Uma análise passional do esporte bretão. Não entendeu o nome do Blog? Clica nesse endereço: http://saladopano.blogspot.com/2009/01/enfim-o-ano-vai-comear.html
Tabela do Brasileiro
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
O formigueiro contra o tamanduá
A formiga é nosso símbolo, os tamanduás de cartola que se cuidem!
O roteiro é: Central do Brasil 15:30 pra concentrar e já ir aquecendo; trem para o Engenhão; mobilização-festa-samba-arte-alegria-distribuição do folheto; assistir o Flu retomar a liderança.
Partiu?
Você acha que futebol é coisa de rico?
Você acha certo ninguém dar satisfação sobre os gastos no futebol?
E a fortuna cobrada pelos ingressos, você concorda?
Os jogos no meio de semana que terminam 00:00h, têm o seu apoio?
Você acha que lugar de pobre ver jogo é no boteco da esquina?
Você não está nem aí pra hora e dia dos jogos do seu time, definidos pela TV?
Está satisfeito com o esquema de transporte nos dias de jogo?
Você acha que os torcedores são todos “doentes” e que não sabem se organizar?
Se você respondeu não a todas as perguntas, está na hora de se juntar à nossa torcida
Leia nosso manifesto em www.torcedores.org e associe-se gratuitamente à
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS TORCEDORES
“Sem torcedor não há futebol e sem futebol não há alegria”
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
O Conde de Luxemburgo
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Imortais Futebol Clube
O Poderoso Flamengo e a ressuscitação de monstros
Já vimos esse filme. O cara está na sarjeta, acabado, julgado e condenado por todos como um fracassado, um pária. Após atingir o ápice da carreira por mérito próprio, o cabra se torna vergonha nacional também por conta das suas próprias atitudes. Do céu ao inferno é o ditado popular que sintetiza esta situação.
Mas eis que surge uma força inenarrável, um gigante indestrutível. E então um movimento irrefreável faz-se sentir. Todos o percebem, muitos o temem, outros tantos o celebram. O FLAMENGO surge e resolve ressuscitar o monstro derrotado pela providência, inviabilizado pelo destino, soterrado pela fortuna.
Sabedor de sua onipotência, ciente de sua imortalidade, sapiente dos seus poderes, o Manto Sagrado resolve tingir de vermelho e preto aquele desterrado que outrora singrou os corações de toda gente.
Ao fazer isso, confere ao banido, ao degredado, uma nova morada que não uma cova sete palmos abaixo da terra, uma nova identidade que não a de um vagabundo, uma nova missão que não a da mera sobrevivência.
O apedrejado passa ter um escudo abençoado pela energia de milhões de almas vitoriosas, que não conhecem a dor ou a derrota. De amaldiçoado ele passa a consagrado, ungido pela dimensão divina do Mais Querido.
Não importa o que ele tenha realizado antes para obter o sucesso, nem os acontecimentos que o levaram descer ao rés do chão. O que conta é que a graça que o atingiu quando é escolhido pela Nação não tem paralelo na história humana.
A partir de agora, o que ele operar serão feitos, não mais fatos. Serão eventos, acontecimentos, nunca rotina ou cotidiano. Suas pernas em braços são animados por todos os espíritos, vivos ou mortos, que tiveram a honra de defender a bandeira e as cores do FLAMENGO, que foram santificados em servir a esta torcida inigualável.
É simplesmente nunca mais estar sozinho, não ser mais um indivíduo, mas sim milhões em um, galvanizando o vigor e a pujança de Zico que conquistou o Mundo, daquele que é o maior de todos os tempos em nosso templo máximo, o Maracanã. Ou então a virilidade de Dida, atacante que só cedeu lugar no panteão dos Deuses ao Pelé, proclamado rei de direito após a copa de 1970, mas de fato apenas quando vestiu o Manto Sagrado em 1979. Absorve também a certeza de Domingos da Guia, maior zagueiro da história do futebol brasileiro, impávido colosso da grande área nos tempos em que só havia a Gávea e nada mais. Conquista ainda a criatividade de Leônidas da Silva, inventor da bicicleta e com ela, do futebol moleque, da arte dentro de campo que encantou o planeta. Adquiri por fim a seiva que moldou o mito Zizinho, mestre mágico que é reverenciado pelo mesmo Edson Arantes já citado.
Por falta de espaço muitos deixarão de estar presentes nesse testemunho, mas a ausência do salmo não os excluí do Olímpo que abrange a cultura Flamengo, e que é decisiva para que o Monstro rediviva. Trata-se da Raça de Rondinele, da musicalidade de Junior Capacete, da velocidade de Vevé, da precisão de Pirilo, da presença de Nunes, da elegância de Carpegiani, da habilidade de Adílio, da intempestividade de Doval, da simplicidade de Andrade, da inteligência de Petkovic.
