quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Vai lacraia, vai lacraia...

Fidalgos tricolores, perdoem meu amigo, irmão e afro-animal de estimação Jamaica pelos improprérios aqui colocados. Ele não sabe o que fala. Desgostoso da vida e amargurado com seu time, resolveu atirar pra tudo quanto é lado e conseguiu a proeza de não acertar ninguém, tal como os atacantes de seu Fra em relação ao gol. Vamos aqui enumerar seus erros e, como bons fidalgos, ensinar ao nosso filho remelento e desbocado como se comportar e, principalmente, retificar o compromisso com a verdade.

Em primeiro lugar a acusação homossexual. Bem, vamos pensar juntos. Nosso pérola negra não se cansa de bradar aqui que o framengo tem a maior torcida entre todos os times. Logo, por uma questão lógica de raciocínio simples e fácil, sua torcida tem também o maior número de homossexuais. Nada demais, só uma constatação. Aí do lado temos um belo exemplar que, inclusive, lembra nosso querido colega nos tempos em que sua barriguinha ainda não comparecia aos estádios. Se o Ricky vier pro Fluzão, receberemos ele de braços abertos e nunca daremos as costas (não somos bobos). Afinal, se o Muricy aprova quem somos nós pra desaprovar? Qual o problema, zentsy? É um ótimo reforço pra Libertadores, pois já vai a campo com a gilete debaixo da língua e a navalha na cintura, mais um guerreiro tricolor. Antes um dele do que 3 corrêas ou 4 klébersons da vida...

Agora a questão do TRI. Sabia que isso chegaria, mas me fiz de morto pra esperar um tolo e incauto levantar a bola pra eu fazer meu golaço de final de ano. Bem, ele apreceu. Nossa "enciclopédia" nagô defende o título de 87 porque seu timeco enfrentou os grandes clubes da época. Pois bem, vamos resgatar então a história do nosso campeonato de 70 onde, muito diferente de hoje, todos os grandes craques do país ainda estavam desfilando pelos nossos gramados.


Considerado o embrião do Campeonato Brasileiro, o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, apelidado de "Robertão", foi criado em 1967 a partir do Torneio Rio-São Paulo, que foi ampliado para, pela primeira vez, reunir os principais clubes do Brasil: Palmeiras, Corinthians, Santos, São Paulo e Portuguesa (de São Paulo), Flamengo, Fluminense, Vasco da Gama, Botafogo e Bangu (da Guanabara), Internacional e Grêmio (do Rio Grande do Sul), Cruzeiro e Atlético (de Minas Gerais) e Ferroviário (do Paraná). Na ocasião o campeonato foi organizado pelas federações carioca e paulista de futebol.

A partir de 1968 o Torneio passou a ser organizado pela CBD. (Confederação Brasileira de Desportos, com o nome de "Taça de Prata", passando a ser considerado a mais importante competição de futebol do Brasil, inclusive substituindo a antiga Taça Brasil como forma de indicação dos dois representantes brasileiros para a Taça Libertadores da América. Dele participaram os 17 principais clubes do Brasil.

Sabe lá o que é disputar um campeonato contra o Santos de Pelé, o São Paulo de Gérson, o Corinthians de Rivelino, o Botafogo de Jairzinho, o Cruzeiro de Tostão e o Palmeiras de Ademir da Guia?

Ainda assim, nosso amigo acha que a CBF é uma mãe por reconhecer nosso mais que merecido título brasileiro. Tadinho. Siga no caminho da luz, meu irmão, aceite os fatos e reconheça a história. Você já passou da idade de fazer beicinho. Faça igual ao Josué, que sem titubear e ser rancoroso, reconheceu de primeira nosso TRI.

Por fim, a acusação de pitboys depredadores do Municipal. Ah, meu amigo, me pergunto onde você anda colhendo estas informações. Os caras gastaram 14 milhões do nosso dinheiro pra reformar o Theatro e disseram que uma parte do teto caiu por causa dos torcedores que gritaram, principalmente os lá de fora!!! Que coisa, hein? Imagino que os próximos espetáculos não terão nenhum som e os tenores serão proibidos de usar as notas mais agudas. Fala sério! Daqui a pouco vão colocar placas na entrada "não flatule,  não arrote, não espirre e nem bata palmas: proteja nosso patrimõnio cultural". Desse jeito a próxima peça será apresentada na linguagem dos sinais...

Por fim, meu caro Zumbi do lote XV, conta essa história de Pasárgada pra outro. Todo mundo aqui sabe que seu destino é o piscinão de Ramos!!!

Beijundas e estou te esperando lá em casa pra entrega das faixas.


quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Vou-me embora pra Pasárgada


Algumas rapidinhas antes de fechar a tampa.


Leonardo Moura recebeu uma proposta pra disputar a Libertadores pelo Internacional. 3 ANOS de contrato e um belíssimo salário. Desde 2005 quando chegou a Gávea que, Léo Moura, está sempre entre os 3 melhores laterais do país. Este ano ficou em segundo lugar mesmo com a pífia campanha do Flamengo. E ainda tem gente que não reconhece nele um grande jogador...


As torcidas " organizadas" do Flamengo entregaram ao Vanderlei uma lista dos jogadores que eles querem ver fora da Gávea no ano que vem. Com certeza os nomes que encabeçam a lista deve ser dos jogadores que se recusam a contribuir com a bandidada.

Quem tem filho com o cú cabeludo é urso...


A playboyzada tricolor, que o Dono do Blog define como fidalgos, aristocratas ou coisa que o valha, deram uma de favelados rubro- negros no Teatro Municipal. Quebraram a casa que foi recém- reformada. A conta tem que ir direto pro Ricardo Teixeira porque Teatro Municipal não é lugar de Pitboys e nem de Patricinhas sem educação.


Meus votos de um 2011 com muita saúde e paz de espírito. O resto a gente corre atrás, já diz a sabedoria popular. Foi muito divertido o período que, cá estive, falando sério, falando abobrinha e polemizando.


"Vou-me embora pra Pasárgada. Lá sou amigo do Rei. Lá eu tenho a mulher que quero na cama que escolherei." ( Manuel Bandeira)


Beijo a todos e Saravá!

Ao Dono do Blog


Salve a todos! Os tricolores estão malucos pelas ruas do Rio de Janeiro! Demoram tanto pra conquistar um título de expressão que, quando ganham, batem cabeça sem saber se são Bi ou Tri. O engraçado é que quando eles foram campeões em 84, ninguém reivindicou o título de 70. Mas pra mim, o Fluminense é sim, Tricampeão! 84, 2010 e o título de campeão brasileiro da Terceira Divisão!
Tudo bem que o presidente do Corinthians é um boquirroto e foi completamente desnecessária aquela lembrança da virada de mesa que resultou na passagem do tricolor da terceira para a primeira divisão. Mas aí eu pergunto aos tricolores: Ele falou alguma mentira?
Eu não acredito que o Dono do Blog acredite, de verdade, que o Sport seja o campeão brasileiro de 1987. Rivalidade, recalque, dor de cotevelo e até inveja tem limite, hein? Quer dizer que o Flamengo, que jogou contra Vasco, Botafogo, Fluminense, Corinthians, Santos, Palmeiras, São Paulo, Cruzeiro, Atlético Mineiro, Inter e Grêmio, não é o campeão?

Ah! Não! O campeão é o Sport que jogou contra Criciúma, Joinville, Inter de Limeira, Rio Branco do Espírito Santo, Treze da Paraíba e CSA. Como o bom senso diz pra gente não discutir com maluco, você está coberto de razão, tá bem? Estou me sentindo envorgonhado pelo título de 87, tá?
Rapaz, entenda uma coisa: Assim como a imagem de Flamenguistas e Corintianos sempre foram associadas a favela, bandido, pobre e afins, a imagem dos tricolores, tanto o carioca quanto o paulista, sempre se associaram aos homossexuais. Me lembro que quando era moleque você perguntava pra alguém: Qual o seu time? Se a resposta era: Fluminense, imediatamente seguia o coro: Viadinho, hein? é evidente que você não vai negar a história e vai concordar que isto tem duas motivações: O pó-de-arroz, símbolo tricolor, e um antagonismo ao Flamengo. Perfil Rubro- Negro: Bandido, negro, favelado e malandro. Perfil tricolor: Playboy, loiro, rico e homossexual. Uma coisa meio Miguel Falabella, sabe? Que aliás, parece com... deixa pra lá.

