sábado, 15 de agosto de 2009

10 MANDAMENTOS DO FUTEBOL: O Não-Jogador


Quando os Deuses do Futebol foram criar nosso saudoso esporte, fizeram numa reunião tumultuada - houve muito bate-boca, acusações e manipulações. Alguns acreditam que houve até compra de votos. Isso porque haviam correntes que defendiam a criação de algo que inspirassem os homens; outros já acreditavam que seria um momento para expor as mazelas da humanidade.

O resultado da reunião todos conhecem. Para chegarem ao consenso, todos tiveram que ceder. E - isso poucos sabem – criaram algumas regras para que os homens não desvirtuassem Sua criação. São os 10 Mandamentos para os técnicos de futebol.

1º mandamento: Os técnicos terão a possibilidade de colocar 11 jogadores de futebol em campo, mas nunca farão isso. Todos poderão passar, chutar a gol, desarmar o adversário, cabecear a bola e etc. Mas os técnicos não devem colocar 11 ao mesmo tempo, pois poderia virar outro esporte. Para isso, os Deuses criaram o cabeça-de-área. Todos os técnicos são obrigados a colocar um desses no time.

O cabeça-de-área é aquele jogador que, se tiver talento para a coisa, não sabe desarmar ninguém, não dá passe de meio metro, não marca, não domina a bola e não consegue chutar a gol. Não cruza e não se posiciona para cabecear. O seu indicador de desempenho é a quantidade de faltas que faz na partida.

Quando o time está no ataque, vai para a defesa. Quando o time está na defesa, cobre os laterais e zagueiros, buscando não atrapalhar muito. Quando o time parte para pressão final, cobre a saída do goleiro que foi tentar o gol. Quando o técnico vai fazer uma substituição, tira o cara e põe um que sabe jogar mas tava na reserva – esse é o xodó da torcida.

As grandes seleções que não foram campeãs não tinham esse jogador. Colocaram 11 que sabiam jogar bola. As campeãs sempre tiveram um desses que, para justificá-lo depois do título, falavam da sua importância para transmitir raça(?!) para o time.

Posso lembrar aqui do Nasa, do Dunga, do Luizinho, do Amaral-Corcunda de Notre Dame, Guinazu, etc. Poderia lembrar da última copa, pela importância dada pelo Parreira ao Emerson. Se o cara sabe jogar, vira outra coisa: é o caso do Fabiano Eller, do Júlio Batista, Ibson, Veron. Esses caras não conseguiam cumprir a função. No máximo, são volantes (tradução: potencial de cabeças-de-área que sabem fazer alguma coisa, por isso não o são).

Hoje o Vasco vai jogar sem seu jogador: o Amaral. Foi barrado para entrar o Matheus; Souza vai ser nosso não-jogador. Espero que esse não consiga fazer nada que preste.

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