terça-feira, 6 de setembro de 2011

Surto heróico

Fidalgos tricolores, cá estou novamente pra escrever sobre aquilo que já tinha dito que aconteceria. Depois de um certo tempo de convivência com o TRIpolar, você começa a perceber determinados padrões na loucura, por mais que isso possa parecer contraditório. Afirmei aqui que ganharíamos do dragão, já que sempre igualamos o número de derrotas com o de vitórias. Tendo em vista o bom jogo contra o São Paulo, é óbvio que teríamos uma atuação ruim em seguida. Percebem o padrão? Temos duas vitórias a menos que o líder e duas derrotas a menos que o lanterna. Surreal, não?

A diferença da vez é que de forma inédita jogamos mal e ganhamos. Fomos totalmente dominados e ainda assim conseguimos uma vitória que só pode ser explicada por se tratar de um time transloucado. O doido varrido é aquele que tá lá, meio morto, beliscando azulejo e correndo atrás de avião, e do nada, pow, tem um surto e começa a fazer coisas impensáveis. O nosso surto durou exatos 8 minutos, o suficiente pra domar o sopra fogo e devolvê-lo à sua caverna goiana. Se esqueceram que temos O Gum no time, que nunca deu mole pra dragão nenhum.

E quando tudo estava certo, quando o resultado parecia inalterável, quando a recuperação parecia distante, eis que surge a fagulha do 22. No exato momento em que o comentarista do Sportv malhava o Rafael Sóbis, ele foi lá e fez o primeiro. Não satisfeito, mandou uma na trave antes de fazer o segundo. E no terceiro, He-Man, impedido, teve sua redenção depois do penalti isolado. Na hora do terceiro gol, só deu tempo de mergulhar de peixinho na casinha de bolas das crianças e estrebuchar feito peixe fora d'água. Logo que saí Thomaz repetiu o ato gritando gol. Depois beijou o escudo da camisa do fluzão que vestia e quis balançar a bandeira na varanda. Não preciso de mais nada. Só um time muito doido pra fazer o que fizemos. Acredito que no final do jogo todos vestiram sua camisa de força e foram babando na ambulância branca de volta pro pinel onde se concentram.

Digo e repito: este time é imprevisível. Contra o Cruzeiro costumamos ter uma sorte danada e dificilmente perdemos pro esquadrão celeste. Bom, se essa é a regra, devemos perder. Tomara que eu esteja errado.

E o Abelão diz que fica. Não quer parar o tratamento tarja preta do time no meio do caminho. Renight está desolado...

Bem, agora é só esperar pelo segundo capítulo da saga futebolística jamaicana pelas entranhas do lote XV. Quero ver se ele vai contar sobre o "teste do sofá" que fez pra passar na primeira peneira...

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