quarta-feira, 7 de abril de 2010

Enfim, O Ano começa!


Saudações rubro-negras! Após grande ausência, motivada por problemas técnicos, férias e pela quantidade de jogos sem graça no nosso futebol, este colaborador voltou. Não que eu espere cantos vindo da arquibancada saudando minha volta, como ocorreu com um tal de Imperador, mas pelo menos que leiam meus textos!
Um panorama geral primeiro, e dois registros ao final.
O primeiro Hexacampeão heterossexual tem um começo de ano típico, conturbado como tudo no Flamengo. Fato é que a imprensa aumenta tudo que ocorre na Gávea e em suas imediações, que dadas as dimensões gigantescas do nosso clube, chegam até Chatuba, passando pela Rocinha antes. E o moralismo e reacionarismo da nossa mídia não se manifestam apenas em seus ataques contra o governo Lula, mas também nessa cruzada patética contra o mau comportamento dos craques. Sinceramente, não me importa o que Adriano, Vagner Love e Cia façam em suas horas de folga, se em campo estão fazendo aquilo que são pagos. Fomos campeões do Brasil após 17 anos, assim, com Adriano fazendo de um tudo em suas folgas. Eles não tem nenhuma obrigação de dar exemplo para ninguém, seja lá o que for dar exemplo, certamente isso não significa para mim o mesmo que para essa mídia conservadora que ataca nossos artilheiros.
Em campo, sigo confiante. A perda da Taça Guanabara já era esperada. Basta ver as imagens do carnaval, todo o nosso elenco se esbaldando na Marques de Sapucaí. Nosso time estava visivelmente fora de forma, algo que não pode mais ser alegado em abril. Por esse motivo também não me preocupo com a classificação na liberta, fizemos 6 pontos com esse time de ressaca, agora é garantir a vaga com o time em forma, mais entrosado.
Nosso ataque tá bombando, é impressionante como o Impera e o Love se completam em campo. A raça e a entrega do Vagner Love são a cara do Flamengo. É verdade que nossa zaga tá parecendo a do time de casados no final da pelada, mas acredito que a volta do Maldonado restitua o equilíbrio perdido após a saída dele e do Aírton. Leó Moura e Juan voltaram a jogar bem, especialmente o tremendo vacilão. Nosso problema mesmo é no meio campo. Urge a barracão do Toró. E uma chamada no Kleberson. O Cara tá garantido na Copa, e está tirando o pé, se poupando visivelmente. Mas periga perder o passaporte para África do Sul se continuar atuando mal assim.
O ultimo caso, o mais delicado, é o do Pet. Não tá jogando nada, é verdade. Mas quem se lembra da primeira passagem dele no Mengão pode confirmar que o gringo sempre demorava a entrar em forma. Agora com 37 anos não seria diferente. O fato é que tem que renovar com o marrento. Ou alguém confia em Vinicius Pacheco, Ramon ou Michel para os conduzir à libertadores?
Sobre nossos rivais: O Vasco caminha a passos largos para um novo rebaixamento no Brasileiro. A fórmula é simples e conhecida: aposta-se em um bando de veteranos fracassados, como Elder Granja, Fernando, Dodô; investe muito em jogadores que se destacaram em um brasileiro, mas que seguem sendo incógnitas, casos de Léo Gago e Marcio Careca; seu principal jogador, aquele que faz a diferença, é bichado, basta ver que o Carlos Alberto joga um jogo e fica fora de três, e por fim, joga toda a responsabilidade em um menino talentoso, mas que obviamente não vai segurar o rojão, além de já estar vendido.
O Botafogo, campeão da Taça Guanabara, eliminado pelo Santa Cruz. Retrato do mesmo botafogo dos últimos 4 anos, que chega nas finais do Estadual, e não faz nada em campeonatos mais expressivos. Tem tudo pra brigar contra o rebaixamento mais uma vez, a não ser por ter o Joel no banco. Eu admito: acho o Joel sinistro, e se tem alguém que pode fazer o Botafogo não ficar desesperado até o fim da temporada, é ele.
Já o Fluminense, que time estranho. Terminou o ano embalado, manteve o time, se reforçou muito bem! Mas não consegue engrenar, não passa confiança. Fred vive machucado, e a venda do velocista Bolt prejudicou muito o time. Se o Cuca for esperto, concentra tudo na Copa do Brasil. Além do Flu, tem o Santos e o Grêmio. O Resto é história.
Os registros: 1 – muito maneiro o FLA contratar o César Cielo. Essa é a nossa vocação, títulos em todas modalidades.
2 – Messi. Ontem, sensacional. Fez 4, a impressão é que poderia fazer 10. Em dois lances, driblou o time todo, quase entrou com bola e tudo. Dita o ritmo do jogo, desacelerou no segundo tempo, se poupando para o fim de semana em Madrid. Para qualquer um que não seja contaminado por nacionalismo tosco, vai ser difícil não torcer pela Argentina na Copa, assim como foi impossível não torcer pelo Zidane na final de 2006, mesmo sabendo que ele tinha eliminado o Brasil.

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