Eu não posso fazer nada se você acha que ser bandido é mais legal que ser homossexual. Ou mude de time ou ature e defenda seus pares com a dignidade que eles merecem!
Essa piada de "levar nas costas" é a coisa mais inteligente e engraçada que você conseguiu pensar? Já te vi em fase mais criativa, hein? E depois, tricolor querendo dar uma de homem pra cima de mim? Tá bom...
Você deve estar rezando pro Richarlyson não ir para o Fluminense, hein?

Saudações TRIcolores

Fidalgos amigos, a emoção é muita e a voz é pouca. Um grito de 26 anos comprimido no peito faz um estrago enorme na garganta quando ganha o mundo e se transforma em ato de libertação. Finalmente estive presente em um título do fluzão, depois de amargar pessoalmente os títulos perdidos para Etti Jundiaí (Copa do Brasil) e LDU (libertadores e sul-americana). A Copa do Brasil que ganhamos foi longe de casa, contra o Figueirense, o que impossibilitou meu esqueleto de estar em corpo presente, ainda que a alma estivesse balançando uma figueira.

Os mais assanhadinhos vão querer zombar, “tadinho dele e blá blá blá” mas se olharem bem, fica a reflexão: nos últimos anos chegamos na final de tudo que disputamos, tirando o Brasileiro do ano passado. Desde 2007 que não passamos um ano sem disputar uma final importante, isso é fato e comprova nossa grandiosidade. É um time que vem ganhando corpo e confiança, sustentado pela sua torcida que mandou as favas os demônios que rondavam nossos pés de laranjeiras. Deixemos os vices para os vascaínos.

O dia do título começou receoso. Meu irmão não parava de repetir seu pesadelo que dava o empate para o Guarani aos 43 do segundo tempo. Exatamente 14h partimos pro Engenhão e começamos a tomar nossas latinhas no calor escaldante que cozinhava nossos miolos. Mas, como vocês sabem, não bebo desde que as crianças nasceram, ou seja, tem uns 10 meses. Na quarta latinha já não juntava mais lé com cré e comecei a procurar água, preocupado em ficar de pé pra ver o jogo. As 16:20 entramos e creio que por conta destas latinhas não enfartei já no primeiro tempo, diante de tamanha inoperância.

Quando começou o segundo tempo, já mais dono de mim, pude compartilhar com todos a angústia por um gol que parecia que não ia sair nunca, com o time nervoso e sem criar nada. A entrada do W9 foi um bom presságio, afinal, João de Deus não ia concretizar a profecia sem o Chitão em campo. Não se esqueçam que este título é metade do W9 que trocou os gols pelo caneco. E aí seu deu a magia. W9 pra Carlinhos que, depois de se atrapalhar todo, consegue mandar pra área, onde o W9 atrapalha o zagueiro e faz a bola sobrar pro tornozelo bichado do Sheik empurrar pro fundo das redes, não sem antes passar por debaixo da perna do zagueiro e depois do goleiro. Fluminense campeão. Promessa é dívida.

Este título começou na arrancada de 2009, na trigésima rodada, onde demos início a mais espetacular e inesperada arrancada contra o rebaixamento de todos os tempos, que culminou na glória de domingo. Ao mestre Cuca meu muito obrigado. Sem você nada disso teria sido possível. Seu nome está ligado de forma indissociável da taça que conquistamos. A torcida soube reconhecer sua importância e agradecê-lo de coração, gritando no Municipal pro Brasil inteiro ouvir: “OLê, olê, olê, olá, CUCA, CUCA”.

Aliás, este humilde tricolor que vos fala esteve lá na festa, acabando com qualquer resquício de voz que ainda pudesse existir. Fiquei rouco de vaiar o Ricardo Teixeira , pelo óbvio, e o André Sanches, que foi fazer gracinha depois de uma homenagem ao Centenada e foi expulso do palco por nós.

Um dos momentos mais engraçados foi, além da apresentação do Adnet, quando o Jonas foi pegar seu troféu de artilheiro e a galera começou a cantar, no ritmo de “O Fred vai te pegar”: “O Celso vai te comprar, o Celso vai te comprar” rsrsrsrs. E não duvidem do nosso Abramovich.

Ave Muricy guerreiro, ficou no flu pra ganhar o brasileiro e deu aula de ética e comprometimento. Fizesse o Mano o mesmo e a história poderia ter sido outra...

Salve Sheik, que mesmo com oito infiltrações no tornozelo, meteu o pé esquerdo pra fazer o gol do título. Obrigado, fra, por recusá-lo na sua volta.

Um viva para o Conca, feito de adamantium, o mesmo material do Wolverine,  maior guerreiro tricolor que não ficou fora de UM MÍSERO JOGO EM TODO O CAMPEONATO!!!

Sua estátua já se faz necessária. Ainda assim, pedir R$700.000,00 é um pouco demais, não?
Quem diria que alguém em sã consciência rejeitaria ganhar R$500 mil reais. Se for o caso, devolve o Beletti e passa seu salário pro Dario. Conca vale por dois ou mais...
Enfim, chega ao final mais um campeonato brasileiro e, depois de quase morrer com o rebaixamento ano passado, experimento o renascimento em êxtase com o único TRIcolor do mundo. As crianças dão muita sorte, nem fizeram 1 ano e já são campeões, uma dupla pé quente. As lembranças estão todas guardadas e as histórias escritas pra quando chegar o dia de contar pra eles eu encher o peito e bradar: eu estive lá! Na agonia e na alegria, sentem aqui que papai vai contar tudo...

Sobre o TRI nem vou falar nada. A CBF reconheceu não se discute, entrou pra história. Ou voltaremos então à polêmica do Fla ser équissa ou penta???

Me poupem...

SAUDAÇÕES TRICOLORES, O MELHOR TIME DO BRASIL !!!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Tri brasileiro

Fidalgos tricolores, se aproxima a hora derradeira, o período de 90 minutos que valerá por 26 anos e que nos levará ao TRI brasileiro. Se a mulambada conta com aquele título falcatrua que só eles reconhecem pra encher a boca sem dentes e gritar équissa, o nosso é muito mais legítimo.

Se examinarmos a questão mais detalhadamente, não haverá dúvida de que há um fator maior que determina tal atitude. O campeonato de 1970 foi uma competição organizada pela CBD, no mesmo formato de 1969 e 1971, contando com os maiores clubes brasileiros. Foi chamada de Taça de Prata como referência à Taça de Ouro, o Mundial de Nações, que o Brasil conquistou no mesmo ano. Resumindo, o Fluminense foi campeão de uma competição oficial e não há lógica alguma no não reconhecimento pela CBF.


Os deuses sorriem e estão a nosso favor. Deco fora é um reforço de peso e que, inclusive, foi o responsável direto pelo gol do Tartá. O problema é que o menino levou o terceiro amarelo e não temos quem colocar no lugar, alguém que possa construir. Pelo jeito vamos de Fernando Bob que marca bem, fica livre e....erra o passe.

Estive com um amigo meu hoje de manhã que resumiu tudo e colocou um ponto final nessa discussão chata sobre oferta financeira para que outros times colaborem. A pergunta é simples: mala ensina a jogar bola???
Esse time do Guarani, cá entre nós, é muito ruim. Podem até correr mais, se esforçar mais e coisa e tal mas daí a virarem craques do dia pra noite é impossível. É o mesmo que depositar R$100,00 na conta do Jamaica e pedir pra ele fazer um gol de placa no dia seguinte...

Como são as coisas da vida. Nosso colunista mais ocupado é o que anda escrevendo mais para o blog. E o pior de tudo: reclamando que está levando nas costas. Logo ele, que já cansou de nos atacar e duvidar de nossa masculinidade vem a público e sai do armário, dizendo já não aguentar mais levar no lombo. Agora podemos definí-lo como o Senhor das minorias: negro, sambista e gay. Pode deixar que eu e Josué vamos te aliviar e deixar esta sua anca cansada repousar.

E como não podia deixar de ser, as filas para comprar ingresso da final são uma bagunça, os preços aumentaram só 150%, a capacidade do Engenhão é de 42 mil e só colocaram 30 mil pra vender e, pra completar, a PM está presente pra tumultuar tudo de vez. No dia do jogo já me planejo pra sair 5 horas antes da partida, porque o trânsito vai virar um inferno e, infelizmente, terei que mijar em algum lugar não apropriado já que não existem banheiros químicos num raio de 5km do estádio.

