Em uma demonstração clara de insubordinação, meu afro-animal de estimação, aprovado como padrinho de meus rebentos através do sistema de cotas, vem a público me desautorizar, com argumentos duvidosos e, no mínimo, questionáveis. Vamos aos fatos.
Que o Muricy aceitou, todo mundo sabe. A grande questão é: se a CBF estava a tanto tempo decidida e disposta a convidá-lo, porque não fez uma consulta prévia ao clube que paga seu salário que, cá entre nós, é uma pequena fortuna? Porque já não falaram com ele, sinalizaram ao menos, logo depois da Copa? Seria muito melhor já que ele não negociaria com outros clubes. Ou vocês acham que, num belo dia de manhã ensolarada, Ricardo Teixeira acordou e disse: "resolvi, é o Muricy. Rodrigo Paiva, chama ele pra comer torradas com mel aqui no golf club conosco". Se soubéssemos que ele iria pra seleção, não iríamos contratá-lo. Afinal, seriam mais de um milhão de reais gastos em três meses que não serviriam pra nada.
E nessa briga entre nosso presidente Jaba e o Déspota da CBF, fica difícil escolher lado. E eu não escolho nenhum. Não acho nem um pouco que o Muricy tenha ficado com raiva do Horcades, sinceramente. Ele assumiu um compromisso e resolveu honrá-lo, ainda que pra isso dispensasse a seleção. Se ele sofre por causa disso, tudo bem, é normal. Mas lá no dia do julgamento final, onde tem a bifurcação que separa os tricolores dos flamenguistas, ele vai poder seguir o caminho da luz.
A grande questão é, na verdade, uma só: fazer o que é certo, hoje, não tá com nada. Ou pior: o cara acha uma carteira e, quando devolve com o dinheiro dentro, é tratado como herói. Fazer o que é direito tá tão difícil que a pessoa recebe até recompensa! Colocar o interesse pessoal na frente do coletivo é o que impera. O Muricy, na verdade, se encontra na mesma situação daquele fudido com os filhos passando fome que encontra uma mala com um milhão de reais e procura o dono pra devolver tudinho. A tentação é grande, mas a paz de espírito em fazer o que é correto é maior. Ambos vão pensar no queria teria sido se tivessem tomado outro caminho, se tivesse ficado com a mala ou assumido a seleção. Vão pensar nas glórias que poderiam ter alcançado, nos luxos que poderiam ter usufruído e, quando derem por si, vão acordar com seus filhos pulando na cama, felizes por terem esse exemplo em casa. No final, é o que importa.
Acho que o primeiro dia dos pais como pai me deixou sentimental rsrsrsrs
Por fim, um mistério: Jamaica atarefado??? Estranho, muuuuuuito estranho...aí tem...pra mim ele está escondendo a Elisa Salmúdio...
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