fiz de desentendido. Depois pensando bem, percebi que o Cavallieri anda com uma cara danada de dor de barriga, de quem comeu e não gostou. Sua expressão facial só perde em emoção pra Sandy e a cada jogo parece que ele está indo pro microondas do Elias maluco. Em se tratando do nosso principal anticorpo, aquele responsável por não deixar as bactérias festejarem com um grito de gol sua invasão, House indicou uma invasão da sua casa. Entrei sem problemas, tal como as bolas no gol, e o que vi foi surpreendente e revelador: agarrado em uma foto do Liverpool, ele chorava copiosamente comendo jiló com ameixa  - aqui sua cara foi explicada, me parecia uma forma de penitência - lamentando a grande chance perdida em um dos mais tradicionais times do mundo. Após relatar isso ao House veio a solução: ministrar doses homeopáticas de Bernagol titulare para ver se ele reage e volta a cumprir sua função de defender o organismo.

Logo após mencionei que o paciente, mesmo quando aparentava estar com 100% de sua capacidade física e motora, não desenvolvia as funções que o organismo necessitava. House aqui foi enfático: problema de quem comanda tudo, no cérebro. Feita a tomografia foi constatada uma reação inesperada na região da Muricipófise, que não reconhecia a mensagem e, portanto, não dava a ordem para o paciente se locomover. O diagnóstico veio em seguida: síndrome das arábias. Prognóstico: sulfato de Grayskull. Se o paciente não apresentar melhoras só uma intervenção no cérebro. Tadinho do Araújo. Perder pro He-man até vai, o cara tá fazendo um gol atrás do outro, mas perder pro Rodriguinho e pro Willians aí já é humilhação. Só posso imaginar que no coletivo ele senta na marca do pênalti e fica coçando o saco, não consigo  pensar  em outro motivo pra que ele seja o último da fila.

Por fim, o relato da dificuldade que o organismo apresenta de distribuir as vitaminas necessárias a todas as regiões do corpo. Aqui ele nem me deixou terminar, com cara de que já estava enfadado com a conversa: complexo de Souza. Remédio: chá de banco, que ajuda o corpo a recuperar seu equilíbrio vitamínico. Associado a ele, sugeriu uma espécie de coringa que atua em diversas frentes, restaurando a harmonia que existia antes da infecção, genérico mas eficaz: Marquinholato de canhotanina. 

E nós que pensávamos estar sadios e cada vez melhor de saúde, começamos logo cedo a tomar remédios para encorpar novamente. Agora é só rezar porque até os remédios do House fazerem efeito ele erra umas 50 vezes, até porque o programa tem uma hora de duração. Não temos tanto tempo, já que no primeiro jogo da Libertadores apenas mantivemos o quadro estável, sem melhoras aparentes. Uma coisa é certa: Muricy é sinistro e com ele não se joga com o nome. Mas ele não me engana: só acredito depois que o Deco passar 90 minutos vestido de colete vendo o jogo sentado. Sigo cauteloso, porém otimista.

Finalmente ele voltou ao esquema que nunca queria ter mudado: mais um homem de marcação no meio, ainda que apoie também, tornando o time menos vulnerável. Basta saber se o Conca vai estrear este ano, ainda que ele tenha todos os créditos do mundo. 

Toca o telefone, é o Wilson. Ele se despede com cara de quem perdeu seu tempo. Na saída cruzo com o Dinamite. Tadinho do House...











sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

O Maior Flamenguista de Todos os Tempos!


Devo um parecer sobre este tema faz um tempo já. A eliminação do Timão na pré-libertadores tornou urgente o retorno do Ronaldo gordo a este blog. A aposentadoria precoce (sic), antes do prazo anunciado anteriormente, que era o fim de 2011, me mobilizou definitivamente. Ainda mais que estou em sampa, na casa de três maloqueiros sofredores.

Pois bem, quero declarar aqui que nós, rubro-negros, temos muito o que agradecer ao Ronaldo. Penso, na verdade, que devemos ao gordo nosso sexto título brasileiro, bem como tudo o que o Ronaldinho Gaúcho vier a conquistar com o manto sagrado.