É por essa e outras que a Associação Nacional dos Torcedores - ANT - fará manifestações em todos os estádios no dia 5/12, contra a elitização do futebol. Quem for nos jogos, procure os formigas e colabore na divulgação.

Acabo de ler que só restam ingressos de R$ 150,00 para o jogo... merreca...

E o Adriano, hein? ficou sem amigos e moradia no Rio.
Como ele vai ser feliz agora na favela em que nasceu, se só tem gente do bem?
Pelo visto, vai sobrar pro Corínthians...

Haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaajjjjjjjjjjjjaaaaaaaaa coração!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Sai, azar!


Para desgosto dos recalcados com os 6 títulos do Flamengo em campeonatos brasileiros e 2 da Copa do Brasil ainda não foi desta vez que vocês viram o Mais Querido do Brasil rebaixado.

Mais que o Flamengo trabalhou pra isso, ah! Trabalhou.

Patrícia Amorim iniciou o ano surfando na onda do Hexacampeonato, que não foi uma conquista da sua administração e cometeu uma série de lambanças que resultou na vexatória campanha deste ano.


Andrade começou o ano como técnico, cheio de moral e, não demorou, mostrou que não estava à altura do projeto rubro- negro para 2010.

Rogério Lourenço foi, pra mim, o maior erro da diretoria este ano. Demorou a ser demitido e acabou se queimando. Junto com o Zico.

Silas era uma aposta. Poderia ou não dar certo. Não deu.

Luxemburgo, ao menos, tem tudo o que os 3 anteriores não tem. Currículo, experiência e costas largas pra aguentar pressão.


O Hexacampeonato mostrou que, com um mínimo de planejamento e dedicação, vencer o brasileirão é possível. É, sim senhor, um campeonato nivelado por baixo.

Resta tentar uma vaguinha na Sulamericana na última rodada e bola pra frente!


Estou levando este blog nas costas, hein?

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Manipulação de resultados

Declaração de um diretor do Palmeiras chamado Wlademir Pescarmona: " Se eu pudesse perderia o jogo contra o Fluminense por W.O. para prejudicar o Corinthians. A torcida não quer que a gente vença o Fluminense e nos mata se isso acontecer."
Antes de mais nada quero dizer o seguinte. Não faz a menor diferença na minha vida o nome do campeão brasileiro de 2010. Pode ser o Flu, o Cruzeiro, o Coringão ou o Asa de Arapiraca. Com sinceridade, por mim a gente entregava logo a taça pro Flu, que foi o melhor time, e encerrava agora o campeonato com o Fla livre de qualquer problema futuro.

A questão é que os dirigentes nem disfarçam mais. Assumem publicamente a manipulação do resultado. Se está tudo dado, como parece, porque não abrem os portões no domingo? Vão cobrar ingresso pra assistirem a armação? A Globo pagou pra transmitir um jogo armado?
Me corrijam se eu estiver enganado mas, não foi contra este tipo de coisa que nos unimos na Associação Nacional dos Torcedores? Este é o campeonato brasileiro que nós, amantes do esporte bretão, merecemos?

Ou a gente começa a gritar agora ou, na boa, tudo estará completamente perdido em pouco tempo. Não importa se o nosso clube de coração é o beneficiado da ocasião. Se o Flamengo foi o beneficiado do ano passado e o Fluminense o beneficiado deste ano, ano que vem podem ser os prejudicados da hora. Aí, neguim vai reclamar, né?
Manipulação de resultados é crime em qualquer país pretensiosamente sério.

O campeonato deve ser decidido em 2 jogos. Na última rodada, Flu e Guarani e Corinthians e Goiás. Não seria muito melhor pra todo mundo que o último jogo do campeonato fosse uma final entre Fluminense e Corinthians, com estádio lotado, o Flu com Deco, Conca, Fred e Emerson, o Coringão com Elias, Bruno César, Dentinho e Ronaldo, adrenalina, emoção, decisão?

Lembro que na rodada passada, a torcida do Inter pediu pro time entregar o jogo contra o Botafogo pra prejudicar o Grêmio na luta por uma vaga na Libertadores.
O Inter venceu e a torcida ficou quietinha...

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Falta de intimidade dá nisso...


Passo por aqui novamente pra lembrar que existe uma máxima futebolística que diz que o verdadeiro craque não chama a bola de Vossa Excelência. Chama de " Minha Nêga" mesmo. Afinal, quem tem intimidade não se dá ao trabalho de frescuras.

É exatamente por isso que os tricolores vão ficar lambendo, polindo e cercando de cuidados, a taça de um possível título neste campeonato. Não estão acostumados a títulos de expressão nacional. Aí é um tal de colocar perto do vitral, encher de purpurina e paetês e, provavelmente vão fazer uam festa pra durar o ano inteiro. Mas eu entendo. A falta de intimidade gera isso...

Avante tricolores! Vocês vão passar em números de títulos de brasileiro o Bahia, o Coritiba...


Numa análise isenta e racional e, não passional porque passional é coisa de tricolor carioca e paulista, o Fluminense montou uma estrutura pra ganhar o campeonato. Trouxe um treinador bom de planejamento a longo prazo, reforçou um elenco que mostrou uma incrível superação no ano passado e como lembrou o Dono Do Blog, quando não ganhava, dava sorte. E deu sorte até quando tentou fazer lambança trazendo o Belleti não sei pra quê. Conca pode fazer o incrível feito de jogar todas as partidas do campeonato em bom nível. Eu tenho assistido prazeirosamente os progamas esportivos paulistas vendo eles se desesperarem em imaginar que dois cariocas podem ganhar, seguidamente, o Brasileirão.


Assisti a semifinal da Sulamericana ontem e dei gargalhadas com o Palmeiras eliminado. O Felipão voltou pro Brasil cheio de marra, se achando o rei da cocada preta, espinafrando todo mundo. Fez bom papel em Portugal mas depois só se deu mal. Foi demitido do Chelsea pelo Drogba e pelo Ballack e foi parar no Uzbeiquistão onde tomou um calote pra deixar de ser olho grande. E o Luciano do Valle aos 35 do segundo tempo, já estava dizendo que o Palmeiras estava na final da Sulamericana...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Estou a dois passos, do paraíso...

Fidalgos tricolores, falta muito pouco para a explosão da felicidade tricolor. Já garantimos a libertadores e  falta só confirmar o agora favoritismo pra sermos donos do Brasil. Será uma mudança radical já que vamos pegar uma taça suja e maltratada e colocá-la no seu devido lugar, no salão nobre e entre os vitrais franceses, limpinha e tinindo de nova. Bem, isso se ela já não foi transformada em uma bijuteria barata. E como é a vida. Nesta mesma época ano passado lutávamos pra não cair e eles pra levar o caneco...como são as coisas...e, se não abrirem bem os olhos, periga o capeta cravar o tridente bem no peito da mulambada.

E não é que meu amigo Jamaica sem tempo, que fica escrevendo pra tudo quanto é colunista da internet, teve um tempinho e nos deu o ar de sua graça? Mas, infelizmente, pra falar de um assunto mais batido que carro de cego. Ou você acha que o Vasco vai suar sangue pra ganhar do timinho no domingo? Já vocês, se não estivessem com o rabo esquentando no enxofre, fariam muita força pra ganhar do Cruzeiro? Tá querendo me convencer de que o Flamengo e o Vasco iriam fazer de tudo pra ganhar seus jogos e dar o título de mão beijada para o Flu já no domingo? Como diria o Gérson: é brincadeira...

O que eu acho, meu querido afro-padrinho, é que o time que não quer depender de ninguém deve fazer por onde. Olha o campeonato e vê quantos pontos o três primeiros da tabela não perderam de bobeira pra times lá de baixo. Não preciso dizer mais nada: o flu ficou 5 jogos sem ganhar e ainda permanceu nas primeiras posições. Timinho idem, uns 6 jogos sem ganhar. Cruzeiro rateou demais também. É aquela velha história, depender dos outros...

O Sáo paulo entregou? óbvio. O Palmeiras vai entregar? óbvio. O Vasco vai entregar? óbvio. Como se resolve isso? É só botar os clássicos regionais do campeonato no final dos turnos e acabar com esta palhaçada. Guarani já rebaixado vai entregar pro Flu? Não sei, vamos ter que oferecer sozinhos mais do que timinho e Cruzeiro. Mas nesse quesito estou tranquilo porque nosso Celso Abramovich Barros não vai poupar a esta altura do campeonato. Periga o Bugre receber dos 3 e correr pro abraço do Papai Noel.

