
Renè Simões deve estar desconsolado. Eu mesmo já chamei ele aqui de burro mas como estou sempre em constante reflexão dialética, reorganizo minhas idéias. Tenho convicção de que nem mesmo se o time todo tivesse assistido aos treinos secretos do Botafogo e ouvido a preleção do Nei Franco teria feito algo diferente. É uma espécie de analfabetismo funcional da bola. Eles compreendem que ela redonda e que o gol é o objetivo, mas desconhecem os caminhos pra chegar até lá e tem extrema dificuldade de interpretar os lances cruciais. Sabem usar a caneta mas não sabem construir um texto, um conjunto organizado de idéias. Seus chutões constantes e sem direção impedem que as letras se juntem e formem a palavra fundamental: gol. Após o jogo, Fernando Henrique disse que aconteceu exatamente o que o Renè tinha falado que ia acontecer. Aí eu me pergunto: o que fazer quando você mostra tudo que vai acontecer e o sujeito, fazendo sinal de positivo com a cabeça enquanto você fala, entra em campo e já não se lembra mais nem se amarrou a chuteira? Acho que os jogadores do tricolor vieram das escolas municipais ainda em época de aprovação automática: chegaram aos profissionais sem saber ler e escrever. E pra isso, Celso Barros, não tem remédio.
Sobrou ração
É impressionante como a torcida do Botafogo não aparece nunca no maracanã. As arquibancadas amarelas estavam às moscas e a verde sequer fechava.
Fim dos tempos
O que esperar de um time em que o Roger entra no Lugar do leandro Amaral como a grande esperança de gol?
Num Fred (trocadilho fidalgo)
Quando ele chegar, se ele chegar, vai ser um alento.
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