Tá bom, tá bom, já sei que vai ter gente me chamando de óbvio. Mas é um raciocionio simples e que se impõe. Se o Ronaldo tivesse mantido a palavra afirmada diuturnamente no período em que usou a estrutura (sic) do Mais Querido para se recuperar de mais uma contusão e realmente virasse jogador do Flamengo, o Adriano não teria voltado e agente não teria saído da fila de 17 anos. Mais do que isso, é impensável imaginar que um clube brasileiro, mesmo que seja o maior de todos, fosse capaz de comportar no seu elenco os dois ronaldos mais famosos do Brasil.

“Ah, mas com o Ronaldo agente também poderia ter sido campeão brasileiro”. Mentira. Não seríamos. Nosso titulo foi conquistado em uma arrancada espetacular impulsionada pelo Imperador, que funcionava como um verdadeiro tanque destruindo as defesas adversárias. Graças ao impera jogadores como PET, Willlians, Zé Boteco cresceram na competição. A própria permanência do Andrade se deu por isso, bem como o sucesso do esquema que ele montou.

Nada disso ocorreria com Ronaldo. Mesmo no bom primeiro semestre que o gordo fez ele não estava no auge da sua forma. Além disso, o Mano Menezes armou um esquema com outros dois atacantes rápidos, um meia talentoso e dois laterais que eram alas. No elenco do Mengão só possuíamos os alas, as outras peças nos faltavam.

Ao fim ao cabo, o Ronaldo estava lá, treinando na Gávea, e a nike mandou ele ir pro Corinthians, porque o maior do mundo havia rompido com essa empresa capitalista exploradora dos trabalhadores. Lá com seus botões, o gordo pensou: “Eu não quero mais jogar bola, estou desmotivado, sinto muitas dores no corpo. Mas jogar no meu clube de coração pode me fazer bem. E além disso eu vou ganhar um grana boa. Por outro lado, o fato é que eu adoro fumar meu cigarrinho, tomar minha cerveja e participar de aventuras sexuais pouco ortodoxas. Por causa disso, nunca mais vou ser um atleta em alto nível. E como eu gosto demais do Flamengo, não vou fazer isso com mulambada carioca. Mas tudo bem jogar assim, meia boca, lá em sampa. A gambazada vai se amarrar e eu vou ganhar um grana boa”.

É isso eu povo. Ele não pensou em dinheiro, em primeiro lugar. Longe disso, pensou no Flamengo, pensou em toda a magia rubro-negra que tanto o motivou quando ele era um dentuço pobre dos subúrbios do Rio.

Enfim, essa semana nos despedimos de um dos maiores ídolos da história do futebol brasileiro. Quase 500 gols, vários deles espetaculares. Títulos por clubes e uma Copa do Mundo nas costas. Muitas marcas individuais, como os três prêmios de melhor do mundo e o status de maior artilheiro da história das copas.

Mas um ídolo dos tempos em que vivemos, acima de tudo. Tempos de hedonismo exarcebado, de individualismo que impera, dos valores que desfazem, líquidos, flexíveis. Alguns chamariam Ronaldo de mercenário, algo que eu discordo. Querer ganhar dinheiro é algo que faz parte do sistema capitalista. Eu penso que o gordo é um mau caráter mesmo. Mente, sempre que é questionado, sempre que foi posto em dúvida. E conta com apoio amplo da Rede Globo para passar incólume. Mente desde a final de Copa de 1998, quando decepcionou o Brasil sem nunca dar uma explicação para o seu piripaque. Do mesmo modo que mentiu na história dos travestis. Isso sem falar na mentira que contou, durante meses, ao declarar seu amor ao Flamengo, sua vontade de jogar no clube, etc. Assim como mentiu na despedida, quando falou da suposta doença que o impedia de emagrecer.

Que saudade da franqueza de um Romário, da integridade de um Zico. Dois ídolos de Ronaldo em sua infância. Pena que com eles não aprendeu nada.

