domingo, 27 de fevereiro de 2011

(Quase) Todo-Poderoso Timão!


De volta ao Rio, antes da primeira final do R10 com o manto sagrado, escrevo sobre minha ultima aventura na terra da garoa, que foi assistir a um jogo do Coringão no Pacembu.

Em Tempo: Falei muito mal do Ronaldo gordo aqui neste blog e nas praças e ruas desse nosso mulato inzoneiro desde que esse mercenário virou um maloqueiro sofredor. Mas faltou expressar minha opinião de que de fato a parceria entre a gambazada e este nosso ídolo mal caráter foi extremamente positiva para os dois. O corintiano teve um dos maiores atacantes da história do futebol brasileiro defendendo seu clube, conquistou dois títulos, brigou pelo brasileiro do ano passado até o final, voltou ao Estádio com alegria e a mídia de forma positiva. Ah, além disso tudo, a grana entrou forte no parque são Jorge. Ta certo que teve aquele macacão de fórmula 1 no lugar da camisa, mas beleza. Já o gordo também se deu bem nessa história. Era um ex-craque em atividade, condenado a pagar micos nos campos europeus e a ficar marcado por escândalos em motéis cariocas. Mas escolheu bem o time pra jogar, escolheu uma torcida apaixonada e, obviamente, contou com todo apoio da Globo para ressuscitar mais uma vez.

E ai chegamos ao meu título. Ele explica bem minha relação com o Timão. Uma relação de admiração e de respeito, de torcida até contra as malas do Palmeiras ou contra a bambizada. Mas uma relação também de pena, porque a verdade é que o Corinthians nunca vai ser o que ele pretende ser.

Admiro e respeito o Timão porque ele é o único time brasileiro que se propõe o maior objetivo e desafio do futebol no Brasil: ser maior que o FLAMENGO. Eles realmente almejam o lugar máximo do nosso panteão futebolístico. O problema é que nós, rubro-negros, não sairemos de lá.

Outros times tentaram isso em outros momentos. A galinha mineira na década de 1980. Vôo curto, típico da sua espécie. Um timaço, azarado por certo, bateram de frente com a única equipe da história do nosso futebol que pode rivalizar com o Santos de Pelé. O bacalhau imundo na década de 1990. Os caras ganharam quase tudo. Mas os vices seguidos em esferas estaduais e internacionais, passando pela confirmação da freguesia na Copa do Brasil, acabaram com as pretensões portuguesas. E os sete anos sem títulos somados à queda pra segundona devolveram o os viceínos ao seu devido lugar.

Alguns, contudo, nem tem essa pretensão. O Interegional só queria a Liberta pra igualar o Gaymio. O C[r]uzeiro só pensa em ser maior que o Atlético. Vejam bem, maior que um clube que é freguês até do Botafogo. Este estão, nem se fala. Os caras ficam desesperados pra ganhar um carioquinha. Sabem que nada almejam fora das fronteiras do nosso Estado. O PALmeiras teve o mesmo destino que os portuga do rio. Campeões de quase tudo nos anos 1990, um vice mundial e vem o século XXI e porrada: segundona na veia e dois paulistinhas pra alegrar os otários.

O Santos é ridículo. Vai passar o resto da vida tentando reeditar Pelé e Coutinho. Robindo e Diego foram assim. Um é banco do Milan, o outro nem sei quem qual timeco da Alemanha está. Agora são Neymar e Ganso. Acho os dois craques. Mais do que a primeira dupla citada. Mas os tempos são outros. Nunca mais teremos duplas históricas jogando em times brasileiros, ou craques incontestáveis como nosso Zico.

Por fim, os bambi, do Rio e de São Paulo. Times endinheirados. Os paulistas tiveram mais resultados por souberam gastar melhor. Mas o Flor aprendeu também. E daí? O São Paulo é um time pequeno, a verdade é essa. Com dirigente pequenos, que romperam uma aliança histórica com Flamengo na ânsia de tomarem o nosso lugar. Agora passam a vergonha de admitir que não deu, pedem uma réplica do posto de maioral do futebol brasileiro. 10 mil pagantes no Morumbi na estréia de um jogador como o Rivaldo é uma imagem que diz por si só.

E as tricoletas podem ganhar um milhão de brasileiros com o Murici, fazer um CT, a coisa toda. Mas vão ser igual ao São Paulo. Cheio de estrelas, sem vibração, sem massa pra levantar estas taças. A coisa do time de guerreiros foi legal e tudo, mas o titulo do brasileirão ano passado não teve nada disso, convenhamos. Tratou-se de mais um vitória da mesmice muriciana.

Voltamos ao Coringão. Eles são diferentes. Torcida que cresceu mesmo com mais de 20 anos sem títulos. Uma massa de brasileiros que empurra o time em qualquer situação. Um time que busca sempre os melhores jogadores do mundo para serem ídolos. Rivelino, Sócrates, Tevez, Ronaldo. Mas que forja seus heróis da plebe, entre os perebas esforçados. Tupãzinhos vive!

Mas Nunca Serão Gamabazada! Por maior que seja a sua torcida, ela vai ser sempre a segunda, porque não consegue se nacionalizar. Se tirar São Paulo e Paraná, a gambazada fica menor que a torcida do Bahia. A falta de uma liberta na galeria de títulos é um limitador objetivo, mas que pode ser superado. A queda pra segundona não.

Contem-se com esse posto. Segundo maior clube do Brasil. Vocês estão jogando em um Estádio bem legal, que lembra bem o velho maraca em alguns aspectos, como as arquibancadas de concreto, a ventania, o perfil da torcida, a altura do Tobogã, parte mais rústica do Pacaembu. A torcida de vocês é fiel, presente, canta bastante. O time é mais ou menos, mas vocês tem o Liedshow, o Bruno César, o Dentinho. Eles podem ser novos ídolos, sem dúvida. E tem ainda a perspectiva de trazer um novo galáctico, quem sabe?

O jogo em si foi truncado. Neymar apanhou bastante, tanto quando fez firulas. O Corinthians venceu apesar do Tite, que escalou o Morais de titular, que mandou o time se encolher de um modo que a torcida do Flamengo nunca aceitaria. Dois gols de bola parada resolveram a partida. Mas o time ta bem postado, tem jogadas, vibra muito. Acho que vão ser campeões do paulistão.

Mas dane-se. Isso não é assunto pra esse blog!

Que venha a primeira taça do showman da Gávea! Pra cima deles Ronaldinho Gaúcho!

Saudações Rubro-Negras

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