quinta-feira, 30 de abril de 2009

Ataque de nervos (enquanto o Imperador não chega...)


Quem assistiu ao jogo do Mengão contra o Fortaleza sabe do que estou falando. Aliás, quem assistiu aos jogos do Flamengo durante o ano sabe que a incompetência do ataque rubro-negro é impressionante.

O Flamengo passou o jogo inteiro no campo do Fortaleza. Apesar do 0x0, não jogou mal: Juan deu opção na esquerda durante os 90 minutos, Erick Flores se movimentou, Welinton jogou com personalidade, Kleberson esteve correto, Emerson mais uma vez deu provas de que é um bom segundo atacante, que corre e abre espaços. Só que, mais uma vez, padecemos de absoluta incapacidade de colocar a bola pra dentro.

Cuca lançou Obina de início, depois do "anjo negro" (sic) amargar vários jogos sem nem esquentar o banquinho. E Obina entrou em campo cheio de vontade - de provar que não estava barrado por implicância do técnico. Hoje ele fez de tudo: matou bola no queixo, arriscou chute quase do meio do campo - carimbando um marcador que estava 4 passos a sua frente, perdeu gol na pequena área. Saiu de campo vaiado, para a entrada do vice-artilheiro do Cariocão 2009 e artilheiro do Brasileiro 2007 Josiel.

Até hoje me pergunto como Josiel conseguiu ser artilheiro do Brasileiro. Tudo bem que vários "bondes" já realizaram a mesma proeza: Dimba, Souza... a lista é enorme. Mas Josiel se supera. Sua falta de intimidade com a pelota me faz questionar como ele conseguiu chegar aos 30 anos de idade exercendo a profissão de jogador de futebol. Seu peito é um paredão: a bola que ali bate, volta com força igual ou maior. suas pernas servem pra tudo, menos pra dominar a redonda com um mínimo de qualidade.

Acho que todos os rubro-negros vivem hoje o mesmo dilema que eu: Josiel ou Obina? O escalado da vez sempre nos dá saudade do que está esquentando o banco. O melhor dos dois é sempre o que não está jogando. E ainda continuo com a impressão que mandamos embora o único centroavante contratado no ano passado que, mesmo sem ser grandes coisas, ao menos foi apresentado à bola de futebol. Estou falando de Vandinho, que teve poucas oportunidades e que anda marcando uns golzinhos no Sport.

Esta realidade torna mais que urgente a apresentação de Adriano. Sem um atacante decente, vai ficar difícil disputar o Brasileiro. E mesmo com a cara cheia de cachaça, vivendo na noite e aparecendo com uma mulher diferente a cada dois dias, não tenho dúvidas que o Imperador "sobraria". É só convencer o Fabio Luciano a ficar mais 6 meses no elenco, pra dividir o quarto com o Adriano e impedí-lo de esconder a garrafa de uísque embaixo do travesseiro da concentração. Adriano é o matador que precisamos para disputarmos os próximos desafios. Sem contar que será bem interessante ver os 3 centroavantes brasileiros que disputaram a Copa de 2006 jogando o Brasileirão.

Em tempo: mesmo dependendo dos zagueiros, laterais e volantes pra marcar gols, continuo achando que o Flamengo será tricampeão no domingo. Não vou repetir a velha ladainha que o Flamengo se supera em finais: isso é do conhecimento de todos. O que reforça a minha crença é o mico que a cachorrada pagou no domingo passado. Se a torcida alvinegra era contada às centenas no primeiro jogo, no próximo provavelmente será encontrada aos punhados. Não dá pra ser feliz jogando num clube com uma torcida daquelas. E time sem torcida não merece ser campeão.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Torcida do Botafogo e Ronaldo Fenômeno


Não precisava nem fazer curso por correspodência com a Mãe Dinah pra saber que a torcida do Botafogo não iria ao Maracanã no domingo. Fico pensando no que leva a torcida a não acreditar num time que não é pior do que o do Flamengo.

O Botafogo fez um bela campanha na Taça Guanabara, chegou à final da Taça Rio e ainda assim os caras não botam fé. Seria por causa da final do Brasileiro de 92, quando o Botafogo tinha um timaço e, na primeira partida da final tomou uma chinelada do Flamengo que, na ocasião, se classificou na bacia das almas para aquela final? Será trauma da final da Copa do Brasil quando perdeu pro Juventude numa das raras vezes em que a torcida apareceu?

A verdade é que está muito difícil ter respeito pela Cachorrada. Aqueles gritos de " Vice é o Cuca!" são de uma ingratidão sem tamanho. Cuca vestiu a camisa do clube, ficou meses sem receber um tostão, pagou mico com os jogadores no episódio do Chororô e, no primeiro titulozinho de turno os caras fizeram essa sacanagem.

