sexta-feira, 30 de abril de 2010

Faltam 90 minutos...



Grande resultado do Mengão na quarta-feira! Ganhar o primeiro jogo é sempre bom, sem tomar gol então melhor ainda! Se fizermos um gol em São Paulo, os caras vão ter que fazer três. Não é uma tarefa fácil diante de um time com o elenco do Flamengo, ainda mais agora que o Rogério parece ter reconstruído o ferrolho que nos caracterizou em 2007 e na reta final do campeonato brasileiro do ano passado.

Foi épico, com a chuva e a expulsão contribuindo muito para aumentar a carga dramática da partida. Mas em minha opinião o clima de tensão que cercou a partida teve mais relação com a necessidade que o Flamengo tinha de recuperar-se como time esse ano. E essa recuperação tinha três dimensões:

1 – Precisávamos recuperar nossa defesa. A saída do Airton desarticulou nosso sistema defensivo, peça fundamental do nosso HEXA. Após a derrota por 3 a 0 diante do Avaí, marco da nossa arrancada rumo ao título, foram 11 gols em 17 partidas, e somente contra o Vitória voltamos a levar 3 gols. Esse ano, levamos 9 gols em seis jogos na liberta, a pior defesa entre os classificados. Ressuscitar o Rômulo foi o grande acerto do Rogério. Vale lembrar que o Airton já era o substituto do Rômulo, pois cumpriu esse mesmo papel de falso terceiro zagueiro em 2009 que ele cumpriu em 2007. Portanto, nada melhor que escalar o original! A prova da confusão do Andrade em montar o time esse ano está no fato de nunca ter testado esse muleque.

2 – Precisávamos recuperar o espírito que do time que arrancou para o Hexa. Diferente do que disse nosso anfitrião sobre a necessidade do Flu superar o “time de guerreiros” do ano passado, o mais querido precisava justamente reencarnar o time que venceu os jogos decisivos, o que fez com que derrotas para o Barueri ou Avaí não pesassem tanto na luta pelo caneco. Traduzindo: beleza, perdemos para os times chilenos horríveis, agora é hora de detonar o Corinthians.

3 – Precisávamos recuperar o Adriano. É uma situação muito difícil essa nossa com nosso Imperador. O cara joga muito. Em sua plena forma física e mental joga em qualquer time do mundo. Mas ele é maluco. Simples assim. Bipolar, depressiva, sei lá qual é o termo técnico. Ano passado, com alegria de jogar, nos levou ao Hexa, retomou sua vaga na seleção. Esse ano, triste, abatido, engordou, fracassou no Estadual, nos deixou na mão na liberta. Bom, pelo menos até essa quarta.

Acredito que fomos bem sucedidos nesses três pontos. Rômulo botou ordem na nossa cozinha. O Timão só teve duas chances reais de gol, uma o Bruno salvou, na outra dois maloqueiros se atrapalharam. A expulsão do Michel fez com que o time apresentasse aquele espírito de decisão que a torcida esperava contra o Caracas e contra a cachorrada na final da taça rio. E o Adriano voltou a correr, a participar do jogo, a dar demonstrações de que ainda merece a coroa.

Faltam ainda 90 minutos para consolidarmos essa tripla recuperação. O clima está muito favorável. O Rogério de hoje tem tudo para ser o Andrade de ontem. O Adriano da liberta pode ser mais uma vez o Impera do Brasileirão. Rômulo e Airton são duas faces da mesma moeda. E o FLAMENGO vai ser o mesmo de sempre, o maioral, o predador supremo, aquele que desperta o amor dos seus seguidores e a inveja dos perdedores.

Saudações Rubro-Negras!

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