segunda-feira, 25 de maio de 2009

Nota de Falecimento

Fidalgos tricolores, aqui jaz um torcedor. De longe acompanhei a eliminação na Copa do Brasil, custando a acreditar que tínhamos levado dois gols em menos de 15 minutos. Como bem disse o Josué, é um absurdo levar um gol de um anão que não dobra as pernas pra correr. Um maracanã lotado e irretocável, transformado em pó e cinzas em alguns minutos. Não foram poucos os relatos que ouvi de torcedores que já foram embora do jogo já no intervalo. Somente mesmo os abnegados pra acreditar que o Fluminense poderia fazer em 45 minutos 4 gols em uma partida. O Timão não é o Tigres, convenhamos. Menos mal que pude acompanhar da arquibancada no Beira-Rio o Andrezinho acabar com as chances do Flamengo.

Rivalidades a parte, muito maneira a festa do Inter, ainda que somente poucos cantassem umas três músicas repetidas o jogo todo. O número de pessoas chorando na minha frente depois do gol da classificação foi impressionante e emocionante. Ah, só mais uma coisa: se sua missão for encontrar alguém sem a camisa do Inter, esqueça.

Voltei de viagem e fui pro maracanã ver o embate contra o Santos. Logo após o gol do Mariano, já sabia que algo estava por vir. Me preparei para uma chuva de paralelepípedo, uma nuvem de gafanhotos ou uma Tsunami por cima do estádio, mas o que veio foi pior. Em nenhum momento me preparei para a indiferença do time diante do jogo, a pior das pragas de um clube de futebol. Dava nojo ver o TN não acertar nenhum chute ou passe. Já até passou da hora de voltar correndo pra Arábia. Wellington Monteiro é a representação do pachorrento, do descaso com seu trabalho.

Enfim, a vontade é de falar mal de cada um, mas não tem jeito. Vai ser esta aporrinhação o ano todo. Fui protagonista de uma cena triste e chocante. Toda a torcida comemorou o quarto gol do Santos, diante de um Fluminense inoperante e indigno das três cores que traduzem tradição. O único que se salvou foi o Conca, mais ninguém. Não é possível que em toda a América Latina não exista um lateral direito que seja melhore do que Mariano e Eduardo Ratinho, isso não entra na minha cabeça. É inaceitável concordar com a idéia de que o Ed Carlos é titular absoluto. Se o Fluminense estivesse recebendo currículos para preencher essas vagas, bastava colocar como pré-requisitos: ter ao menos um olho e as duas pernas. Já estão em vantagem. Enquanto isso, nosso gêmeos arrebentam no Manchester e o Marcelo brinca no real Madrid. Thiago Silva? Nada demais, só uma declaração do Maldini dizendo que ele vai ser seu substituto. O pior é que estamos só no início e o Parreira já disse, nas entrelinhas, que a situação não tende a melhorar em um curto prazo. Acho que deve ser porque temos pouco dinheiro...

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