Prezados Washington, Júnior César e Arouca, como é a vida, hein?
Desprezaram a torcida que enchia o peito e o maracanã para louvá-los por um sonho impossível, uma artimanha do capeta para ensiná-los que a alma, quando vendida por alguns tostões furados, não representa mais a essência humana que, no fundo, é a que exala o odor que inebria a bola e seus sentidos, fazendo-a buscar aconchego no seu peito do pé, para depois dormir um sono tranquilo no fundo das redes.
Você, Coração Valente, foi respeitado e adorado, tratado como poucos por nossa torcida, que por vezes ignorava sorrindo suas famosas e recorrentes caneladas esdrúxulas na bola só para poder cantar sua música personalizada. Te demos vida nova, fomos mais um stent no seu coração combalido, e você nos deixou pela ilusão da eficiência e estrutura São paulina. Imagino agora seu arrependimento. Uns míseros gols no paulista e outros rarefeitos no brasileiro, onde o time faz sua pior campanha dos últimos tempos. Na libertadores, o canto da sereia pelo qual você e seus amigos se deixaram levar os fez naufragar. Na última partida, você foi VETADO pelo treinador, não por lesão muscular ou cansaço, mas por deficiência técnica mesmo. Que situação para se passar depois dos 30, não? Saber que morava em uma casa onde era adorado e pensar que se mudou para um palácio onde ninguém sente sua falta, um peso morto e veterano que em breve será descartado como mais uma aposta perdida, um investimento mal feito em uma mercadoria que não vale nada. Pois é, meu amigo, agora é seguir treinando na reserva, sabendo que seu tempo de futebol é curto e que a situação do seu time só tende a piorar com a saída do Murici. E pensar que você aceitou ganhar menos pra participar disto, hein? Como diz o ditado popular, você paga pra vacilar.
Júnior César e Arouca, e vocês, hein? Que papelão. As vezes eu tenho quase certeza que vocês achavam que era só vestir a camisa do São Paulo pra aprender a jogar bola. Você, anão canhoto, sempre fez o beabá e NUNCA vai para o exterior. Não sabe jogar na defesa e não tem o porte físico necessário. Além disso, acaba de mandar pelo ralo sua maior chance de arrumar uma viagem para o exterior, que era aparecer bem no Morumbi. Depois desta sua campanha pífia, creio que você deve voltar ao mundo real e perceber que, igual a você, no Brasil, existem jogadores aos montes. Indico a criação de uma fundação de amparo aos laterais anões e raquíticos que não conseguiram ir para Europa de jeito nenhum, que já contará com a adesão do Léo Moura e do Juan.
Você, Arouca, é o caso mais grave, pois renegou quem te forneceu a sua alimentação e te fez crescer. Mas tudo bem, a vida cuidou de você. No banco do São Paulo, assim como seus outros amigos, você vai poder relembrar do tempo em que cantávamos uma música especial em sua homenagem. Lembra bem, pois NUNCA mais outra torcida fará isso por você. Como jogador da zona de conforto, que não ataca e nem ajuda na marcação, em breve estará reforçando o Barueri, o São Caetano ou conseguindo um belo contrato no Vietnã. Dos três, você era quem tinha nossa fidalguia no sangue, renegada pela ambição do dinheiro fácil. Uma pena.
Só queria que vocês soubessem que estou muito feliz. Aqui se faz, aqui se paga.
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