Ontem vi um Ney Franco cabisbaixo, reclamado publicamente que a torcida não confia no time.

Domingo tudo pode acontecer. Pode dar Flamengo ou Botafogo. Mas não tenho nenhuma dúvida de quê, se alguém não merece esse título, é a torcida do Botafogo.


E o Ronaldo, hein, minha gente? Viram a matada do cara no primeiro gol? a genialidade no segundo? Estou decidido! No Brasileirão, Fluminense e Corinthians ou Botafogo e Corinthians, vou ao Maraca ver o Ronaldo jogar. Vou ficar na Fiel pra ficar à vontade pra torcer pelo Fenômeno. Dos maiores gênios brasileiros que vi jogar, Zico, Romário e Ronaldo, ele é o único que não vi in loco. Com os meus própios olhos, saca? Quero ter esse previlégio enquanto ele está em Terras Brasilis.


Brasileiro é obrigação!

Ainda falta um jogo...


Empate aos 39 do segundo tempo, 2 a 2 com o adversário jogando melhor, a massa rubro-negra empolgada, a frase ecoando sobre cada torcedor que estava vendo o jogo “já vi esse filme”, pois em 2007 empatamos dessa maneira e fomos campeões.

Eu discordo disso tudo. Achei o resultado péssimo para o Flamengo. Quando fizemos o primeiro gol tivemos duas chances claras de matar o jogo e desperdiçamos. Os caras se recuperaram e viraram. Muitos vão dizer, “ah, o Botafogo também teve chance de matar o jogo quando tava 2 a 1”. Pode até ser verdade, mas e daí? Quero saber é do Flamengo, que tinha ampla maioria de torcedores no maracanã e vinha de uma vitória na final da taça rio, estávamos em vantagem moral e numérica. E sinceramente, não se pode desperdiçar o fato de abrir o placar em uma final.

É verdade que o Botafogo jogou bem melhor nesse jogo do que na final da taça rio. Mas o Flamengo também. É verdade que nós empatamos depois que eles perderam seus dois melhores jogadores. Mas nós entramos com o nosso sistema defensivo escancarado, por causa do desfalque do Airton. Nosso lado direito foi uma avenida. Léo Moura mais uma vez não jogou nada, e eu venho alertando para esse fato desde que comecei a postar nesse blog. E o Cuca errou não escalar o Everton Silva desde o começo, visto que ele já tinha jogado na posição do Airton ao longo do campeonato.

Ofensivamente, mais uma vez não contamos com lado direito. Ibson e Zé Roberto, esse também denunciado constantemente por mim, não jogaram nada. Só atacamos com o Juan, Kleberson e Willians, esse o mais limitado, e como é de praxe no Flamengo, nosso salvador.

E mesmo que o Botafogo tenha jogado melhor do que na final, eu não acho que tenha sido melhor que o Flamengo no jogo. Continua sendo um time cauteloso ao extremo, que só joga no contra ataque, e que não tem nenhuma jogada trabalhada, é bola pro Maicossuel e ele que se vire. E o cara nem vai jogar o próximo jogo.

Para finalizar, duas coisas. NUNCA tinha visto no maracanã tamanho vexame em termos de torcida. A cachorrada não comparecer já no primeiro jogo foi patético demais.

A outra coisa é que vou defender o Juan. Na hora achei que ele viajou, o fato é que era para ser expulso. Mas o erro dele foi ter dado aquele esporro no camisa 10 do canil quando o lance tava parado, na frente de todo mundo. Não estou dizendo que esse esporro foi errado e deve ser feito escondido. Estou afirmando que esse tipo de esporro, e provocação, e intimidação faz parte do jogo, é legitimo desde que o futebol é futebol, ainda que não seja legal, permitido pelas regras. Ora, poderíamos entupir o blog de jogadores que tomaram uma chamada dessas de um zagueiro e cresceram no jogo, assim como a lista de amarelões é interminável também.

O Juan mandou bem, assim como o Willians já tinha feito no jogo passado. Se o cara amarelou ou não, ai cada um que faça sua analise.

Saudações Rubro-Negras

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Agora tá explicado...

Texto escrito por Caio Barbosa na coluna da justiça desportiva.

A farra que custou caro

Conheça a incrível e triste história do primeiro jogo do Fluminense contra o Águia de Marabá

Amigo corneteiro,

Você conhecia o Águia de Marabá? Se conhecia, meus parabéns. Você é mais fanático por futebol do que eu. Mas imagino que a maioria das pessoas que leem esta coluna jamais haviam ouvido falar no time paraense. Só minha irmã e meus sobrinhos, que volta-e-meia encontro na arquibancada, pois moraram dois anos em Belém.