De minha parte, já estou em negociações escusas com a babá para convencê-la de dormir lá em casa do dia 5 para o 6. Depois de tanto tempo sem beber e caso o flu seja campeão no Engenhão, periga só voltar pra casa na terça. E de SAMU!!!!!


terça-feira, 23 de novembro de 2010

Nesta mesma época, no ano passado, o Dono do Blog escrevia um texto neste espaço, falando da entrega do Grêmio na última rodada do brasileiro, o quê, segundo ele, possiblitou o Mais Querido do Brasil tornar- se Hexa Campeão brasileiro.
Já agora, convenientemente, ele não escreve uma só palavra sobre a chacota do Morumbi, no domingo passado.

Que as duas torcidas são irmãs, é fato, já escrevi texto aqui sobre o amigável encontro no primeiro turno. Mas não é todo dia que se vê algo parecido com o que aconteceu no reino dos Bâmbis na última rodada.
Os torcedores dos dois times abraçados na arquibancada e vibrando juntas a cada gol do Fluminense. Faixas com a palavra " Entrega" por todos os lados do estádio. Aliás, impossível não fazer a óbvia piada que diz que quando o assunto é entregar os bâmbis preferem entregar de quatro.

O que dizer do Richarlyson? É sabido de todos que o Muricy tem interesse na sua contratação para o ano que vem ( dizem que ele está apalavrado com o Flu) aí, num lance completamente bobo, sem maiores prejuízos para o São Paulo, ele xinga o árbitro de viado ( que ironia) e descaradamente força a expulsão.
Passou a mensagem: " Muricy, Tamo junto! Hoje e no ano que vem!"

E a bola que o Rogério Ceni soltou no pé do Fred?

Saudades do mata- mata que nunca deu margem pra esse tipo de armação. É um contra um, no mano a mano. É a hora em que se separa os meninos dos homens.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Seleção e Flamengo

Assisti hoje a trigésima oitava tentativa que alguém faz de resgatar o futebol do Ronaldinho Gaúcho. Ao menos foi isso que o Mano Menezes quis que a gente acreditasse.
O bilionário do petróleo que bancou este amistoso disse pro Ricardo Teixeira: " A Argentina vai ganhar mais neste amistoso porque eles vão trazer a maior atração do futebol mundial neste momento. Messi. Como o Kaká está machucado e o Brasil não tem ninguém à altura do Messi, vai ganhar menos." Ricardo Teixeira não pensa duas vezes quando o assunto é perder dinheiro. Mandou convocar o dentuço que, até hoje, tem muita moral no chamado Mundo Árabe ( parece que falam de outro planeta quando usam este termo) e no Japão.
Ronaldinho tem 30 anos de idade. Vai estar com 34 na Copa do Mundo no Brasil e é reserva do Milan. Alguém acredita, de coração, que ele um dia será aquele jogador do Barcelona? Pois é, nem o Mano Menezes e nem o Ricardo Teixeira. Ronaldinho foi e provavelmente continuará sendo convocado pra que a cota da seleção nos amistosos não caia tanto com a ausência de uma grande estrela do futebol mundial. Coisa que hoje o Brasil não tem.

Quem é o padrinho do Robinho, hein?

E segue a saga do Flamengo. Sem mais delongas vamos aos fatos: Marcelo Lomba é um bom menino, não faz xixi na cama, mas tem mostrado que não está pronto pra assumir as responsabilidades de um goleiro da Gávea. Sentiu a pressão, tem mostrado deficiências técnicas graves e comprometido o time. É evidente que a culpa não é só dele. Mais que ele tem atrapalhado, isso tem.
Thiago, bom goleiro que esta na reserva do Vasco, já disse que não quer mais ficar em São Januário. Eu contrataria rápido.
Outro com o qual eu já perdi toda a minha paciência é com o Renato Abreu. Não tá jogando nada, é um sujeitinho desleal à beça e só é titular do Flamengo por causa do salário. Ô Mala!!!

Alguém tem notícias do Governador do Estado do Rio de Janeiro?

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Salários de jogadores e treinadores II

Publico aqui mais um comentário de Sérgio Xavier sobre o assunto. Desta vez, divulgando os salários dos jornalistas esportivos.

Sérgio Xavier disse:
novembro 6, 2010 às 9:04 pm
Vamos lá, salários da imprensa. Repórteres iniciantes na imprensa paulista recebem por volta de 3 mil reais, editores vão de 5 as 10 mil reais e por aí vai. Isso é notícia? Acho que não. Galvão Bueno ganha um milhão de reais por mês? Aí é. Isso foi tema de revistas e jornais. O próprio Galvão lidou bem com o assunto. E, de fato, ele, sim, é celebridade. De qualquer maneira, as contas dos clubes de futebol são assunto relevante, sempre. O desempenho dos times em campo se altera quando as folhas estão inchadas e os salários atrasam. E vamos começar uma investigação imediata para descobrir salários de dirigentes do Figueirense, Chico Lins…

Salários de jogadores e treinadores


Assistindo ao Redação Sportv, discordei da opinião do jornalista da Revista Placar, Sérgio Xavier, sobre divulgação dos salários de jogadores e treinadores de futebol. Ele disse que não tem problema em divulgar porque " são pessoas públicas." Esse argumento nunca me convenceu apesar da minha curiosidade em saber quanto ganha o Cristian Borja pra ser a Baranga da Gavéa. Mandei um e- mail para o referido jornalista e publico aqui, e- mail e a resposta que veio em forma de texto no seu blog.


André Jamaica disse:
novembro 4, 2010 às 10:13 pm
Salve! Meu comentário não é sobre o texto em questão, com o qual concordo. É sobre sua participação no Redação Sportv. Você disse que divulga os salários dos jogadores e treinadores sob a alegação de que são ” pessoas públicas.” Gostaria muito que você tivesse definido o referido termo. Penso o seguinte, Xavier: É evidente que me aguça a curiosidade saber quanto ganha os grandes astros do futebol mundial e algumas barangas que teem contrato com o meu clube de coração: O Flamengo. Mas penso que o argumento não se sustenta pelo seguinte: Alguns jornalistas esportivos são celebridades no meio: Galvão Bueno, Juca Kfouri, Renato Maurício Prado, Trajano. Outros são muito populares: Thiago Leifert, Alex Escobar, Glenda, entre outros. Certamente esses jornalistas são reconhecidos e abordados na rua. Estão todos os dias dentro da nossa casa, através de nossos televisores e da paixão que compartilhamos pelo esporte. Dito isto, então podemos inclui- los no termo ” pessoas públicas.” Sob este argumento, eu quero saber quanto cada um deles esta levando por mês. E ai? Isso não é divulgado por corporativismo? É a velha história do ” dois pesos e duas medidas?”Curiosidade, Xavier, eu tenho, mas admito que salário de jogadores e treinadores, pelo ponto de vista jurídico, não é uma informação de utilidade pública. Grande abraço!




Blog do Serginho
Diretor de redação da revista Placar, Sérgio Xavier não poupa palavras para discutir os principais assuntos do mundo futebolístico
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Salários no futebol podem ser divulgados?
Sérgio Xavier
05.11.2010
13 Comentários
A imprensa internacional já superou essa questão há um bocado de tempo. No mundo dos negócios, Forbes e Fortune fazem suas listas anuais dos homens mais ricos do mundo. No esporte, não é diferente. A revista France Football, responsável pela principal premiação da Europa, a “Bola de Ouro”, faz anualmente o ranking dos maiores salários no futebol. Ninguém reclama. Jogadores e técnicos entendem que são personagens públicos e que a divulgação de seus vencimentos faz parte do jogo.
Placar faz seu ranking de salários de quando em quando. Acreditamos que é informação relevante para o torcedor saber se seu clube está sendo bem ou mal gerenciado. O clube de futebol pode até ser uma entidade privada, não se discute isso. Mas, na realidade, o clube é propriedade de toda uma torcida. Nem são só os sócios, mas toda uma torcida. É isso que o futebol representa para nós no Brasil.
Jogadores e treinadores, sobretudo os que já passaram pelo futebol europeu, cada vez mais entendem o trabalho da Placar. E as reclamações vem ano a ano sumindo. Quem paga o seu imposto corretamente não tem nada a temer.
Luiz Felipe Scolari tem todo o direito de não gostar do nosso ranking. Talvez não se sinta confortável em sugar uma boa parte da folha salarial de uma agremiação deficitária (o Palmeiras não é exceção no futebol brasileiro, todos operam no vermelho).
O problema aí é a argumentação. O técnico reclama que a divulgação do seu salário pela Placar provoca insegurança. Em primeiro lugar, o salário do treinador é público, foi divulgado por agências internacionais e pelos principais meios de comunicação do Brasil (links abaixo). Placar chegou até atrasada nessa história… Em segundo, a questão da segurança. Alguém duvida que Felipão é alguém muito bem remunerado no futebol há muitos anos? Qual foi exatamente a novidade que Placar revelou?
Preferia falar de bola rolando, mas era importante esclarecer as coisas. Nesse blog, opiniões contrárias são publicadas. Desde que se preserve a boa educação e não existam agressões .