Ronaldo se despede com desempenho patético. Assim como fora lamentável sua ultima presença na seleção brasileira, quando seu sobrepeso era visível e motivo de chacota. Sem títulos, poucos gols, muito peso, o vexame histórico do timão na liberta. E agora inicia sua vida pós-futebol se vinculando ao Ricardo Teixeira, fazendo parte do comitê da Copa. “Quem com porcos anda farelo come!”.

Ainda assim, obrigado Ronaldo! Por tudo que fez pelo Flamengo nesses últimos anos espero que seja feliz agora, que te deixem comer, fumar e beber em paz, que não o persigam por suas preferencias sexuais pouco ortodoxas. Descanse em paz.

Saudações Rubro-Negra.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Sobre o óbvio ululante!


Era só o que me faltava. Como vocês sabem nosso anfitrião sumiu do blog. O cara tava de férias na Escandinávia, curtindo um friozinho porque ele, ariano que é, fica afetado com o calor tropical. Além disso, ele precisava comemorar o titulo do Flor, e isso não podia ser feito perto do povo ou em países com IDH duvidoso. Ai o cara volta e bota banca, achando que a aristocracia ainda manda alguma coisa nesse país. Não entendeu nada nestes oito anos do governo Lula.

E o pior é que o maluco ficou bolado com o vexame que seu timinho deu na estreia da liberta e resolveu descontar nos outros. Realmente o Engenhão é uma tragédia para o futebol carioca, mas é preciso ir na raiz do problema para entender o porque de tanta amargura do orgulhoso pai da Sophia e do Thomaz.

E ai meu amigos, mesmo que seja óbvio, é preciso reafirmar: o Fluminense não será campeão da libertadores. Os caras tem um timão, fizeram só contratações cirúrgicas, prepararam o elenco para a ganhar tudo. Mas falta uma coisa: postura de campeão!

E não é um problema congênito do Fluminense. Não mesmo. O time das três cores de masculinidade duvidosa não está amaldiçoado ou qualquer coisa que o valha. O problema, na minha opinião, é o jênio Murici Ramalho.

Cappelli, eu admito aqui, em publico, que vocês tem um time e um treinador pra reinar no brasileirão. Vai ser muito difícil impedir que vocês estabeleçam uma hegemonia igual a do São Paulo treinado pelo mesmo professor. Libertadores, contudo, ele não sabe ganhar. E o inicio da campanha de vocês demarca claramente que ele não quer aprender. O Fluminense jogou no contra ataque contra um time que fazia sua primeira partida oficial no ano. E pior, quando subia, cismava com o jogo aéreo que tanto agrada o Murici.

É óbvio isso né meu compadre? Mas fazer o que?

Tão óbvio quanto analisar o ano do Flor é escrever sobre o inicio de temporada do Mengão. Como disse o Arhur Muhlenberg, dirigente do urublog, “é óbvio que o Flamengo é melhor que o Fluminense e Botafogo”. Pra que dizer mais???

Apesar disso, é óbvio que precisamos de outro lateral esquerdo e de mais um zagueiro. É óbvio que com Deivid desse jeito não dá. Temos outros problemas, sem dúvida. Tiago Neves é fominha demais. Por causa da nossa deficiência defensiva, especialmente no lado esquerdo, o showman acaba jogando de costas pro gol, de modo que é marco mais facilmente.

Ainda assim, temos 10 partidas em 2011 e 10 vitórias. Esses jogos com times pequenos como o Vasco servem para o time ir pegando forma, para que os jogadores entrem no ritmo das vitórias e das conquistas. É visível a diferença que a presença do R10 faz em nosso time, concentrando marcadores a abrindo espaços para os outros jogadores. Tiago Neves e Léo Moura tem se aproveitado muito disso.

Domingo temos nosso primeiro teste contra um time médio, treinador pelo melhor distribuidor de coletes do Brasil, papai Joel. Se, por um acaso o mais querido tropeçar, a responsabilidade é toda dele.

Até lá, esperemos o óbvio: mais uma vitória do Mengão!!!