Este tal Águia de Maraba por muito pouco não eliminou o Fluminense da Copa do Brasil. E quem viu os dois jogos imagina saber o porquê. Mas só imagina. Não fazem ideia de que o sofrimento lá e cá se deu graças a uma farra que ninguém nas Laranjeiras consegue impedir. Uma falta de comprometimento e profissionalismo total que por muito pouco não custou caro.

Na quarta-feira, no Maracanã, antes de o jogo começar, ouvi a história da boca de um diretor tricolor. Em seguida, fui checar com um benemérito da Boca Maldita e, depois, no fim do jogo, com um jogador, que confirmou a história a seguir:

No jogo de ida, caso o Fluminense vencesse por dois gols de diferença, eliminaria o jogo de volta. Era tudo o que os jogadores NÃO queriam. Por quê? Porque a comissão técnica havia programado uma intertemporada de duas semanas em Itu, interior paulista, o que significaria ficar longe da família e, principalmente, dos bagaços, ou seja, das noitadas. Então, os jogadores combinaram de ganhar só por 1 a 0 para não eliminar o jogo de volta e, consequentemente, sepultar a viagem para Itu.

O problema é que eles combinaram entre eles, mas esqueceram de avisar ao adversário, que meteu um gol no primeiro minuto, fez 2 a 0, e só não liquidou a fatura porque os jogadores começaram a querer aparecer, de olho numa transferência para um time de maior porte. Não fosse isso, muito provavelmente os tricolores teriam dado adeus ao sonho de conquistar o bi da Copa do Brasil e voltar à Libertadores.

Agora, eu pergunto: tem cabimento uma coisa dessas????

quinta-feira, 23 de abril de 2009

O Método Maicon

Fidalgos tricolores, o fato é um só: bastou jogarmos 45 minutos de 180 para que a Águia virasse codorna. Ou melhor, bastou apenas um jogador para domesticar o animal perigoso e feroz que veio de Marabá. Mostrando técnica e habilidade, Maicon se tornou o primeiro predador de águias do planeta, uma vez que o bichano não possui adversários em seu meio natural. Sem se fazer de rogado, demonstrou em campo todos os procedimentos necessários para uma boa domesticação, abrindo ao público seu arsenal de métodos copiados do quadro negro de Xerém. Vamos a eles (anotei tudo vendo sua palestra no Maracanã):

Método 1: A imprevisibilidade

Como todos sabemos desde as primeiras aulas de ciências, pelo menos nós tricolores, os animais agem por instinto. Sendo assim, não possuem a capacidade de projetar o futuro, de refletir sobre o que será o amanhã (nunca escutaram a música). Maicon sabia disso. Maicon usou isso ao seu favor. Sabendo que a águia com fome ia atacar no primeiro bote na sua perna direita, ele esquivou-se e disparou de esquerda, sem chances ao goleiro das meias cor de abóbora. Em uma só tacada dominou o alado e deixou claro pra coruja quem mandava no estádio.

Método 2: Tática e Estratégia

Nesta demonstração Maicon apresentou seu assistente de palco, Fred. A águia defendia seu ninho ferozmente, mas precisava sair para buscar a comida dos seus filhotes famintos. Temerosa e em vias de entrar em extinção, ela abriu as asas e alçou vôo. Maicon já sabia e esperava esta atitude. Assim que ela bateu a primeira vez suas asas ele avançou, tocou para o Fred que, magistralmente, devolveu para ele. Com um toque de direita e outro totozinho de esquerda, superou os filhotes e o goleiro com cenouras na canela. Do ninho, ele bradou em gol e a águia teve humildade pra retornar de cabeça baixa e assumir sua inferioridade. Teve Maicon como seu legítimo Rei, pois mesmo podendo arremessá-los penhasco abaixo, deixou seus filhotes vivos. Fidalguia tricolor. Dominada pelo gesto.

Método 3: O Ratinho como isca

Ficou pro final o método mais perigoso, aquele em que alguém corre o risco de morrer e ser estraçalhado. A águia enxerga um rato a quilômetros de distância e, num rasante certeiro, crava suas garras no roedor sem dó nem piedade. Maicon sabia disso. Seu outro ajudante ratinho também. Sabiam que um erro, um milímetro de imprecisão poderia custar a vida de alguém. Mas Maicon e ratinho foram cirúrgicos. Ou seriam Pelé e Carlos Alberto Torres? (notaram como o lance foi parecido, guardando as devidas propoções?). Maicon ficou com a bola, segurou, segurou, e pressentiu que a águia se aproximava do rato. Quando ela chegou bem perto, ele besuntou a bola com cream cheese e lançou, fazendo com que o rato disparasse como nunca tinha feito. O rato passou pela águia e parou dentro do gol. A águia foi atrás e se embaralhou nas redes. Estava dominada.

