quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

O campeonato começou?

Ilustríssimos tricolores, tudo indica que neste início (?) de temporada teremos que fazer Jó invejar nossa fidalga paciência. Minha suspeita é que nosso Dr. Chapatin colocou em prática seus métodos e procedimentos jamaicanos, deixando os jogadores abobalhados e confusos no trato com a pelota. Para motivar o escrete, nosso querido coach deve colocar na vitrola seu disco do Bob Marley, tocando algo bem propício: War. Logo após explica, para delírio dos jogadores, a maldade do mundo e o quanto é feio tentar roubar alguma coisa do próximo, principalmente a bola (aqui Diguinho e Jaílton com certeza deram as mãos, compartilhando a vergonha de seus furtos passados). Maltratar e golear os mais fracos e indefesos é ter o passaporte negado para o encontro com Jah. Não é justo fazer sofrer um goleiro honesto e pai de família simplesmente pelo gozo efêmero e egoísta do grito de gol (foi provavelmente neste momento que os olhos de Roger e Leandro Amaral brilharam, refletindo sobre o vazio de suas vidas até agora). Chaleiras, lençóis, bicicletas e canetas são símbolos de desprezo pelo adversário e sua utilização deve ser evitada nos gramados. Este sentimento não deve ser cultivado no peito, pois ocupa o espaço que deveria ser tomado pelo amor universal (Conca deixa escorrer uma lágrima e balbucia algo no ouvido de leandro Domingues que, mesmo sem entender nada, acha que deve chorar também). Ir ao fundo é ser subserviente ao capitalismo e, consequentemente, ser cúmplice da exploração que faz sofrer tantas crianças na África. Acertar a cabeça dos amigos e companheiros de trabalho é injustificável (leandro e Welington Monteiro começam a ler um Salmo juntos). Nossa sorte foi que FH estava com seu mp3 em alto volume e não escutou nada.
Após tecer seus ilibados comentários e sentir que o espírito rastafari chegou ao ponto ideal, Dr. Chapatin tira do seu bolso uma frase de seu guia mentor espiritual indiano, com o sugestivo nome de Matabagana Navaranda: "A vitória é pra jah". Enquanto este "h" não sair fora e alguém trouxer de volta o acento agudo roubado (provavelmente por vascaínos na reforma da língua portuguesa) estaremos, literalmente, surfando na marola.


Fim da dúvida
Eduardo Paes, nosso Eliot Ness intocável, acabou com uma das maiores dúvidas que, de certo modo, nos consolava em alguns momentos no Maracanã. Torcida lotada, jogo fervendo, 45graus e vem, lá de cima, rodopiando e espirrando, bem espumado, um copo de chopp de 5ooml com um líquido amarelo. Ele explode nas suas costas e você pensa na hora: "é cerveja, tá tranquilo". Uma defesa sugestionada do organismo para que você possa assistir ao resto do jogo sem se enojar ou se sentir como um Q-odor preso no vaso. Agora meus caros, pra nosso desespero, acabou a dúvida: é mijo na certa.


Só uma pergunta
Vai ter cerveja no sambódromo em dia de carnaval???

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