Saudações Rubro-Negras!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Fuja do óbvio

Fidalgos tricolores, antes de mais nada queria deixar uma coisa bem clara. Isso aqui não é um blog do óbvio. Já chamei a atenção do Josué e disse pra ele usar o cérebro e pensar em ensaios mais interessantes já que, caso contrário, é melhor ler o Lance!. Aqui podemos fazer tudo que eles não podem, sejam por questões comerciais ou de QI mesmo. Deixemos as análises rasas e baratas aos que estão preocupados em criar factóides e vender jornal a qualquer custo.

E vai ser desta forma que vou conduzir minha análise de hoje pós empate. Vamos ver se ele aprende.

Pra início de conversa, meus amigos, jogar uma partida da libertadores no Engenhão é o maior corta clima. É a mesma coisa que ganhar uma Ferrari e colocar a máquina pra andar de primeira em uma estrada de terra. O Engenhão pode ser tudo, mesmo sendo quase nada, mas nunca vai ter a aura e os espíritos que habitavam o maraca. Ele é feio, mal localizado, difícil de chegar e.não ecoa o canto da torcida. Sua estrutura vazada faz com que a voz da galera se perca imediatamente, assim que sai da garganta, muito diferente do maraca, onde quando a mulambada gritava dava até pra sentir o cheiro da caninha no ar. E então, respondíamos, em alto e bom som, purificando o ar com o cheiro de canela do nosso Trident burguês.

Essa guerra que ecoava no maraca e que animava quem lá estava, não existe no Engenhão. Até mesmo, como no nosso caso, quando é uma torcida só. As TOs ficam de um lado e se você está lá do outro conseguia ouvir e acompanhar o grito. No Engenhão só se escuta o volume, mais nada. O Muricy reclamou que o time estava no ritmo do campeonato carioca, e estava mesmo. O Engenhão não é épico, não incita o guerreiro a travar seu melhor combate. O entorno é fundamental, ele faz parte também da partida. Uma coisa é brigar no fundo da garagem e outra, completamente diferente, e gladiar no Coliseu. Um jogo no maracanã era a certeza de entrar pra história. No Engenhão é apenas mais um jogo.

E não me venham reclamar de torcida. 16.000 em uma noite de quarta-feira, as 22:00 e com o jogo passando na TV aberta tá de bom tamanho pro Engenhão. Sair de lá meia-noite é muito arriscado e além do mais, nós trabalhamos no dia seguinte. Fosse a mulambada, onde metade da torcida vive de bolsa-família e a outra metade trabalha na informalidade, seria mais fácil.

Outra coisa que não entendo é achar do outro mundo baixinho fazer gol de cabeça. Cansei de ver Romário, Juninho Paulista, Bebeto e tantos outros que vocês podem lembrar fazendo gol de cabeça, sem que isso fosse visto como algo de outro mundo. Neste raciocínio, devemos então falar que é um absurdo levar gol "de pé" de jogadores altos. Imagina tomar um gol "de chute" do Peter Crouch? Eu mesmo, que sou grande, cansei de fazer golaços com os pés, com o Josué de prova, sem que por isso a zaga fosse crucificada. Veja bem, não estou defendendo a zaga, só estou dizendo que o argumento utilizado para criticá-la, neste caso, não faz sentido.

É óbvio que estamos com problemas defensivos. Aos que se lembram, nosso time não tomava gol porque tínhamos, até a chegada do DECOmposição, 3 zagueiros e 2 homens na contenção, jogando no 3-5-2. Era OGum, André Luis e Leandro Euzébio, Diguinho, Diogo, Conca, Mariano e Carlinhos, Fred e Rodriguinho. Ora, metade do time era só pra marcar! É claro que a defesa tinha que ser boa! Com a entrada do Deco, passamos alguns jogos sem ganhar e tomando gols que não nos era comum. Mudamos o esquema e ficamos mais vulneráveis, lembro que isso foi um grande debate na época. Enfim, nosso estilo, me parece, vai se aproximar ao do Santos: muitos gols, feitos e tomados, ainda que o Muricy arranque seus pentelhos de raiva com esta situação.