Fim do show. Esperamos que ele se apresente novamente em breve.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Só faltam dois...

Josué Medeiros

Um texto ainda fresquinho, inspirado pela genialidade do nosso anfitrião na sua leitura cerebral. Poderíamos também enumerar várias possibilidades do que teria passado na cabeça do idiota do zagueiro do botafogo, mas eu vou resumir a uma só: “Esse jogo tá uma merda, vou ver se faço um gol pra dá uma animada. Na pior das hipóteses, garanto mais duas bilheterias e o salário não atrasa”.

Não quero dizer com isso que o Flamengo não mereceu ganhar. Tivemos amplo domínio do jogo, tanto no campo como na torcida, ainda que os botafoguenses, em menor número que os tricolores, tenham feito mais barulho. Assim como no Fla-Flu, não fomos efetivamente ameaçados, a bola na trave do camisa dez deles (não vou escrever o nome dele, é complicado, tem que fazer pesquisa e tudo) foi obra do acaso, a bola bateu nas costas do infalível Willians e sobrou pra ele, que não arrumou nada mais no jogo, anulado pelo nosso camisa 08.

O problema foi que também não ameaçamos o Botafogo como tínhamos ameaçado o time de terceira no domingo passado. Tivemos mais posse de bola, rondamos a área, mas finalizamos muito pouco, e quando finalizamos foi uma tragédia. Tudo bem que o Botafogo veio muito mais fechado do o Fluminense, a proposta de jogo do Nei Franco foi jogar pra empatar mesmo, e se perdesse nos pênaltis tranqüilo. Quem diz que o Botafogo jogou no contra-ataque não viu o jogo, em vários lances eles deram chutões para frente e abriram mão até de tocar a bola para passar o tempo.

Ibson, Juan e Kleberson não foram nem sombra dos jogadores que foram no Fla-Flu. Léo Moura e Zé Roberto foram lamentáveis, mas na opinião já tinha ido muito mal na semi-final. Nosso sistema defensivo funcionou muito bem mais uma vez. Emerson (o que passou em branco) continua agradando a torcida com sua intimidade com a bola, raça e movimentação. Mas ficou evidente que é segundo atacante, aquele que arma as jogadas pra um matador fixo na área. É incrível como o Flamengo continua a ser o único grande clube do Brasil que não joga com dois atacantes fixos.

Por tudo isso o gol contra foi um desfecho perfeito pra final da Taça Rio. Mais do que isso, o jogo de hoje foi o retrato do campeonato todo, sonolento, sem emoção, com um erro bisonho. De positivo, além da nossa vitória o fato de que dificilmente nossos jogadores repetirão partida tão ruim no próximo domingo. Além disso, invertemos a vantagem do Foguinho, estamos com muita moral, nossos clichês vão se confirmando. Deixaram o Flamengo chegar...

Saudações Rubro-Negras

sexta-feira, 17 de abril de 2009

O Descontrolado e a ilusão

















Fidalgos tricolores, estamos encrencados e precisando de ajuda. A derrota para o internacionalmente conhecido e temido Águia de Marabá no dia de ontem foi o toque da trombeta do apocalipse. Temos bons jogadores? Claro. Quem não gostaria de ter Conca e Thiago Neves no seu meio-campo? Ou o Fred no ataque? Ou, ou...é...bem, aqui escrevendo acho que o problema fica claro. Este time que foi apontado pela crítica como o melhor em valores individuais não existe, foi inventado e, até agora, ainda não se apresentou a nós, torcedores, que caímos direitinho neste marketing que nos fez gastar dinheiro comprando o pay-per-view, jornais esportivos e etc. Os adversários ressaltam a "qualidade" de nossos jogadores apenas para valorizar suas vitórias. Leandro, Edcarlos, Mariano, Jaílton, Fabinho, Maurício, Wellington Monteiro, Leandro Bonfim...ONDE ESTÃO OS TÃO FALADOS VALORES INDIVIDUAIS??? Não podemos esquecer que o Conca foi barrado pelo Renè, com razão, e só voltou depois da chegada do Parreira, que sempre agrada os patrocinadores. TN já não joga bem faz muito tempo, nem me lembro a última vez em que saiu sujo da partida. E o Fred, bem, tá ilhado, essa é a verdade.
A atitude do Thiago Neves ontem foi emblemática da situação vivida pelo clube e pelos que deveriam ser seus principais jogadores. Minhas leituras abalizadas de Freud me permitiram captar alguns dos seus pensamentos antes de dar uma bolada proposital no gandula, que nada tinha a ver com as escolhas erradas de sua vida. Vamos aos pensamentos (uma nova abordagem, bem melhor que a leitura labial: a leitura cerebral)

