quinta-feira, 20 de maio de 2010

Deixou chegar...


Nada na vida do FLAMENGO é fácil. Nosso título na liberta é a maior prova disso. Um jogo extra contra a galinha mineira para decidir que cairia logo na primeira fase, um jogo extra contra a bandidagem do Cobreloa para ver quem levantava a taça.

O HEXA foi a mesma coisa. Depois do 3 a zero pro Avaí, qualquer outra equipe desmoronaria. O MENGÃO não, renasceu, arrancou para o título.

Não dá para saber o que motiva esse elenco que hoje veste o Manto Sagrado. Os caras estão no maior gigante do futebol brasileiro. Foram campeões carioca e brasileiro. O que falta para colocá-los definitivamente na galeria de heróis rubro-negros é conquistar a América. E mesmo assim eles dormiram no ponto, seja por soberba, seja por arrogância ou displicência.

Talvez isso ocorra pela contradição que atinge o futebol como um todo atualmente, entre dinheiro e tradição. O mercado engloba tudo, se apresenta maior que os clubes, que as paixões, faz o jogador ser mercadoria. Ainda assim, as paixões são maiores que o mercado, pois sem eles ninguém compra nada. Um jogador não tem mais amor à camisa, fica pulando de clube em clube. Mas o que faz dele um ídolo, o que valoriza o passe dele no mercado é a paixão do clube, e a tradição do time em que é campeão, é a força da camisa que veste.

Esse processo, no Flamengo, ganha dimensões colossais. Do tamanho do Adriano. E na moral, se ser chamado de império do colesterol não motivar esses caras, nada mais motiva.

O FLAMENGO vai se classificar hoje. Isso é fato. O próximo passo é segurar o império do amor, e ai sim brigar pelo bi da libertadores.

Sobre os jogos de ontem, absurda a expulsão do Kleber. O apitador decidiu a vaga, não a bola. O Cruzeiro tinha total condições de reverter o placar. “Ah, mas o Kleber ganhou o vermelho pela fama dele, por tudo que ele já fez” justifica a imprensa paulista. Eu não sabia que isso estava na regra, expulso pelo passado.

O outro time paulista, atual sensação, também foi beneficiada. O Viafra, goleiro do Vitória, ganhou um amarelo por conta de uma regrar que só vai valer a partir de primeiro de junho, e está suspenso da primeira final. Amarelo pelo futuro, isso eu também não sabia que existia. E o genérico baiano vai pegar os meninos da vila na vila sem seu bom goleiro colombiano.

O Santos não tem nada com isso. Vamos comparar os camisas 10 que entraram em campo ontem. Douglas, do grêmio, comandou seu time no primeiro tempo, quando seu time mandou no jogo. Ganso não jogou nada, errava tudo.

Mas começa o segundo tempo, o Ganso decide o jogo com um golaço. Ele decidiu porque o gol dele fez o tricolor gaucho se abrir, se desesperar, e permitir os golaços de Robinho e Uéslei. Sem o gol do Ganso, eles não teriam acontecido. E o Douglas se escondeu na marcação, não acertou mais nada. Enquanto um decidiu, o outro amarelou.

O mais impressionante é que o Ganso inventou aquele gol. O clima do jogo estava frio ainda, o primeiro tempo de domínio gremista anestesiou a torcida santista e os meninos da vila. O Gol não saiu quando tava rolando uma pressão, quando todo mundo sabe que é só questão de tempo pro tento sair. Não, Ganso inventou o gol, decidiu a partida.

Hoje é a vez de impera decidir. Ou do PET em uma falta. Ou do Bruno, nas penalidades, depois de um 3 a 2 dramático pro Mengão. Ou nenhum dos três. Porque quem vai decidir hoje é a camisa do FLAMENGO, a autentica, a rubro-negra, aquela que mete medo nos adversários.

O FLAMENGO não é time da virada, como os viceínos, porque nunca estamos perdendo. Tem coisas que só acontecem com o FLAMENGO, mas diferente da turma do chororo, essas coisas são boas, são glórias inigualáveis e inalcançáveis, e não superstições negativas idiotas que justificam as moscas no Vazião. Nem precisamos gritar “eu acredito” como os torcedores daquela camisa estranha cheia de cor, porque no caso do FLAMENGO isso é óbvio, acreditamos sempre, porque o rubro-negro nunca falha.

Saudações Rubro-Negras!

Nenhum comentário:

Postar um comentário