sexta-feira, 2 de setembro de 2011

10 x 10

Fidalgos tricolores, como estou mor-ren-do de curiosidade pra ouvir as histórias de meu magoado afro-animal de estimação, vou escrever um texto hoje e outro amanhã pós jogo.

Convenhamos que escrever sobre este time está ficando cada vez mais difícil. Quando você acha que vai ser sacudido, dá sacode. Quando pega os lanternas após grandes vitórias, toma fumo. Até hoje não me conformo em saber que uma das duas vitórias do América MG no campeonato foi sobre nós e da forma que foi.

Somos um dos times que mais venceu. E que mais perdeu. Somos capazes de dar um nó nos mano bambi em pleno Morumbi e amanhã levar um baile do embalado Atlético Goianiense. Eu costumo dizer que com este time em campo ninguém nunca acertará na loteria, ele pode ter todos os adjetivos, menos o de previsível. E isso é até bom porque quando começa o jogo ficamos naquela ânsia de saber se seremos caça ou caçador.

O time ainda não engrenou, sequer conseguimos três vitórias seguidas. Quando o Abel encheu o time de cabeças de área, fomos mais ofensivos. Me parece que ele está doido pra voltar com o esquema de três zagueiros que ele tanto gosta, deixando o Mariano e o Carlinhos largados ainda nas laterais, afinal, somos o time que mais cruza bolas na área e temos dois ótimos cabeceadores.

Assim podemos resolver a avenida que se forma na ala esquerda da defesa, onde surgiram os dois gols do Botafogo, sendo o primeiro num belo passe com a mão, a partir de um lateral, com o Elkesson girando em cima da anta do Márcio Rosário, e o segundo com o Loco Abreu voando a 3km por hora da sua área até nosso gol sem que ninguém tivesse a dignidade de ao menos chegar perto. O Mariano é doente e ainda tem pulmão. Já o Carlinhos deixa muito a desejar na parte defensiva, o que todo mundo já percebeu.

Amanhã tem tudo pra ser mais uma boa vitória. Pegamos um time que vem de 5 vitórias seguidas, ou seja, tá na hora de perder. Além do mais, precisamos manter nossa média de igualar sempre as vitórias com as derrotas, assim chegaremos ao 10 por 10.

Pelo sumiço do Rominho em fase tão boa para o Vasco, imagino que ele deve estar acampado na porta do Pasteur com uma vela preta e branca comendo um bolinho de chuva. Por mais delicado que possa ser, o Vasco precisa de outro técnico. E garanto que se perguntarem ao Ricardo Gomes se ele acha isso correto ele piscará o olho duas vezes, dizendo sim. Com seu perfil e caráter, sabe muito bem das limitações que o AVC lhe impôs e da pressão familiar em não voltar aos gramados, tendo em vista que suas duas crises foram em clássicos regionais.

O Vasco hoje não tem um técnico no departamento médico. O Vasco não tem mais técnico.

Saudações Tricolores

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