1- Gandula filho da puta, vai se fuder! Não tá vendo que estou na merda, seu insensível? (bolada)

2- Caralho, voltar pra Arábia no meio do ano vai ser foda! Tudo culpa desse gandula filho da puta! (bolada)

3- Jogando desse jeito eu nunca mais volto pra seleção! Culpa desse gandula safado que não me devolve a bola pra mostrar meu futebol. Gandula, filho da puta, tu sabe se o Dunga tá vendo o jogo? (bolada)

4- Novo desse jeito e eu já vou morrer pro futebol...mas não tem problema, pelo menos vou levar alguém junto e vai ser este gandula filho da puta! (bolada)

5- Fiz uma viagem que não queria, encontrei um flamenguista que me sacaneou no aeroporto, tô jogando com um time de merda e ainda vem este gandula filho da puta fazer cera pra aumentar meu suplício? Toma! (bolada)

6- Gastando os tubos com remédios para a Acne e este gandula filho da puta vem me chamar de chokito? Isso é demais! (bolada).

Crei0 que devemos tomar um choque de realidade e perceber que nosso time não é bom, simples assim. Maicon, Tartá e Alan são boas opções, mas ainda estão longe de resolver nossos problemas. Não temos laterais nem reservas para as laterais. Não temos uma zaga de confiança nem alguém no elenco que possa nos acalmar no ataque adversário. Temos dois excelentes jogadores que estão vivendo seus piores momentos no futebol. E temos um goleador que não pode reclamar de nada, pois recebe um dos maiores salários do Brasil, senão o maior, em dia. O Brasileiro se aproxima e, assim como a Regina Duarte eu vos digo: eu tenho medo!

Obs: E o Botafogo, hein? Assim fica difícil até pra ajudar...

Muito prazer, FLAMENGO!


Ah, como é bom ser Flamengo. Essa é uma verdade inquestionável. Eu sei que já passou quase uma semana da vitória no Fla-Flu, e estamos quase na véspera da final da Taça Rio, ou seja, estou atrasado para comentar a eliminação do Flor e adiantado para falar do jogo contra os chorões, mas tive uma semana muito agitada, com aulas extras para compensar o super feriado da semana que vem, e na medida em que nenhum outro rubro-negro se apresentou para comentar nossa classificação, ai vou eu!

É impossível não encher esses blog de clichês do rubronegrismo militante, que se ouve não só no maraca, mas em qualquer roda de conversa que tenha pelo menos um flamenguista lúcido.

Primeiro, não deviam ter deixado agente chegar, porque o Flamengo, mesmo cambaleando ao longo do campeonato, quando chega a decisões se supera. Ou não foi um show de raça e superação contra as estrelas das laranjeiras? Ou nós não vimos o Kleberson, sempre cobrado pela torcida por sumir no jogo, ser mole de mais, dar carinho e entrar na dividida no mesmo nível do cangaceiro Angelim? Isso sem falar nos piques do nosso sheik Emerson, parecia que tava brigando por um copo de água nos desertos do oriente médio.

Segundo, a força da torcida. Vamos ser sinceros, a torcida está com toda a desconfiança do mundo com relação a esse elenco, protagonista de seguidos vexames históricos, o mais recente no sábado de carnaval. Não por acaso que a torcida do Mengão tem andado bem sem graça, com pouca energia e empolgação, sucumbindo a esse processo de argentinização que vem assolando nossos estádios. Pois bem, no domingo podemos ver o retorno da Magnética Energia da Nação Rubro Negra, tanto em presença, a nossa maioria foi incontestável, passando pela insistência, cantamos o jogo todo, com apoio incondicional (aquela seqüência de gritos “Fla – Men – Go” cantados por minutos e em velocidade crescente foi fantástica, e finalmente recuperando nossa tão valorizada criatividade com a lembrança ao parreira das suas andanças pela série C.

Terceiro NUNCA PROVOQUE O FLAMENGO. Horcades talvez tenha aprendido. Vitor Simões vai ter que aprender na marra, já que ele disse que o americano era mais dificil que o Flamengo, e foi eliminado pelo time de Campos...

Falando do jogo em si, foi a primeira grande apresentação do Mengão no ano. Fomos implacáveis na marcação do trio colorido, Fred não viu a cor da bola, Conca acho que nem entrou em campo, Tiago Neves foi patético, há muito tempo que não é nem sombra do jogador da campanha da libertadores, mas nesse clássico ele exagerou na arte de não jogar nada. Comparar os laterais é desnecessário, basta lembrar que enquanto o Juan foi quase um ponta esquerda e o Léo Moura um meia, Mariano e Leandro não são mais jogadores do Flu. Nosso ataque perdeu vários gols, é verdade, mas pelo menos criamos muitas chances, e eu prefiro encarar como uma economia pro jogo contra o Botafogo, que por sinal gastou toda a sua cota contra o bacalhau imundo.

