terça-feira, 13 de setembro de 2011

Observações sobre as últimas rodadas do Brasilleirão (1)

Estive ausente por algumas semanas, tratando de uma lesão. Isso não se repetirá tão cedo, porque não sou chinelinho como o Fred. Aliás, na comemoração do seu gol (decorrente de uma de falta mal cobrada), o surfista cachaceiro correu mais do que correra durante todo o campeonato. Não deu outra: saiu de campo lesionado.


Mas vou parar de ironizar os pôneis malditos do tricolor, que resolveram sair do atoleiro, depois de serem considerados carta fora do baralho. Abelão, então, estava na bacia das almas, quase pedindo asilo financeiro no mundo árabe. Agora o clube das elites cariocas figura entre os classificados para a Libertadores, embora ainda não apareça no G-4, a verdadeira elite do campeonato, o grupo dos mais influentes do futebol brasileiro.


Durante o meu afastamento, o Botafogo, que vinha crescendo, também deu um salto produtivo. Chegou à rodada passada almejando a primeira colocação, mas, por um momento, recuperou a autoestima dos tempos do Cuca e tomou de cinco do Coritiba – o time que, no primeiro semestre, engatou a maior sequência de vitórias da história do futebol brasileiro, até descobrir que na primeira divisão, e fora do Estado do Paraná, o buraco é mais embaixo.


Apesar da goleada, o Botafogo é outro clube carioca que merece respeito. Afinal, está a três ponto do líder, com um jogo a menos (ainda que o rival dessa partida que ainda será realizada seja o Santos de Neymar, equipe que deixou de ser o saco de pancadas mais conceituado do Brasileirão).


E o Flamengo? Esse também merece consideração por sua comovente regularidade: no primeiro turno, nenhuma derrota; no segundo turno, nenhuma vitória. Nos bastidores, alguns jornalistas esportivos dão como certa a saída do empresário Wanderley Luxemburgo. O seu substituto seria Renato Gaúcho, o marido mais fiel da história do futebol brasileiro (Maristela que o diga).


Com a recuperação dos pôneis malditos do tricolor, a sua torcida se livra do fantasma da volta de Renato Gaúcho, o gênio enxadrista do rachão, e joga o problema para cima da Urubuzada. O melhor negócio para o pó-de-arroz foi a consolidação de Abel Braga - na minha opinião, um dos melhores treinadores brasileiros, bem à frente de um nome como Mano Menezes, o fala bonito/me engana que eu gosto.


Para encerrar essa conversa sobre os coadjuvantes do futebol carioca, limito-me a dizer que o Flamengo está fora da disputa do Brasileirão e deve se satisfazer com a vaga para a Copa Sul-Americana. Venceu o Santos quando esse era a maior draga do Brasileirão e achou que tinha superado o Barcelona, na final da Champions League. Tão ilusório quanto acreditar que Ronaldinho Gaúcho, que tornou a sumir, chegará à Copa do Mundo na ponta dos cascos.


Chega de ouro de tolo. Na próxima postagem falarei sobre o Vasco.



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