E não podemos esquecer que o Carlinhos é um atacante pela esquerda, deixando uma avenida para o adversário. É só lembrar que todas as jogadas do Argentino Jrs foram nas suas costas, inclusive o segundo gol, onde o Edinho, que faz a sua cobertura, parece ainda não ter encontrado seu lugar. Então o que acontece? Conca e Souza não marcam. O Edinho sai pra cobrir o Carlinhos e o Diguinho o Mariano, já que nossos dois laterais se mandam toda hora. Aí o meio fica aberto. Não tem jeito: ou segura um pouco a subida deles ou então nosa defesa vai estar sempre vulnerável.

E o He-man, hein? Quem diria, 4 gols em dois jogos! Com duas boas atuações mesmo estando ainda fora de forma. Araújo e Sheik que se cuidem.

Aliás, o que fazia o Araújo no banco de reservas se o Muricy não tinha nenhuma intenção de colocá-lo no jogo? Ele com 25% de sua capacidade física é mil vezes melhor que o Willians com 110%, fala sério!

E ainda tive que aturar durante a semana no Lance! mil matérias sobre o desgraçado: "De dispensável a titular". Não vejo a hora de juntar logo meus selos pra poder parar de comprar esta porcaria...


Ah, este empate não me deixou nem um pouco preocupado. Daqui a duas semanas, com Fred e He-man, venceremos tranquilamente. E uma vitória fora já abona este empate em casa. Tô tranquilo.


Aprendeu, Josué??? rsrsrsr

Saudações TRIcolores, O MELHOR TIME DO BRASIL.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Ó eu aí, ó!

Fidalgos tricolores, tô na área. Confesso a vocês que, como já bem falou meu animal de estimação Josué, escrever sobre o Carioca não me empolga muito. Falar o quê? Que o Flu tem o melhor ataque do campeonato? Que tem o artilheiro do certame com míseros 8 gols em cinco jogos ? Que tem a melhor campanha? Que tem o melhor elenco? Eu não, parceiro, não me deixo levar por coisa pouca. É apenas uma pré-temporada para a conquista da América que tem início agora dia 9/02, data que marca, pra mim, o início do ano futebolístico.

Edinho, He-man, Araújo e Souza se somam aos abnegados do ano passado. Depois de séculos dando murro em ponta de faca, finalmente aprendemos a manter a base e fazer contratações pontuais, de talento reconhecido (tá bom, o He-man foi uma forçada de barra, mas pelo último ano podemos considerá-lo "em ascenção").

A verdade é que nossa zaga não inspira confiança, mas aí pergunto: qual a zaga do Brasil que inspira? Se você pudesse contratar hoje alguém pra zaga, quem traria? Pois é, difícil. Os que você pensou, assim como eu, com certeza não estão na lista dos negociáveis. Portanto, é rezar para o Leandro Euzébio acertar suas botinadas, para OGum não deixar que os inimigam o vejam desarmando as jogadas e pedir ao padinho Padre Cícero pro ogro do André Luís não dar um cartão vermelho pro juiz. Ah, ainda temos o claudicante Cavallieri que, se continuar assim, periga perder a vaga pro milagroso de Berna. O Muricy não perdoa e já dá sinais de que sua paciência está se esgotando.

É claro que não escapamos dos dedos podres das laranjeiras, onde sempre tem um dando prejuízo, por mais que as coisas caminhem bem: é só lembrar do Luiz Henrique - o monsier - que depois de anos lesionado foi descobrir que seu problema era não escovar os dentes direito.

Esse ano temos o DECOmposição e o Podretti para manter a tradição. Deve ser uma doença russa, não é possível. O frio deve encurtar os músculos e diminuir a atividade cerebral. Um tem as coxas podres e o outro tem inflamação aguda nos tendões de aquiles e ambos custam ao nosso caixa a bagatela de R$800.000,00 por mês. Pensa bem: demitindo estes dois bichados e colocando mais uma merreca, não faríamos muito esforço pra contratar o R10,contando ainda que a Traffic é mais nossa amiga do que da mulambada.

O Sheik e o Frederico eu limpo a barra. Se machucam mas, quando jogam, compensam cada minuto no estaleiro.