Mas o que eu queria falar mesmo é do nosso meio campo. Não gostei muito da partida do Zé Roberto, ainda acho que ele está fora de forma, prefiro o Erick Flores. Mas isso não apaga as atuações de Ibson, que foi novamente o motor do nosso time, jogando na sua posição, como volante que toma a bola e sabe sair jogando e não como meia, que é quando ele sempre rende menos, e principalmente do Kleberson, dono da meia cancha, parecia um líbero, sempre na sobra, ganhando todas as bolas, distribuindo o jogo com talento e maestria.

Não sei se vamos ser campeões no domingo. Mas a venda de todos os ingressos em um dia e meio já confirma um dos clichês que falei. Que possamos sair repetindo também os outros dois quando acabar a final.

Saudações Rubro Negras!!

domingo, 12 de abril de 2009

Demos sorte

Fidalgos tricolores, é triste mas é verdade. Escapamos de uma sova neste dia de Páscoa. Apesar do FH ter se vestido de coelhinho da Páscoa, dando um presentaço pro Juan, um frango de chocolate daqueles caros da Kopenhagen, não podemos crucificá-lo. Nos salvou em pelo menos outras três oportunidades, no mínimo. Isso sem contar com a ajuda do Josiel, que perdeu, na minha frente, um dos gols mais incríveis da história, depois de outro presente que o Luis Alberto queria entregar de qualquer maneira. É muito bondoso mesmo este time. No mais, contamos com a já conhecida incompetência do ataque rubro-negro, nenhuma novidade. Melhor distribuído em campo e com as laterais escancaradas para atacar, o time do Cuca fez o que bem entendeu e ditou o ritmo do jogo.

Ahhh as laterais...de que adianta pagar 300 mil pro Fred se nenhuma bola é alçada na área? De que adianta gastar os tubos em contratações se nas laterais estamos amputados? Mariano e Leandro são ridículos, imprestáveis e lentos. Não marcam nem apóiam, não acertam um passe e nem passam segurança pra defesa. O Juan ficou tão solto na lateral que me lembrou o arroz que minha falecida avó fazia. Será que ninguém no Fluminense viu o Flamengo jogar nos últimos 3 anos? Será isso possível? Estes idiotas devem ser os mesmos que ficam surpresos cada vez que o sol nasce: "ih, tu viu? Nasceu...nem sabia..." Mas mesmo assim creio que não adiantaria se soubessem. Mariano é incapaz de marcar até mesmo um saci cego ou um curupira sem cabeça. Já o Leandro tem uma virtude: não ter virtudes. Isso não é pra qualquer um, meu camarada, é necessário muito empenho e esforço pra se tornar uma laranja podre igual a ele. E aqui sobra também pro Conca, que se escondeu o tempo todo, se omitiu descaradamente e, se não tivesse entrado em campo, não seria nem notada sua ausência.

Enfim, temos muita coisa estragada pra colocar na barca que vai sair direto para Gramacho, sem escalas e paradas. Penso até que seria necessário uma espécie de Titanic, que teria um nome bem condizente com sua função: "Reforço". Basta saber se vai existir coragem para bater no peito e admitir que se comprou gato por lebre. O mais triste é que eu acabei de fazer um plano de saúde da Unimed e ajudo a pagar o salário destes desalmados que insistem em vestir as três cores que traduzem tradição. De agora em diante, é a estrela solitária que me conduz. O Flamengo não nos passa em títulos e eu não conheço nenhum botafoguense. Perfeito.

sábado, 11 de abril de 2009

Eu só quero é ser feliz, andar tranquilamente na favela onde eu nasci


" Dinheiro não traz felicidade". Quantas vezes já dissemos esta frase e, muitas delas, por puro recalque, porque a vida não nos deu coragem, boa sorte, oportunidade, ganância ou predestinação para os milhões. No caso do jogador Adriano não há como não ver veracidade na frase. O que leva um ser humano a recusar, aos 27 anos, 18 milhões de reais por ano, para jogar futebol? Repito: Pra jogar futebol. Não é pra, como dizia João de Santo Cristo, botar bomba em banca de jornal nem em colégio de criança.


Infelicidade. Daí a gente pensa: Como ser infeliz ganhando esse montante pra jogar futebol, viver em Milão, uma das cidades mais badaladas do mundo, ter fama internacional e tudo, tudo o que o vil metal pode comprar? Pois é. Dinheiro não traz felicidade. Mas também acredito que, casos como os de Adriano e de Xuxa, são exceções. Me paga essa grana aí e eu garanto: É churrasco na laje todo dia!


