sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Fuja do óbvio

Fidalgos tricolores, antes de mais nada queria deixar uma coisa bem clara. Isso aqui não é um blog do óbvio. Já chamei a atenção do Josué e disse pra ele usar o cérebro e pensar em ensaios mais interessantes já que, caso contrário, é melhor ler o Lance!. Aqui podemos fazer tudo que eles não podem, sejam por questões comerciais ou de QI mesmo. Deixemos as análises rasas e baratas aos que estão preocupados em criar factóides e vender jornal a qualquer custo.

E vai ser desta forma que vou conduzir minha análise de hoje pós empate. Vamos ver se ele aprende.

Pra início de conversa, meus amigos, jogar uma partida da libertadores no Engenhão é o maior corta clima. É a mesma coisa que ganhar uma Ferrari e colocar a máquina pra andar de primeira em uma estrada de terra. O Engenhão pode ser tudo, mesmo sendo quase nada, mas nunca vai ter a aura e os espíritos que habitavam o maraca. Ele é feio, mal localizado, difícil de chegar e.não ecoa o canto da torcida. Sua estrutura vazada faz com que a voz da galera se perca imediatamente, assim que sai da garganta, muito diferente do maraca, onde quando a mulambada gritava dava até pra sentir o cheiro da caninha no ar. E então, respondíamos, em alto e bom som, purificando o ar com o cheiro de canela do nosso Trident burguês.

Essa guerra que ecoava no maraca e que animava quem lá estava, não existe no Engenhão. Até mesmo, como no nosso caso, quando é uma torcida só. As TOs ficam de um lado e se você está lá do outro conseguia ouvir e acompanhar o grito. No Engenhão só se escuta o volume, mais nada. O Muricy reclamou que o time estava no ritmo do campeonato carioca, e estava mesmo. O Engenhão não é épico, não incita o guerreiro a travar seu melhor combate. O entorno é fundamental, ele faz parte também da partida. Uma coisa é brigar no fundo da garagem e outra, completamente diferente, e gladiar no Coliseu. Um jogo no maracanã era a certeza de entrar pra história. No Engenhão é apenas mais um jogo.

E não me venham reclamar de torcida. 16.000 em uma noite de quarta-feira, as 22:00 e com o jogo passando na TV aberta tá de bom tamanho pro Engenhão. Sair de lá meia-noite é muito arriscado e além do mais, nós trabalhamos no dia seguinte. Fosse a mulambada, onde metade da torcida vive de bolsa-família e a outra metade trabalha na informalidade, seria mais fácil.

Outra coisa que não entendo é achar do outro mundo baixinho fazer gol de cabeça. Cansei de ver Romário, Juninho Paulista, Bebeto e tantos outros que vocês podem lembrar fazendo gol de cabeça, sem que isso fosse visto como algo de outro mundo. Neste raciocínio, devemos então falar que é um absurdo levar gol "de pé" de jogadores altos. Imagina tomar um gol "de chute" do Peter Crouch? Eu mesmo, que sou grande, cansei de fazer golaços com os pés, com o Josué de prova, sem que por isso a zaga fosse crucificada. Veja bem, não estou defendendo a zaga, só estou dizendo que o argumento utilizado para criticá-la, neste caso, não faz sentido.

É óbvio que estamos com problemas defensivos. Aos que se lembram, nosso time não tomava gol porque tínhamos, até a chegada do DECOmposição, 3 zagueiros e 2 homens na contenção, jogando no 3-5-2. Era OGum, André Luis e Leandro Euzébio, Diguinho, Diogo, Conca, Mariano e Carlinhos, Fred e Rodriguinho. Ora, metade do time era só pra marcar! É claro que a defesa tinha que ser boa! Com a entrada do Deco, passamos alguns jogos sem ganhar e tomando gols que não nos era comum. Mudamos o esquema e ficamos mais vulneráveis, lembro que isso foi um grande debate na época. Enfim, nosso estilo, me parece, vai se aproximar ao do Santos: muitos gols, feitos e tomados, ainda que o Muricy arranque seus pentelhos de raiva com esta situação.

E não podemos esquecer que o Carlinhos é um atacante pela esquerda, deixando uma avenida para o adversário. É só lembrar que todas as jogadas do Argentino Jrs foram nas suas costas, inclusive o segundo gol, onde o Edinho, que faz a sua cobertura, parece ainda não ter encontrado seu lugar. Então o que acontece? Conca e Souza não marcam. O Edinho sai pra cobrir o Carlinhos e o Diguinho o Mariano, já que nossos dois laterais se mandam toda hora. Aí o meio fica aberto. Não tem jeito: ou segura um pouco a subida deles ou então nosa defesa vai estar sempre vulnerável.

E o He-man, hein? Quem diria, 4 gols em dois jogos! Com duas boas atuações mesmo estando ainda fora de forma. Araújo e Sheik que se cuidem.

Aliás, o que fazia o Araújo no banco de reservas se o Muricy não tinha nenhuma intenção de colocá-lo no jogo? Ele com 25% de sua capacidade física é mil vezes melhor que o Willians com 110%, fala sério!

E ainda tive que aturar durante a semana no Lance! mil matérias sobre o desgraçado: "De dispensável a titular". Não vejo a hora de juntar logo meus selos pra poder parar de comprar esta porcaria...


Ah, este empate não me deixou nem um pouco preocupado. Daqui a duas semanas, com Fred e He-man, venceremos tranquilamente. E uma vitória fora já abona este empate em casa. Tô tranquilo.


Aprendeu, Josué??? rsrsrsr

Saudações TRIcolores, O MELHOR TIME DO BRASIL.

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