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Secar não custa nada...


O blog andou desanimado um tempo. Nosso anfitrião só pensa em trocar fralda, essas coisas. Este humilde escriba que vos fala está soterrado com o término da sua dissertação de mestrado, que teima em não terminar. O grande Jamaica, como sabemos, está tão ocupado em sua atribulada vida que sequer consegue montar seu time no cartola. Os demais colaboradores estão espalhados pela sociedade civil brasileira, atuando no fortalecimento da gloriosa Associação Nacional de Torcedores.

Bom, mas estamos na reta final do campeonato, uma disputa acirrada pelo título, e o tricolor Cappelli resolveu fazer que nem o Serra, apelou para a religião em busca da vitória, fato contra o qual eu preciso me insurgir. Afinal, secar não custa nada!

Antes de começar essa tarefa ingrata, posto que ao fazê-la deixo claro que meu time mais nada disputa neste certame, preciso deixar claro que não tenho preferências sobre quem será o campeão. E tampouco elegi os clubes cariocas como alvo do meu secador. De todos os que disputam este caneco que já levantei 6 vezes, torço contra apenas contra o Corinthians, e não pelo clube em si, mas pela trite figura do Ronaldo, este Sancho Pança hodierno que infelizmente segue se expondo em nossos campos.

Pois bem, claro está que o pai da princesa Sofia e do titã Tomaz se encontra completamente inebriado pela possibilidade (remota) que conquistar um título que seu clube só viu nos idos de 1984.

A trajetória futura do Fluminense é pior que dos seus rivais. Pega os mais difíceis fora de casa, Palmeiras e São Paulo, tem um clássico, o que é péssimo pois nivela os dois times, e as babas que esse ariano perdido em Vila Isabel supõe que vai enfrentar são dois times desesperados para não cair.

Já o Cruzeiro sim, só pega time que ta contando os dias pro carnaval chegar. Enfrenta Flamengo, Palmeiras e Vasco, quando estes nada mais almejam ou muito menos temem, encara um Vitória que já respira, e tem um jogo de seis pontos contra o Timão, que todo mundo sabe que só joga um tempo.

E a gambazada ainda pega, além do adversário direto, um clássico contra os bambi, o mesmo vitória quase livre da série B e o Vasco em férias antecipadas, tendo na rodada derradeira um Goiás ou já rebaixada, ou em vias de!

Por fim, o Botafogo, tentando copiar nossa arrancada histórica, tem um desafio contra o desesperado Avaí na próxima rodada, e depois só passeia. Ceará já garantido na primeirona, Internacional só pensando no mundial, Grêmio Itinerante já pensando em qual cidade vai jogar, e Grêmio na ultima rodada já sem chance de liberta.

Ora meu caro amigo, aqui na terra tão jogando futebol e o senhor, só no PFC, perdeu a dimensão das coisas. Sua defesa não foi vazada nos últimos jogos por detalhes: o ROUBO do safado do Heder Roberto Lopes que fingiu que não viu a cabeçada que o descompensado do Leandro Euzébio deu no Jonas dentro da área, quando estava 1 a zero ainda e os gaúchos pressionavam, e o milagre que o Berna fez na cobrança de uma falta desnecessária cometida pelo destrambelhado Gum na entrada dá área.

Vocês tomaram pressão nos últimos 3 jogos, do Atlético PR, Grêmio (no Vazião) e Inter. Seu ataque não faz gol faz seis jogos. O Conca carrega o time sozinho, e obviamente ele não consegue fazer isso todos os jogos.

Enfim, creio que vai ficar pra próxima a saída da fila no brasileirão. Boto minhas fichas no Botafogo. Sem nenhuma dúvida tem os jogos mais fáceis, o seu treinador tem mais estrela que o Murici, mesmo esse tendo vários títulos, isso sem falar no Cuca chorão e no Tite (quem?). De fato, a cachorrada é o único time que não tem um meia em grande fase, mas talvez justamente por ter consciência disso, é o que vem mais animado para essa reta final.

Saudações Rubro-Negras, rumo ao Hepta prometido pelo Luxa em 2011!

O Flu de todos os santos


Fidalgos tricolores, a hora é de apelar pra todos os santos e deuses possíveis. O momento requer fé total, hóstia na boca, Alcorão na mão, dinheiro no bolso, amalá pra Xangô, incenso pra Krishna e um palestino indefeso pra Yaveh. Em cada esquina um ebó tricolor, fechando todos os caminhos dos artilheiros adversários. Esta é a única coisa que nos resta depois de emacumbarem nosso W9 com o feitiço do curupira e de realizarem o vudu com o Sheik e o Fred, sendo que este último deve ter em seu boneco um espeto duplo de churrasco cravado na panturrilha, nem sei como ele ainda anda.

Apesar dos pesares, de termos uma campanha ridícula nas últimas sete rodadas, somos líderes do brasileiro, graças a incompetência e mediocridade alheia. O Buáfogo tá invicto a 11 jogos mas dos 33 pontos disputados conseguiu apenas 17 pontos. Isso é uma boa campanha???  O Timão vem também pelas tabelas, só agora dando novamente sinais de vida. O Cruzeiro perdeu pro Galo e pros bambis. E ainda vão querer me convencer de que o Flu não vai ser campeão?

De todos que estão lá em cima, somos sim os que tem mais chance. Pegamos ainda o Goiás e o Guarani, ambos já moribundos. Vasco neste domingo vai ser só pra cumprir tabela, é vitória certa uma vez que todos sabem que a colina desabou e a situação tá pior que o morro do Bumba. Parece que as contas do Eurico fedem mais que o lixo de lá. Além disso, somos os únicos que dependemos de nossas próprias pernas, enquanto os outros dependem de nós.

Nossa defesa voltou a ser sólida e nos últimos dois jogos não fomos alvejados, mantendo nossa invencibilidade contra os gaúchos. No último jogo então, tivemos o milagre de Berna, uma atuação que merecia uma placa e um ponto que pode nos garantir o título e nos deu a liderança isolada. Daqui pra frente, já contra o Goiás o Fred volta e ele sem um pé e um braço é melhor que o Rodriguinho. Até o final volta também o Sheik, que plantando bananeira é melhor que o W9. Enquanto os outros só contabilizam os desfalques, nos contamos as horas pro regresso, deixando o melhor pro final.

Se não perdemos a liderança depois de toda esta fase tenebrosa, não será agora que vamos entregar o ouro, ou melhor, a taça. Pior para os que não aproveitaram....





quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O formigueiro contra o tamanduá

Panfleto que será distribuído neste domingo, na primeira manifestação pública da ANT.
A formiga é nosso símbolo, os tamanduás de cartola que se cuidem!

O roteiro é: Central do Brasil 15:30 pra concentrar e já ir aquecendo; trem para o Engenhão; mobilização-festa-samba-arte-alegria-distribuição do folheto; assistir o Flu retomar a liderança.

Partiu?


Você acha que futebol é coisa de rico?

Você acha certo ninguém dar satisfação sobre os gastos no futebol?

E a fortuna cobrada pelos ingressos, você concorda?

Os jogos no meio de semana que terminam 00:00h, têm o seu apoio?

Você acha que lugar de pobre ver jogo é no boteco da esquina?

Você não está nem aí pra hora e dia dos jogos do seu time, definidos pela TV?

Está satisfeito com o esquema de transporte nos dias de jogo?

Você acha que os torcedores são todos “doentes” e que não sabem se organizar?

Se você respondeu não a todas as perguntas, está na hora de se juntar à nossa torcida

Leia nosso manifesto em www.torcedores.org e associe-se gratuitamente à

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS TORCEDORES

“Sem torcedor não há futebol e sem futebol não há alegria”

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O Conde de Luxemburgo


A ideia do título não é minha. É do rubro-negro-símbolo de Niterói, Samuel Daflon, o Samuca, com quem assisti ao jogo de ontem, dividindo o fone de ouvido, bebendo uma cerveja em estado contemplativo, se é que vocês me entendem.