Achei a atitude do Adriano corajosa. Tem um monte de jogador se arrastando em campo por aí, sem vontade nenhuma e, também sem coragem pra tomar decisões como essa. Admitir que a felicidade está no simples fato de andar descalço na Vila Cruzeiro é pra poucos. O cara bateu no peito e disse: " Eu só quero é ser feliz, andar tranquilamente na favela onde eu nasci". O mais comum é aguentar as discriminações e preconceitos da high society e passar a vida fingindo que é parte daquele mundo. Coisa que, segundo dizem, o Pelé fez a vida inteira.


Por falar em Pelé, acho que a imprensa esportiva devia iniciar uma campanha: Preserve o Pelé. Não faça pra ele perguntas polêmicas. Vamos poupar o maior jogador de futebol de todos os tempos de situações vexatórias. Vocês viram o que ele disse sobre o caso Adriano? " É uma atitude que depõe contra a imagem do Brasil no exterior". O que se esperava dele nesse caso, é que ele tivesse um conselho, uma palavra amiga de um pai que passou pela situação de ver seu filho enfiado até o pescoço com o tráfico. Mas ele prefere continuar apontando o dedo, se achando o melhor ser humano do mundo, o pai de família perfeito.


Atitude, aliás, de José Mourinho, técnico da Inter de Milão que disse: " O que interessa nesse momento é o ser humano. Esqueçam o Adriano, jogador de futebol e vamos nos concentar no ser humano."


Romário é quem tem razão: Pelé calado é um poeta!


Espero que o Imperador se sinta feliz pra voltar ao futebol. Com a camisa 9 do Mais Querido do Brasil!

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Palavra mantida (apesar do vexame)


O primeiro alerta veio quando o jogo "ainda" estava 4x1, e um amigo me ligou: "você tá vendo o jogo da Argentina?" - perguntou. Cappelli foi o segundo, ao me encontrar no MSN. Na sequência, todas as 5 pessoas que leram minha homenagem ao Maradona resolveram me ligar ou escrever pra "elogiar meu brilhantismo e minha capacidade analítica" - só porque a Bolívia deu a maior surra de todos os tempos nos hermanos.
De fato, não precisei ver o jogo para saber que a seleção argentina não jogou lhufas. Um placar destes contra a "temível" Bolívia já diz tudo. E não existe altitude que explique a sova de 6x1, placar histórico e humilhante.
A verdade é que, apesar do vexame, mantenho tudo o que escrevi no texto anterior. Se a Argentina precisa com urgência de um goleiro (porque o Carrizo parece o Fernando Henrique do Fluminense), se o excelente Zanetti, aos 35 anos, já botava os bofes pra fora com 15 minutos de jogo e foi uma mina de ouro, e se a equipe ainda não tem padrão tático (o 3-4-3 do jogo com a Venezuela virou um 4-4-2 em La Paz, com Agüero dando lugar ao zagueiro Demichelis), é inegável que Maradona promove, com inteligência, a geração campeã mundial sub-20 e campeã olímpica - a melhor geração argentina em mais de 15 anos - preparando uma seleção de futuro, com 2 copas (talvez 3) pela frente. Messi, Di Maria, Higuain, Gago, Agüero, Garay e Zabaleta têm entre 20 e 22 anos; Heinze, Mascherano, Lucho Gonzalez e Tevez fazem parte da geração anterior, também campeã olímpica em 2004, e que tem hoje entre 24 e 27 anos. As perspectivas de futuro são excelentes.
Além disso, em 4 partidas, Maradona tem 3 vitórias; e mesmo que venha a dar errado como treinador, que seu time se mostre um bando e que seja vitimado por outras goleadas, sua passagem como técnico da equipe porteña é válida pelo que despertou de melhor nos fãs de futebol. Pelo carisma, pela idolatria da torcida, pelo respeito dos jogadores, pela capacidade insuperável de visitar o fundo do poço e retornar. Não pode existir um apaixonado por futebol que torça contra Maradona.
Esta identificação, a relação simbiótica com as arquibancadas lotadas, é privilégio de quem é ídolo, de quem despertou paixões enquanto desfilava talento nos gramados. Dunga nunca conseguirá esta relação, porque é como técnico uma reprodução do que foi como jogador e é como pessoa: medíocre, tacanho, ranzinza, desprovido de imaginação e criatividade, friamente "eficiente". Dunga faz exatamente o contrário de Maradona na seleção: guarda vaga cativa pra medíocres veteranos como Gilberto Silva, Luisão e Josué, insiste em não dar chance pra jovens talentos como Hernanes, Ramires, Nilmar, Keirrison. No duelo entre os dois, eu prefiro os altos e baixos da seleção de Maradona - capaz de protagonizar 2 goleadas na mesma semana,como predadora e como vítima - do que o time modorrento do Dunga, que até quando vence é incrivelmente chato.
De mais a mais, trantando-se ambos de invenções dos presidentes da AFA e da CBF, é notório que Julio Grondona gosta mais do futebol bem jogado do que Ricardo Teixeira. Afinal, nomeou Maradona (e não Simeone, o Dunga argentino), enquanto Ricardo Teixeira preferiu Dunga ao Zico...

