Demorei a postar aqui no blog sobre a demissão do Zico por falta de título. Queria algo dramático, que ilustrasse com precisão um sentimento de derrota que certamente não é só meu, mas atinge quase que a totalidade dos rubro-negros, com exceção do Capitão Léo. Não encontrei, vai assim mesmo.
Essa derrota não vem apenas no fato em si. Eu confesso que estou muito decepcionado com o Zico. Na boa, acho que ele foi covarde, pulou fora da pior maneira possível.
O Dinamite ficou anos enfrentando o Eurico até vencer. E estamos falando de um adversário de peso, que já tinha dado pelo menos um carioca e um brasileiro pro Vasco só com sua força política.
Já o Zico deixou a ousadia e agressividade com as quais destruía as defesas rivais em um passado de glórias, e sucumbiu diante de um dirigente obscuro, ex-presidente de uma torcida organizada decadente.
Claro que o Capitão Léo não foi o único responsável por tudo isso. Mas só o fato dele ter sido a gota d’água para a demissão do Galinho demonstra como esta foi precipitada. O cara fez um monte de acusações infundadas (ver blog do PVC) e o nosso eterno camisa 10 simplesmente desistiu do projeto, sem sequer um pronunciamento mais detalhado em sua própria defesa, sem enfrentar este boquirroto. Anunciou a saída de madrugada, pelo site e por mensagem de celular.
Quando o Zico assumiu o cargo no FLA, é evidente que ele mexeria com interesses. Todos sabem que o Mais Querido é uma bomba política, com diversas correntes, sem pactuação possível em curto prazo. Ora, se era para aceitar o cargo sem disposição de brigar politicamente, que nosso ídolo maior ficasse confinado aos DVDs, às lembranças, às matérias do Baú do Esporte narradas pelo Léo Batista.
O Artur errou, e feio dessa vez. Um gol contra de onde menos se esperava, no momento mais inapropriado possível. Não creio que o Mengão seja rebaixado, mas sem dúvida que hoje estamos na série B moral do futebol brasileiro. Um golpe difícil de superar.
Não vou usar esse espaço para só para detonar o galinho. O sentido é justamente o oposto, manifestar total apoio ao que ele vinha construindo, e por isso lamento tanto que ele tenha tomada essa decisão desastrada.
A conta disso tudo mesmo eu boto na senhora Patrícia Amorim. Uma lástima tê-la como presidente do Flamengo, de fazer sentir saudade do Kleber Milk e Marcio “Clodovil” Braga. Em seis meses de gestão ela conseguiu destruir todo o clima positivo do Hexa, demitiu o Andrade, contribuiu para o atual ostracismo do PET, efetivou um covarde para ser nosso treinador, inviabilizou contratações decentes a tempo de defendermos com honra o nosso título. Mas tudo bem, tinha o Zico ao seu lado?
E agora dona Patrícia Amorim? Reze para não entrar para a história como a presidente que rebaixou o Flamengo. E aguardemos as cenas dos próximos capítulos e os lances das próximas rodadas.
Saudações Rubro-Negras
Caro Josué, saudações rubro-negras em primeiro lugar. Concordo com você em quase tudo. A única coisa que eu gostaria de acrescentar é que o erro fundamental do Zico foi associar o CFZ ao Flamengo de alguma forma, mesmo que tenha sido a permitida por lei. Este fato abriu a porta para as acusações (mesmo que infundadas) contra ele e seu filho. Como diziam os romanos: "À mulher de César não basta ser honesta, tem que parecer honesta".
ResponderExcluirum grande abraço,
Alvito