quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Que bonito é!


Foi uma festa linda a da torcida do Mengão. Eu confesso que ando meio desanimado com a Magnética. Acho que já escrevi isso aqui. Parece que na arrancada de 2007 gastamos toda a energia que a nação rubro-negra pode oferecer ao time. Desde então colecionamos musicas de gosto duvidoso, como mamonas assassinas (copiada do inter) abandonamos o samba e o funk, referencias fundamentais para a produção dos cantos que mais encantam nossas arquibancadas, entramos nessa onda babaca de mosaico, de música dos Beatles, de fazer musiquinha pra sair na Globo, esse papo bobo que não pode mais xingar o adversário, enfim.

Na campanha do Hexa foi essa a torcida do Flamengo que se fez presente e ajudou o time. Eu estava lá, me amarrei no maior mosaico da história, cantei “o maraca é nosso, vai começar a festa”, mas sinto saudades “dos tempos idos, nunca esquecidos” das boas e velhas torcidas organizadas. E as perspectivas são as piores possíveis, o Engenhão é uma tragédia para torcer de forma coletiva, o novo Maracanã que surgirá desta maldita reforma provavelmente também o será.

Mas ontem foi fantástico, e devemos muito disso ao Ronaldinho Gaucho. O carisma dele é absurdo. O cara consegue até ficar bonito. A relação que ele estabeleceu com a torcida, o consciência que ele tem da grandeza e da dimensão do Flamengo, e as perspectivas técnicas dele em campo são avassaladoras.

No jogo, foi o que eu esperava. Pouca movimentação, muito talento, ansiedade a mil. O time todo queria tocar a bola pro showman, isso comprometeu um pouco. Mas nas oportunidades que surgiram o R10 mostrou porque os dizeres “o melhor no maior do mundo” precisam ser repetidos aos quatro cantos do universo.

Não nos enganemos, contudo, com os 100% de aproveitamento. O time não está bem. Não temos lado esquerdo, não temos uma zaga confiável. Nossos meias são excelentes (R10 e TN7), talentosos, mas jogam adiantados demais, precisa-se urgentemente de um organizador no nosso meio campo, alguém que faça a bola chegar até eles. Não podemos esperar isso do Maldonado e do Willians. Ah, e ainda tem o problema Deivid. Incrível como ele está fora de forma e desmotivado, ainda mais por se tratar de um grande atacante. Não rola termos uma versão mais modesta do Ronaldo gorducho. E o Wanderlei é gente boa, comemora de um jeito que contagia a torcida, mas é candidatíssmo a ser o novo Obina da galera.

Mas deixemos os problemas de lado. O fato é que é sensacional ver o Ronaldinho vestindo o manto sagrado, se emocionando com a nação, reafirmando que Flamengo é Flamengo. Não tem Fred, Murici, Deco, Conca, Neyar, Ganso, Elano, Guinazu, D’alessandro, Kleber, Felipão, Rivaldo, Rogério Ceni, enfim, nada que se compare ao que estamos vivendo (do gorducho eu falo amanhã, prometo!).

É muito bom ser Flamengo. Seja bem-vindo R10.

Saudações Rubro-Negras!


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