E falando em R10, com aquela lata ele não podia estar em outro lugar. Se tivesse uma passagem pela polícia seria ideal, mas nem tudo é perfeito. Mas confesso a vocês que fiquei feliz em vê-lo jogar. Ele faz de um toque pro lado uma jogada de efeito, todas são assim, bola prum lado e cabeça pro outro. A cada passe errado aquele sorriso hodierno de quem fez merda a sabe que não tem de fora na pelada. Além disso, vai encher a burra do Fra de dinheiro, um negócio maravilhoso.

A camisa aparece em todos os lugares da mídia. Hoje mesmo no Wagner Montes vi três entrarem no camburão com o pano velho. Devem ter feito um Milk Shake com os produtos da Batavo lá dentro. Que outro time conseguiria ocupar este espaço? Não dá pra competir...

E o Vasco, hein? Ouvi dizer que tão querendo exumar o corpo do Pai Santana pra cremar e jogar na grama de São Januário (e um pouco na cueca do Carlos Alberto).

Saudações TRIcolores, o melhor time do Brasil.






quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Que bonito é!


Foi uma festa linda a da torcida do Mengão. Eu confesso que ando meio desanimado com a Magnética. Acho que já escrevi isso aqui. Parece que na arrancada de 2007 gastamos toda a energia que a nação rubro-negra pode oferecer ao time. Desde então colecionamos musicas de gosto duvidoso, como mamonas assassinas (copiada do inter) abandonamos o samba e o funk, referencias fundamentais para a produção dos cantos que mais encantam nossas arquibancadas, entramos nessa onda babaca de mosaico, de música dos Beatles, de fazer musiquinha pra sair na Globo, esse papo bobo que não pode mais xingar o adversário, enfim.

Na campanha do Hexa foi essa a torcida do Flamengo que se fez presente e ajudou o time. Eu estava lá, me amarrei no maior mosaico da história, cantei “o maraca é nosso, vai começar a festa”, mas sinto saudades “dos tempos idos, nunca esquecidos” das boas e velhas torcidas organizadas. E as perspectivas são as piores possíveis, o Engenhão é uma tragédia para torcer de forma coletiva, o novo Maracanã que surgirá desta maldita reforma provavelmente também o será.

Mas ontem foi fantástico, e devemos muito disso ao Ronaldinho Gaucho. O carisma dele é absurdo. O cara consegue até ficar bonito. A relação que ele estabeleceu com a torcida, o consciência que ele tem da grandeza e da dimensão do Flamengo, e as perspectivas técnicas dele em campo são avassaladoras.

No jogo, foi o que eu esperava. Pouca movimentação, muito talento, ansiedade a mil. O time todo queria tocar a bola pro showman, isso comprometeu um pouco. Mas nas oportunidades que surgiram o R10 mostrou porque os dizeres “o melhor no maior do mundo” precisam ser repetidos aos quatro cantos do universo.

Não nos enganemos, contudo, com os 100% de aproveitamento. O time não está bem. Não temos lado esquerdo, não temos uma zaga confiável. Nossos meias são excelentes (R10 e TN7), talentosos, mas jogam adiantados demais, precisa-se urgentemente de um organizador no nosso meio campo, alguém que faça a bola chegar até eles. Não podemos esperar isso do Maldonado e do Willians. Ah, e ainda tem o problema Deivid. Incrível como ele está fora de forma e desmotivado, ainda mais por se tratar de um grande atacante. Não rola termos uma versão mais modesta do Ronaldo gorducho. E o Wanderlei é gente boa, comemora de um jeito que contagia a torcida, mas é candidatíssmo a ser o novo Obina da galera.

Mas deixemos os problemas de lado. O fato é que é sensacional ver o Ronaldinho vestindo o manto sagrado, se emocionando com a nação, reafirmando que Flamengo é Flamengo. Não tem Fred, Murici, Deco, Conca, Neyar, Ganso, Elano, Guinazu, D’alessandro, Kleber, Felipão, Rivaldo, Rogério Ceni, enfim, nada que se compare ao que estamos vivendo (do gorducho eu falo amanhã, prometo!).

É muito bom ser Flamengo. Seja bem-vindo R10.