Melhora muito a vida saber que, agora, independente de qualquer coisa, temos um treinador de verdade pra chamarmos de " nosso". Os últimos que passaram pela Gávea são aprendizes, "projetos de treinador."

Andrade não convenceu nenhum grande clube, mesmo com o título brasileiro, de que é um treinador de verdade, pronto. Até o Plínio de Arruda Sampaio foi levado mais a sério.

Rogério nunca tinha treinado um time profissional e, o grande erro do Galinho foi ter demorado pra trocar de treinador. É outro que deixou o time e foi pro ostracismo.

Silas, apesar de ter feito ótimo trabalho no Avaí e ter sido campeão pelo Grêmio, mostrou que não aguenta pressão e se queimou com o elenco. E ainda saiu com fama de mentiroso. Disse que não tinha dito mas ficou provado que ele tinha falado.


Se o Vandeco for malandro ele arma o time, dá um padrão tático, organiza o meio campo e deixa pra aliciar os meninos da base no ano que vem. Deixa pra ganhar comissão em negociação de jogador só no ano que vem. A prioridade tem que ser tirar o time da incômoda situação em que se apresenta. Eu não duvido nada que no ano que vem reapareçam na Gávea o Diego Tardelli, o Diego Souza e o Obina.

Vandeco é um grande treinador, renomado e bandido como toda a ratatuia que se apoderou da Gávea. Tem tudo pra se dar bem.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Imortais Futebol Clube


Fidalgos amigos, não quero nem falar da desgraça de ontem. Depois de séculos terminamos um jogo sem fazer gols e, pior, goleados como mandantes, já que não estávamos em casa. E como desgraça pouca é bobagem, tivemos a nova lesão do Fred que, inexplicavelmente, ficou em campo 45 minutos machucado. Nada justifica isso, muito menos o Muricy dizer que não tinha um atacante no banco. Bota qualquer um, o Curupira, o Saci, o diabo que te carregue mas o que não pode é ficar com um a menos por opção. Foi uma irresponsabilidade manter o Fred lesionado em campo, podendo agravar sua situação já precária e, pior ainda, colocando nossa liderança em risco. Sorte que o timinho contribuiu. E é sobre isso que eu quero falar, sobre as lesões.

Dando uma olhada preguiçosa e rápida nos principais times, impressiona o número de lesionados. Pra ser rápido: Maicosuel, Fábio Ferreira, Sheik, Fred, Dentinho, Wellington Paulista, Gilberto, Fernandão, Jorge Henrique, Felipe, Ricardinho, Rafael Sóbis, Tinga e etc, etc, etc. Se vocês eolharem bem, nesta pequena amostra três estavam lesionados, ficaram um longo tempo afastados e, quando retornaram, se machucaram novamente: Wellington Paulista, Dentinho e Fred. Todos do mesmo jeito, logo no início do jogo. Será que o departamento médico dos times que ocupam as primeiras posições do brasileiro não prestam?

Entendo tanto de medicina esportiva quanto de física nuclear, mas creio que não precisa ser nenhum Einstein pra supor que o problema deve estar relacionado a dois fatores, que atuam juntos e contribuem para esta forma de lesão: o biotipo do jogador e o excessivo número de jogos de nosso calendário. As vezes, meus amigos, o cara quer ser uma coisa mas não pode, seu corpo não permite, infelizmente. Ele quer ser maratonista mas é asmático, quer ser surfista mas é albino ou é anão é quer ser ponteiro no volei. Não adianta. Ou você aceita isso e passa a rir das suas limitações, e compreende que a prática destes esportes, no seu caso, será meramente recreativa e que nunca poderá desempenhá-lo em alto rendimento, ou você pragueja contra os deuses, passa a odiar o mundo e colocar a culpa da sua trajetória nas outras pessoas (mamãe não me incentivava a me exercitar e fiquei sem ar, meus pais não pegavam sol, porisso nasci assim e isso que dá nascer de uma rapidinha...).

O que quero dizer é que, por mais que exista vontade, nosso corpo teima em apresentar suas limitações. O caso do Fred é exemplar. Não é de hoje que suas lesões se acumulam, pelo corpo todo. Já cansei de falar isso aqui no blog. Não é possível que ele não tenha trabalhado ao longo de toda a sua carreira com um médico decente, inclusive na Europa. Pra mim, a limitação do Fred é dele, e só dele. E não é uma acusação, pelo contrário, é a constatação dos limites do ser humano, justamente o que nos dá a medida do que deve ser entendido como humanidade. Seu corpo não suporta uma carga abusiva de exercícios e repetições infindáveis, aliás, não suporta porque não foi feito pra isso, não é de sua natureza. OUtra explicação é procurar saber o terreiro que o W9 frequenta. Essa macumba é boa!

E entramos então na questão do número de partidas. Eu, doente que sou por futebol, acho ótimo não ter jogo do brasileiro só segunda, terça e sexta. Mas olhando pelo lado dos jogadores, é uma maratona extenuante. O cara sai do jogo, toma banho, entra no avião, chega no outro estado, dorme, acorda, descansa um dia e, no outro, já é hora de entrar em campo novamente. Não é nenhuma surpresa esta quantidade enorme de lesionados, pelo contrário. Todo treinador fala da importância do elenco e de seu tamanho para ganhar o campeponato porque ele tem CERTEZA de que vários do seu time vão se machucar e ficar fora por algum período.

Ou seja, todos sabem de antemão que a carga de exercícios e jogos é sobrehumana, que o ritmo é cada vez mais frenético e que vários deles não vão aguentar. Em resumo, submetem os jogadores ao ritmo do retorno imediato do capital, da exposição da marca, da sede das federações e confederações por campeonatos caça-níqueis e da necessidade da TV em incrementar sua programação. Fossem os jogadores organizados, esse absurdo poderia ser colocado como reivindicação diante do caráter torturante de suas condições. O recado é claro: reponham as peças quebradas porque o show não pode parar.

Eu que não sou bobo nem nada, estou montando meu time que será imune a qualquer tipo de lesão, urucubaca, olho gordo ou coisa parecida. Tão bom, mas tão bom que não vai precisar de reserva, são todos titulares ad infinitum, são os Imortais Futebol Clube:

1- Highlander (capitão) - goleiro não pode perder a cabeça
2- Rambo (metendo chumbo pela direita)
3- Jason (meio mascarado, mas sabe cortar bem os lances)
4- Freddy Krueguer (pra aparecer nos sonhos dos atacantes)
5- Ryan (nosso cabeça de área, o Soldado Ryan faz a proteção da zaga e, nos tempos vagos, dos EUA)
6- Braddock (metendo chumbo pela direita)
7- Jason Bourne (nosso cérebro que de vez em quando sofre apagões)
8- Niemeyer (arquitetando nosso ataque)
9- John McClane (duro de matar!)
10- Mum Ha (não é o Pelé, mas é eterno)
11- Rocky Balboa (pra mandar beijinho pra câmera gritando: "Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaadrian, I love you"

Técnico: Marcos Alvito (tínhamos que ter um professor neste cargo. Este sobreviveu à História Antiga, escapando de um grupo de espartanos mal intencionados, foi um dos sobreviventes do Carandiru, saiu ileso das garras afiadas do matrimônio e, além disso, escapou sem nenhum dano das mentes obsessivas de todo um departamento. Com se tudo isso não bastasse, sobreviveu ao Val Baiano no ataque. O time está em ótimas mãos.

Saudações Tricolores!!!

O Poderoso Flamengo e a ressuscitação de monstros


Já vimos esse filme. O cara está na sarjeta, acabado, julgado e condenado por todos como um fracassado, um pária. Após atingir o ápice da carreira por mérito próprio, o cabra se torna vergonha nacional também por conta das suas próprias atitudes. Do céu ao inferno é o ditado popular que sintetiza esta situação.

Mas eis que surge uma força inenarrável, um gigante indestrutível. E então um movimento irrefreável faz-se sentir. Todos o percebem, muitos o temem, outros tantos o celebram. O FLAMENGO surge e resolve ressuscitar o monstro derrotado pela providência, inviabilizado pelo destino, soterrado pela fortuna.

