sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Flamenguistas em pânico

Fidalgos tricolores, nossos rebentos estão desesperados. Somente a possibilidade de classificação de nosso esquadrão tricolor já vem tirando o sono outrora tranquilo de rubro-negros, que encostavam a cabeça no travesseiro aliviados com nossa suposta eliminação precoce. Sonhavam tranquilos com mais uma conquista certa diante de chororôs e vices e agora se deparam com o pesadelo de enfrentarem seus criadores, de relembrarem o gol de barriga de Renato Gaúcho e o tiro fatal de Assis, que calaram uma massa inteira de incrédulos flamenguistas no Maracanã. É impressionante perceber o semblante preocupado deles, ressabiados com a possibilidade real de encararem mais um FLA X FLU decisivo. A prepotência característica some, a certeza desaparece, a humildade, por incrível que pareça, aflora como se fosse uma característica inata de sua formação. Nenhum, repito, nenhum flamenguista que encontro, seja na padaria, na rua, no trabalho ou no Alasca, ousa afirmar que a vitória é certa contra o Fluminense. Ficam ressabiados, com um pé atrás, econômicos nas apostas e, por dentro, temerosos com a possibilidade do confronto. No domingo, estarão com os rádios e TVs ligadas no nosso jogo, secando desesperadamente nossos jogadores, para que não sejamos uma ameaça concreta contra suas aspirações. Na beira do gramado, o Cuca vai receber informações a cada minuto e não irá me causar surpresa alguma que modifique o time de acordo com nossa colocação, deixando um possível confronto só para a final. Eles sentem medo, viram crianças indefesas diante do inevitável encontro com seus superiores. Todos que eu encontro torcem para não dar de cara com as três cores que traduzem tradição do outro lado da arquibancada. Os que fumam estão fumando mais, os que fazem dieta estão engordando e os que tem tranquilidade na família estão brigando com a mulher e deixando os filhos de castigo. Os que gostam de carnaval estão preocupados com o fato de a quarta-feira de cinzas ser antecipada para o domingo. Estão de boca seca e com o estômago doendo de nervosismo, pois já conseguem imaginar e sentir a derrota em suas almas. Não se iludam: se soltarem fogos no domingo não terá nada a ver com sua classificação para as semi-finais e sim com a eliminação do Fluminense, que deixará de ser um espectro nefasto nas suas intenções de júbilo total. Eles estão em pânico.

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