quarta-feira, 1 de abril de 2009


ME ORGANIZANDO POSSO DESORGANIZAR!


Confesso que sempre achei seleção brasileira um assunto chato. Com o dunga então, nem se fala. Então vou me poupar de denunciar o “capitão do tetra” em sua tentativa de apequenar a amarelinha, e vou me aventurar no debate sobre as organizadas.

Em primeiro lugar, o silêncio. Eu, que não tenho TV a Cabo, só fiquei sabendo do ocorrido por esse blog. Pelo que eu sei a Sportv pincelou o assunto em uma de suas mesas redondas. O Globo, globo esporte, nada. Só no domingo o Renato Mauricio Prado mencionou o assunto em sua coluna. E mesmo assim bem rapidinho. Fiquei me perguntando: Será conspiração para não manchar nossa imagem na disputa pelas olimpíadas de 2016? Ou a violência ficou tão banal que nem é mais noticia?

Antes de analisar o problema, uma constatação que qualquer torcedor que freqüenta o maraca pode confirmar. A situação de briga de torcida melhorou muito nos últimos anos. As “otoridades” tomaram medidas básicas, como acompanhar as torcidas nos seus pontos de encontro, destacar policiais que torcem pelo mesmo time da torcida para evitar provocações, entre outras. A recente organização das filas para comprar ingressos, com os currais, também eliminou um foco de tensão permanente. Não é a toa que tem muito mais mulher e criança hoje em dia do que há dez anos.

Mesmo assim o problema persiste. Ganha novos contornos, as brigas acontecem cada vez mais distante dos estádios, mais ainda acontecem. Meu primeiro diagnóstico, além de óbvio, pode levar à paralisia, mas eu assumo o risco. O fato é que o nosso futebol está podre, e seria estranho se o mesmo não ocorresse com as torcidas organizadas.

Nossos clubes estão falidos, são administrados por uma camarilha que só pensa em enriquecer e se manter no poder. Sem verborragia revolucionária, basta cada um olhar sinceramente para o seu time do coração e confirmar isso. Não custa lembrar que são os dirigentes que financiam as torcidas, repassam ingressos, confeccionam bandeiras. Os lideres das torcidas tem livre acesso ao clube, jogadores e comissão técnica.

As soluções que o Martin apresenta são bem razoáveis. As soluções tipo controle total não são. Eu acredito que o caminho é bem parecido com as políticas mais progressistas no que tange a violência nas favelas e periferias. Trata-se de construir um processo democrático com os integrantes das torcidas e com qualquer cidadão que queira participar, trocar a repressão pelo comprometimento. As torcidas organizadas fazem parte do espetáculo, tem história, muitos torcedores simpatizam com elas, e eu ouso dizer que a maioria dos seus integrantes é de gente de bem, de jovens escolhem essa forma organizativa para gastar suas energias.

Acredito ser possível construirmos um processo de institucionalização dessas torcidas de forma oficial, porque de fato elas já fazem parte da estrutura do clube. Criar no maracanã um espaço para que as organizadas montem estandes. Tenho certeza que todos os turistas que vão lá conhecer “o maior do mundo” iam adorar ter esse contato com o que há de mais passional no nosso futebol. As torcidas podiam receber uma parte da renda dessas visitas, venderiam mais produtos, se financiariam sem precisar onerar as já combalidas finanças do clube. Em troca, seus membros seriam cadastrados, talvez até remunerados, para que pudessem ser responsabilizados pelos atos da torcida, como ocorre com qualquer agremiação de seres humanos.

Viagem? Pode ser. Mas já é uma idéia. Teriam dissidentes, que não aceitariam esse pacto? Claro, bandidos há em toda a atividade humana, mas é difícil imaginar massas de rubro-negros brigando com tricolores sem a força de atração da Raça ou da Young.

Saudações Rubro-Negras

PS: Sei que os tricolores não vão gostar de admitir, mas como joga bola o Guerrón. Infernizou o time do dunga. Pena que nasceu equatoriano, provavelmente não vai nem jogar a Copa do Mundo.