terça-feira, 20 de setembro de 2011

Enfim, líder

Sinto falta da presença tricolor e flamenguista neste blog. Os pôneis malditos haviam emplacado uma sequência de quatro vitórias e acreditavam piamente na ideia de que completariam a quina diante do Bahia. Não contavam com a maldição do Vatapá, na terra da felicidade. Está certo que o Flu não ficou fora do páreo, depois de ter sido vilipendiado pelo desacreditado Souza. Mas foi uma lição de humildade para os emergentes. A tal sequência favorável de confrontos na tabela começou mal. Agora, com os dois pés fincados na realidade, o pó-de-arroz volta a se concentrar na luta pela vaga na Libertadores (torcendo para que a LDU não se classifique para o torneio).


A urubuzada completou nove jogos sem vitória. Luxa já começou a tentar desviar a atenção dos jornalistas. Vociferou contra a arbitragem, que não marca pênalti contra o Flamengo, e lembrou a ausência da diretoria, que fica quieta enquanto o time é prejudicado – como se isso explicasse o longo jejum de vitórias do clube. O importante é que Ronaldinho continua brilhando nos pagodes do Rio de Janeiro.


Enquanto o tricolor e os flamenguistas somem deste blog, o vascaíno é presença certa. Seu time finalmente alcançou a liderança, depois de um longo e tenebroso inverno no Brasileirão. O Vasco entrou em campo, contra o Grêmio, sem Juninho e Felipe, os maestros veteranos que sustentam a identidade do time e representam o elo com as glórias do passado. Mas Diego Souza brilhou de verdade (geralmente, ele joga bem em casa), Éder Luís voltou a fazer jogadas decisivas, Dedé passou o cadeado na defesa e a torcida lotou o estádio histórico. Assim, não tem como perder. O Vasco está realmente muito forte dentro de casa (os outros times cariocas não têm casa). Celso Roto, hoje técnico do Imortal (que virou zumbi depois da goleada), chorou lágrimas de sangue por ter abandonado o Gigante da Colina, na temporada passada. Não dou duas semanas para o Roto começar a ser chamado de “burro” pela torcida gremista, só para não perder a tradição.


Diego Souza revelou que o time fez um pacto para vencer o campeonato e honrar o técnico Ricardo Gomes, o Rinus Michels de São Januário. O Vasco venceu a Copa do Brasil, porém, se recusou a “brincar” no Brasileirão (para lembrar a célebre declaração do fanfarrão Renato Gaúcho, quando dirigia o time do Flu). Como é gostoso ouvir a imprensa paulista/ golpista e a Rede Globo (reduto-mor da Fla-Press) dizerem: “O Vasco é líder”. Anotem a profecia: em breve, o Vasco voltará a ser um time antipático para a grande imprensa brasileira.

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