terça-feira, 3 de novembro de 2009

Agonia até o fim

Fidalgos tricolores, ainda estamos vivos. Depois de um bom tempo respirando por aparelhos e com a diretoria lutando pelo direito de puxar a tomada, ressuscitamos contra todos os prognósticos. É claro que não saímos direto do leito de morte para um triathlon, mas já andamos com muletas e, principalmente, carregando a dignidade perdida em tempos recentes. As duas últimas vitórias contra os mineiros que lutam pelo G4 e pelo título devolveu aos torcedores a esperança de um mundo melhor, de que tudo é possível depois destes resultados. O time mostrou vontade, organização e, mais do que tudo, equilíbrio emocional para buscar resultados extremamente adversos, sabendo que uma derrota poderia selar o destino do time na série B.


Contra o Goiás, buscamos o empate depois de estar perdendo por 2x0. Contra o Galo, mantemos o jogo sob domínio os 90 minutos e levamos um gol na única falha do Rafael até agora. Fora isso, não corremos nenhum risco. Contra o Cruzeiro foi inacreditável. Um primeiro tempo lamentável em que poderíamos ter perdido por 3 ou mais. Mas o segundo tempo foi irretocável. Vontade, determinação e eficiência, tudo que faltou no campeonato inteiro resumimos em 30 minutos, impondo um futebol de toques rápidos, boa movimentação e pontaria. Nem perguntei pra algum tricolor se ele acreditava que iríamos virar aquele jogo, todo mundo sabe a resposta.




O problema é que, apesar da invencibilidade de 7 jogos, nem tudo são flores. O Botafogo vem ganhando, assim como o Santo André e Náutico. Parece que resolveram complicar nossa vida logo agora que decidimos jogar bem e com sorte. Não se espantem se entrarem nessa zona de rebaixamento Coritiba (41) e Atlético Paranaense (40). Pegamos os dois ainda, o primeiro fora e o segundo em casa. cada vez mais me convenço de que o Tristão Garcia é um fanfarrão, que só serve pra dizer o que todo mundo já sabe: que os 4 últimos tem mais chances de cair....me poupe!!! Se ele fosse bom mesmo ganhava toda semana na loteria e seria o campeão do Cartola FC.




E, pra completar, o pior de tudo: estamos ajudando demais o Flamengo. Creio que ainda não perdemos essa natureza fidalga e paternal de ajudar nossos filhos. Uma coisa é certa: a dívida pela vaga na libertadores ou pelo campeonato vai ser impagável, muito maior do que a financeira atual. Em caso de sucesso, nunca mais nenhum flamenguista deveria pronunciar novamente o nome do Fluminense em vão ou blasfemar contra o tricolor. Isso seria o mínimo. Retribuição de filho que agradece ao esforço do pai.

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