Enfim, quando o Flamengo quer, o tempo para, a terra gira ao contrário, a gravidade é revogada. O monstro mais recente que o FLAMENGO ressuscitou tem o apelido de Imperador. Atacante forte e habilidoso ao mesmo tempo, Adriano foi embora cedo da Gávea para conquistar a Itália. Decisivo em seu clube e na seleção, carrasco de argentinos, o Impera se perdeu em uma história que mistura bebida, depressão, juventude, dinheiro. Mas então o FLAMENGO decidiu que Adriano merecia outra chance na vida. O resultado foi o Hexa, Adriano de volta à Europa e à seleção. Se ele vai desperdiçar novamente suas vitórias, isso não é mais da conta dos rubro-negros.
Sendo assim, bem vindo de volta Vanderlei Luxemburgo. Prepare-se para ressuscitar!
Saudações Rubro-Negras
Jornal O Dia - Viva a Associação Nacional dos Torcedores!
Fernando Molica: Aha, Uhu - O maraca é deles
Para atender a exigências da Fifa, mandaram o Maraca emagrecer e fazer uma espécie de plástica. Nosso querido estádio foi parar num spa, hotéis em que se paga uma fortuna para passar fome e perder peso. O campo que Garrincha santificou encolherá: para a felicidade dos retranqueiros, perderá 5 metros no comprimento e 7 metros na largura. O estádio que já recebeu 200 mil pessoas vai virar uma arena para 76 mil privilegiados. É como se a Mulher Melancia se transformasse numa dessas impegáveis modelos anoréxicas. No lugar da feijoada, nos servirão um filé de frango com alface. Como o número de lugares diminuirá, os preços de ingressos tendem a aumentar ainda mais.
O Maracanã foi deixando de ser a nossa casa. O fim da Geral demonstrou, mais uma vez, o jeito brasileiro de mascarar nossas escandalosas diferenças sociais: jogou-se a pobreza para debaixo do tapete, no caso, para fora do estádio. O Geraldino perdeu lugar na nova ordem do futebol. As cadeiras azuis são a bola da vez, darão lugar a um novo setor, uma continuação das arquibancadas. A mudança não respeitará nossas referências, tudo ficará cinza, não haverá mais setores verde, amarelo ou branco.
A lógica da reforma é a mesma que transformou o futebol, nosso brinquedo favorito, num grande negócio. Estádio passa a ser lugar de rico, público vira figurante de TV e moldura de placa publicitária. O torcedor comum que dê um jeito para arrumar o dinheiro do ingresso, que sofra para conseguir transporte ao sair do estádio depois da meia-noite. Ou então, que se conforme em ver jogos pela televisão. Como diz o Alvito, futebol virou sobremesa de novela.
Rubro-negro, o historiador lamenta até o provável fim da cruel gozação dirigida aos torcedores do seu time. A expulsão dos pobres do Maraca tornará sem sentido o grito “Ela, ela, ela, silêncio na favela”. Afinada com os novos tempos, esta Estação sugere alternativas: “Ema, ema, ema, tristeza em Ipanema” ou “Bom, bom, bom, silêncio no Leblon”.
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Autocrítica
Caros leitores do blog: Faz-se necessário uma autocrítica minha com relação à saída do Zico do Mais Querido do Brasil, na semana passada.
No texto em que comentei essa tragédia, deixei transparecer uma grande decepção com o galinho, por conta do que interpretei como desistência. E como muitos leram e ouviram ao longo da semana, este foi um sentimento generalizado na torcida do Flamengo.
Pois bem, finalmente nosso ídolo maior veio a publico de defender e se explicar. Deixou claro que não abandonou o barco, mas sim foi expulso dele. Também não fugiu em responsabilizar a Patrícia Amorim pelo ocorrido. Omissa, envolvida até o pescoço na política podre do flamengo, aquela que prometeu ser o Obama da Nação Rubro-Negra não passa mesmo de um Collor redivivo, prometendo acabar com os marajás, modernizar o clube ao mesmo tempo em que se locupleta com eles.
Assim sendo, foi mal Zico, você tem toda razão em fazer o que fez.
O melhor de tudo, contudo, foi que o grande Arthur sinalizou com a perspectiva de se candidatar a presidente nas próximas eleições. Espero não apenas que ele faça isso, mas que avise com mais de um ano de antecedência, para que dê tempo a muitos dos torcedores apartados dos destinos do Mengão se tornarem sócios e participar desse processo de refundação flamenga. É justamente o caso deste que vos escreve.
Ai sim poderemos ter noção da força do movimento COM ZICO PELO FLAMENGO.
Saudações Rubro-Negras
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Manifesto em defesa do torcedor
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Sem título
Demorei a postar aqui no blog sobre a demissão do Zico por falta de título. Queria algo dramático, que ilustrasse com precisão um sentimento de derrota que certamente não é só meu, mas atinge quase que a totalidade dos rubro-negros, com exceção do Capitão Léo. Não encontrei, vai assim mesmo.
Saudações Rubro-Negras