Sabedor de sua onipotência, ciente de sua imortalidade, sapiente dos seus poderes, o Manto Sagrado resolve tingir de vermelho e preto aquele desterrado que outrora singrou os corações de toda gente.

Ao fazer isso, confere ao banido, ao degredado, uma nova morada que não uma cova sete palmos abaixo da terra, uma nova identidade que não a de um vagabundo, uma nova missão que não a da mera sobrevivência.

O apedrejado passa ter um escudo abençoado pela energia de milhões de almas vitoriosas, que não conhecem a dor ou a derrota. De amaldiçoado ele passa a consagrado, ungido pela dimensão divina do Mais Querido.

Não importa o que ele tenha realizado antes para obter o sucesso, nem os acontecimentos que o levaram descer ao rés do chão. O que conta é que a graça que o atingiu quando é escolhido pela Nação não tem paralelo na história humana.

A partir de agora, o que ele operar serão feitos, não mais fatos. Serão eventos, acontecimentos, nunca rotina ou cotidiano. Suas pernas em braços são animados por todos os espíritos, vivos ou mortos, que tiveram a honra de defender a bandeira e as cores do FLAMENGO, que foram santificados em servir a esta torcida inigualável.

É simplesmente nunca mais estar sozinho, não ser mais um indivíduo, mas sim milhões em um, galvanizando o vigor e a pujança de Zico que conquistou o Mundo, daquele que é o maior de todos os tempos em nosso templo máximo, o Maracanã. Ou então a virilidade de Dida, atacante que só cedeu lugar no panteão dos Deuses ao Pelé, proclamado rei de direito após a copa de 1970, mas de fato apenas quando vestiu o Manto Sagrado em 1979. Absorve também a certeza de Domingos da Guia, maior zagueiro da história do futebol brasileiro, impávido colosso da grande área nos tempos em que só havia a Gávea e nada mais. Conquista ainda a criatividade de Leônidas da Silva, inventor da bicicleta e com ela, do futebol moleque, da arte dentro de campo que encantou o planeta. Adquiri por fim a seiva que moldou o mito Zizinho, mestre mágico que é reverenciado pelo mesmo Edson Arantes já citado.

Por falta de espaço muitos deixarão de estar presentes nesse testemunho, mas a ausência do salmo não os excluí do Olímpo que abrange a cultura Flamengo, e que é decisiva para que o Monstro rediviva. Trata-se da Raça de Rondinele, da musicalidade de Junior Capacete, da velocidade de Vevé, da precisão de Pirilo, da presença de Nunes, da elegância de Carpegiani, da habilidade de Adílio, da intempestividade de Doval, da simplicidade de Andrade, da inteligência de Petkovic.

Enfim, quando o Flamengo quer, o tempo para, a terra gira ao contrário, a gravidade é revogada. O monstro mais recente que o FLAMENGO ressuscitou tem o apelido de Imperador. Atacante forte e habilidoso ao mesmo tempo, Adriano foi embora cedo da Gávea para conquistar a Itália. Decisivo em seu clube e na seleção, carrasco de argentinos, o Impera se perdeu em uma história que mistura bebida, depressão, juventude, dinheiro. Mas então o FLAMENGO decidiu que Adriano merecia outra chance na vida. O resultado foi o Hexa, Adriano de volta à Europa e à seleção. Se ele vai desperdiçar novamente suas vitórias, isso não é mais da conta dos rubro-negros.

Sendo assim, bem vindo de volta Vanderlei Luxemburgo. Prepare-se para ressuscitar!

Saudações Rubro-Negras

Jornal O Dia - Viva a Associação Nacional dos Torcedores!

Fernando Molica: Aha, Uhu - O maraca é deles

POR FERNANDO MOLICA
Rio - Domingo à tarde, um trem partirá desta nova Estação Carioca rumo ao Bar Dezoito, ali em frente ao Maracanã. Tudo para acompanhar a criação da Associação Nacional dos Torcedores, que se propõe a defender quem sofre, vibra e se esgoela nas arquibancadas. A ideia é do historiador Marcos Alvito, que anda preocupado com a elitização do futebol e com a transformação do Maracanã numa versão esportiva dos cinemas multiplex.

Para atender a exigências da Fifa, mandaram o Maraca emagrecer e fazer uma espécie de plástica. Nosso querido estádio foi parar num spa, hotéis em que se paga uma fortuna para passar fome e perder peso. O campo que Garrincha santificou encolherá: para a felicidade dos retranqueiros, perderá 5 metros no comprimento e 7 metros na largura. O estádio que já recebeu 200 mil pessoas vai virar uma arena para 76 mil privilegiados. É como se a Mulher Melancia se transformasse numa dessas impegáveis modelos anoréxicas. No lugar da feijoada, nos servirão um filé de frango com alface. Como o número de lugares diminuirá, os preços de ingressos tendem a aumentar ainda mais.

O Maracanã foi deixando de ser a nossa casa. O fim da Geral demonstrou, mais uma vez, o jeito brasileiro de mascarar nossas escandalosas diferenças sociais: jogou-se a pobreza para debaixo do tapete, no caso, para fora do estádio. O Geraldino perdeu lugar na nova ordem do futebol. As cadeiras azuis são a bola da vez, darão lugar a um novo setor, uma continuação das arquibancadas. A mudança não respeitará nossas referências, tudo ficará cinza, não haverá mais setores verde, amarelo ou branco.

A lógica da reforma é a mesma que transformou o futebol, nosso brinquedo favorito, num grande negócio. Estádio passa a ser lugar de rico, público vira figurante de TV e moldura de placa publicitária. O torcedor comum que dê um jeito para arrumar o dinheiro do ingresso, que sofra para conseguir transporte ao sair do estádio depois da meia-noite. Ou então, que se conforme em ver jogos pela televisão. Como diz o Alvito, futebol virou sobremesa de novela.

Rubro-negro, o historiador lamenta até o provável fim da cruel gozação dirigida aos torcedores do seu time. A expulsão dos pobres do Maraca tornará sem sentido o grito “Ela, ela, ela, silêncio na favela”. Afinada com os novos tempos, esta Estação sugere alternativas: “Ema, ema, ema, tristeza em Ipanema” ou “Bom, bom, bom, silêncio no Leblon”.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Autocrítica


Caros leitores do blog: Faz-se necessário uma autocrítica minha com relação à saída do Zico do Mais Querido do Brasil, na semana passada.

No texto em que comentei essa tragédia, deixei transparecer uma grande decepção com o galinho, por conta do que interpretei como desistência. E como muitos leram e ouviram ao longo da semana, este foi um sentimento generalizado na torcida do Flamengo.

Pois bem, finalmente nosso ídolo maior veio a publico de defender e se explicar. Deixou claro que não abandonou o barco, mas sim foi expulso dele. Também não fugiu em responsabilizar a Patrícia Amorim pelo ocorrido. Omissa, envolvida até o pescoço na política podre do flamengo, aquela que prometeu ser o Obama da Nação Rubro-Negra não passa mesmo de um Collor redivivo, prometendo acabar com os marajás, modernizar o clube ao mesmo tempo em que se locupleta com eles.

Assim sendo, foi mal Zico, você tem toda razão em fazer o que fez.

O melhor de tudo, contudo, foi que o grande Arthur sinalizou com a perspectiva de se candidatar a presidente nas próximas eleições. Espero não apenas que ele faça isso, mas que avise com mais de um ano de antecedência, para que dê tempo a muitos dos torcedores apartados dos destinos do Mengão se tornarem sócios e participar desse processo de refundação flamenga. É justamente o caso deste que vos escreve.

Ai sim poderemos ter noção da força do movimento COM ZICO PELO FLAMENGO.

Saudações Rubro-Negras

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Manifesto em defesa do torcedor

Torcedores, clubes de futebol e estádios são todos partes de um mesmo corpo. Os clubes não existem sem sua torcida, que lhe ofereceu a existência através da amizade nascida dos campos de pelada espalhados pelo mundo. O clube não existe sem o estádio, que é o palco de congregação de todos aqueles que compartilham os mesmos sentimentos, as mesmas cores e o mesmo canto. O estádio não existe sem os torcedores, sua única razão de ser, pois sua função é receber justamente aqueles que lhe fornecem o sopro da vida no grito de gol. Tudo que existe e se relaciona direta ou indiretamente ao futebol, sobrevive do pulsar do mesmo coração, aquele que acelera nas arquibancadas fazendo o concreto dançar e os outros times tremerem. Apesar disso, diante das medidas já existentes e as que foram anunciadas, parece que o futebol está fazendo a escolha pela insensibilidade do dinheiro.