Saudações Rubro-Negras!


quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

HUAHAUHAUHAUAHUAHUAHUAHAUHAU


Os milhões de fãs deste blog fenomenal têm reclamado muito da pouca movimentação dos escribas nesse inicio de temporada futebolística. Coube a este que vos fala explicar um pouco a situação.

Primeiro, temos uma questão estrutural. O Campeonato Carioca é muito fraco. É muito difícil arrumar motivação para escrever sobre pelejas homéricas contra Resende, Boavista e seus pares. E olha que na estreia do Mengão, contra o Voltaço, eu fui no Engenhão conferir a estréia do Menino Vander e do paredão Felipe em jogos oficiais. E contra o Americano ocorreu o inicio da redenção do Tiago Neves rumo a glória máxima de se tornar um homem do povo.

Enfim, o fato é que não tem condições de ficar escrevendo para comentar cada jogo. Mas não é só isso, existem outros ,motivos.

Primeiro, nosso amigo Jamaica. Como já vimos em outros textos, ele anda muito “ocupado” para escrever. Por tanto, meus caros, não esperem novo texto do Jamaica até ele se aposentar, quando então nosso camarada disporá de tempo livre.

Já Cappelli vem sempre com os filhos para justificar o silêncio. Mas eu tenho ido a sua casa com alguma frequência, e posso afirma: MENTIRA! As crianças são lindas, dois anjinhos, não dão nenhum trabalho. A Giulli, esposa dedicada e mãe amorosa, inclusive terminou a dissertação de mestrado cuidando do Thomaz e da Sofia.

A verdade é uma só: até hoje nosso anfitrião não acredita que de fato foi campeão brasileiro. Ora, algo que só acontece de 26 em 26 anos é tipo o cometa halley, ninguém sabe se existe mesmo. A mesmo essa história do Flor estar na liberta, é algo que Cappelli se belisca todos os dias para tentar crer. Afinal, esta é apenas a quarta participação das tricoletas na principal competição do continente.

Essa incredulidade explica o silêncio do Rogério. Ele morre de medo de mandar um texto comemorando o titulo, falando da expectativa na liberta, e logo depois vir alguém no blog desmentir. Enfim, deixemos ele quieto então.

Este blog, de vez em quando, tinha aquele monte de texto acadêmico, postados por amigos do nosso anfitrião que são da pós-graduação em História da UFF. Eu particularmente gosto, a maioria dos leitores também, só alguns que não entendem nada. Nesse caso, temos duas hipóteses para a ausência: o pessoal está de férias pois ninguém é de ferro e vida de acadêmico é muito corrida, ou o inigualável site www.zemoleza.com.br, fonte de inúmeras monografias, dissertações e teses está fora do ar, e como era de lá que esses estudiosos do futebol extraiam suas pesquisas, ficamos a ver navio.

Por fim, acho que finalmente o desaparecimento do vascaíno Pedro Pessoa está explicado. O cara começou a escrever no blog sobre os eternos vices. Resolveu ir numa macumba, ou qualquer coisa que o valha, saber se essa carreira tinha futuro, ao lado de geniais cronistas do futebol carioca e brilhantes acadêmicos e geniais estudiosos do velho esporte bretão.

Penso que a entidade declarou que nosso distante amigo até manda bem na pena, mas que o futuro do vasco seria tenebroso. Não sei se as forças do além anteciparam para o Peter Person a pior campanha da hsitória dos portuga na taça Guanabara, mas com certeza o terror foi tão grande que fez nosso amigo desistir do blog.

Bom, é isso, após essa explicação, só mais duas coisinhas: tá engraçado demais a situação do vasco nos últimos anos. O rebaixamento em 2008, com Edmundo e tudo, a falta de títulos desde 2003, e agora o vexame máximo. O melhor é ver que uma partida os vice perderam por causa de um erro do Carlos Alberto, já uma outra foi graças a uma presepada do Felipe! Hauhauahua. As duas grandes estrelas do time!!! E ainda teve o golaço do Tiago Neves no clássico!

A outra coisa é mais obvia, e também tá me fazendo sorrir a toa: é hoje a estreia do showman Ronaldinho Gaúcho com o manto sagrado. Meu ingresso tá na mão já. Depois tem texto sobre isso!