terça-feira, 21 de setembro de 2010

A Diferença


Não sei como foi o sentimento do lado tricolor, mas a torcida do Flamengo saiu cabisbaixa, com a sensação de que o empate foi uma derrota, de que entregamos o jogo.


Mas como assim entregar o jogo se o Flor nos massacrou no segundo tempo?


É aí que entra a diferença entre os dois clubes no atual momento. O fugitivo da segunda divisão tem um treinador. Nós temos um estagiário. Não quero aqui cornetar o Silas, ele é sem dúvida melhor que o Rogério. Mas o cara tem mandado mal na nossa escalação e nas mexidas, e a causa parece ser a mais simples inexperiência.


Fizemos um primeiro tempo honesto. O jogo tava equilibrado, com ligeira vantagem para o Mais Querido, o que se traduziu no placar. Léo Moura e Deivid eram os destaques, Renato e Kleberson não comprometiam tanto, apesar da falta de forma física do primeiro e do chupa-sanguismo do segundo. Willians vinha muito bem, anulando o Conca, até que tomou um cartão amarelo injusto, por uma falta no campo de ataque do Mengão, quando a zaga do flu estava fazendo rodízio de traulitadas em nosso ataque sem tomar sequer uma chama do apitador do jogo. Mas é isso, enfrentar o Murici tem dessas coisas, os juízes tem um verdadeiro pavor dele, era assim no São Paulo, seguiu no Palmeiras e no Flor.


Começa o segundo tempo, e o que o Murici faz? Tira um dos seus três zagueiros brutamontes, bota um volante com capacidade de sair pro jogo, e conquista o meio-campo, tarefa facilitada pelo Renato morto e pelo Kleberson omisso.


O que o Silas deveria fazer? Alterar o time para tentar reconquistar a meiuca. Sem inventar, ele poderia simplesmente tirar o Kleberson e botar o Maldonado, adiantando o Willians para pegar o Marquinhos, e colocando o chileno para proteger a nossa zaga do argentino incansável. Um treinador mais tarimbado teria mexido no time na hora, como vem fazendo o Joel nos jogos do Buaafogo assim que o outro time muda alguém. Fez isso contra o Santos e Cruzeiro, sempre tentando anular a mexida do adversário. Mas não, o Silas manteve a formação inicial, mesmo sabendo que o time do Flamengo morre com dez minutos de segundo tempo, e nós fomos massacrados durante 18 minutos.


Todo mundo no Engenhão e em qualquer lugar do planeta sabia que daquele jeito o Flu ia empatar. Menos o Silas. Resultado, gol de empate aos 18 minutos, com passe de quem? Do Marquinhos, aquele da alteração inicial do Murici, que flanou solto pela meia cancha o jogo inteiro.


O Renato ainda achou um gol que justifica a permanência dele no time e que impediu a virada. E no fim o Silas diz que ficou satisfeito com o empate.


O time melhorou, é verdade, já trocamos passes, criamos mais chances, mas acho que pra mim já deu esse ano. Vamos contar os pontos até 46, 47, torcer pra ficar na zona da sul-americana do ano que vem, para termos 3 chances de voltar à Liberta. Já implorei para a rapaziada não me chamar mais para ir no Engenhão, muito menos comprar ingresso pra mim. Tomara que a galera atenda meu pedido.

Ainda bem que tem o Cartola para me manter ligado no Brasileirão, ainda mais com a FLACOMUNA subindo cada vez mais, já estamos em terceiro, diminuindo a diferença pro líder.


Saudações Rubro-Negras

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