A transformação do futebol em espetáculo, do torcedor em consumidor e do jogador em mercadoria aponta o caminho que está sendo traçado para o futuro do esporte. Diante da necessidade constante de gerar receitas, seja dos clubes, da mídia ou dos patrocinadores, os estádios perdem cada vez mais a sua capacidade e, em contrapartida, os preços para se assistir a uma partida sobem a cada ano. Temos em curso a política do “menos é mais”, que vê no estádio um shopping, onde o jogo de futebol é apenas um detalhe, uma alternativa oferecida pelo empreendimento de entretenimento. Um espetáculo para poucos, somente para os que podem desembolsar um bom dinheiro num país onde o salário mínimo é de R$510,00. Até mesmo os clubes criam lojas, produtos e espaços “Vips”, preocupados em fidelizar o consumidor de alto poder aquisitivo, deixando na reserva a grande maioria de sua torcida.

A televisão é a dona da bola e como tal decide os dias e horários dos jogos de acordo com a sua grade de programação. No meio de semana temos o jogo Corujão, que muitas das vezes começa na quarta e termina na quinta-feira, praticamente inviabilizando a ida ao estádio do torcedor. Não bastasse isso, ainda que um herói decida estar no estádio, é inexistente qualquer plano em relação ao transporte que viabilize sua chegada e sua saída em segurança. Diante do alto preço dos ingressos, da dificuldade de acesso e do horário escolhido, resta ao torcedor escutar o rádio ou aderir a um pacote da TV fechada, esvaziando os estádios e aumentando os lucros de quem comanda o calendário nacional.

Nós, como torcedores, devemos ter em mente que toda esta roda da fortuna se alimenta do nosso amor clubístico, que recebemos de nossos antepassados e que repassamos com carinho e devoção às gerações futuras. Não existe nada neste circuito que não dependa de nós. Os jornais e programas esportivos só existem e são lidos e vistos em razão da nossa existência. Os produtos licenciados, as camisas e acessórios dos clubes só são vendidos porque compramos. Até mesmo o valor do clube é estipulado mediante o potencial de sua torcida. E aí surge a principal questão: em que ponto nos fazemos ouvir, defendendo nossas demandas e reivindicações? Dentro de qual esfera sentamos ao lado dos outros atores do futebol para negociar os rumos do calendário ou a política de aumento dos preços dos estádios? Ou o horário da partida?

A criação de uma Associação Nacional dos Torcedores é fundamental para que possamos defender nossas reivindicações. Somos contra a elitização dos estádios de futebol, com o fim dos espaços populares que fazem parte da construção de identidade da própria cidade, extrapolando seus limites meramente esportivos. Estes espaços contam uma história, revelam costumes e formas de agir, além de ser um espaço crucial de manifestação lúdica acerca dos principais temas nacionais. Defendemos um acesso democrático e amplo, que garanta a todos os torcedores, sem distinção de renda, assistir a uma partida de futebol no estádio, mediante um preço razoável tendo como base o salário mínimo, um horário adequado que não ultrapasse às 17 horas aos sábados e domingos e 20h no meio de semana, com um esquema de transporte especial que viabilize sua chegada e saída sem maiores transtornos.

Defendemos também a obrigatoriedade da publicação anual em mídia impressa e eletrônica de grande circulação das dívidas e receitas relacionadas ao futebol. Lutamos contra a falta de transparência no futebol brasileiro, há décadas nas mãos de dirigentes incompetentes e corruptos. Exigimos a democratização das decisões acerca do futebol brasileiro com a participação dos torcedores, como por exemplo, no caso das sucessivas e milionárias reformas do Maracanã, feitas sem nenhuma consulta aos torcedores.

Somos maioria. Quando queremos, derrubamos treinadores, jogadores, presidentes e comissões técnicas. Quando unidos, convocamos jogadores para a seleção nacional e criamos os culpados e heróis das derrotas e vitórias que vão estampar os jornais do dia seguinte. Nós eternizamos os ídolos, escrevemos as placas, tornamos os jogos inesquecíveis e as festas insuperáveis. Nós somos tudo, o gol, a derrota, o drible, a cusparada, o coice, o lençol e o drible-da-vaca. Entoamos das arquibancadas as ordens que ditam o rumo da história que transcorre nos gramados, tapetes ou esburacados, secos ou enlameados. Decidimos o que vai ser vendido e o que vai encalhar, a manchete, a chamada do jornal e o replay da TV.

É urgente a organização de uma entidade que possa ser nosso grito nas negociações de tudo que envolve o futebol e nós, torcedores, que somos a sua finalidade. Estamos sendo atacados pela voracidade do capitalismo que, impiedoso, quer ser o dono da bola, do campo e dos pensamentos, indiferente aos sentimentos e afastado de nosso amor, necessitando apenas do dinheiro para lubrificar sua engrenagem e se movimentar. Seguiremos juntos até o título final, numa grande torcida organizada, devolvendo ao futebol o coração dispensado em detrimento do lucro, tornando-o, novamente, uma expressão popular da identidade nacional. Não somos a parte. Somos o todo.

Obs: vamos ocupar as redes sociais. Estou no twitter: @futebolpratodos. Tem também o @ANTorcedores. O Blog com a data da primeira reunião e nossas reivindicações é esse: http://respeitemofutebol.wordpress.com/

Conto com a adesão de todos.

Saudações tricolores

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Sem título


Demorei a postar aqui no blog sobre a demissão do Zico por falta de título. Queria algo dramático, que ilustrasse com precisão um sentimento de derrota que certamente não é só meu, mas atinge quase que a totalidade dos rubro-negros, com exceção do Capitão Léo. Não encontrei, vai assim mesmo.

Essa derrota não vem apenas no fato em si. Eu confesso que estou muito decepcionado com o Zico. Na boa, acho que ele foi covarde, pulou fora da pior maneira possível.

O Dinamite ficou anos enfrentando o Eurico até vencer. E estamos falando de um adversário de peso, que já tinha dado pelo menos um carioca e um brasileiro pro Vasco só com sua força política.

Já o Zico deixou a ousadia e agressividade com as quais destruía as defesas rivais em um passado de glórias, e sucumbiu diante de um dirigente obscuro, ex-presidente de uma torcida organizada decadente.

Claro que o Capitão Léo não foi o único responsável por tudo isso. Mas só o fato dele ter sido a gota d’água para a demissão do Galinho demonstra como esta foi precipitada. O cara fez um monte de acusações infundadas (ver blog do PVC) e o nosso eterno camisa 10 simplesmente desistiu do projeto, sem sequer um pronunciamento mais detalhado em sua própria defesa, sem enfrentar este boquirroto. Anunciou a saída de madrugada, pelo site e por mensagem de celular.

Quando o Zico assumiu o cargo no FLA, é evidente que ele mexeria com interesses. Todos sabem que o Mais Querido é uma bomba política, com diversas correntes, sem pactuação possível em curto prazo. Ora, se era para aceitar o cargo sem disposição de brigar politicamente, que nosso ídolo maior ficasse confinado aos DVDs, às lembranças, às matérias do Baú do Esporte narradas pelo Léo Batista.

O Artur errou, e feio dessa vez. Um gol contra de onde menos se esperava, no momento mais inapropriado possível. Não creio que o Mengão seja rebaixado, mas sem dúvida que hoje estamos na série B moral do futebol brasileiro. Um golpe difícil de superar.

Não vou usar esse espaço para só para detonar o galinho. O sentido é justamente o oposto, manifestar total apoio ao que ele vinha construindo, e por isso lamento tanto que ele tenha tomada essa decisão desastrada.

A conta disso tudo mesmo eu boto na senhora Patrícia Amorim. Uma lástima tê-la como presidente do Flamengo, de fazer sentir saudade do Kleber Milk e Marcio “Clodovil” Braga. Em seis meses de gestão ela conseguiu destruir todo o clima positivo do Hexa, demitiu o Andrade, contribuiu para o atual ostracismo do PET, efetivou um covarde para ser nosso treinador, inviabilizou contratações decentes a tempo de defendermos com honra o nosso título. Mas tudo bem, tinha o Zico ao seu lado?

E agora dona Patrícia Amorim? Reze para não entrar para a história como a presidente que rebaixou o Flamengo. E aguardemos as cenas dos próximos capítulos e os lances das próximas rodadas.

Saudações Rubro-Negras